O Emissário Do Equilíbrio escrita por LordRyuuken


Capítulo 5
A máscara cai, identidades reveladas


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora em postar, pessoal (apesar que estou postando um por dia, esperar uma hora a mais ou a menos nem é tanto assim u_u'). Capítulo novo aí para vocês. A dedicação do capítulo de hoje vai a Isabella Gabrielle, uma excelente amiga que me apoiou bastante na idéia deste projeto.

A votação pelo ship, como sempre, continua. Irá se encerrar quando eu postar o próximo capítulo, pessoal! Última chance de votar, hein?

Parcial:

Percy x Ártemis - 9 votos
Percy x Héstia - 4 votos

(Retirei um voto de Percy x Héstia para adicioná-lo a Percy x Ártemis, já que o leitor joao mudou seu voto).

Repescagem:

Percy x Thalia - 4 votos
Perxy x Athena - 1 voto
Percy x Rachel - 1 voto


Boa leitura!



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P.O.V. Jason

— Acho que isto não será necessário. — soou divertida uma voz próxima a nós, após emitir um feixe de luminosidade de brilho muito superior ao do aparecimento dos quatorze olimpianos. Notei todas as cabeças no recinto, incluindo a minha própria e a dos deuses virarem para o local onde o som foi emitido.

Inicialmente pensei que o homem que havia interrompido o pronunciamento de meu pai só poderia ser louco, para desafiar a autoridade dos deuses. Entretanto, ao olhar para o lado, notei que estava errado. Parado em pé no local para onde minhas orbes se viraram, pude perceber a presença do que obviamente era uma figura poderosíssima, exalando puro poder ao ponto de eu sentir meu corpo parcialmente mortal ser elevado ao limite de sua constituição, como se estivesse prestes a irromper em chamas, tamanha parecia ser a presença magnífica daquele ser. Acho que a sensação de estar próximo aos deuses em suas verdadeiras formas deveria ser parecida, com a divergência de que na presença de suas verdadeiras formas qualquer mortal... bem, morria. Mesmo assim, os deuses conseguiam suprimir a colossal quantidade de poder divino que possuíam de forma natural quando passavam a forma “humana”. Para aquele homem continuar emanando energia a este ponto mesmo neste estado limitado, com certeza não era uma pessoa comum e muito menos algo com o que, exausto de uma longa missão e uma desagradável viagem conseguiria lidar.

Possuía cerca de dois metros de altura, com olhos que pareciam uma agradável mescla de azul e verde que pareciam bailar em suas órbitas, com cabelos negros e lisos até o fim do pescoço, uma barba rala por fazer e um corpo escultural (não é por ser homem que não vou admitir o porte físico avantajado de um semelhante). Trajava um terno inteiramente branco, com uma gravata e sapatos na mesma cor. Em seu rosto, pousava um sorriso nos lábios, que dava-lhe uma feição jovial apesar de sua aparência física de quase quarenta anos de idade.

— Quem és para ousar interromper o anúncio deste panteão? — perguntou meu pai, demonstrando o orgulho que possuía como soberano do olimpo.

Normalmente eu tinha um certo orgulho de ser filho do rei dos deuses, mas neste caso, não poderia acreditar no que meu progenitor estava a fazer. O homem ali presente parecia exalar um caráter inumano em uma categoria que ninguém ali presente provavelmente poderia se igualar. Sem desfazer seu sorriso, o homem, de forma surpreendente virou para mim e comentou:

— Você tem bons olhos, garoto. Sua ajuda será necessária daqui para frente.

Imediatamente, ao escutar as palavras do homem, me curvei, realizando uma cortez reverência ao ser em tão elevado patamar existencial. Isto, como era de se esperar, causou um profundo desagrado em meu pai.

— Jason! O que está fazendo reverenciando um desconhecido que ousa interromper um pronunciamento do conselho divino? — questionou ele, fazendo-me tremer na base com medo de ser eletrocutado (mesmo sendo um filho dos céus e não morresse para um ataque assim, quando era do desejo de meu pai, seus ataques poderiam doer, e como).

