I'm Wide Awake escrita por LeoPG


Capítulo 1
Estou Bem Acordada


Notas iniciais do capítulo

Hey





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#Pov. Katniss#

-Hey Nerd Mellark- digo dando um tapa na cabeça de Peeta Mellark, o garoto mais nerd que existe no mundo.

Seus cabelos loiros arrepiados e seus óculos escondendo o brilho azul de seus olhos, suas roupas típicas: Blusa de frio com uma calça jeans e all star. Falando assim não parece um nerd certo? Mas acredite, ele é muito nerd.

Ele simplesmente não fala com ninguém, não pergunta nada a ninguém, não olha para ninguém, tira sempre notas altas, tem mania de ficar ajeitando os óculos toda hora, sempre escrevendo algo no pulso mas ninguém sabe o que é, presta atenção na aula e é o aluno perfeição. 

Eu e meu namorado, Gale, sempre zombamos dele e de sua obsessão por heróis e, principalmente, bandas de rock alternativo, por exemplo: Homem- Aranha e Paramore ou Super Homem e Linkin Park, essas coisas. 

Ele sempre ignora ou murmura algo que ninguém escuta. Meu namorado tem 18 anos e eu 16, ele me mostrou o caminho mais divertido da vida. As drogas. Sério, quem nunca usou drogas não sabe como é o paraíso. 

Me lembro que um dia estávamos andando e ele me ofereceu, de graça, maconha e aceitei para agradá-lo e acabei gostando da coisa. Ele me apresentou uns amigos dele que traficam e... 

-Katniss- diz meu professor- Mais respeito com os colegas. 

-Ta bom professor lindo- digo. 

-Voltando aqui...- ele volta a explicar a matéria e eu, como sempre, não presto a mínima atenção. 

-Hey- diz Clove ao meu lado- Acho que não devia ficar fazendo essas brincadeirinhas com ele.

-Relaxa Clove, ele nem liga. 

-Ou talvez finge que não liga- diz voltando a prestar atenção na aula. 

Olho para frente encarando os cabelos dourados de Peeta, será que ele se incomoda dessas brincadeiras que eu e Gale fazemos com ele? Clove diz que isso é bullying e ele pode até me processar por causa disso. 

Clove é minha amiga desde a infância, ela diz que Gale não é uma boa companhia para mim mas sempre dou de ombros fingindo que não ouvi. Sei que o que faço é errado mas a vida é minha e não dela. 

__________________

Quando cheguei em casa, senti meu telefone vibrar no bolso. Era uma mensagem de Gale. 

"Catnip, blz? Que se acha de irmos fuma hoje no beco? Lugar de sempre." 

Respondo:

"Claro, que horas?" 

"Hoje a tarde, te pego em casa."

"Ok" 

Guardo meu celular novamente em meu bolso e vou comer algo. Tomo um banho e espero a hora em que Gale venha me buscar. Minha mãe está trabalhando no hospital, provavelmente chegará só a noite. 

Escuto o som da campainha, estranho, Gale sempre buzina e nunca sai do carro. Pego minha bolsa no sofá e vou em direção a porta.

-Hey Gale...- paro de falar assim que ele golpeou minha barriga com uma faca. Solto um gemido baixo de surpresa e de dor.

-Você não me ama, agora não amará mais ninguém- diz antes de tentar me golpear novamente mas é impedido por um grito horrorizado- Droga!

Gale sai correndo e entra novamente no carro, acelerando e quase atropelando uma garota que andava na calçada. Greasy  Sae, minha vizinha, veio correndo em minha direção ao lado de uma cabeleira loira que não reconheço. É a última coisa que vejo antes de tudo escurecer. 

____________________________

Acordo sobre algo macio sentindo um carinho em meus cabelos, abro meus olhos lentamente me acostumando com a claridade e fito uma imensidão azul. Sua expressão é de alívio ao ver meus olhos abertos.

-O que... 

-Kat, vou chamar o médico- diz Peeta.

Só agora percebo que estou em um hospital, as paredes brancas e o ar gélido fazem que um arrepio se espalhe por meu corpo. Logo a porta é aberta e um médico acompanhado de minha mãe entram.

-Mãe, por que estou aqui?- pergunto.

-Gale foi até em casa e te esfaqueou, é o que a Greasy Sae disse- responde- Se ela não estivesse visto você estaria morta. 

-Ai meu Deus- digo levando a mão a minha barriga, os flashs voltando rápido em minha mente.

