I'll Always Come For You escrita por Bia Stowe


Capítulo 146
10/12/1984


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, estou de volta com essa cara lavada e como sempre dando uma desculpa... mas a desculpa desta vez é a seguinte : não tive vontade de postar semana passada ! pronto falei u.u mas para compensar este capitulo é pequeno e bom o suficiente para fazer pessoas sensíveis chorar (convencida u.u), ao meu ver ficou bom, espero que vocês concordem :) boa leitura e desculpem qualquer erro.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/384135/chapter/146

Na manhã seguinte, Eva acordou primeiro que David desta vez ela iria fazer o café da manhã, e como de costume fez muffin's de amora, já que aprendeu a receita com Jack.

– Sem canela desta vez – dizia ela enquanto batia a massa.

A morena deixou os muffins no forno enquanto espremia as laranjas, ela olha pela a janela, ainda chovia nada daquilo fazia parte dos planos que o casal fez na festa.

– Droga, você poderia dar uma trégua ? Amanhã volto para casa. – ele olha a chuva cair.

– Podemos recriar a nossa lua-de-mel, não tem problema – disse David encostado na porta.

– Hey... faz tempo que está ai ? – ela pergunta sorrindo.

– Não, o que faz acordada a essa hora ? Está chovendo e está frio – ele chega perto dela e a beija na testa.

– Café da manhã – ela dá um copo de suco para ele.

– Ok – ele dá um gole – o que pretende fazer depois do café ?

– Nada, está chovendo – ela reclama.

– Não reclame.

Eva retira a primeira fornada de muffin's, ela se irrita um pouco com David.

– Como você consegue ? – ela larga a forma em cima da pia.

– Consigo o que ? – ele pergunta se sentando no balcão.

– Vamos embora amanhã, está chovendo pra caramba e você ainda continua querendo ver o lado bom das coisas ! – disse ela cruzando os braços.

– Porque – ele olha para ela e se retira.

– David, volta aqui, fale o porquê – disse ela indo atrás dele.

Ele para no meio da sala, ela então para em sua frente.

– Diga o porquê. – ela pediu mais uma vez.

– Porque, Evy... nós não teremos tanto tempo para passar juntos, vou para o exército, e sabe-se lá deus quando vou voltar para casa, e se eu voltar, corremos o risco de isso tudo ser tão rápido quanto uma estrela cadente, não quero pensar em uma chuvinha boba, quero valorizar cada minuto ao seu lado, porque depois só saberemos um do outro através de cartas.

Eva então escuta tudo aquilo e reflete.

– Não me casei por medo, me casei por amor. – disse ela – não me casei pensando na possibilidade de você não voltar. Me casei pensando em um futuro juntos.

– Não é isso, eu não quero estragar esse momento juntos deixando que uma simples chuva acabe com tudo.

– Não, você acaba de deixar claro que se casou por medo de se chegar morrer eu não tenha me casado com você.

– Eu nunca faria isso ! – ele grita – eu nunca de teria me casado com você por medo, eu simplesmente acho que você deveria parar de se preocupar com a droga da chuva e prestar a atenção nos minutos que estamos perdendo !

Ele se senta no sofá enquanto ela se escora no vão da porta. O silencio é horrível, ele coça a cabeça. Ela se vira e fica de frente para a porta da cozinha. Ela passa a mão no colar onde sua aliança está.

– Desculpe ter gritado com você – ele disse em tom brando, ela não diz nada.

Eva então sai de casa pela porta da cozinha. David vai até a janela, Eva estava correndo na chuva, ela parecia chorar, ele então corre atrás dela.

– Eva ! Desculpe ! Eva vamos entrar, a chuva está muito forte.

Ela se escondeu debaixo de uma árvore.

– Desculpe ter gritado com você – ele chega até ela – desculpe.

– Eu deveria estar feliz tanto quanto você, mas tudo o que fiz foi reclamar da chuva. – ela chora.

– Calma, olha é só uma chuvinha, já vai passar.

– David vamos embora amanhã e em uma semana você vai para o exército. – Não tem como ficar calma.

– Está tremendo ! Vem cá – ele a abraça – vamos usar o bom e velho meio de comunicação estabelecido pelo nosso bom e velho amigo Rowland Hill.

Usaremos cartas !

– Promete que vai me escrever todos os dias ? – ele pergunta.

– Claro, e quero que faça o mesmo, quero ser informado até das suturas que você faz, não é porquê estarei longe que não estarei perto... você me entendeu. Ok ? – ele sorri.

– Ok.

E essa pequena discussão foi finalizada com um beijo. Enquanto isso a chuva parecia apontar pelas redondezas do M.H.