— Não culpe o garoto por ser inteligente, Zeus. Ao contrário de você e, pelo visto, da maioria aqui, ele conseguiu notar a diferença entre nossas forças. Para a sorte de vocês, sou um aliado e não um inimigo, de modo a suas rudes palavras serem, desta vez, perdoadas. — falou ele, fazendo-me compreender ligeiramente sua forma de pensar — Questionaste sobre quem sou, soberano dos céus. Pois bem, apesar de não precisar fazê-lo, lhe responderei. Meu nome é Caos, creio que você já deve ter ouvido falar de mim...

A cara da maior parte do acampamento no momento seguinte foi completamente hilária. Seus queixos caíram como se alguém houvesse prendido uma bigorna neles, fazendo mais de noventa porcento do acampamento se curvar, inclusive eu mesmo. Ainda que não tivesse a confirmação de que ele realmente se tratava de quem dizia, apenas o poder que emanava já era o suficiente para que ele tivesse meu respeito. Infelizmente, isto não ocorrera com todos os presentes, já que alguns tinham um orgulho tão elevado que beirava a uma prepotência desmedida. Somavam neste grupo, obviamente, os três grandes, Ethan e mais alguns presentes, apesar de estes últimos permanecerem como estavam ou por serem novatos e não conhecerem o suficiente para saber quem era Caos ou por acharem que se o “líder do acampamento” (auto proclamado e de certo modo aceito pela maioria apenas por ninguém mais desejar desempenhar este papel após a saída de Perseus) e os mais poderosos dentre os deuses não consideravam o homem como o que ele era, certamente era por ele estar mentindo. Notando a posição na qual se encontrava, Caos sorriu, continuando:

— De fato, como era de se esperar, não são todas as pessoas que aceitam facilmente minha identidade. Várias perguntas surgem nesse entremeio, como: “Por que você não apareceu até agora?” ou “O que aconteceu com você?”. Bem, vamos esclarecer alguns pontos. — falou o homem, assumindo uma postura um pouco mais severa do que a que ostentara antes — Eu sou quem eu sou, quer vocês queiram ou não. Não preciso provar nada para vocês, muito pelo contrário. São vocês que precisam mostrar para mim que são dignos de habitar a existência em um mundo que moldei a partir de mim mesmo. E, só para contar... — iniciou ele, virando os olhos para alguns deuses e tomando um tom mais sombrio em sua voz — ...alguns dentre vocês estão me decepcionando.

Obviamente, todos os presentes gelaram ao ouvir isso. De alguma forma, eu conseguia ver o poder do homem mesmo com ele contendo sua força, de certo modo, mas agora parecia que ele finalmente havia liberado a pressão de sua divindade em uma escala mui pequena, mas suficientemente intensa para que todos se convencessem do que ele dizia. Ninguém ali era louco de, uma vez provada a identidade do homem, vir a desafiá-lo ou a fingir desinteresse para com a aprovação dele. Apenas me questionava por quais motivos Lord Caos fitara apenas uma parte dos deuses. Se fosse por abandonar seus filhos, apenas as deusas castas seriam poupadas, mas algumas deidades como Athena e Hermes também não receberam o olhar gélido que o criador havia desferido.

— Enfim... Para a sorte de vocês, tenho muito mais a me preocupar no momento do que ficar julgando as descendências de minhas criações. Desta forma, fiquem tranquilos, pois vocês estão livres de meus olhos. — continuou ele, fazendo com que os que estavam tensos em outrora pelo que o mais antigo dos deuses dissera relaxassem quase que completamente — Ao menos, por enquanto. — completou, com um sorrisinho animado, apenas para provocar a já esperada reação de pavor.

