Literally Falling From A Parachute escrita por Paul Everett


Capítulo 51
Capítulo 51: Mãe


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo novo, tem pouco de Klaine e mais Blaine e Pam. Posso dizer que é apenas um capítulo extra, não é tão importante, mas é o que tem pra hoje. Dedico esse capítulo para a Bia, que recomendou a fanfic, muito obrigada ❤



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Kurt sabia que o momento em que ouviu o primeiro espirro estava tudo acabado. Blaine estava doente. Ele quase nunca ficava doente, mas quando ele ficava era um inferno total. Quando ele ficava doente, as coisas ficavam agitadas. Kurt acordou por causa da tosse, era de madrugada. Ele olhou para o outro lado da cama e observou que Blaine estava faltando. Levantou para caminhar ao banheiro, em seguida, bateu suavemente na porta.

— Blaine... Querido, você está bem? — Kurt disse e recebeu um gemido como resposta. Ele entrou no banheiro e viu Blaine sentado na banheira, com a cabeça entre as mãos. — Querido...

— Meu peito dói. — Blaine choramingou.

Kurt não respondeu apenas soltou um suspiro. Blaine jogou os braços em volta do pescoço do namorado e Kurt o carregou nos braços para levá-lo de volta a cama deles. Kurt voltou para o banheiro e pegou alguns remédios e um pouco de Vicks. Ele voltou para o quarto para encontrar Blaine enrolado em uma bola em cima da cama e suavemente choramingando.

— Ai, meu amor. — Kurt murmurou, beijando-o na testa. — Tudo bem, querido. Vire para que eu possa esfregar isso em seu peito.

Blaine moveu-se para Kurt esfregar a pomada sobre o seu peito e lhe dar algum medicamento. A respiração do moreno estava mais controlada e ele estava mais relaxado.

— Volte a dormir, querido.

— Tudo bem... — Blaine disse com sua voz suave. — Você pode ficar abraçado comigo?

Como Kurt diria não para aquilo? Kurt assentiu e deitou na cama, passando seus braços em volta de Blaine e eles rapidamente adormeceram. Kurt foi o primeiro a acordar mais tarde naquele dia, tomou um longo banheiro na tentativa de despertar seu corpo e fez o café da manhã para ele e Blaine. As tigelas de Zyon e Simon já estavam cheias, ambos comiam sem pressa nenhuma. Ele riu ao perceber que o apartamento estava em silêncio e a cozinha estava impecável. Ele verificou Blaine e ele ainda estava dormindo. Pegou o celular e discou o número da Ryder, avisou que o namorado ficaria ausente pelo resto do dia e Ryder entendeu completamente desejando melhoras ao amigo.

Aquela era mais uma tarde de autógrafos para o livro. Era tentador ficar cuidando do seu namorado, mas Marley aconselhou que aquilo fosse preciso para promover seu livro.

Ele caminhou para a sala de estar, sendo seguido pelos seus animais, e deitou no sofá. Zyon parecia confortável com sua cabeça descansando sobre as patas, sentado no final do outro sofá. Simon espreguiçava-se pelo apartamento. E assim que Kurt começou a relaxar em seu sono, ouviu seu nome ser chamado.

— Kurt!

Blaine tinha acordado. Ele rapidamente se levantou e fez seu caminho de volta para o quarto.

— Estou aqui, querido.

— Eu senti sua falta... E-eu acordei e você não estava aqui. — Blaine gemeu.

Blaine ficava sempre assim, quando ele ficava doente. Ele é um homem tão forte, mas quando recebia um resfriado ou uma gripe, se transformava nisso. Numa criança de cincos anos que precisa de atenção e era incapaz de fazer qualquer coisa por si mesmo. Mas Kurt conseguia achar tudo adorável.

— Eu sinto muito, mas eu tinha que cuidar dos nossos meninos. — Kurt disse, sentando ao lado dele na cama. Blaine moveu-se para colocar a cabeça sobre o colo do outro e Kurt correu seus dedos pelos cachos. — Como você está se sentindo?

