Literally Falling From A Parachute escrita por Paul Everett


Capítulo 7
Capítulo 7: Mudanças


Notas iniciais do capítulo

Pera ai, eu tava inspirada hoje, fui jogar vôlei e acabou me dando criatividade. Vai entender! Agora vamos ao principal, o capítulo, é a continuação do anterior, se você ainda não lê, correr lá, literalmente. Quase esquecendo de algo importante, queria agradecer especialmente a jhanaynaklainee por ter recomendado a fic, obrigada por suas palavras :D Boa leitura e... é isso.



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George e Ted estavam no Central Park, quer dizer, Blaine e Kurt estavam no Central Park. Como pedido do moreno, Kurt o levou até lá. Blaine ficou animado com a ideia de encontrar gansos e patos. O professor sentou num banco qualquer perto enquanto via Blaine tirar os tênis, meias e começar a dobrar a bainha da sua calça até o joelho, o moreno prepara-se para entrar na fonte. Era comum fazer aquilo, mas para Blaine parecia tão novo. Ele entregou suas coisas para Kurt segurar, este riu da animação do garoto.

— Tenha cuidado, Blaine! — Kurt avisou, em resposta Blaine levantou os polegares, todo sorridente.

Ele acompanhou seu aluno com os olhos, ele nunca tinha visto tanta alegria numa pessoa. Blaine era jovem, mas era diferente dos outros jovens no sentido da felicidade, ele parecia ver as coisas com outros olhos. Aquilo deixava Kurt um pouco intrigado, ele queria saber a história de Blaine, queria saber seus bons e ruins momentos, queria pesquisar a vida do seu aluno lá do fundo do baú.

Kurt riu ao ver Blaine olhando para algumas meninas em curiosidades, eram duas meninas loiras, conversando muito animadas. Aquela animação toda fez Blaine parar de repente e prestar atenção nelas. O moreno por algum momento pareceu nervoso quando as meninas começaram falar com ele, ele até mesmo sorriu e acenou para elas. Kurt sentiu algo vibrar no seu colo, tirou os olhos de cima do moreno e viu o celular de Blaine. O nome de Cooper estava iluminado na tela do celular. Por um momento Kurt pensou em atender, mas decidiu deixar tocando.

Blaine se despediu das meninas e correu em direção de Kurt, que tinha os olhos arregalados e a boca entreaberta.

— O que aconteceu? — Blaine perguntou, desabando ao lado de Kurt.

— Seu celular estava tocando. — Kurt disse, pegando o celular e entregando para Blaine, que o rejeitou. — Não vai atender? É o Cooper.

— Eu não me importo, ele disse umas coisas hoje... E-eu não quero saber dele. — Blaine suspirou, abaixando a bainha da calça. — E-ele... Ele às vezes quer ser muito protetor... E eu não gosto disso.

— Você quer conversar sobre isso? — Kurt perguntou, tranquilamente.

Blaine sorriu e balançou a cabeça negativamente. Kurt entendeu perfeitamente e levantou do banco, Blaine fez o mesmo e seguiu o professor pra qualquer lugar que fosse. Quando ele percebeu que Kurt estava tirando algumas notas de dinheiro da carteira, aquilo lhe deixou intrigado.

— Você quer tomar sorvete?

Um sorriso mostrando todos os dentes tomou conta do rosto de Blaine. Kurt até mesmo riu quando o moreno assentiu rapidamente, ele entregou algumas notas para o velho senhor que vendia sorvetes e picolés.

— Me dê um picolé de morango e para meu amigo aqui...? — Kurt encarou Blaine com um sorriso.

—Hmmm, eu quero um sorvete de chocolate com creme.

— Não tem os dois juntos, meu filho — Disse o vendedor de sorvete.

— Eu quero os dois! — Blaine explicou.

O vendedor olhou para Kurt, este apenas assentiu, dando de ombros. O homem entregou duas casquinhas para Blaine, um de chocolate e o outro de creme. Rapidamente Blaine pegou os sorvetes da mão do homem, enquanto Kurt entregava o dinheiro para o vendedor, que sorriu em agradecimento.