-Peeta estava indo até nossa casa para te entregar um caderno que você esqueceu na escola e viu toda a cena- diz me surpreendendo. 

-Sua sorte foi que a facada não foi muito profunda e não afetou nenhum órgão- diz o médico- Perdeu pouco sangue e levou cinco pontos no abdômen. 

-E Gale?

-Tentou fugir mas a polícia foi mais rápida e o capturou- responde minha mãe- Ele estava sobre efeito de drogas. 

-Pode chamar Peeta?- pergunto.

-Claro, espere só um pouco que ele está comendo pois se recusou a sair daqui enquanto você não acordasse- diz.

-Nossa- que estranho, ele nunca se importou comigo- Quando saio daqui?

-Você receberá alta amanha de manhã.

-A quanto tempo estou aqui?- pergunto.

-Faz umas quatro horas- responde- Vou sair chamar o Peeta, depois eu volto.

-Ok- respondo simplesmente. 

Fico encarando o teto perdida em pensamentos. Uma vontade de chorar me atinge e deixo uma lágrima escorrer. 

"Sim, eu estava no escuro

 Estava caindo

Com um coração aberto

Estou bem acordada

Como pude ler as estrelas de maneira tão errada?"

A pessoa que mais confiava tentou me matar. Qual o motivo disso? Estava tão perdida em meus próprios pensamentos que não percebi a chegada de Peeta. 

-Está tudo bem?- pergunta receoso. 

-Está sim, só quero saber por que ficou tão preocupado e por que ficou aqui até que acordasse. 

-É que... Eu... Fiquei com medo de algo de ruim acontecesse...- diz corando.

-Minha mãe disse que estava indo na minha casa, o que estava indo fazer?

-Ah sim, você esqueceu o caderno embaixo da sua cadeira.

-Como sabe meu endereço?

-Perguntei a sua amiga.

-Clove?

-Sim- responde.

-Não sabia que conversava com ela.

-Nossos pais são amigos então eu já a conhecia. 

Ficamos sem saber o que falar, o constrangimento tomando conta da minha face me deixando corada e a ele também. Estranho esse comportamento dele e, principalmente, o meu.

Sempre o tratei como um nerd idiota e agora me sinto envergonhada?! E ele, nunca se quer olhou para mim.

-Por que se preocupou tanto comigo? Sempre te tratei mal- digo.

-Só não gosto de ver pessoas machucadas- responde secamente.

-Hm, achei que tinha se importado mas parece que só não queria que eu morresse- digo, não sei porque, mas eu queria que ele realmente tivesse se preocupado comigo.

-Claro que me importei Katniss- sua voz dizendo meu nome me faz arrepiar- Eu fiquei preocupado com você.

Ele se aproxima receoso da cama e acaricia meus cabelos como quando acordei. Fecho meus olhos apenas apreciando a caricia e sentindo um arrepio quando seus dedos raspam na pele do meu pescoço. 

Abro meus olhos novamente e encaro suas orbes azuis que me fitam com intensidade e me perco na imensidão azul. Só agora percebo que está sem seus óculos, ele fica um pouco diferente sem eles.

-Cade seus óculos?- pergunto.

-Eu os uso somente para leitura- responde. 

-Prefiro você sem eles- digo sem pensar- Dá para observar melhor seus olhos...

O que estou dizendo? Eu nunca fui assim, mas parece que com Peeta eu não tenho que ficar me mudando para agrada-lo, apenas sou eu mesma. Não preciso ficar escondendo o que eu sinto ou o que eu penso. As coisas fluem naturalmente. 

Agora, pensando bem, Clove está certa. Ele nunca fez nada contra mim, nunca me julgou ou falou mal. Como pude um dia tirar sarro dele, humilha-lo e trata-lo como se não fosse ninguém? 

Em pensar que algum dia posso ter o magoado, uma dor imensa faz com que meu coração se aperte em meu peito. Levo minhas mãos em seu rosto a acaricio sua bochecha.

-Me perdoa?- pergunto.

-Pelo que? 

-Por ter feito aquelas brincadeiras idiotas, por ter humilhado e por ter te irritado, me perdoa?

-Claro que perdôo Kat- diz- Mas para isso vai ter que me contar uma coisa.

-O que?

-Sua mãe me disse que Gale foi preso e que ele estava sobre efeito de drogas. Você sabia que ele usava drogas?

-É... Sabia...

