Literally Falling From A Parachute escrita por Paul Everett


Capítulo 47
Capítulo 47: Ano Novo


Notas iniciais do capítulo

Não é um capítulo tão grande assim. Estava sem sono e escrevi esse capítulo de madrugada mesmo com uma dor muito da escrota no meu pulso. Na verdade, eu já tinha um capítulo escrito, mas eu decidi deixá-lo para o próximo ou simplesmente encaixar em algum lugar da história.

Boa leitura e não se esqueça de ler as notas finais, tem um recadinho sobre a fanfic.



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Véspera de Ano Novo, Kurt estava preso numa festinha com alguns empresários e editores. Ele bebericou seu champanhe acompanhando de longe Marley conversar com um homem alto de terno, ao lado deles estava Jake. Ele não imaginaria que estaria preso numa festa logo naquele dia. Blaine estava lhe esperando, assim como Sam e Oliver. Elas haviam prometido passarem a virada de ano juntos na Times Square. Kurt nem conseguia imaginar que ele tinha passado aquele turbulento ano ao lado de Blaine. Aquele moreno inocente e cheio de amor caiu literalmente de paraquedas na sua vida. Trazendo Simon e Zyon logo.

Estava ansioso para o novo ano. Seu livro finalmente sairia e ele veria seu talento ser reconhecido. Ele pretendia aumentar sua família com Blaine, talvez mais animais, mais sorrisos. Ele sabia que o moreno aprovaria a ideia. Desejava que a família Anderson se consertasse aos poucos. A chegada de Pam prometia. Foi um ano de grandes acontecimentos.

Kurt deixou sua taça na bandeja do primeiro garçom que passou. Estava na hora de ir embora. Estava prestes a apertar o botão para chamar o elevador, quando uma voz ecoou pela sala.

— Hummel!

Kurt soltou um suspirou e gemeu baixinho antes de se virar.

— Sim, Sr. Williams? — Ele tentou, em tom alegre.

Jay Williams, empresário e também dono da festa, tinha cismado com Kurt. O homem estava em torno dos 40 anos, tinha olhos azuis e um sorriso arrogante no rosto. Kurt gostava de pensar que Jay era um controlador bizarro.

— Indo tão cedo? Pensei que pudesse ficar mais um pouco com a gente.

— Eu não sei, talvez em outra festa? Eu tenho planos.

— Eu pensei que você gostaria de conhecer outros escritores, seria uma oportunidade incrível para você. Poderia estar promovendo seu livro e tendo mais conhecimento sobre esse mundo novo.

— Mas é o primeiro ano que estou com meu namorado e eu pensaria que seria bom levá-lo para ver a bola cair ao vivo.

— Namorado, huh? Bem, é apenas o primeiro ano juntos aqui. — Jay deu de ombros. Ele pegou uma nova taça de champanhe e ofereceu para Kurt. — Você vai ficar por muito mais anos. Veja a queda no próximo ano.

Kurt queria gritar. Ele queria explodir. Ele queria dar um soco na cara de Jay. Ele não fez nenhuma dessas coisas, mordeu sua bochecha para conter uma explosão.

— Há sempre um próximo ano. — Kurt finalmente disse.

— Ótimo. — Jay sorriu. — Então eu vou lhe apresentar os melhores escritores de Nova York. Eles estão ansiosos para te conhecer.

Kurt deu um sorriso de boca fechada e assentiu. Ele bebeu todo o champanhe da taça em apenas um gole e pegou outra em seguida. Precisava daquilo para aguentar aquela noite.

No apartamento, Blaine tinha acabado de se vestir. Ele tinha emprestado uma gravata de cowboy preta de Sam e estava adorando aquilo. Era um pouco diferente, mas estava perfeito. Usava uma camisa branca e calça jeans. Foi em direção ao banheiro, passou um pouco de gel e penteou o cabelo, molhando um pouco com água. Ele estava animado para aquela noite, era sua primeira virada de ano em um lugar desconhecido. Mal esperava para ver a bola cair.

Sam e Oliver estavam na sala de estar, na companhia de Zyon. Simon provavelmente havia se escondido em algum buraco do apartamento. Eles nunca sabiam o lugar que o gato se metia. Blaine apareceu na sala de estar, sorrindo para os amigos e abriu os braços.

— Então, como estou?

— Você está incrível cara, gostei da gravata. — Sam piscou e Blaine riu. — Quando Kurt vai chegar?