Os dois andaram por alguns minutos pelo Central Park, calados, tomando seus próprios sorvetes. Kurt riu quando Blaine ficou todo lambuzado e teve que jogar no lixo seus sorvetes que estavam derretendo rapidamente, sendo assim, o professor deu o seu picolé para Blaine, que hesitou em aceitar, mas acabou aceitando. Eles esperavam numa calçada para atravessar o outro lado da rua, os carros passavam rapidamente e havia muitos táxis naquele horário.

Kurt por um momento tirou os olhos do semáforo e olhou para Blaine, ao seu lado. Lá estava, Blaine, com os pés descalçados, sua camisa polo verde tinha uma mancha enorme de sorvete no meio, o picolé de morango derretia na sua mão, pois seus olhos estavam vidrados na multidão de pessoas paradas esperando o sinal abrir, alguns fios de cachos pediam nos seus olhos, atrapalhando um pouco sua visão. Os olhos azuis de Kurt percorreram nas roupas de Blaine, eram simples, mas simples demais, aquilo não era uma coisa normal para um adolescente morando em Nova York.

— Blaine, eu acabei de ter uma ideia! — Kurt disse sorridente, chamando atenção de Blaine, que o olhou totalmente confuso.

***

Blaine olhou para o seu reflexo no espelho e fez uma careta, arrancando uma risada de Kurt, que estava sentado num sofá. Eles estavam num salão de beleza, ideia de Kurt. Havia muitas mulheres ali, o cheiro de produtos para cabelo era horrível. Blaine quase teve ânsia de vomito ao entrar naquele lugar tão... Estranho, poderia se dizer.

Um homem chamado Augustus propôs “cuidar” de Blaine. O moreno olhou estranhamente para o homem de luzes no cabelo, que arrumava algumas tesouras e escovas de cabelo. Kurt mandou um polegar para cima na sua direção com um sorriso antes de Augustus começar a cortar os cachos de Blaine. Alguns minutos se passaram e Blaine abaixou a cabeça, olhando para os seus cachos caídos no chão, por um minuto seus olhos se encheram de lágrimas.

Kurt folheava alguma revista do mês passado da Vogue enquanto esperava Augustus terminar de cortar o cabelo de Blaine. Ele ergueu seu olhar por um momento e viu o beicinho nos lábios de Blaine se formando enquanto olhava seus cachos caindo.

— Por que eu aceitei mesmo fazer isso? — Blaine perguntou depois de um tempo.

— Porque você queria um novo visual para New York. — Kurt riu.

— Fique calmo, queridinho! — Augustus exclamou, colocando as mãos dos dois lados da cabeça de Blaine e virando sua cabeça para seu reflexo no espelho. — Você está ficando fabuloso!

— Fabuloso? — Blaine estreitou os olhos, franzindo a testa.

—Peraí, você não é gay? — Augustus balançando as sobrancelhas.

—Ahn... Eu não sei?

Augustus olhou para Kurt e arqueou a sobrancelha, o professor ignorou e voltou a atenção na revista. A última coisa que ele queria saber era se Blaine era gay, isso seria demais para seu pobre coração. Blaine ficou calado enquanto Augustus passava alguma coisa no seu cabelo, ele supôs ser gel, pois seu pai também usava aquilo.

— Pronto! — Augustus exclamou, dando uma tapinha no ombro de Blaine.

Ele olhou para seu reflexo no espelho e seu queixo caiu. Seu cabelo estava todo gelificado, seus cachos confusos tinham sumidos ou estavam ainda no chão. Aquele não era o Blaine de Columbus. Seja lá quem era aquele cara refletido no espelho, era outro Blaine Anderson, um melhor talvez.

— Isso sou eu mesmo? — Blaine disse, tocando no seu rosto incrédulo.

Kurt riu logo atrás e levantou do sofá, se aproximando do garoto.