– Bom dia Jack ! – disse Serena toda feliz.

– Bom dia – disse Jack colocando a mão sobre o rosto.

– Foi dormir tarde ontem mocinha ? – ela disse colocando o estetoscópio na moça.

– Quase isto, tomou café foi ? Tá elétrica.

– Só estou feliz – disse a moça – senta ai vai.

Serena começa a examinar a moça, Jack estava desanimada.

– Hey, o que foi ? Cadê aquele brilho ? – ela pergunta se sentando na cama.

– Nada, é que já estou cansada de ficar aqui. Quero voltar a ativa, quero poder usar meus head-phones e falar com os ouvintes, quero poder usar o painel de vinhetas e poder comer pizza gelada com a faxineira. Quero poder usar o carinho da faxina para apostar corrida com o Michel. Quero poder abraçar uma pessoa em especial.

– Você vai poder fazer tudo isto logo, logo. Enquanto abraçar uma pessoa em especial você vai ter que esperar, a final a Evy vai demorar a voltar – disse Serena arrumando o cabelo de Jack.

– Claro a Evy.

– Olha, você ganhou uma carta – Serena pega o pequeno envelope – já leu ?

– Não.

– E por que não ?

– Estava criando coragem – ela dá um leve sorriso.

– Bom, você pode ler enquanto tem tempo, o fisioterapeuta ainda não chegou. – ela se levanta – e pelo que eu sei ele quer que você seja a primeira aluna dele – ela pisca para ela e sai do quarto.

Ela olha a carta que Serena deixou em cima da cama, ela olha para a fita de identificação em seu braço.

– Campbell – ela lê baixo – Vamos ver do que ela estava falando – ela retira a folha de dentro do envelope.

10/12/84

Olá pequeno bebê, não seu ao certo como começar esta carta, pois se dependesse de mim você ainda estaria em meus braços. Espero que a ela chegue até você. Bom aqui vou eu, tenho no momento eu tenho 16 anos e alguns dólares no bolso, não tenho dinheiro para comer, nem um lar para ficar, hoje está completando alguns meses que você foi embora, sei que quando você ler isto terá alguns anos há mais, vou lhe contar tudo o que aconteceu. Eu tive você a pouco tempo, durante o período da gestação enfrentei muitas provas, uma delas era a de ter um lar, morava com o seu avô Thomas, ele era uma má pessoa, não queria que você crescesse perto de uma pessoa igual a ele. Mas não tinha casa, então a mamãe precisou aguentar ele, eu tinha um emprego, mas abri mão dele quando descobri que você estava a caminho, no começo fiquei com medo, Claro, quem não ficaria ? Mas mesmo assim nada tirava a alegria de ter você. Seu pai se chama Pablo, sei que irá querer conhece-lo, não aconselharia, mas isto cabe a você decidir, ele está com 19 anos, mas parece ser uma criança de 10 anos. Bom vamos pular para a parte boa, o dia 27/09 estava em casa escolhendo o seu nome quando você resolveu chegar ao mundo, alguns vizinhos me ajudaram, você nasceu com 3 quilos e 600, seus poucos cabelos eram castanhos escuros, não pude ver a cor de seus olhos, mas a enfermeira me disse que você tem belos olhos castanhos mel, você carrega a mesma marca que eu. Vou lhe contar um segredo, nunca fui ajuizada, nunca me importei em seguir regras, mas quando eu te peguei no colo pela primeira vez tudo aquilo mudou, como pode ? me apaixonei por você no mesmo momento, uma onde de responsabilidade me invadiu, você se tornou o meu mundo, depois que te levei para casa, as coisas ficaram difíceis, procurei por emprego mas não consegui. Tentei o máximo que pude para ficar com você. Nunca vou me esquecer daquele dia. acordei com você chorando, era manhã, já era o segundo dia de chuva consecutiva, você precisava de fraldas, procurei por seu pai, mas não encontrei. Seu avô tinha chegado de madrugada, tinha bebido, ele então tentou te bater, eu o empurrei, ele caiu e quando se levantou veio para cima de mim, quebrei uma de suas garrafas de bebida e o ameacei, ele se afastou. Naquele momento eu soube que aquilo não era vida para você, eu precisava fazer alguma coisa, enrolei você na manta e sai de casa, me escondi embaixo do telhado de um bar, estava tudo fechado. Me sentei ali mesmo e comecei a chorar, não queria fazer aquilo, mas era a única chance de você crescer em um lar decente, olhei para o final da rua e vi a igreja aberta, Você dormia, te dei um beijo na testa e lhe dei o ultimo abraço, correi com você até lá. Entrei na igreja, não tinha ninguém nos bancos ou na porta, coloquei você na pia batismal, e quando estava saindo uma mulher me gritou, pedi para que ela cuidasse de você. Corri para fora da igreja antes que ela me visse perfeitamente. Voltei para casa, arrumei as minhas poucas roupas e coloquei dentro de uma mala, sai de lá. Pouco tempo depois eu achei um lugar para ficar, larguei minhas coisas e fui atrás de você, mas quando cheguei na igreja o padre me disse que você já não se encontrava. Meu mundo desabou, fiz o padre me ajudar a procurar por você em todos os hospitais e orfanatos, mas não tinha nenhum tipo de registro relacionado a você. Estou te escrevendo esta carta como forma de lhe explicar as coisas, e deixar claro que não descansarei até achar você, espero que isto não demore muito, quero poder segurar o meu bebê no colo e colocar você para dormir, depois que você se foi os meus dias não foram os mesmo, sinto falta do seu choro de madrugada, sinto seu perfume em minhas mãos, a única coisa que tenho que lhe representa é uma chupeta amarela, e eu nunca jogarei ela fora, de todos os meus pertence de valor essa pequena chupeta vale tudo. Eu te amo e nada no mundo vai ficar entre mim e você, vou mover montanhas a sua procura, só espere por mim de braços abertos.

