Mais alguns minutos e Emma entra com os últimos exames de Jack na mão. A moça vem melhorando a cada dia, logo depois ela disse que Jack precisaria tirar sangue novamente. Então chamou o enfermeiro que cuidava dessa parte.

– É logo, logo você sai daqui – disse Serena.

– Só de pensar que eu quase embarquei por causa de falta de sangue...

– Devemos um obrigado para Billy Collin's – disse Eva

– Quem ? – perguntou Jack.

– O cara que salvou a sua vida, ele que doou o sangue.

– Ok, acho que ocorreu algum engano, no meu prontuario o nome é outro – disse Serena.

– Que nome está ? – perguntou Emma.

– Stana Stronguer – respondeu ela depois de revirar o prontuario.

– No meu está Nick Dixon – disso o cara que tira sangue.

– E gente ! Decide quem me deu o sangue... – disse Jack.

– Ok, Theo, tire o sangue dela,quando isso acabar... Emma eu quero que reúna todos os enfermeiros que tiraram sangue aquele dia, Serena arrume a sala, teremos uma reunião de emergência – disse Eva.

– Ok.

– Mas para que isso ? Eu já estou salva, pra que remexer onde está quieto – disse Jack.

– Não é isso amor, é que pode dar problemas para nós que estamos cuidando de você – disse Serena.

– Ah...

– Amor ? – perguntou Eva com ciumes.

– Tá, acho melhor nós fazermos isso agora – disse Emma para quebrar o clima.

E todos correram para a sala de reuniões, Jack ainda ficou acompanhada por, David, Ruby, Hook, Belle e Cora.

– Eu preciso dos relatórios de o que aconteceu naquele dia, quem estava cuidando da etiquetagens dos frascos de sangue até quem estava na cirurgia. – disse Eva enquanto abria a pasta de arquivos.

– Eu estava chefiando a cirurgia – disse Serena.

– Eu e Chris estávamos auxiliando a Serena – disse Emma.

– Eu fui o encarregado de procurar o doador sanguíneo – disse Tucker.

– Quem estava retirando sangue dos doadores ? – perguntou Eva, mas ninguém respondeu – Eu preciso de uma resposta. Agora !

Ninguém disse uma palavra, a sala ficou em total silêncio, Eva era do tipo que odiava brigar com as pessoas mas era necessário.

– É o seguinte, vou falar sem rodeios, se alguém aplicar o sangue errado em um dos pacientes, ele vai morrer e o medico que estiver cuidando será o culpado, por negligencia de outra pessoa, eu tenho certeza de que ninguém quer que isso aconteça. Alguém vai falar ou precisarei colocar metade da equipe em suspensão ?

Ninguém disse nada.

– Caramba gente, eu estou tentando ajudar, se me disserem agora o máximo que direi é para suspender as transfusões de sangue nos pacientes, mas se isso chegar até o meu superior, não só eu mas vocês também estão ferrados !

– Eu e o Theo estávamos na área sanguínea, mas só eu estava rotulando os frascos, por um momento eu me descuidei e não coloquei os nomes só a numeração – disse Beverly – Ninguém tem nada culpa apenas eu.

– Certo – Eva respira fundo – Suspendam as transfusões, Serena e Chris, ajudem o Theo a reorganizar os frascos de sangue, temos a numeração certo ?

– Sim.

– Então usem a lista para dar os nomes. Sejam o mais rápidos possíveis, e ninguém repito ninguém está autorizado a falar sobre esse assunto até que se resolva isso tudo. Reunião encerrada.

Todos saíram da sala e Eva ficou pensando sobre David ir para o exercito. E curiosamente ela se lembra da primeira vez que o viu. E mesmo sendo um momento doloroso ela sorri.

Flashback on

– O que temos ? – Eva pergunta colocando o avental e as luvas de látex.

– Um casal, ela em estado grave, teve uma parada cardíaca vindo para cá. – um enfermeiro fala.

– Nomes ? – Serena Warren pergunta.

– Ele, David Kip Nolan, ela, Mary Margaret Blanchard Nolan.

Flashback off

– É estranho pensar assim, mas parece que naquele momento você tinha chegado para mim.

Serena, Chris e Theo teveram que fazer todos os 157 exames para saber de quem era os sangues numerados. Passaram-se 5 horas e eram os últimos frascos.

– Graças ao bom Deus o ultimo frasco – disse Chris segurando a etiqueta.

– Qual é nome ? – perguntou Serena.

– Enrique Petrová – respondeu Theo.

