Literally Falling From A Parachute escrita por Paul Everett


Capítulo 45
Capítulo 45: Segunda chance




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O Ano Novo estava se aproximando, Blaine estava ansioso para ver a bola descer na Times Square. Kurt não havia recebido mais notícias de Pam, o que o deixou mais aliviado. Ele não queria mais problemas em cima de Blaine. Ele já estava cheio do que tinha acontecido com a vinda de Walter. Blaine parecia bem melhor sem aquela família louca. Suas crises diminuíram e as sessões com Joseph continuavam tranquilamente. Blaine passava pelos desafios propostos e Kurt estava ao seu lado em todos os momentos.

Kurt sorriu em direção a barista, que colocava seu pedido sobre a mesa, uma xícara de café e um sanduíche. Ele estava num café, pegando o wifi local para responder alguns emails sobre o livro. Tinha marcado um encontro com Cooper, queria contar o que tinha acontecido e sabia que tinha dedo do moreno naquilo. Ele bebericava seu café quando recebeu uma chamada de vídeo de Quinn pelo Skype, aceitou e logo viu o rosto brilhante aparecer na tela.

— Oh, Fabray! Você está quente!

— Cala a boca — Quinn revirou os olhos. — Estou esperando alguns amigos vir me buscar, vamos a um bar movimentado daqui. Estou conhecendo coisas novas, tentando me adaptar com esse novo ambiente.

— Novos amigos, huh? Eu gostei disso. — Kurt sorriu.

— Apenas um grupo de professores, você sabe. — Quinn deu de ombros. — Meu tempo está sendo bem corrido e consegui esse tempinho para curtir. Falei com Blaine mais cedo, ele estava com Sam na floricultura.

— Sim, às vezes Sam costuma ajudar os rapazes na floricultura.

— Quando ele volta para a Florida?

— Depois do ano novo, parece que houve alguns problemas na loja e ele precisa resolver pessoalmente. Oliver provavelmente vai com ele. — Kurt respondeu, suspirando.

— E esse suspiro foi de ciúmes? — Quinn arqueou a sobrancelha.

— Não, claro que não! — Kurt exclamou. Ele acabou chamando a atenção dos poucos no local e corou, afundando-se na cadeira. — Não estou com ciúmes, isso é sobre o Blaine.

— Claro... É sempre sobre o Blaine. — Quinn riu.

— Ele vai ficar triste quando Sam for embora. Primeiro você e agora ele, eu não quero imaginar o que vai acontecer depois. Por que isso tem que acontecer logo agora que está dando tudo certo?

— Blaine vai ficar bem. Isso já aconteceu tantas vezes e ele superou todas. Ele tem você ao lado, certo?

— Sim, mas isso é frustrante.

— Eu sei, a situação é complicada, mas vai ficar tudo bem. Muitas coisas ainda vão acontecer, vocês dois irão passar por muitos desafios nessa vida e vão superar todos.

— Obrigado, Quinn. Sempre preciso ouvir sua opinião antes, provavelmente estaria perdido sem você. Você é tão importante para mim e para Blaine.

— Quem é mais importante do que eu?

Kurt ergueu a cabeça e deu de cara com Cooper e seu enorme sorrido no rosto. O moreno tirou os óculos escuros e puxou uma cadeira para sentar ao lado de Kurt. Agora, eles dividiam a tela da chamada de vídeo.

— Cooper!

— Loirinha... Você está quente a cada dia.

— Galante como sempre. — Quinn zombou. — Como estão as coisas por aí?

— Está indo tudo bem. — Cooper tinha um sorriso bobo nos lábios. Kurt revirou os olhos, com um sorriso enquanto Quinn franziu a testa, totalmente confusa.

— Ok, vocês dois! Parem com isso! Não me deixem de fora de nada!

— Cooper está indo a encontros!

— Com apenas uma garota?! — Quinn gritou, surpresa.

— Sim!

— Oh meu Deus!

— Merda, pare de gritar. — Cooper escondeu o rosto entre as mãos. Novamente, algumas pessoas olhavam em sua direção, tentando entender o que acontecia. — Eu estou apenas...

— Apaixonado? Oh meu Deus, Cooper, isso é sério?

— Sim, qual o problema?