Já havia começado a compreender, de certo modo, como funcionava a cabeça do criador. Ele era temido em demasia por ser quem era, de modo a todos sempre o tratarem com um respeito extremo que ele não desejava. De certo modo, seus movimentos e ações não se assemelhavam aos de quem desejava ser um rei, mas realmente aos de um pai carinhoso, que desejava respeito e odiava insolência para consigo. Mas era apenas isto, eram apenas estes os “requerimentos” que o aquele que nos fez (de forma direta ou indireta) tinha sobre nós para sermos considerados pessoas dignas, por assim dizer.

— Você é realmente um garoto inteligente. — falou ele, olhando para mim e depois virando os olhos para Lady Athena — Tem certeza que Athena não teve um dedo em sua criação? Ao que vi até agora, você demonstra muito mais a sabedoria dela do que os aspectos tempestuosos de um tolo filho de Zeus.

Obviamente, isto causou a fúria silenciosa de meu pai e me fez corar. Ser elogiado pelo criador do universo não era algo que ocorria todo dia. Em um agradecimento, respondi:

— Fico feliz que o senhor goste de mim, milorde. — falei, vendo os olhos de meu pai faiscarem em minhas costas e completando, sem titubear — Entretanto, sou filho de Júpiter sim e tenho muito orgulho disso, mesmo tendo um profundo respeito por Lady Athena.

Tal elogio, por assim dizer, teve exatamente o efeito esperado. Meu pai parecia bem mais relaxado, como se o ligeiro alimentar de seu ego tivesse mostrado que, apesar dos pesares, ele ainda era respeitado, mesmo tendo sido de certo modo subjugado por Lord Caos. De todas as reações possíveis por parte do criador, admito que a que ele teve estava bem fundo em minha lista de previsões.

— Hahaha... Desculpe-me. Não foi minha intenção lhe ofender e nem mesmo a seu pai. — falou ele rindo, fazendo com que eu me sentisse mais envergonhado ainda do que estivera ao ser elogiado. Havia feito o criador se desculpar, ido contra suas idéias... Felizmente, ele parecia não ligar para isto e manter sempre (ou quase) o bom humor, coisa que foi notada por mim quando ele completou — … Quer dizer, talvez tenha tido a intenção de ofender seu pai sim, mas você realmente não tem nada a ver com ele. Mas vamos deixar de brincadeira, estou aqui por um motivo e pretendo cumprí-lo no pouco tempo que tenho neste local, afinal, sou uma pessoa ocupada.

— E o que o senhor deseja aqui? — questionou Athena, curiosa com as intenções do homem para mostrar sua face após tanto tempo. Ajeitando suas vestes, ele respondeu.

— Bem, eu aconselho que vocês se sentem, pois será uma história um pouquinho grande e um tanto quanto monótona. — aconselhou ele, vendo que ninguém seguira seu conselho, afinal, ouvir as palavras de alguém como Caos era uma dádiva por muito negada até mesmo aos deuses, então merecia toda a atenção que pudéssemos empenhar — Pois bem. Por onde eu começo?

— Que tal do início? — falou uma voz no meio da multidão, a qual não consegui identificar. Entretanto, os outros ali presentes tiveram. Era um novato, filho de Hermes. O coitado imediatamente se retraiu ao ter os olhos de todos pousados sobre si, mas antes que qualquer coisa pudesse ocorrer, novamente o soberano de toda a existência riu, concordando com o rapaz:

— Excelente idéia, garoto. Vou começar do início. Contando em anos mortais, há quatorze bilhões quinhentos e trinta e oito milhões e vinte e sete anos, treze horas e cinco minutos, aproximadamente... — falou ele, nos assustando com a precisão cronológica, que se assemelhava ao chute da ciência em uma das poucas coisas que a névoa parecia não ter lhes encobrido — Ao contrário do que muitos crêem, não era o único no “nada”. Junto a mim, havia mais uma pessoa, uma amiga, uma companheira. Seu nome era Tehom. Éramos bons amigos e, como se fôssemos crianças, brincávamos e nos divertíamos todos os dias. Fizemos muitas coisas juntos, dentre elas, planos mirabolantes de criar mais coisas, para ter mais pessoas para se divertirem junto a nós. Tudo estava muito bem no “vazio”, até o momento em que decidi colocar nosso plano em prática. Pegando o projeto que juntos havíamos construído, iniciei o gênese da primeira criatura vivente além de mim e Tehom. Gaia, a qual vocês chamam de mãe terra. O momento em que criei ela é conhecido atualmente no mundo mortal como “big-bang”, já que, por ainda não ter bem o controle de meus poderes, gastei uma grande quantia de poder divino de forma meio que inútil — admitiu, fazendo com que arregalássemos os olhos ao saber que o imenso big-bang que dera origem ao cosmos havia sido apenas um efeito da inconsequência do criador no momento de gerar Gaia. — Acho que criar Gaia como uma figura semelhante a nós e de caráter feminino não foi exatamente uma boa idéia, para falar a verdade. Isto causou o ciúme de Tehom, que se arrependeu das idéias e do projeto que criou junto a mim, pedindo que eu destruísse o que havia feito, de modo a ficarmos novamente sozinhos. Obviamente, eu recusei. Estava interessado demais no que havia feito para simplesmente acabar com a experiência sem ao menos analisá-la, por assim dizer. Infelizmente, Tehom tomou isso como uma afronta a si, como se eu gostasse mais do que havia feito no projeto da criação do que dela. Como se eu fosse substituir seu lugar em minh’alma pelo que juntos havíamos planejado — admitiu ele.

— Então a criação nada mais foi do que um projeto de crianças, daqueles de massinha que apresentamos na segunda série? — questionou alguém na platéia, fazendo o criador retomar a consciência do que dizia e continuar.

— Mais ou menos isso. Não foi bem um projeto de segunda série, está mais para o trabalho de uma vida, um projeto que havíamos criado juntos e que queria que ela tivesse tanto orgulho quanto eu. Mas não teve. Tomando para si o caráter obscuro da existência, gerado devido ao equilíbrio de bem e mal necessário a todas as coisas, Tehom tentou destruir por todo o tempo a criação. Sem muitas opções, tomei para mim o lado da luz e continuei a impedí-la por vezes repetidas. É por isto que meu nome é Caos. Lembrem-se de suas aulas de química, vocês que a tiveram. Luz é uma das formas de energia existentes neste universo. O que acontece quando excitamos uma partícula, fornecendo energia a ela?

— Elas tendem a aumentar sua entropia e acelerar seu movimento, tendendo ao caos representado pelo senhor, Lorde Caos. Já entendi. — disse Athena, compreendendo de imediato a situação. Felizmente, o criador se deu ao trabalho de explicar também as mentes menos favorecidas, dizendo:

— É exatamente isto. Levar alguma coisa a uma temperatura mais alta aumenta seu movimento. Pensem em uma panela de água fervendo, uma jarra d’água e uma pedra de gelo. Enquanto o gelo é sólido e praticamente imóvel, mantendo sua forma e volume fixos, a água líquida se movimenta dentro de um mesmo volume, mas com uma forma variável. Por fim, o gás não é preso nem ao volume e nem a forma, sendo o mais livre dentre os três. Quanto maior for a temperatura, maior o movimento e maior é a liberdade. O mesmo vale para a luz. O livre-arbítrio que dei a vocês é exatamente isto, a possibilidade de vocês escolherem seu próprio caminho, podendo se movimentar com o mínimo de restrições possíveis. Como quanto maior o movimento, maior é o caos, decidiram dar meu nome para este efeito.

“Deve ser por isso que ele não gosta que se dirijam com obediência cega a ele. Como a personificação da luz, acredita que isso tira nossa liberdade, algo que ele tanto aprecia. É por esse motivo também que ele é deste jeito largadão e até um pouco palhaço, como se nada lhe importasse. Entendi.” — pensei, enquanto ele continuava a falar.