-E por que não disse nada a ninguém?

-Porque... Peeta, promete guardar segredo?

-Prometo mas...

-Promete que não vai me julgar?

-Por que tudo isso...

-Só prometa- digo. 

-Prometo, mas porque precisa de tudo isso?- pergunta com uma expressão curiosa e preocupada.

-Peeta eu... Usava drogas junto com ele- despejo tudo e ele me fita com uma expressão indecifrável- Por favor, você prometeu que não iria me julgar e nem contar nada a ninguém.

-Por que fazia isso?- pergunta depois de um tempo.

-Era o único jeito de esquecer dos meus problemas, esquecer da morte do meu pai e me divertir... Eu não quero mais fazer isso Peeta.

-Ele que te ofereceu?- pergunta com a mesma expressão. 

-Foi mas...

-Desgraçado- diz, me surpreendo com sua voz alterada.

-Por que age assim?- pergunto intrigada.

-Assim como?- pergunta. 

-Assim, todo preocupado comigo- digo- Como se eu nuca tivesse feito nada contra você, como se você...

-Se eu...- me incentiva. 

-Comosevocêmeamasse- digo rápido. 

-O que?

-Como se você me amasse- digo dessa vez mais devagar e mais alto.

Sua expressão muda, ele fica tenso e desvia o olhar para seus pés. Percebo que está corado e tenta esconder de todo jeito suas bochechas que mais parecem um pimentão. Pego em seu queixo e levanto um pouco sua cabeça fazendo ele me encarar ainda corado.

-Ficou coradinho foi?!- pergunto brincando, nunca pensei que poderia ter uma conversa legal com Peeta Mellark.

-Para- diz rindo levemente e tirando minha mão de seu queixo voltando a olhar para baixo. 

-Obrigada por me compreender e me salvar- digo.

-Não foi nada- responde voltando a me encarar mas sem o vermelho presente em suas bochechas- Eu realmente me importo e queria que você deixasse eu te ajudar com esse problema.

-Problema?

-As drogas, você deixa? Digo, deixa eu te ajudar a sair desse caminho e parar de usar drogas?

-Eu... Deixo, eu quero muito mudar e se você me ajudar serei eternamente grata- digo.

-Parece até aqueles ET's do Toy Story- diz rindo- Só falta uma antena e uma pele verde.

-Está dizendo que pareço um ET?- pergunto divertida. 

-Não completamente, você já é baixinha e esquisita- diz sorrindo mostrando os dentes brancos perfeitos. 

-Hey! Eu não sou esquisita e também tenho sua altura- me defendo.

-Está bem, você não é esquisita e sim fofinha mas continua sendo baixinha.

-Falou o alto né?- ironizo.

-Sou mais do que você!- olhamos um para cara do outro e começamos a rir mas paro pois sinto uma pontada em minha barriga- Está tudo bem? Quer que eu chame o médico?

-Não Peeta, não precisa só foi uma dor fraca- digo para tranquiliza-lo. 

-Então Katniss, voltando ao assunto de te ajudar, serei seu amigo durante esse tempo e nós aproveitaremos nossas férias que começam semana que vem para sairmos só para te distrair até que sua vontade de usar drogas seja substituída por algo que você possa fazer para esquecer das drogas.

-Nossa, parecia um psicólogo falando desse jeito- digo rindo levemente para a dor não voltar. 

-Ok, está decidido, serei seu psicólogo particular- diz. 

-Então se prepare para me aguentar todos os dias das suas férias- digo.

-Quando você recebe alta?- pergunta se sentando em uma poltrona que havia ali. 

-Amanha de manhã- respondo. 

-É, posso esperar- diz e se ajeita na cadeira fechando os olhos.

-Espera ai, vai dormir aqui no hospital só para me ver sair?

-Sim- responde sem abrir os olhos. 

-Peeta, não que eu não queira sua companhia, mas não acha que deveria ir para casa? Digo, sua mãe pode estar preocupada e...

-Relaxa Katniss, já avisei a ela e também já falei com a sua mãe e ela vai ter que continuar aqui no hospital e te levarei para casa, ou seja, vai ter que me aguentar por muito tempo ainda KatKat- diz- Se eu fosse você aproveitaria e dormia porque amanha começa nossa programação. 

-Ok e o que pretende fazer?

-Surpresa, mas não é nada de mais pois você não pode fazer esforço- responde- Agora dorme logo! 

