I'll Always Come For You escrita por Bia Stowe


Capítulo 123
4 longos meses


Notas iniciais do capítulo

Hey... mais um cap, espero que gostem desculpem os erros e boa leitura :)



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No dia seguinte Eva estava com David quando foram chamados na creche.

– Então você foi chamado aqui para falar do comportamento agressivo do Troy – disse a coordenadora da creche.

– Eu não entendo, o que ele fez ? – perguntou David.

– Ele mordeu um dos coleguinhas dele.

Eva olha pela janela e vê o menino sentado no banco de madeira, quando ele vê a morena ele se agacha no banco.

– Mordeu um coleguinha ? O Troy ? Mas por que ?

– Ele não disse, só disse que se o menino continuar ele vai morder novamente. Peço que o senhor converse com ele.

– Mas ele nunca fez isso antes.

– Eu sei, ele é um garoto calmo e doce, mas esse tipo de comportamento é inaceitável.

– Ok isso não vai se repetir, podemos leva-lo para casa ? – perguntou David.

– Sim.

David e Eva saem da sala, David se posiciona na frente do garoto. Ele olha de modo autoritário, os olhos de Troy brilham ao olhar para cima. Eva fica receosa sobre a reação de David.

– Troy... – David o chama.

– David... querido – Eva coloca a mão do ombro do homem.

– Vamos – disse o homem.

O menino sai correndo, Eva puxa o braço de David.

– Vai com calma – disse ela.

– Ir com calma ? Ele mordeu o menino.

– Alguma coisa o menino também fez, você conhece o Troy, ele não faria isso se não tivesse uma razão. – ela sussurra.

– Eu não posso deixar isso passar despercebido Evy, eu tenho que educa-lo.

– Eu posso falar com ele ? Antes que você faça alguma besteira ? Qual é eu também sou a mãe dele ! – reclamou Eva.

– Você se considera mãe dele ? – David sorri.

– Lógico, eu não vou deixar qualquer piranha chamar ele de filho – ela sorri.

– Então tá, vai e eduque seu filho.

– Vamos à praça.

Eva arrastou David e Troy para a praça, ela pediu para que o homem fosse comprar sorvete e aproveitou o momento. Troy parecia triste, não queria brincar na caixa de areia, estava sentadinho no banco de pernas cruzadas e olhar caído, sua cabeça estava baixa e ele brincava com os dedos. Aquilo foi de partir o coração, chegou perto do menino e começou a falar.

– Sabe Troy, não é fácil ser adotado, não é mesmo – ela suspira e o menino só escuta – as pessoas dizem que nossos pais não nos amam, que não vinhemos da mulher que chamamos de mãe, e que nunca seremos filhos de verdade, isso tudo é muito chato.

Ela passa o braço em torno do menino o trazendo mais para perto dela.

– Foi exatamente o que o menino disse para você, não foi ? – ele balança a cabeça – Isso não passa de uma grande mentira.

– Mas é verdade, eu não posso ser filho do papai. – disse ele triste.

– Troy, você viu as suas tias ? A tia Ruby e a tia Belle ?

– Sim o que tem elas ?

– Você notou alguma coisa de diferente nelas e em mim ?

– Não, por que ? Eu devia ?

– Você vê o vovô e a vovó, eles me tratam diferente delas ? Eles dizem eu te amo para elas e não dizem para mim ?

– Não.

– Olha deixa eu contar uma história para você. Os seus avós se amavam muito, mas eles sentiam falta de uma pequena coisa entre eles, uma pequena coisa que poderia trazer alegria para eles, a vovó estava doente, ela não podia ter um bebê sem passar mal e acontecer algo ruim com o bebê, então foi onde eu entrei, eles tinham tanto amor que precisavam de uma outra pessoa para ganhar esse amor todo,eles precisaram de um caldeirão para despejar o amor deles, eu não sou filha de ter saído a barriga da sua vó.

– Não ? – ele arregalou os olhos.

– Não, mas isso não quer dizer que ela me ama menos, ou que ela não seja a minha mãe, meu pai também, porquê você acha que toda vez que eu entro na casa deles eles dois já vem logo me beijando e abraçando ? Eu sou o caldeirão de amor deles. Como você é o do seu pai e meu. Tudo bem que eu não tenho te visto nos últimos dias, mas é que é eu estou cheia de coisas de adulto para fazer. E no dia em que você ganhar um irmãozinho você vai continuar sendo o nosso caldeirão de amor.

– Então por que ele disse aquilo ?

– Porque talvez o caldeirão dele esteja se esvaziando, dai ele quer esvaziar o seu também, mas isso nunca vai acontecer, sabe por que ?

– Por que ?

– Porque eu e seu pai temos amor o suficiente para manter você trasbordando – ela faz cocegas no menino.

O garotinho cai na risada, ele a abraça.

– Te amo mamãe.

– Também te amo...filho.

Depois daquilo quatro meses tinham se passado, metade dos problemas de Eva tinham sumido, Jack estava tendo ótimos resultados, Cora ainda não tinha se acertado com Henry, mas já não o tratava de modo frio, Belle já se sentia mais animada com as coisas que fazia, Ruby foi convidada para assumir temporariamente o lugar de Jack na rádio, Graham largou a carreira de piloto agora se dedica um pouco mais na advocacia, Jefferson ainda trabalhava com August, mas estava encarregado como agente de contatos da loja. Certa madrugada Emma estava acordada, não conseguiu dormir pensando em Hook. Então ela liga para ele.