— Nenhum! Isso é maravilhosamente normal e a sensação é ótima.

— Por acaso está apaixonada, Fabray? — Cooper brincou.

— Não, se apaixonar não é comigo...

Kurt sorriu tristemente com a resposta da amiga. Ele sabia que ela tinha viajado com o coração partido. Percebeu os olhares que a loira dava para todos os lados do aeroporto, como se estivesse esperando ou procurando alguém. Talvez aquela pessoa a fizesse ficar em Nova York. Mas ele preferia assim. Quinn parecia melhor.

— Sei... E você? Soube que já trocou alguns contatos com suas alunas.

— Eu gosto de dar aulas extras. — Quinn sorriu maliciosamente. — Aprendi com o melhor.

— Me tira desse papo. — Kurt a interrompeu.

— Pode deixar, Hummel. — Quinn piscou. A atenção da loira foi tirada da tela. Cooper e Kurt se entreolharam enquanto a loira parecia estar falando com outra pessoa no quarto. — Eu preciso ir, gente! Finalmente chegaram.

— Há alguém aí que não queira mostrar, Fabray!

— O quê? Não!

— Quem é?

— É apenas minha colega de quarto, pervertidos! Cuidem da vida de vocês, tchau!

— Educada como sempre. — Cooper disse.

Ambos gargalharam quando a chamada terminou. Cooper fez o seu pedido enquanto Kurt guardava seus materiais dentro da sua bolsa. Quando eles estavam prontos, caminharam lado a lado nas calçadas, trocando algumas informações sobre seus dias. Cooper comentou como seria sua estratégia para conquistar Ellen totalmente. Ele havia levado a garota em dois encontros, todos perfeitos, mas nenhum tinha sido mole. O Anderson mais velho estava se forçando ao máximo para impressioná-la. Kurt tentou não rir, mas acabou rindo. Deu algumas dicas para Cooper, expondo seu lado mais romântico e deixando o moreno um pouco surpreso.

Eles chegaram ao parque e sentaram no banco. Cooper tinha seu copo de café na mão enquanto observava a movimentação. Kurt respirou fundo e limpou a garganta para ganhar a atenção de Cooper.

— Precisamos conversar.

— E é por isso que estou aqui! Só queria saber sobre o que é já que não temos mais problemas com Blaine ou entre nós.

— Você sabe sobre o que é. Você está metido nisso também! Você mandou Pam vir conversar comigo.

— Oh...

— Lembrou? — Kurt sorriu cinicamente.

— Desculpa! E-eu... Eu não consegui ignorar o pedido dela. Ela disse que mudou, disse que queria ajudar com tudo que estivesse faltando.

— Isso é sobre dinheiro? Porque eu disse várias vezes que dinheiro não era problema...

— Não! Nem tudo é sobre dinheiro! Ela me disse e eu acreditei, porque ela parecia estar falando a verdade. Você como ninguém sabe que eu também mudei minha opinião sobre você e Blaine ficarem juntos. Mudei sobre relacionamentos, eu estou apaixonado!

— O amor te mudou!

— Eu sei! Talvez o amor dela pelo filho tenha mudado sua opinião. Ela se libertou das garras do meu pai, Kurt... Ela está tentando se reaproximar... — Cooper insistiu.

— Eu não sei, Cooper. Não quero que Blaine se machuque novamente.

— Ele não vai se deixá-la entrar na sua vida novamente. Ela precisa de uma chance para recompensar todas as burradas. Ela deixou o Walter.

— Como assim deixou?

— Você acha que ela iria falar com você caso não tivesse deixado ele? Ela contou que veio na primeira oportunidade para Nova York tentar conversar com você. — Cooper disse, olhando fixamente para Kurt. — Eu pensei que você a entenderia, foi uma das razões que eu a mandei conversar primeiro com você para chegar em Blaine.

— Ela me ligou e marcou de me encontrar, me surpreendeu ao dizer quem era e a larguei no meio da conversa... Ela tentava me explicar, mas eu não conseguia ouvir... Não depois de tudo que Blaine me contou sobre ela e Walter. Eu não sei... Eu realmente não sei o que pensar, Cooper. — Kurt estava frustrado. Ele só pensava no melhor para Blaine, mas naquele momento não sabia o que era melhor. Ele queria acreditar nas palavras de Cooper. Queria crer que a mãe de Blaine tinha mudado e estava disposta a entender o mundo deles dois. — Eu não sei...