-Ok Sr. Psicólogo- digo- Boa noite para você também.

-Boa noite Kat- diz abrindo somente um dos olhos- Dorme com os anjinhos do céu. 

-Você também- digo e me ajeito na cama.

Fico pensando em como vai ser essas férias, acho que valerá a pena. Peeta parece determinado em me fazer mudar e é o que eu quero. Acho que depois dessas férias uma grande amizade irá surgir. Adormeço minutos depois. 

-Hey- alguém me chama mexendo em meus cabelos- Está na hora de irmos.

-Só mais cinco minutos, mãe- resmungo ainda de olhos fechados.

-Kat, anda logo se não você não vai ter sua surpresa de hoje- diz Peeta e abro os olhos na mesma hora- Nossa.

________________________

-Cuidado- diz Peeta pela milésima vez. 

Acabamos de chegar em minha casa depois de passarmos no mercado comprar ingredientes para fazermos pão de queijo. Essa era a surpresa de hoje, ele vai me ensinar a fazer pão de queijo.

Entramos em minha casa e vou tomar um banho pois não tomo desde ontem. Subo para meu quarto com Peeta em meus calcanhares, ele ficará no quarto caso algo aconteça e precise de ajuda. 

Pego minhas roupas e entro em meu banheiro e Peeta fica sentado na minha cama jogando no celular. Me dispo e entro em baixo da água quente, relaxo todo meu corpo e passo o sabonete por todo meu corpo.

Quando estou quase acabando, o sabonete desliza de minhas mãos e cai no chão. Me abaixo cuidadosamente para que possa pega-lo mas ele escorrega novamente das minhas mãos.

Tento segura-lo no ar mas acabo caindo no chão. Minha barriga dói muito por causa do esforço. Tento me levantar novamente mas isso só faz com que a dor aumente, não tenho outra alternativa a não ser chamar Peeta. 

-PEETA- grito.

-Eu?- escuto ele gritar de volta por trás da porta.

-Não, o bozo- digo- Tem mais alguém aqui, além de você, que chama Peeta? 

-Fala logo Katniss- diz com a voz suando impaciente- Aconteceu algo? Está tudo bem?- sua voz se torna preocupada.

-Mais ou menos- digo- Eu cai no chão e não consigo levantar, você pode entrar aqui, de preferencia com os olhos fechados, e me ajudar a levantar?

-Tudo bem- responde- Estou com os olhos fechados, ok?!

-Ok.

Ele abre a porta e certifico-me de que ele está de olhos fechados. Ele tateia a parede vindo em minha direção.

-Ai!- grita ele- Puta que pariu, você bem poderia ter avisado que o vaso sanitário estava na minha frente não?!

-Será que você pode parar de reclamar e me ajudar?- pergunto impaciente.

Ele se aproxima e estendo minha mão tocando a sua. Ele me ajuda a levantar e apóio meus braços em seus ombros. Pego a toalha e me enrolo nela, saímos do banheiro e fui para me closet ouvindo ele reclamar que eu havia feito ele morrer no jogo. 

Me troco e saio de lá e vamos para a cozinha fazer os pães de queijo. 

#UM MÊS DEPOIS# 

Toco a campainha da casa de Peeta esperando que ele venha me atender. Esse mês que passou foi incrível, com certeza ganhei um ótimo amigo. Ele conseguiu seu objetivo de me fazer esquecer das drogas.

Durante esse tempo, descobri que Peeta Mellark não é tão nerd quanto eu pensava. Descobri que ele adora andar de skate, ama cozinhar- e muito bem por sinal- e desenhar. Descobri também um talento que eu guardava no dia em que ele me levou a uma competição de canto. 

Agora quando sinto vontade de usar drogas, eu canto. Minha música preferida é Wide Awake pois acho que ela se encaixa perfeitamente em minha vida. Peeta diz que minha voz é linda e muito melhor que a sua, que também canta muito bem. 

Foi impossível não se apaixonar por Peeta durante esse tempo. O seu jeito gentil e sua atenção a tudo, o jeito que ele fica concentrado quando está cozinhando. O modo como ele gargalha quando digo que ele me ama e que não vive mais sem minha presença. 

Sua mãe abra a porta e diz que ele está no quarto com uma amiga, quem será? Eu sei que ele tem amizade apenas comigo, com Clove e com Cato que é seu primo. Clove não é pois ela disse que hoje não poderia perder o filme que passaria na TV. 