– Anthony... ?

– Emma ? Aconteceu alguma coisa ?

– Não, eu te acordei ?

– Não, eu estou trabalhando.

– Ah... então eu ligo depois.

– Não ! Pode falar, eu to em casa, a Evy tá dormindo, pode falar.

– Anthony... o que você de tão valioso em mim ? Quero dizer você era um cara livre sem problemas, mas você preferiu ficar com uma mulher que já tem filho, largou tudo o que mais amava para tentar uma vida com uma mulher com bagagem extra ?

– …

– Hook ? Você pode me responder ? – perguntou Emma com a voz alterada.

– Não sei Emma ! Talvez o seu jeito diferente, seu sorriso discreto e o modo como você, sei lá, você foi a pessoa mais diferente que já conheci, estar do seu lá me fez querer ser talvez o protetor, você pergunta do Henry ? Eu daria tudo para que esse garoto fosse meu filho de papel passado, eu sei que você me acha infantil demais, mas pense direito, você acha que eu te deixaria ? É uma pena que você desistiu de nós.

Emma fica muda do outro lado da linha.

– Emma ? Emma ?

– A loira desliga o telefone, Hook joga o celular na mesa.

– Quando é que vamos nos acertar ?

No dia seguinte Eva foi para o hospital, estava revisando os prontuários quando Chris chegou até ela ofegante e com um grande sorriso.

– Eva vem comigo ! – ele a puxa.

Os dois correm em direção ao quarto de Jack, quando ela entra no quarto mal pode acreditar no que estava vendo. Jack estava acordando.

– Jack ? – ele chega perto da cama – Jack você consegue falar ?

– Acho que está um pouco cedo para isso mas...

– To com sede – disse Jack com a voz fraca.

– Ok, agora ela está acordada e falando – disse Serena que a examinava.

– Qual é a possibilidade de isso acontecer ? – sussurrou Alex.

– Nenhuma... é um milagre – disse Eva.

– To com sede – Jack torna a dizer.

– Tome – Serena coloca água no copo e leva até a boca de Jack – Eu vou lhe fazer algumas perguntas, me responda com calma tudo bem ?

– Ok.

– A primeira pergunta é, Como você se chama ?

– Jack.

– Só Jack ? – perguntou Serena levantando uma sobrancelha.

– Jacqueline Montez Campbell.

– Muito bem Jack. Segunda pergunta, quantos anos você tem ?

– 29.

– Você tem filhos ?

– Não.

– Tem namorado ?

– Não.

– Vou falar alguns nomes e você vai me dizer se conhece alguém ou não.

– Tudo bem.

– Cora.

– Conheço.

– Henry.

– Conheço.

– Graham.

– Sim.

– Jefferson.

– Sim.

– Ruby.

– Sim.

– Belle.

– Também.

– David.

– Sim.

– Madeleine.

– Sim.

– Anthony.

– Sim.

– Jennifer ?

– Não.

– Eva.

– ….

– Jack não responde, apenas olha para Serena.

– Jack ? Você me ouviu ? Você conhece alguém chamada Eva ?

– Não.

– Você conhece alguém chamada Eva Regina ?

– Não, eu já disse !.

Serena olha para Eva que está sem expressão.

– Eu preciso sair. Com licença. – Eva deixa o quarto de Jack, Chris vai atrás da morena.

– Eva espera – ele segura seu braço.

– Ela não se lembra de mim. – disse ela frustrada.

– Calma, ela acabou de acordar, ela ainda está processando algumas informações.

– Legal, ela lembra de todos da minha família até da Madeleine, mas não lembra de mim ?

– Tenha calma.

Enquanto isso no quarto de Jack.

– Jack, você conhece alguém chamada Eva ?

– Claro que conheço.

– Mas você disse que...

– Qual é, você viu a cara que ela fez ? – ela sorri – Ah.

– Hey vai com calma, você só acordou mas o ferimento ainda continua aí.

– O que aconteceu ?

– Um freio de mão atravessou você – disse Serena.

– Caramba... eu sou de aço. Ai ela está vindo. Faça a pergunta novamente.

– Você é má – Eva entra na sala – Vou perguntar mais uma vez... você conhece Eva ?

– Não ! – Eva passa a mão no rosto – Eu conheço a garota que divide pizza gelada comigo, e que dorme na mesma cama que eu – ela abre um sorriso.

– Jack eu vou te matar ! – disse Eva sorrindo – que susto.

– Vem cá, me de um cheiro – disse Jack, Eva caminha até ela e dá um leve abraço. – você pode fazer melhor que isso.

– Eu sei mas é que você não pode ser apertada.

Jack sorri, Eva esperava por esse momento por longos 4 meses. Mesmo estando fraca, Jack não perdeu o sorriso que a melhor amiga espera, naquele dia Eva não voltou para casa, ela providenciou uma maca e dormiu ao lado da amiga, antes ligou para David para dar a noticia, ele disse que iria no dia seguinte visitar a moça. Jack pediu para Eva segurar a sua mão enquanto dormia. De fato Jack nunca iria deixar de segurar o bebê de Eva.


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