— Infelizmente, se o caos da luz é a liberdade e o movimento, as trevas são seu exato oposto: confinamento e rigidez. São os símbolos de Tehom, por assim dizer, que deseja até hoje congelar toda a existência e destruí-la, retornando aos primórdios do tempo. Minha velha amiga acabou consumida pelo que tom tanta ânsia tomou para si, cristalizando em seu âmago e fazendo apodrecer tudo o de bom que tinha em seu peito. — disse o criador, tristemente.

— Me perdoe senhor, mas o que isso tem a ver conosco? — perguntou um outro campista, um filho de Athena.

Sorrindo fracamente, o criador respondeu:

— Tem tudo a ver, meu caro rapaz. Vendo que eu não estava sozinho, Tehom criou para si mesma servos poderosos, cada um deles tão forte quanto um dos deuses primordiais. Estes foram conhecidos como os “Lordes das Sombras”, que completavam o reinado de sua deusa. Assim como minhas crias fizeram as suas próprias, o mesmo aconteceu com Tehom, com apenas uma diferença: eles não tem quase nenhum livre-arbítrio. São perfeitos soldados, prontos para fazer qualquer coisa por sua senhora. Éons atrás, no início da época dos titãs, quando Cronos ainda era um herói aventureiro e gentil, logo após aprisionar Urano, houve uma guerra. Como conseguimos vencê-la, apagamos da história a existência desta luta, apesar de eu poder lhes afirmar com exatidão que foi um ataque d’A Sombria (título dado a Tehom atualmente) que fez com que Cronos mudasse tanto. De uma forma ou de outra, a guerra está prestes a acontecer novamente e vocês precisam se preparar, se quiserem sobreviver. Foi por este motivo que ordenei a dois de meus discípulos que libertassem os titãs, já que a ajuda deles será extremamente necessária para vencer esta guerra. — encerrou ele, fazendo com que todos retomassem a um silêncio mórbido, finalmente compreendendo o que havia ocorrido e os motivos por trás dos movimentos sorrateiros do primordial.

Quase todas as questões estavam respondidas, exceto uma, que eu desconhecia, mas Ártemis rapidamente se prontificou a questionar:

— Seus discípulos? Como assim? — parecia que alguma coisa estava incomodando ela, mas eu não sabia exatamente o que, de forma a apenas aguardar o desenrolar dos acontecimentos.

— É exatamente o que você ouviu. Da mesma forma que Tehom, escolhi meus próprios guerreiros e lhes auxiliei em seu caminho para o poder. Entretanto, ao contrário dela, escolhi entidades já vivas e mortais, por acreditar que todos possuem a perfeição em si, mesmo que de sua própria forma e alguns, bastante enterrada em si, atrás de uma camada densa de excrementos. — disse, começando mais um de seus discursos — Meus guerreiros foram escolhidos por mim para guardar os sete caminhos de um guerreiro, usando seus símbolos de poder para guardar a justiça e a igualdade entre as pessoas. Todos tem seus próprios motivos para estar no grupo, mas acho que seus nomes e identidades é algo que devem ouvir da boca deles mesmos. Saber, Archer, Lancer, Rider, Caster, Assassin e Berserker, venham até mim, filhos da luz.

Ao falar isto, pressionou uma espécie de jóia rubra em sua mão direita, que funcionou como um botão. No segundo seguinte, um clarão tomou conta do local novamente e sete figuras encapuzadas apareceram. Caos foi direto e simples em sua ordem:

— Apresentem-se a nossos novos aliados. Não quero ouvir discussões sobre este assunto. — pronunciou categoricamente, em tom de comando. Percebi que, apesar dos pesares, mesmo ele sabia o momento de manter a ordem nas coisas. Um muxoxo de descontentamento foi escutado por entre uma das sete figuras, mas parecia concordar com a ordem de seu soberano. Foi assim que, um a um, os sete se revelaram.