— Eu não sei, ele devia ter chegado. — Blaine franziu a testa, olhou para o relógio de pulso. Seu namorado estava atrasado. — Será que eu devo ligar para ele?

— Fique tranquilo, Blaine, qualquer coisa ele avisa. — Oliver disse, bebericando seu champanhe. — Vamos esperar um pouco enquanto isso.

— Claro. — Blaine assentiu.

— Conseguiu falar com o Cooper? — Sam perguntou.

Aquele era o primeiro ano que Blaine não passaria ao lado do irmão. Sempre passavam a virada juntos vendo a bola cair na TV. Ele não fazia ideia do que Cooper planejava para aquela virada. Queria ligar para o irmão e perguntar, mas faria isso mais tarde.

— Não, ele deve estar ocupado. — Blaine deu de ombros. — Poderíamos tentar falar com as meninas.

Sam assentiu e Blaine pegou o notebook no escritório de Kurt, sentou no meio do casal e entrou no Skype. Eles estavam ansiosos para ver as amigas e saber novidades. Oliver despejou mais champanhe na sua taça observando os dois. Logo uma chamada de vídeo foi iniciada, a primeira a aparecer na tela foi Quinn e seu sorriso imenso no rosto. Em seguida, Santana e Brittany apareceram.

— Ei, meninas! — Blaine exclamou.

— Vejo que alguém está feliz. — Santana zombou e Brittany riu baixinho. — Olá para vocês também.

— Não finja que não está com saudade de mim, Santana. — Quinn provocou, piscando. A latina deu de ombros no outro lado da tela.

— Sentimos saudades de vocês, gente. — Brittany fez beicinho.

— Também estamos com saudades. — Sam disse, sorrindo. Seu rosto e o de Blaine apareceriam na tela, ambos bastantes curiosos. — Como vão as coisas?

— Ótimas, daqui a pouco vou para uma festa com alguns amigos. — Quinn respondeu. Blaine olhou avidamente através da tela percebendo que a amiga estava bem vestida. Ele viu o vislumbre de alguém passando no fundo. — As coisas por aqui estão bastante agitadas. Lecionar para esses alunos tem sido uma experiência incrível.

— Tenho certeza que está lecionando e dando aulas extras, Fabgay. — Santana sorriu maliciosamente. Quinn revirou os olhos, mas não deixou de sorrir. — Valerie tem dado bastante trabalho e olha que ainda está na barriga de Brittany. Essa espera pelo nascimento está me matando aos poucos, eu quero tanto vê-la.

— Nós também. — Blaine olhou para Sam, que assentiu. — Simon e Zyon vão amá-la.

— Deixe seus monstros longe da nossa pequena, principalmente Simon. — Quinn mandou séria. — Já vou avisando para Kurt... Espera, cadê o Kurt?

— Bem, e-ele está um pouco atrasado. — Blaine afrouxou sua gravata. — Teve que ir numa festa da editora do livro e até agora não mandou nenhuma mensagem.

— Cuidado hein, Anderson! Anda vigiando bem seu homem? — Santana provocou.

— Santana! — Sam repreendeu a latina. — Você sabe que Kurt não é disso.

— Eu estou brincando, boca de truta. — Santana levantou as mãos em rendição, rindo. — E Blaine, fique tranquilo, ele vai chegar em breve e vai querer voltar pra festa ao ver essa sua gravata.

— O que tem de errado nela? — Blaine soltou um muxoxo.

Quinn riu olhando o moreno na tela. Ela sentia tanta saudade daquele pequeno Bilbo. Sua nova vida naquele lugar estava sendo mágico, mas ela sentia por ter perdido um pouco dos seus amigos.

— Ficou perfeita em você, B. — Ela respondeu.

— Obrigada, Quinn. — Blaine sorriu.

— Puxa saco. — Santana resmungou.

A conversa continuou e Blaine riu bastante com os amigos. O celular de Blaine vibrou no bolso e ele viu que tinha recebido uma mensagem de Kurt. Seu sorriso morreu ao ver a mensagem, Kurt demoraria mais um pouco. Ele não pôs quanto tempo, mas demoraria. Quinn foi a primeira a perceber a expressão do moreno, em seguida Santana também entendeu. Ele guardou o celular no bolso e ergueu a cabeça para olhar as amigas. Deu um sorrisinho triste e continuou a acompanhar a conversa.