– Acabou ! – Serena comemora – Eu vou comer !

– Gente do céu, que sono – disse Theo.

– Vamos comer ? – perguntou Serena.

– Vão vocês, eu vou arrumar o nome nos prontuários da Eva e da Emma – disse Chris.

– Beleza depois de comer eu vou para o para o quarto da Jack. – disse ela.

– Tudo bem depois eu te encontro lá. – Chris responde e Serena e Theo vão para o refeitório.

Enquanto isso Cora estava quieto no canto do quarto, todos conversavam com Jack. David e Belle ainda planejavam coisas do casamento enquanto Ruby e Hook palpitavam, Jack foi a única que notou o jeito da mãe de sua amiga.

– Tia, o que foi ? Está quieta ? – perguntou a moça.

– Não eu só estou pensando que você precisa descansar, e tem muita gente aqui.

– Serio mesmo ? – ela levanta a sobrancelha.

– Sim, quer saber, vamos embora, ela precisa descansar gente – disse Cora.

– Não, eu estou bem, sério por favor não me deixem aqui – Jack pede.

– Jack precisamos deixar você descansar – disse David – Amanhã nós voltamos, prometo... posso trazer o Henry e o Troy ? Eles querem te ver.

– Claro faz tempo que não vejo os meus pestinhas.

– Então – ele beija a testa dela – até amanhã e continue viva.

– Pode deixar – ela ri.

Todos saem do quarto de Jack, mas Cora continua, ela espera Ruby fechar a porta e puxa uma cadeira ela se senta bem perto de Jack e segura sua mão.

– Jack eu preciso te perguntar uma coisa.

– Sabia, pode falar tia o que foi ?

– Jack, se você fosse adotada e depois de muito tempo a sua mãe biológica voltasse pedindo para você a perdoar e tentar chama-la de mãe, o que você faria ? Você deixaria a sua mãe adotiva de lado para tentar uma nova vida com a sua mãe biológica ?

– Ainda tá bolada com esse assunto da Madeleine e da Eva não é ?

Cora balança a cabeça de leve e dá um sorriso torto.

– Olha tia eu ainda não pude sentar e conversar com a Eva a respeito disso, mas tenho certeza que ela nunca vai abandonar a senhora.

– Mas e se fosse você ?

– Se fosse eu... eu não posso responder tia.

– Por favor Jack, faça uma força.

– Teria curiosidade em saber porquê ela me largou, mas eu não tentaria me reaproximar, não estou culpando a Madeleine mas eu não teria coragem de deixar a senhora.

– Então por que a Eva ainda continua distante de mim ?

– Ela ainda está processando esse momento, ela te ama e não nega isso.

Jack ficou conversando com Cora até que a moça pegou no sono por conta das medicações, Cora olhou para ela, a mulher deu um beijo na mão da moça e se levantou, Cora começou a olhar as fotos que estavam na mesa, e em todas elas Eva estava presente, mas tinha uma foto em especial, ela pegou a foto e olhou.

– Você não faz ideia de como a sua filha se tornou uma mulher forte e amável. – ela disse para a foto de Rosa.

Depois Cora sai do quarto de Jack e foi embora, quando chegou viu Henry com a netinha nos braços, os dois dormiam, Jeff dormia no sofá, e Graham no chão perto da lareira, ela se aproxima e beija a testa da neta, Henry se acorda e vê Cora debruçada sobre ele.

– Cora ! – ela se afasta – Como a Jack está ?

– Ela está bem Henry, ela está muito bem – ela pega a menina nos braços.

– Ela tem previsão de alta ? – perguntou ele se levantando.

– Não Henry, ela também não está tão bem assim – ela caminha até o quarto da menina.

– Talvez eu vá até lá amanhã – ele a acompanha.

– Hmm – ela coloca a menina no berço.

– Cora eu estava pensando. Depois que a Jack sair do hospital, ela pode vim para cá, sabe assim ela terá mais pessoas ao redor dela para cuidar dela.

– Tanto faz Henry – Cora cobre a menina – você quem sabe.

Cora beija a menina e sai do quarto Henry vai atrás até chegar na sala, Cora pega um cobertor e coloca em Jeff.

– Só estou tentando ser uma pessoa boa – disse ele.

– E você é – disse ela ao se virar – mas acho que ela não vai querer vir para cá.

– Vou tentar, talvez ela queira – Henry entrega uma almofada para Cora.

– Talvez.