A primeira figura media aproximadamente um metro e setenta de altura e, ao retirar o capuz que cobria sua face, revelou cabelos e olhos negros. Possuía aproximadamente um metro e setenta de altura e um corpo esbelto. Alguns pareciam assustados de vê-la ali, como se a conhecessem de algum lugar, mas sua face não esboçava nenhuma emoção aparente quando se apresentou:

— Respondo pela alcunha de Archer. Sou filha de Atlas e Pleione — disse, como se desgostasse do que proferia — e ex-tenente das caçadoras de Lady Ártemis. Me chamo Zöe. Zöe Nightshade.

Imediatamente após a aparição da primeira figura, a segunda, de aproximadamente um metro e oitenta e cinco de altura retirou seu capuz, revelando seus cabelos loiros e seus olhos azuis. Possuía uma cicatriz na face, como se tivesse sido atacado por algum monstro feroz e ferido com certa gravidade em batalha. Percebi que ele também era um velho conhecido, já que uma comoção muito maior ocorreu quando ele se revelou:

— Sou conhecido como Saber. Filho de Hermes, me chamo Luke Castellan. — falou ele, olhando especialmente para o local onde se encontravam Thalia e Annabeth, como se conhecesse as duas há um longo tempo atrás.

A terceira figura certamente não era tão conhecida quanto as duas primeiras, pois absolutamente ninguém ali reagiu ao ver sua face. Seus cabelos acinzentados iam até o meio das costas, amarrados em um frouxo rabo-de-cavalo. Seu tom de pele era extremamente pálido, como se jamais tivesse pego sol na vida, mas não chegava a ser um caso de albinismo. Tendo aproximadamente um metro e setenta e cinco de altura e olhos violáceos, falou a terceira discípula:

— Sou Lancer. Filha de Crios. Não tem graça me apresentar sendo uma desconhecida comparada aos dois antes de mim, mas enfim. Me chamo Noah Martinez. — completou, fitando-me diretamente nos olhos. Provavelmente com raiva ou curiosa sobre o fato de, na última guerra contra os titãs ter sido eu a derrotar seu pai.

Havendo três se apresentado, o quarto tirou seu capuz como os outros. Com quase um metro e oitenta de altura, possuía cabelos pretos em um corte comportado e elegante e olhos tão azuis quanto os meus próprios. Seu corpo não era muito musculoso, mas parecia rígido e bem preparado, como um guerreiro que utiliza a velocidade como atributo principal em seus embates. Sorrindo, descobri seu encargo antes mesmo que se apresentasse.

— Como Lancer disse, há alguns pontos negativos em ser desconhecido, mas se alguma garota aqui quiser, podemos marcar de nos conhecer melhor. — falou ele, com notória malícia na voz, encerrando em seguida — Sou Hunter Adwell, filho de Fortuna. Respondo pelo caminho do assassino.

Era estranho que um homem nitidamente mulherengo fosse logo o Assassin, mas ele parecia ser o típico caso da pessoa que, por seu comportamento, nos fazia o subestimar. Talvez toda esse jeito também fosse um ponto forte em seu encargo, por assim dizer. Não era exatamente o comportamento esperado de um romano (que ele era, afinal, pronunciou o nome de sua mãe como Fortuna e não Tique, sua correspondente grega), mas tudo bem. De um modo ou de outro, logo era o momento de o quinto se mostrar.

Ao tirar seu capuz, novamente houve uma série de sussurros. Era o mais alto do grupo, seguido de perto por um dos que ainda não havia se revelado. Devia ter pouco mais um metro e noventa e cinco de altura. Era o típico afro-americano: alto, musculoso, olhos e cabelos escuros. Parecia analisar tudo ao seu redor, como se estivesse notando as diferenças no acampamento. Provavelmente, um ex-campista.

— Respondo pelo título de Rider. Meu nome é Beckendorf, já fui parte do chalé nove neste acampamento. Ou em sua versão anterior, que seja. — não consegui exatamente identificar se ele estava animado ou irritado, parecia uma mistura dos dois. Ainda assim, deixei para lá, focando meus olhos na próxima figura.