— Você está incrível! — Kurt elogiou, Blaine sorriu timidamente e corando. — Sério mesmo, duvido que alguém te reconheça agora.

— Realmente, você estava uma droga, queridinho! Mas agora... — Augustus comentou, abanando-se com a mão. Kurt olhou seriamente para o cabeleireiro, esperando o restante. — Ó lá em casa!

Blaine sorriu e olhou novamente para o espelho. Ele deu uma tapinha no novo corte e sentiu-se orgulhoso. Ele ainda estava com a roupa mancha de sorvete e a bainha da calça molhada, mas mesmo assim continuava atraente. Algumas mulheres roubavam alguns olhares na direção do moreno, deixando Kurt um pouco desconfortável.

—Agora, precisamos continuar com resto. — Kurt disse, colocando a mão no ombro de Blaine e dando uma afagada.

—Mhmm, que resto? — Blaine perguntou.

Kurt e Augustus se entreolharam com sorrisos malignos nos lábios.

***

Kurt sentou no pufe roxo e olhou impaciente para a porta do provador na sua frente. Ele bufou e revirou os olhos, fazia quase meia hora que Blaine havia entrado no provador com algumas roupas escolhidas por Kurt e não havia aparecido. Aquilo estava deixando Kurt nervoso, ele olhou rapidamente para o relógio de pulso, sem ver as horas, apenas por fazer mesmo.

— Blaine, ainda está vivo? — Kurt gritou, cruzando os braços.

Um choramingar veio da cabine e Kurt riu, massageando as têmporas.

— Kurt, eu não sei... Isso não sou eu... Quer dizer, é ótimo e tudo, mas...

A porta do provador foi aberta e Blaine saiu de lá, usando uma camisa com gola V de botões cinza e calças jeans escuro. Kurt por um momento parou de respirar e olhou de Blaine dos pés a cabeça. Ele estava... Fabuloso, como diria Augustus. Blaine por um momento sorriu ao ver que Kurt havia gostado dele assim e perdeu todo o medo.

— Então...?

— Você está demais, sério! — Kurt exclamou, batendo palmas.

— Ok, ok, obrigado. — Blaine riu pelo nariz, abaixando a cabeça. — Podemos ir agora?

— O quê? Não mesmo, Sr. Anderson — Kurt disse, levantando e empurrando Blaine para dentro da cabine do provador. — Você vai experimentar todos e vamos levar qual você gostar.

— Mas Kurt... — Blaine choramingou.

— Sem “mas”, vai logo!

Blaine entrou novamente no provador e trocou suas roupas. Depois de sair e entrar várias vezes no provador com peças de roupas, ele finalmente escolheu qual roupa que gostaria de usar dali em diante. Uma camisa quadriculada vermelha e branca de manga curta, com uma bermuda azul clara, e um par de Chuck Taylor nos pés. Os dois saíram da loja com várias sacolas de roupas, Blaine nunca parecia ter ganhado tanta coisa, nem mesmo de Cooper, porque vamos lá, era Cooper.

Eles andavam um pouco perto do campus de NYU, aquele horário não haveria ninguém para vê-los. O celular de Blaine continuava vibrando e ele rejeitava todas as ligações de Cooper. Kurt apenas sorria todas às vezes e continuava a falar sobre New York. Blaine ouvia atentamente tudo, principalmente as histórias do professor.

— Lembro-me uma vez que Sam perdeu os nossos bilhetes para assistir o remake de Wicked, o musical você conhece? — Kurt perguntou e Blaine assentiu, caminhando calmamente. — Por sorte conseguimos outros com nossa amiga que estava na peça.

— Oh, ela era algum figurante? — Blaine disse, curioso.

— Não, na verdade, ela era a Elphaba, sabe. — Kurt disse orgulhosamente. Blaine pareceu surpreso e ergueu suas sobrancelhas triangulares. — Seu nome é Rachel Berry, estudamos juntos em Lima, mas seguimos caminhos diferentes quando chegamos aqui em Nova York. Seu sonho era Broadway e NYADA, fiquei mais próxima de Quinn. Comecei a me interessar sobre ser professor e ensinar os outros, escrever é um dos meus hobbies e Quinn também, me ajudou bastante aqui.