— Pense sobre isso. Todos nós merecemos uma segunda chance para nos redimir.

Kurt suspirou e encarou Cooper. Ele sabia que o moreno falava sério, estava ao lado da sua mãe e queria que Kurt aprovasse tudo isso.

— Você diz que está indo tudo bem e se isso também for uma coisa boa? Nós dois queremos Blaine feliz. Isso pode ser algo bom para ele. Uma família completa.

— Blaine já tem uma família! — Kurt o cortou, levantando do banco. — Eu, Blaine, Zyon e Simon, nós somos a sua família! Assim como todos os nossos amigos. Nós somos a família dele!

— Estou falando a real família. A de sangue.

— Oh, claro! Aquela família que o deixou nos momentos que ele mais precisava?

— Espera! Não estou excluindo você. — Cooper levantou-se, tentando acalmar o outro. — Você está entendendo errado!

— Não, eu entendi certo.

Aquele era o segundo Anderson que Kurt deixava para trás. Ele esperava que aquilo não acontecesse novamente.

***

Kurt suspirou quando mergulhou a mão em sua bolsa, vasculhando algumas moedas, pacotes de chiclete, e alguns papéis antigos de compras antes de entrar em contato com suas chaves. Tinha sido um longo dia, e ele tão ansioso para voltar para casa e ver seu belo namorado e ter uma noite relaxante. Uma vez que Kurt conseguiu destrancar a porta, ele empurrou-a e entrou no confortável apartamento. Jogou sua bolsa em cima do balcão da cozinha, ele caminhou em procura de Blaine.

— Blaine? — Kurt gritou, quando não havia visão de Blaine.

Seus olhos se moveram para o sofá, onde ele geralmente encontrava o moreno. Confuso, Kurt franziu as sobrancelhas e gritou por Blaine novamente. Quando não houve resposta, Kurt cruzou o apartamento e abriu a porta do quarto deles, ofegando um pouco quando ele viu o estado do ambiente.

O topo da cômoda tinha sido decorado com algumas velas em forma de coração, cada uma já iluminada e emana um leve cheiro de rosas. Sobre a pequena mesa no canto sentou vitrola de Kurt, algumas notas suaves cantarolavam alegremente em direção a seus ouvidos como o vinil girou em círculos rápidos. Duas taças vazias tinham sido colocadas sobre o criado mudo, sem dúvida, por Blaine, e ao lado deles repousava uma grande garrafa de vinho. Kurt olhou para a cama e notou os seus lençóis de sedas favoritas. Na parte superior das folhas, estava Blaine, de bruços e em nada além de uma cueca azul marinho. Seu cabelo estava sem gel, era uma confusão de cachos e a respiração de Kurt ficou presa na garganta quando ele viu a cena completa.

Tirando seu casaco e pondo cuidadosamente sobre a cadeira de canto, Kurt deu dois passos largos em direção à cama e sentou-se delicadamente ao lado de Blaine. Ele correu sua mão levemente nas omoplatas de Blaine. Ele inclinou-se e colocou beijos suaves no seu ombro direito e para o esquerdo, cantarolando um pouco quando ele fez isso. Quando ele levantou a cabeça novamente, arrastando seu dedo indicador para cima e para baixo da coluna de Blaine, o moreno dormindo começou a se mexer. Não removeu os dedos das costas de Blaine, Kurt trocou seus movimentos a partir de uma linha reta a pequenos círculos ao longo do inferior das costas do seu namorado.

— Mmmm, Kurt. — Blaine respirou, contorcendo-se um pouco grogue e bocejando.

— Oi, amor. — Kurt sorriu, aumentando a pressão de seus dedos.

— Eu estava dormindo. — Blaine murmurou, obviamente, ainda fora de si.

— Hmm, eu posso ver isso. — Kurt deu uma risadinha. — Eu liguei para você algumas vezes, mas você não respondeu. Eu amo o que você fez com o quarto embora.

— O que eu fiz com o... Com... — Blaine disse, parecendo confuso. De repente, seus olhos se abriram e ele ficou de pé. — Meu Deus! Espere! Não, não, não, não!