Seus cabelos e olhos possuíam uma coloração acinzentada e seu olhar uma espécie de mirar superior e desafiador que eu conhecia muito bem. Com certeza era filho de Athena. Parecia ser o mais velho dentre todos ali, com uma aparência de aproximadamente vinte e poucos anos de idade, mesmo que não aparentasse tudo isto. Em seu corpo de altura semelhante ao de Assassin, uma espécie de marca residia, semelhante a uma tatuagem. Alguns poucos campistas se surpreenderam ao ver o homem, mas minha confirmação de seu parente divino veio ao vislumbrar a face boquiaberta da deusa da sabedoria.

— Respondo pelos nomes de Caster ou Sextus. Meu verdadeiro nome é Dédalo. — e encerrou por aí. Não falou seu parente divino e nem nada mais, como se alguma tensão existisse entre ele e alguns dos presentes, provavelmente, sua mãe dentre estes.

Antes que o sétimo pudesse se apresentar, Lady Ártemis disse:

— E finalmente conheceremos a face de Berserker, o guerreiro de armadura... — e ele realmente portava uma armadura. Mesmo após retirar seu capuz, tudo o que se pôde ver foi um elmo completamente negro sem abertura alguma, nem mesmo para os olhos, que possuíam em si uma espécie de visor vermelho.

Por ele não haver dito nada, mesmo após retirar o encobrimento de seu capuz, Lorde Caos proferiu:

— Não temos o dia todo, Berserker. Você vai ter que fazer isso, mais cedo ou mais tarde. Mostre sua face e diga seu nome, só falta você. — falou, estalando os dedos.

Ao fazê-lo, imediatamente a máscara do homem se partiu em duas, revelando os cabelos curtos e alvos do homem de aproximadamente um metro e noventa. Havia apenas uma mecha mais longa, saindo de sua nuca como um rabo de cavalo, preso por uma espécie de elástico negro. O resto de sua roupa também finalmente era revelada, uma armadura que completava o elmo que já havia vislumbrado. Mas foi ao escutar sua voz sem a armadura (completamente distinta a de quando usava o elmo) e vê-lo abrir os olhos que todos ali sentiram um arrepio subir pela espinha. Qualquer um ali, semideus ou imortal conheceria aquelas orbes-verde esmeraldinas, que pareciam se agitar nas órbitas do mancebo como o mar em dia revolto. Ao abrir a boca, tudo o que ele disse foi:

— Meu nome é Perseus Jackson.


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Notas finais do capítulo

E mais um capítulo acaba por aqui, pessoal. Espero que compreendam a demora (apesar do que eu disse lá em cima, para mim uma ou duas horas é demora sim, também sou leitor de fics e crio expectativas para com as histórias), mas, como podem ver, este capítulo é até um pouco maior do que os outros, além de ter sido mais difícil de ser escrito.

A votação dos shipps está acabando! Próximo capítulo, assim que postado, já virá com a decisão final de vocês leitores, então, quem ainda não votou, vote e quem votou, indique aos amigos a fanfic para que possam votar também!

Quanto aos reviews: obrigado pela boa recepção, pessoal. Fico feliz que estejam gostando da história, mas gostaria de lhes fazer um sincero pedido. Todo comentário é bem vindo e recebido com carinho por mim, mas, se possível, evitem aqueles comentários simplórios, como "Posta logo". Comentem o que gostaram e o que não gostaram na fic, dêem idéias, chutes sobre o que acham que pode ser algum mistério na fic (como o chute de que Percy era o Assassin que chegou perto, mas estava errado). Isto dá toda uma alegria maior a mim na hora de escrever a fic. Quão mais feliz eu estiver, melhor será o capítulo e possivelmente maior também. Dito isto, encerro com meu usual:

Se gostaram, por favor, comentem. Se realmente gostaram, indiquem aos amigos, adicionem aos favoritos e, se possível, recomendem.

Até a próxima!