Quinn contava alguns acontecimentos na nova cidade. Blaine ouvia, mas seu pensamento estava longe. Ele chegou a cogitar a provocação de Santana, mas balançou a cabeça, sabia que a amiga latina estava brincando. Ele confiava em Kurt. Era apenas Santana sendo ela mesma. Ele olhou para a cabeça e percebeu que Brittany estava quieta até então. Ela fazia algumas caretas e Blaine ficou incomodado com aquilo.

— Tudo bem, Britt?

A conversa parou e todos olharam para a loira na tela. Até mesmo Oliver esticou seu pescoço pra pegar um vislumbre da outra.

— Eu não sei. — Brittany murmurou. Santana olhou alarmada para a amada, também havia percebido o silêncio, mas pensou que a mulher estivesse cansada. — É normal isso?

— Normal o que, querida? — Santana perguntou.

— Estou me sentindo estranha no meio das pernas...

— Oh, merda. — Quinn disse, com os olhos arregalados. Ela conhecia aquela sensação estranha. — Eu acho que a bolsa de Brittany estourou.

— O quê? — Santana gritou.

***

Demorou duas horas e meia para aquela conversa terminar, Kurt tinha perdido a ideia quantas taças se foram nessas horas. Todos já estavam mais animados e ele olhou brevemente para Marley conversando baixinho com seu namorado. Aquilo fez o escritor suspirar, ele também queria estar assim com Blaine. Mas não, estava preso naquela festa.

Faltava exatamente meia hora para a meia noite. Era o suficiente para Kurt naquela noite.

— Mais um pouco de champanhe, Hummel? — Jay ofereceu.

— Não. — Kurt sussurrou.

— O que você disse?

— Eu disse que não. — Kurt repetiu tranquilamente. — Eu preciso ir e encontrar o garoto que estou apaixonado, é o nosso ano juntos. Eu não vou perder essa chance por causa dessa festa.

— Mas, e-eu pensei... — O homem menor gaguejou.

— Olha. — Kurt virou-se para os outros convidados, também escritores como ele. — Eu gostei bastante da nossa conversa e respeito vocês. São livros incríveis! Agora eu preciso ir e encontrar meus verdadeiros amigos, não me leve a mal.

— Aconteceu alguma coisa, Kurt? — Marley apareceu.

— Não. — Kurt sorriu para si mesmo. — Eu preciso ir.

E sem dizer mais nada, Kurt pegou o casaco e fez seu caminho até o elevador. Uma vez que chegou ao elevador, olhou para o relógio novamente. Faltava apenas quinze minutos. Ele olhou para as luzes em cima das portas do elevador indicando que andar estava no momento. Andar seis. Ele estava no vigésimo terceiro andar. Kurt imediatamente esqueceu o elevador e desceu pelas escadas. Ele estava em boa forma o suficiente para fazer aquilo. Começou a ficar sem fôlego em torno do oitavo andar. Olhou novamente para o relógio quando saiu do prédio.

Faltavam sete minutos.

Ele examinou a multidão do lado de fora do prédio. Era um mar de gente. Buscar Blaine ali era como procurar uma agulha num palheiro. A ideia de ligar para Sam veio na sua cabeça, ele pegou o celular e discou o número do amigo.

— Sam? É o Kurt.

Sim, estou consciente. Seu nome aparece no meu identificador de chamada. — Sam respondeu sarcasticamente.

— Tudo bem, que seja. Escute, eu preciso saber onde você e Blaine estão.

Sam olhou ao redor da multidão e tentou descobrir onde eles estavam.

Perto do palco frontal para a esquerda, onde as bandas estão tocando. — Sam respondeu, ouvindo a movimentação de Kurt do outro lado.

— Ótimo, eu estarei aí assim que puder e oh, não diga a Blaine, eu estou chegando. — Kurt disse através da respiração pesada.

Você está bem? Você parece sem fôlego ou algo assim?

— Sim, eu estou bem e sim, eu estou velho. Eu não posso falar mais, até mais.

Kurt reuniu fôlego só para responder. Ele desligou e enfiou o celular de volta no bolso do casaco.

Quando Sam guardou o celular olhou para Blaine, que estava olhando para todas as pessoas emocionadas, sem saber que Sam estava conversando com Kurt numa ligação. Ele sorriu ao saber que o amigo estaria ali em breve. Blaine virou-se para ele e enfiou as mãos nos bolsos do casaco e voltou sua visão para o chão com um olhar triste em seu rosto.