Subo as escadas e vou em direção ao seu quarto que está com a porta encostada. Abro-a e me assusto ao ver essa cena, Glimmer está sobre Peeta beijando-o como se não houvesse amanhã. 

Glimmer é o corrimão do colégio, ela sempre implica comigo e depois que fiquei amiga de Peeta ela faz de tudo para tira-lo de mim. Sinto meus olhos pinicarem e não demora para as lágrimas escorrerem por meu rosto.

-Vejo que está ocupado, Peeta- digo chamando sua atenção.

-Katniss? Não é o que você está pensando!

-Eu achei que você também me amasse Peeta, mas parece que me enganei- saio de sua casa correndo sem dar tempo dele dizer algo. 

Passo por um beco qual eu costumava vir com Gale e logo a vontade de usar drogas aparece. Começo a cantarolar baixinho a música que tanto gosto e ainda sinto o gosto salgado das lágrimas em meus lábios. 

Sinto algo me puxar pelo braço e me viro batendo bruscamente contar algo sólido. Peeta.

-O que você...- é a única coisa que consigo dizer antes de seus lábios capturarem os meus.

Tento sair do seu abraço mas não consigo e acabo me entregando ao beijo, sua língua raspa em meu lábio inferior e dou passagem para que ela explore minha boca assim como faço com a sua.

Demos um beijo apaixonado, tranquilo e bom. Eu me sento tão segura com seus braços me cercando. Nos separamos ofegantes, olho bem em seu rosto e me lembro do motivo de ter siado correndo.

Saio de seu aperto e tento me afastar mas ele impede me puxando novamente para seus braços, dessa vez, em um caloroso abraço. Passo meus braços em volta de seu pescoço e sinto o cheiro de seu perfume. 

-Katniss- sussurra em meu ouvido- Me deixa explicar? 

-Pode falar- que se foda você orgulho!

-Glimmer apareceu lá de repente dizendo que era importante e fomos para meu quarto- diz ainda sussurrando- Ela disse que estava apaixonada por mim e me pediu uma chance.

Eu disse a ela que já estava de olho em outro alguém e ela me ignorou completamente e começou a me beijar- diz se afastando para olhar em meus olhos- Eu não sabia o que fazer, estava sem reação. Quando eu te vi com os olhos cheios de lágrimas e saber que eu causei essa dor em você o chão saiu dos meus pés.

Eu vim atrás de você Kat pois é você quem eu quero acordar ao lado todas as manhas pois é você que eu amo. É seu nome que escrevo todos os dias em meu pulso, é em você que eu penso durante todo o dia e é com você que eu sonho todas as noites. Namora comigo?

-Peeta eu...- absorvo suas palavras e pego sua mão revelando seu pulso com meu nome escrito nele- Tudo isso é verdade?

-Eu sempre fui apaixonado por você só tinha vergonha de admitir, você ainda não me respondeu, namora comigo?

-Claro- digo antes de selar nossos lábios em um beijo terno. 

Eu finalmente encontrei alguém bom para mim, que me fizesse sentir bem. Sim eu sei, estava no escuro mas agora estou bem acordada e posso ver o caminho que estava me metendo antes. 

Gale sempre fazia as coisas com ódio, ele não tinha amor e sim raiva. Peeta tem amor, gentileza e tudo de melhor. É com Peeta que quero passar o resto da minha vida. Então quando ele sussurra em meu ouvido:

-Você me ama. Verdadeiro ou falso? 

Digo a ele:

-Verdadeiro. 

Essa frase nossa foi repetida por muito tempo, até depois de nosso casamento. Mas a frase mudou quando descobri que estava gravida e fiquei com medo de ser uma mãe ruim. Sempre perguntava:

-Fica comigo?

-Sempre- ele responde. 

Hoje, eu e Peeta temos uma filha e logo vem um menino.

 Hoje eu sei o quão burra e cega eu estava sendo quando achei que as drogas era o paraíso. 

"Queria saber naquele momento

O que sei agora

Não mergulharia de cabeça

Não me curvaria

A gravidade machuca

Você tornou isso tão doce

Até que acordei no

No concreto" 

Sei que agora eu fiz uma coisa certa em minha vida, amar Peeta. 

"Estou bem acordada

E agora está claro para mim

Que tudo que se vê

Nem sempre é o que parece

Estou bem acordada"

I'm Wide Awake. 


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Notas finais do capítulo

Se ganhar uma recomendação posto um epilogo