— Quinn...

— Sim, Quinn era obcecada por Rachel, no meio disso ela percebeu que era lésbica, logo depois de “ficar” com uma de nossas amigas, que se chama Santana. — Blaine quase se engasgou com a própria saliva. Então, Quinn era lésbica, isso era novo. — Respondendo sua resposta, sim, ela gosta de mulheres... Você a única pessoa que não sabe das coisas.

— Pois é, s-sou meio desligado das coisas. — Blaine disse, brincando com os dedos.

—Às vezes não parece sabe. — Kurt disse parando, Blaine fez o mesmo e encarou o professor. Eles permaneceram assim, sorrisos pequenos nos rostos e uma sensação diferente, algo novo, tanto para ambos. — E-eu...

— Blaine!

Os dois se viraram rapidamente e encaram Tina correndo em suas direções. A asiática sorria amplamente em diretamente para eles, mas ambos apenas suspiraram e Kurt forçou um sorriso gentil, diferente de Blaine que ficou com uma carranca no rosto, olhando seriamente para a garota.

— Blaine, por onde você estava? — Tina exclamou, totalmente ofegante. Blaine e Kurt se entreolharam com as bocas entreabertas. — Cooper me ligou e...

— Cooper te ligou? — Blaine franziu a testa.

— Sim, ele me encontrou hoje mais cedo e perguntou sobre você, trocamos números e...  — Tina explicou com olhos vidrados no garoto. — Nossa...!

— O quê?

— Você está lindo, Blaine. — Tina sorriu.

— Oh... Obrigado. — Blaine sorriu timidamente, sentindo o rubor nas bochechas.

Kurt olhou entre os dois e sorriu, dando de ombros. Ele começou a caminhar e isso chamou a atenção de Blaine.

— Kurt, quer dizer, Sr. Hummel... Aonde vai? — Blaine perguntou, coçando a nuca.

— Tenho que dá algumas explicações sobre a demora. — Kurt disse, piscando o olho discretamente. — Até mais, Tina!

— Oh, até Sr. Hummel! — Tina respondeu, sorrindo.

Blaine permaneceu olhando para Kurt caminhando pelo campus e cumprimentando alguns alunos. Tina falava alguma coisa sobre as aulas, mas ele não se importava. Seu feriado havia acabado e por que Cooper tinha falado com Tina? Maldito seja.

No final daquele dia, Blaine estava sentado nos degraus da entrada de NYU. Ele olhou para o relógio de pulso e percebeu que era tarde, algumas pessoas passavam e o olharam estranhamente. Mas assim que a porta da saída de NYU abriu, Blaine ouviu as risadas de Kurt e Quinn juntas, rapidamente ele levantou e encarou o professor, que parecia surpreso.

— Blaine?

— Oi... — Blaine disse, sorrindo timidamente.

Quinn arqueou a sobrancelha e olhou para Kurt, que corou levemente nas bochechas.

— O que você está fazendo aqui? — Kurt perguntou, calmamente.

—Ahn... — Blaine olhou entre os dois professores, nervosamente. Ele engoliu em seco e tomou coragem. — Poderíamos prolongar o nosso... Feriado?

Um sorriso esboçou nos lábios de Kurt, ele assentiu rapidamente e os olhos de Blaine brilharam.


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Notas finais do capítulo

Oh, eu queria um feriado desse, quem não?
Obrigada pelos comentários e novamente obrigada para a senhorita jhanaynaklainee, quem procura fics novas, pode ir lá, ela escreve algumas fics Klaine. Recomendo! Enfim, no próximo capítulo teremos: Sam, Quinn, Klaine e blah blah. Teremos músicas, um beijo pra BiiHerber, sua linda, que ajudou a escolher as músicas.
Então, comentários ou críticas? :D