Ass: Mama.

Ps: Não te disse qual o nome que lhe escolhi não é ? Bom se você estivesse comigo seu nome seria Joanne.”

Ao terminar a carta Jack tinha uma pequena lagrima se formando em seu olho.

– Não ! Isso pode ser mentira. Não é como ela descreveu. Preciso de provas – ela joga a carta no criado mudo.

Ela pega as muletas que estavam perto de sua cama e sai da cama, ela se endireita, e com uma certa dificuldade começa andar pelo hospital.

– Jack ? Onde pensa que vai ? – perguntou Serena ao “topar” com ela no corredor.

– Preciso ver uma pessoa. Preciso ver agora ! – ela disse eufórica.

– Quem ? Eu te ajudo – disse Serena olhando para os lados.

– O padre que celebrou o casamento da Evy, eu preciso ver ele.

– Ok, eu te levo até lá. – Serena viu que tinha alguma coisa de diferente nos olhos de Jack.

Já na mansão...

– Henry ?

– Sim, Jonathan – disse o senhor.

– Eu queria te pedir uma coisa.

– E o que seria ?

– Sai comigo e a Lillian e leve a Cora ?

– Como é ?

– Meu casamento está por um fio, acho que se nós dois escutarmos uma conversa de um casal instável pode ajudar um pouco.

– Ah, eu não acho que seja uma boa ideia....

– Por favor Henry, essa pode ser a minha ultima chance – disse o irmão de Henry.

Henry viu o desespero nos olhos de Jonathan, mas quem era ele para falar de casamento instável ? Cora já havia encomendado os papeis do divorcio, ele não era a pessoa mais aconselhada para fazer isto.

– Tudo bem, vou falar com Cora. – ele aceitou.

– Obrigado... queria ter um casamento assim como o seu – Jonathan dá um tapinha nas costas de Henry.

– Não, Não queria não – ele é sarcástico sem deixar o irmão perceber.

E as horas se passam, Cora já tinha voltado do parque com Troy e Ruby, Henry então a chamou para conversar no escritório.

– Você fez o que ? – perguntou Cora com a mão no quadril.

– Desculpe, ele me pareceu desesperado – disse Henry sentado na poltrona.

– Como vamos fazer isto ? Você sabe que...

– É eu sei – ele não deixa ela terminar a frase – mas o que custa mentir ?

– Mais ? Já não chega ter que dividir a mesma cama ?

– O que custa ajudar ? Pense que será um ato de caridade.

– Com o seu irmão ? – ela pergunta pasma.

– E por que não ?

– Você sabe que ele foi um dos tais que foram contra o nosso casamento, certo ?

– Mas já que agora nós vamos nos divorciar, o que custa ajudar ? Pense na Zelena e na Elsa, e se fossem Ruby, Eva, Graham, Belle e Jeff ?

– Não use as crianças contra mim, Henry !

– Tá então vou apelar para o neto ! E se fossem o David e Evy a beira do divorcio ? Você ajudaria ou não ?

– Tá ! Eu vou !

– Obrigado, Cora – Henry abraça a mulher que retribui da mesma forma.

Ruby abre a porta na mesma hora e pega os dois abraçados.

– Mãe eu vou … desculpe – ela sorri.

– O que foi ? Ah... não é isto o que você está pensando Ruby – disse Cora.

– Não falei nada – ela disse sorrindo e fechando a porta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I'll Always Come For You" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.