Eva acorda com o bip tocando.

– Hmm – ela pega o bip e olha – Ai meu deus Jack... – ela dá um pulo da cama.

– Eva ? – Cora a chama.

– Oi mãe ? Eu não posso falar agora...preciso atender um paciente, pode ser depois ?

– Claro, vou ficar esperando aqui. – ela abre um sorriso fraco.

– Eu já volto – Eva volta e dá um beijo na testa da mãe e sai correndo.

– Dra. Zambrano... a sua amiga, ela. – Chris diz enquanto corre com Eva até o quarto de Jack

– Ela o que ? Ai meu deus ! – Eva já pensa no pior.

– Ela não está na cama – ele para de correr.

– Como é ?

– Ela não está lá, eu e a Serena procuramos ela em todos os lugares. Até no banheiro, ela não está lá.

– Como vocês perderam um paciente ?

– Ela só esperou eu dar uma saída para ela fugir.

– Eu não acredito nisso, eu vou matar a Jackline, olha, você procura no andar de cima, peça para a Serena procurar no andar de baixo, eu vou procurar no saguão e no refeitório.

– Ok.

Os dois saem correndo para achar Jack, se Eva perdesse um paciente levaria suspensão e advertência junto com a sua equipe. Hook que estava na recepção a chama.

– Hey Evy...

– Não posso falar agora tenho que achar a Jack – ela passa correndo pelo rapaz.

Logo depois passa Chris e Serena, Emma vem atrás e esbarra em Hook.

– Desculpe, tenho que...

– Procurar a Jack, já sei. Na verdade eu só vim trazer a mala dela. Você pode entregar ?

– Posso.

– Obrigado, eu tenho que ir, tchau Emma.

– Tchau Anthony.

Hook estava um pouco frio para Emma, tudo para não demonstrar a dor que sentia em saber que não estava mais com a loira. Enquanto isso Eva já estava ficando desesperada por não achar Jack, até que ela vai até a cantina do hospital e se depara com uma certa morena de cabelos longos castanho claros vestindo uma calça jeans e o avental médico, sentada em uma das mesas com um pacote de salgadinhos picantes e tomando um refrigerante gelado.

– Você tem dois segundos para se afastar dessas porcarias e se levantar ! – Eva é autoritária.

– Mas...

– Mas nada, era pra você estar na sua cama, o que diabos faz aqui Jack ? – Eva puxa uma cadeira.

– A comida daqui é um horror, tá explicado porque você está tão magra. – ela pega um salgadinho.

– Solta ! – ela dá um tapa na mão da amiga.

– Mas eu to com fome – Jack resmunga.

– Você não pode, vai piorar a sua infecção.

– Ai para que nome feio.

– Quer que eu chame como ? Dodói ?

– Pode ser. – ela ri.

– O veio te visitar, e a minha mãe veio me visitar.

– Ela está ai ?

– Sim.

– E agora ?

– Eu preciso resolver essa situação o quanto antes, por isso eu preciso que você vá para a sua caminha meu neném – Eva aperta a bochecha de Jack.

– Tá eu vou, mas só por causa do dodói que está coçando.

– Tá coçando ?

– Tá olha – Jack levanta o avental.

– O caramba, você precisa de um banho, eu vou pedir para o Chris te ajudar.

– Aquele bonitinho... hmm.

– Quer saber, a Serena está disponível, ela vai te ajudar.

– Hmm.

– Jack ! – ela faz cara de safada.

– Brincadeira.

Eva e Jack caminham pelo saguão até que elas encontram Serena e Chris, ofegantes.

– Serena, a infecção dela está coçando o que devemos fazer ?

– Geralmente nós limpamos a ferida e colocamos novos curativos.

– Ela ainda está um pouco febril.

– Nesse caso, um banho depois o fungicida.

– Porque será, que eu sinto que isso vai doer ? – Jack é sarcástica.

– E depois do fungicida, um analgésico para controlar a febre.

– Que legal, é tipo escola, também quero brincar.

– Jack, a dipirona não resolve tudo – brincou Eva.

– Podemos ir ? – perguntou Serena.

– Claro flor, no caminho vamos conversar, já que vai me ajudar no banho preciso saber mais sobre você – Jack se apoia em Serena.

Chris e Eva assistem Jack e Serena se afastarem.

– Preciso da sua permissão – disse o rapaz com uma prancheta na mão.

– Para ? …

– O Mike... ele já está bom para ser liberado, mas como o paciente é seu amigo, precisaria da sua permissão.

– Tudo bem, eu libero ele, mas não agora, quero ver ele antes, pode ser mais tarde ?

– Ok.

Chris deixa Eva sozinha, ela se vira para encarar o inicio da tarde quando escuta alguém lhe chamar.

– Eva ! Precisamos conversar.

– Madeleine ?

– Precisamos conversar. E precisa ser agora.

– É que eu estou ocupada.

– Por favor.

– O que foi ?

– Não pode ser em um ligar mais reservado ?

– O que faz aqui ? – Cora não grita mas a raiva era visível.

– Não vamos brigar agora mãe – disse Eva com medo de ter briga.

– Eu preciso conversar com a Eva... a sós.

– Eva... – Cora a chama.

– Eva... – Madeleine também a chama.

– Ai senhor... vamos para um quarto – amorena arrastou as duas para um quarto distante – Mãe pode falar.

– Eu vim aqui para pedir desculpas, eu sei que o meu orgulho foi maior, e me arrependo de ter batido no seu rosto, eu errei.

– Mãe... – ela olha para Cora com a expressão séria – Porque demorou tanto para perceber isso ? – ela abraça a mãe.

– Eu te amo Eva.

– Também te amo mamãe.

Madeleine deixava as lagrimas caírem a cada segundo do abraço prolongado entre Eva e Cora.

– Madeleine... – Eva dá a palavra para a mulher – pode falar.

Ela não consegue dizer de imediato, ela tenta mas nenhuma palavra sai, as lagrimas caiam involuntariamente de seus olhos verdes, ela só mexia as mão, aquele momento estava sendo um horror para Madeleine, ver a sua filha chamando outra mulher de mãe. A devastou.

– Madeleine, o que foi ? Pode falar – Eva chega perto dela para colocar a mão mas a mulher se esquiva.

– Eu... eu achei o que estava procurando – ela diz com a voz falhada.

– Que bom, e o que era ?

– Você. – ela é simples.

– O que ? – Eva pergunta confusa

– Era você que eu estive procurando esse tempo todo, a minha filha, eu achei. Eu sou a sua mãe.