— Blaine, o que há de errado? — Sam perguntou enquanto esfregava seu ombro.

— Nada. — Blaine mentiu e recebeu um olhar incrédulo de Sam. — É só isso, é meu primeiro ano em Nova York e ao lado de Kurt e ele não está aqui comigo.

— Não fique chateado, Blaine. Grandes coisas acontecem na virada do Ano Novo. — Sam assegurou e sorriu.

Faltava um minuto.

O palco não era mais do que quatro filas de pessoas à sua frente quando ele notou o grande relógio digital acima da bola. Mais trinta segundos. Com esses últimos segundos, ele continuou fazendo seu caminho através das muitas pessoas, espremido através de algumas delas. Kurt olhou para a bola quando ele ouviu o locutor começar a contagem regressiva para o Ano Novo a partir de dez. Ele suspirou e fechou os olhos quando os números começaram.

10... 9... 8...

Sam freneticamente olhou ao redor em toda parte para encontrar seu amigo, mas não podia vê-lo. Ele suspirou em decepção.

7... 6... 5...

Sam deu um último olhar sobre o ombro esperando por um milagre. Ele estava preste a voltar sua atenção para a bola quando ele notou rosto familiar empurrando as pessoas através do caminho e ele não podia deixar de sorrir.

4... 3... 2...

A contagem regressiva do relógio digital tinha acabado de bater quando Blaine sentiu alguém tocar em seu ombro.

Ele virou-se para o lado para ver quem tinha tentado chamar sua atenção e quando fez, sentiu mãos puxando seu rosto e um par de lábios sobre os seus. Ele soube então que uma grande coisa aconteceria como Sam disse que seria. A bola iluminou o mais brilhante que poderia ir quando parou na parte inferior do poste. Fogos de artifício explodiam no céu e o ar estava cheio de confetes e muitas pessoas gritavam "Feliz Ano Novo".

Kurt afastou-se dos lábios do namorado e levemente acariciou seu polegar sobre sua bochecha.

— Você está aqui. — Blaine finalmente disse.

— Eu não podia deixar meu namorado passar seu primeiro Ano Novo em Nova York sem mim. — Kurt encolheu os ombros e sorriu.

— Não que eu esteja reclamando, mas, o que você está fazendo aqui? Pensei que estaria na festa.

— Blaine, você significa muito mais para mim do que qualquer festa de trabalho... Eu apenas vim embora.

— Você saiu no meio da festa?

Ele assentiu com a cabeça.

— Eu estou feliz pelo que fiz. Não esperava suportando aquelas conversas demoradas e chatas. Simplesmente neguei o champanhe...

— Você negou champanhe? — Blaine gargalhou.

— Sim, foi um pouco dramático. Rachel ficaria orgulhosa de mim. Eu não perderia essa virada por nada, desculpa levar tanto tempo para perceber isso.

— Não importa, eu só estou feliz que você está aqui.

Ele puxou o menor para um abraço apertado e sentiu seu rosto na curva do seu pescoço. Ele sentiu sua respiração em sua pele e afastou para olhar o namorado.

— Então...

— O que você disse? — Kurt resmungou.

— Podemos comemorar um pouco depois. — Blaine disse com um sorriso.

Kurt riu, em seguida, olhou para seu lindo namorado que voltou sua atenção para os artistas no palco. Eles mereciam uma comemoração para aquele Ano Novo.


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Notas finais do capítulo

Vamos falar um pouco sobre LFP.
É uma história que caminha aos poucos, me cativa bastante escrever cada capítulo. Estamos chegando ao capítulo 50 e nunca pensei que fosse tão longe. Agradeço sempre os favoritos, recomendações e comentários. Pra quem acha que estou largando a fanfic: não vou largar a fanfic sem terminar ela. Posso demorar pra atualizar uma vez ou outra. Estou parando aos poucos com as outras fanfics. A segunda parte de NGOTR está chegando ao fim com o último capítulo, do qual não tenho data para ser postada, peço perdão para quem acompanha.

Poucos sabem, mas esses dias foi o meu aniversário e queria ter atualizado antes pra postar um "o aniversário é meu, mas quem ganha é vocês", não rolou. Quem sabe ano que vem, um beijo e falou! :)



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