— Horrível. — Blaine respondeu, afastando-se para tossir.

— Você quer algo para comer? Eu fiz um pouco de sopa. — Kurt disse e Blaine negou com a cabeça. — Que tal um pouco de biscoito?

A resposta novamente foi negativa. Blaine tinha negado biscoito, talvez a situação fosse mais séria. Kurt esperava que o namorado melhorasse, estava preocupado.

— Ok, que tal dormir mais um pouco? Você precisa descansar. Vou dar uma saída, mas vou chamar alguém para ficar com você.

Blaine balançou a cabeça e se afastou do colo de Kurt. O professor beijou sua testa e saiu do quarto já com o celular na mão. Ele precisava fazer uma ligação antes de sair.

***

Quando ouviu o namorado citar que chamaria alguém para ficar com no apartamento, logo pensou em Sam, mas acabou lembrando o triste fato que o amigo estava bem longe dali. Em seguida, pensou em Cooper, mas pensou o quão ocupado o irmão estava com o trabalho. Ele não esperava que acordasse e Pam estivesse na cozinha preparando um lanche.

— O que você faz aqui? — Blaine disse, chamando a atenção da mulher. O sorriso de Pam caiu levemente ao ver a expressão séria de Blaine. — D-desculpe, eu pensei que Tina viesse.

— Não precisa pedir desculpa. Kurt comentou que você ficaria surpreso com a minha presença aqui quando acordasse. — Pam sorriu. — Você está com fome?

— Não, apenas um pouco com sede. — Blaine sentou-se na banqueta em frente ao balcão. A mulher estava do outro lado, encheu um copo de água e ofereceu para o moreno. — Obrigado.

— Posso saber quem é Tina?

— Huh, sim. — Blaine tomou um longo gole da água. — Ela é uma amiga, estávamos estudando juntos em NYU.

— Oh... Ela sabe sobre você e Kurt?

— Sim, na verdade, ela sempre desconfiou, mas não esperava que eu ainda estivesse com Kurt. — Blaine respondeu, brincando com o copo transparente. — Eu acho que ela gosta de mim, ou gostava, eu não sei. Cooper sempre tentou me empurrar pra cima dela, mas...

— Você estava interessado em Kurt. — Pam completou, suspirando.

— É, sempre foi ele. — Blaine corou levemente. Aquela reação vinda de Blaine foi algo novo para Pam, ela nunca tinha visto o filho daquele jeito. — Ele chamou minha atenção desde que entrou na sala de aula... Parecia muito novo para ser professor daquela universidade. Logo no primeiro momento ele pareceu se importar comigo. E-eu só percebi que estava... Apaixonado por ele.

— Você acha que seu pai conseguiria entender isso?

— Não. — Blaine respondeu seco. — Eu acho que não. Ele sumiu, espero que continue assim.

— Você acha que ele não mudou nada nos últimos meses?

— Não muito se ele continua com o mesmo pensamento. Eu não sou mais seu filho.

— Então ele não deveria me reivindicar como sua esposa.

— Mas você é a sua esposa. — Blaine afirmou.

— E você é o filho dele. — Pam respondeu no mesmo tom.

— Mas eu não sou mais uma criança. Se ele não quer ter nada a ver comigo, ele não precisa. Você é legalmente sua esposa. Por que ainda não pediu o divórcio?

— Por causa de requisitos de residência.

— Que são?

— Para pedir divórcio, em Nova York, o casamento deve ter sido aqui ou se nós vivermos aqui como marido e mulher por um ano. Eu tenho os motivos para pedir divórcio em Ohio, mas eu já não tenho a residência. Eu teria que voltar e viver lá por seis meses antes que eu pudesse pedir divórcio...

— Você está pensando em voltar?