Ela cobriu os olhos com as mãos e gemeu.

— Eu adormeci!

— Isso é uma coisa ruim? — Kurt perguntou, brincando com as pontas do cabelo de Blaine para acalmá-la.

— Sim! — Blaine resmungou, frustrado. — Eu planejei toda esta noite para você. Ela ia ser romântica e sexy e eu decorei e comprei o seu vinho favorito e eu estava indo fazer este jantar muito chique e depois nós íamos fazer amor com velas e pétalas de rosa e... Kurt! — Blaine gemeu, repreendendo mentalmente si mesmo.

Kurt mordeu o lábio, tentando não derreter completamente.

— Você ia fazer tudo isso por mim? — Kurt perguntou, com os olhos lacrimejando um pouco.

— Claro. Você está tão sobrecarregado ultimamente, e eu tinha a tarde toda livre e eu queria fazer algo realmente especial para você, mas claro que eu tinha que ir em frente e arruinar tudo por adormecer! — Blaine gritou, gemendo e se jogando de volta na cama.

Kurt deitou-se ao lado dele, envolvendo os braços em torno de Blaine e puxando-o para perto.

— B, você não tem ideia do que isso significa para mim. Apenas o fato de que você tinha tudo planejado... Você é tão doce e eu te amo tanto. Mas a noite não está arruinada, eu prometo.

— Sim, está — Blaine fez beicinho. — O jantar não está feito, o quarto não está terminado, e eu estou nesta cueca velha e surrada.

— O jantar pode esperar, o quarto está lindo, embora, obviamente, longe de ser tão bonito como você. — Kurt assegurou, colocando um beijo no topo da cabeça de Blaine.

— Eu saí e comprei algo novo para esta noite. — Blaine suspirou. — Eu estava indo para cumprimentá-lo na porta e, em seguida, fazer com que você se sente durante o jantar sem ser capaz de me tocar.

— Blaine! — Kurt suspirou. — Isso não é romântico, isso é provocação!

— Eu estou brincando, querido — Blaine deu uma risadinha.

— Mas eu estava pensando aqui, que tal esquecermos o jantar e ir direito para parte onde iremos fazer amor com velas e pétalas de rosas?

— Hmm... Eu gosto dessa ideia.

Kurt avançou sobre o namorado, que soltou uma risada. A noite de Kurt também foi longa, realmente foi uma boa ideia pular o jantar. Eles aproveitaram a noite juntos, com seus toques e beijos profundos. Kurt acordou mais cedo na manhã seguinte e observou o namorado dormir tranquilamente, desvencilhou-se do seu corpo e levantou, vestindo sua cueca boxer. Ele saiu do quarto e caminhou para a cozinha, pegando uma garrafinha de água da geladeira.

A conversa de Cooper mais cedo martelava na sua cabeça. Ele suspirou e pôs a garrafinha sobre o balcão de mármore, olhando ao redor do apartamento. Não havia sinal de Zyon ou Simon desde que ele chegou. Talvez Blaine tivesse prendido eles na lavanderia para a noite passada. Ele caminhou em direção a sua bolsa jogada no balcão e vasculhou seu celular. Buscou um número específico nas chamadas e suspirou ao discar o número.

Alô?

— Sou eu, Kurt. Será que poderíamos conversar? No mesmo lugar.

A resposta foi hesitante, deixando Kurt nervoso.

Sim. Eu quero muito poder me explicar melhor para você, e-eu...

— Kurt?

— Eu preciso desligar, nós nos falamos depois. Eu ligo, não se preocupe.

— Amor, volte para a cama!

Kurt engoliu em seco ao ouvir a voz de Blaine. Ele sabia que o moreno acabaria lhe procurando. Ele encerrou a ligação e respirou fundo.

— Eu estou indo!


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Notas finais do capítulo

Surpresa!

O que acharam? Quem diria que Kurt mudaria de ideia. Todos merecem uma segunda chance. Só basta saber se a Pam vai saber usar a dela. Aqueles que gostam de drama... Vão gostar bastante dos capítulos que virão. Estou voltando com as atualização, pelo menos um capítulo por semana de cada fic, aleatoriamente. Em breve terei mais uma fanfic para vocês, fiquem espertos!