– Quero ser um bom pai, só isso mesmo que ela não seja registrada no meu nome ela ainda é a minha filha adotiva, eu considero a Jack como filha e eu quero ser um bom pai.

– Henry você sempre foi um bom pai, você nunca deixou nada faltar para esses meninos, você foi e ainda é amoroso, para de se martirizar. – Cora coloca a almofada debaixo da cabeça de Graham.

– Obrigado, eu vou dormir agora, boa noite – disse ele.

Henry ainda tinha o costume de beijar a bochecha de Cora, ele chega bem perto dela, mas para ao se lembrar de que ele e ela estavam em processo de divorcio ele parou. Ele não percebeu mas Coar tinha fechado os olhos.

– Desculpe, força do abito, boa noite, durma bem – ele se retira.

– Boa noite – ela sussurra.

Não demorou muito para Cora subir para o seu quarto, ela estava dormindo em outro quarto, bem longe de Henry. O casal achou que Jeff e Graham estavam dormindo, bom acharam.

– Você viu isso ? – perguntou Jefferson.

– Tá fácil para o papai, basta ele saber contornar – respondeu Graham.

Enquanto isso Cora estava em seu quarto, ela andava de um lado para outro sem conseguir dormir, ela vai até a gaveta de suas roupas e retira uma pasta cheia de copias dos papeis de adoção de Eva. Ela olha todos eles, ela pega o celular e vai até os contatos, por sorte não tinha apagado o numero de Madeleine, ela liga para a mulher.

– Alo ?

– Precisamos nos encontrar. Agora.

– Quem é ?

– Madeleine, sou eu Cora.

– Serio, você me ligou para brigar.

– Eu não quero brigar, só quero respostas.

– Que tipo de respostas ?

– Henry.

– Henry ?

– Sim, eu preciso de respostas. Por favor.

– Vem.

– Onde você está ?

– Anota ai, o endereço.

Cora anotou o endereço e foi direto para o quarto de Madeleine. Ela bate na porta, Madeleine abre e Cora entre com tudo.

– Fala Cora – disse Madeleine pois Cora não disse uma palavra desde que colocou os pés no quarto dela.

– Eu mesma destruí meu casamento – ela chora.

– Ai Cristo – Mady sussurra para si – não foi bem assim Cora.

– Como não, eu o acusei de coisas que não foram verdade.

– Então peça desculpas – ela se senta na ponta da cama.

– Eu não posso.

– O orgulho mata mais do que qualquer coisa.

– Não é orgulho, é que estou em um momento delicado.

– Cora é só salvar o seu casamento, só isso o que tem de tão errado que você não pode fazer isso.

– Você !

– Ai vai começar. – Madeleine revira os olho – Eu não roubei o seu marido, tanto é que ele nem na minha cara olha mais, como eu posso ser o problema ?

– Você é a minha ameaça, se eu cuidar do meu casamento você vai ter tempo para Regina coisa que com certeza não terei.

– Quando é que você vai entender que eu não quero afasta-la de você ? Eu só quero... nem eu sei o que eu quero mais.

– Então vai embora.

– Não ! eu não vou deixa-la novamente, eu só quero poder ver ela todos os dias .

Cora chora mais ainda, Madeleine então se levanta e pega um copo d'água para a mulher. Ela então vai até a mala e pega uma chupeta.

– Sabe o que é isso ? Isso aqui é a única lembrança que eu tenho da Eva de quando ela era um bebê. Eu não tenho mais nada, já você tem tudo, desde dos primeiros dentinhos até o ultimo abraço que ela te deu antes de você sair do hospital, eu não posso competir com isso. Eu não quero roubar essas coisas de você, mesmo que isso seja doloroso para mim, mas Eva sempre vai te chamar de mãe, eu percebi isso naquele dia em que ela correu para os seus braços no hospital.

Cora e Madeleine ficaram nesse bate rebate até amanhã seguinte, Cora foi para casa e se arrumou, Madeleine também, ela tinha prometido ir no hospital. Eva estava no final de seu plantão quando passou pelo quarto da amiga.

– Bom dia amor – Eva vai até a amiga e a beija.

– Bom dia – ela responde sorrindo.

– Serena, eu vou pra casa e você ? – perguntou a morena.

– Sim, to morrendo de sono, o Chris vai cuidar de você.

– Falavam de mim ? Bom dia meninas.

– Bom pra quem teve uma ótima noite de sono – respondeu Serena

– Mal-humoradas – Chris beija a bochecha de Eva e de Serena.

– É hoje será um longo dia – disse Jack.