— Eu não vou a lugar nenhum. — Pam sacudiu a cabeça com força. — Aqui é onde eu pertenço eu adoro isso aqui. Com você dois. Eu nunca fiquei tanto tempo fora de Ohio, mas eu nunca me senti tão viva também. Eu posso ser eu mesma, pela primeira vez sem ter que esperar um julgamento. Vocês dois me apoiaram e me deixaram entrar em suas vidas. Eu não estou saindo agora.

— E se — Blaine fez uma pausa olhando para a mãe. O olhar em seus olhos era verdadeiro. Pam sentia que era seu lugar. — E se ele quisesse voltar, você mudaria de ideia?

— Eu realmente não vejo isso acontecendo.

— Mas se isso acontecer? — Blaine insistiu.

— Se esse fosse o caso, ele teria que mudar sua atitude drasticamente antes de voltar. Eu amo o seu pai, mas eu não estou colocando apenas sua felicidade à frente. Meu instinto me diz que o divórcio é o caminho que nós vamos tomar.

Blaine sorriu amplamente para a mulher. Ele percebeu que ela ainda estava hesitante sobre Walter de alguma coisa, mas parecia querer mudar aquilo. Pam voltou sua atenção para a cozinha enquanto Blaine apenas observava os movimentos da mulher. Quando o moreno resolveu tomar um banho rápido, Pam explorou o apartamento. Sempre sendo vigiada por Zyon. Ela olhou para os retratos espalhados pelo apartamento.

Ela segurou um que estava Blaine, Burt e Kurt. A foto tinha sido retirada na rápida e surpresa ida para Lima. Sam tinha tirado a foto. Burt sorria timidamente para a câmera, Blaine segurava o boné da cabeça, que era de Burt, enquanto Kurt sorria abertamente. O sorriso no rosto de Blaine fez Pam suspirar levemente. Seu filho parecia tão feliz com outra família.

— Esse é o pai de Kurt, Burt Hummel.

Pam virou-se assustada quase deixando o retrato cair. Blaine sorriu levemente e pegou o retrato das mãos da mulher, pondo-o no lugar.

— Vocês estão bastante alegres.

— Foi um dia especial. — Blaine suspirou lembrando. — Burt teve problemas de saúde, mas está tudo bem agora. Tudo isso acabou unindo pai e filho. Burt é um pai incrível.

— E a mãe de Kurt?

Pam estava curiosa sobre a família Hummel. Ela tinha percebido a ausência de uma mulher ao lado deles na foto.

— Ela faleceu quando Kurt era pequeno. — Blaine sorriu tristemente. — Ele teve que aguentar tanta coisa sem a mãe e ainda sim é uma pessoa tão forte. Burt sempre o ajudou e aceitou suas decisões. Ele é um ótimo pai...

— Blaine. — Pam aproximou-se do filho, segurando seu rosto delicadamente. — O importante que você está bem depois de tudo que teve que passar. Tudo bem?

— Sim.

— Posso não concordar com o conceito geral de dois homens estarem juntos, mas eu aceito que é a maneira que você se sente. Ela ainda pode me pegar desprevenida, mas... Eu estou feliz que você tem um amor como o que você tem com Kurt. — Blaine tinha os olhos fixos nos castanhos, o queixo levemente caído. — Mas há uma coisa...

— E o que é isso?

— Eu quero pelo menos um neto, eu sei que é pedir muito, não sei se pode dizer alguma coisa sobre isso...

— Mãe.

— Eu gostaria de talvez... Você sabe, de ajudar vocês com isso.

— Claro. — Blaine assentiu com a cabeça, sorrindo. — Isso é incrível.

***

Quando chegou ao apartamento, Kurt encontrou Pam assistindo qualquer programa de TV. Blaine estava dormindo. Kurt deitou no sofá e em algum momento adormeceu. Acordou com alguém o cutucando na cabeça e abriu seus olhos para ver Blaine pairando sobre ele.

— Blaine, o que está fazendo fora da cama?

Blaine deu de ombros.

— Posso deitar com você?

— Claro que pode. — Kurt disse, movendo-se para dar algum espaço, mas Blaine posicionou-se entre suas pernas e descansou a cabeça no pescoço do outro.

— Filho. — Pam disse ao lado do sofá e Blaine levantou a cabeça e sorriu. — Se sente melhor?

— Ainda não. — Blaine respondeu.

Pam assentiu soltando um suspiro e foi em direção a cozinha. Zyon rastejou para perto dos donos e Blaine estendeu a mão para afagar a cabeça do cachorro. Kurt observou a cena com um pequeno sorriso.

— Ainda não está com fome?

Blaine balançou a cabeça negativamente.

— Amor, você tem que comer alguma coisa. Que tal um chá?

Novamente uma resposta negativa.

— Você ainda precisa comer. — Kurt disse firme, recebendo um não. — Ou você come ou chega de cafuné.

— Você faria isso comigo quando estou doente? — Blaine choramingou e Kurt levantou uma sobrancelha. O mais novo revirou os olhos e resmungou. — Tudo bem... Ainda vou receber cafuné, certo?

Kurt assentiu e levantou, para o desgosto do moreno, e aqueceu o chá e a sopa. Blaine sentou-se e bebeu seu chá, em seguida a sopa. Quando ele terminou, ambos voltaram para a posição anterior no sofá e simplesmente deitaram lá.

— Pam fez você tomar seu remédio? — Kurt perguntou depois de um tempo.

— Não. — Blaine murmurou contra o pescoço de Kurt. — É nojento.

— Blaine! Você tem que tomar o seu medicamento para ficar melhor.

— Eu não quero. — Blaine resmungou.

Kurt revirou os olhos e empurrou o moreno para levantar. Blaine beicinho e recebeu um beijo na testa, observou o namorado ir buscar o medicamento. Depois da luta com Blaine para tomar o remédio, ele adormeceu e Kurt o carregou até a cama. Pam terminou de lavar e guardar as louças e disse que estava indo. Kurt acompanhou a mulher até a porta.

— Então, como foi?

— Foi ótimo. — Pam respondeu, aliviada. — Ele parecia um pouco confuso em como me tratar, mas acabou tudo bem. Ouvi algumas tosses, mas ele é teimoso com remédio.

— Ele é um grande teimoso. — Kurt riu.

— Ele me contou bastante sobre seu pai. — Pam disse, recebendo um olhar curioso de Kurt. — Pelo que Blaine disse ele é um homem maravilhoso.

— Meu pai é casado. — Kurt arqueou a sobrancelha.

— Oh, não é isso! — Pam tentou explicar, mas parou ao ouvir a risada de Kurt. A mulher conseguiu ficar vermelha em poucos segundos. — Não foi isso que quis dizer!

— Eu sei, querida... Apenas quis descontrair um pouco, você parecia tão tensa.

— Desculpa, e-eu só... Fiquei tão nervosa quando me ligou e pediu que ficasse com Blaine. Pensei que fosse estragar tudo na primeira oportunidade...

— Estragou?

— Não. — Pam suspirou. — Foi maravilhoso. Obrigada por me chamar.

— Você é sempre bem-vinda aqui, Pam.

Kurt sorriu e puxou a mulher mais velha para um abraço apertado. Aquele abraço deixou Pam mais relaxada. A mulher sentia que Nova York era o seu lugar.


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Notas finais do capítulo

Queria começar agradecendo os comentários, amo ler os comentários e ajuda bastante no desenvolvimento. Sobre o capítulo não tinha planejado essa conversa entre Blaine e Pam, mas acabei escrevendo e deu nisso. A segunda parte da fanfic encerra aqui e vamos entrar para a terceira parte. Vamos ter mais sobre o futuro de Klaine, talvez eu vá pulando alguns acontecimentos, depende quais.

Espero que tenham gostado, deixe seu comentário, crítica ou sugestão. Valeu, falou! :)



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