Literally Falling From A Parachute escrita por Paul Everett


Capítulo 31
Capítulo 31: Como os Ursos


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo... Este é especialmente para descontrair.

É bem pequeno, mas é bem Klaine. Enquanto o drama não chega, achei melhor ter esses capítulos leves. Dramas? Sim, você leu certo, aliás, nem tudo é apenas biscoitos e leite. Aviso: preparem seus corações para os próximos capítulos. Mas enquanto nada acontece, podemos desfrutar deste capítulo... Tenha uma boa leitura.



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Ao chegar ao apartamento, Blaine estava finalmente em casa. Kurt cantarolava tranquilamente enquanto cortava o tomate em fatias. O jantar estava quase pronto, faltando apenas salada. Mesmo que Blaine falasse que não precisava, Kurt sabia que o moreno sempre tentava fugir de comer coisas saudáveis, mas dessa vez não teria jeito, nada de pizza ou macarronada. Ele não pegaria leve com o namorado sobre seu hábito alimentar apenas por causa de uma crise, Blaine precisava se alimentar melhor.

Blaine estava na sala de estar assistindo qualquer desenho. Às vezes ele roubava olhares em direção de Kurt, perguntando se o professor precisava de ajuda, mas este negava. Quando a salada estava feita, os dois sentaram em frente a mesa de centro com seus pratos. Blaine fez uma careta para o prato, mas não rejeitou a comida feita especialmente por Kurt. Eles comiam sem pressa, rindo de qualquer coisa que passava na TV e trocando rápidas palavras. Kurt deu o último gole do seu suco e deixou o copo sobre a mesa, observando Blaine comer.

Quase um stalker, pensou. Então, pensou na sorte que tinha. Ter Blaine ao seu lado foi uma das melhores coisas que aconteceu até agora, dificilmente algo superaria aquilo.

— Algum problema, Kurt? — Blaine perguntou, corando ao perceber o olhar penetrante do namorado.

— Não, é apenas estranho o apartamento estar tranquilo desde que você chegou. — Kurt suspirou, olhando apaixonadamente para o moreno. Ele estendeu a mão para acariciar o rosto do namorado. — Você trouxe a vida de volta pra esse lugar. Antes aqui era apenas o lugar dos meus papéis e meus pensamentos. Às vezes Quinn aparecia e bagunçava um pouco, mas não o suficiente. Então, você chegou, bagunçando toda a minha vida.

— Isso é bom? — Blaine franziu a testa.

— A melhor coisa que poderia me acontecer. — Kurt sorriu, depositando um beijo na bochecha morena. — Sendo a melhor coisa que me aconteceu, eu não quero que nada de ruim aconteça com você. Acho que este é o momento certo para conversar depois do que aconteceu.

— Pensei que já tínhamos falado sobre isso. — Blaine disse, desviando o olhar e tomando seu suco. Kurt crispou os lábios, tirando o copo das mãos do namorado. — Ei, estou com sede...

— Você tem todo o tempo do mundo para beber esse suco, mas precisamos conversar. Asperger é uma coisa séria, eu andei pesquisando bastante para poder entender e para conseguir te entender, principalmente. — Kurt disse tranquilamente, pegando as mãos de Blaine. — A última coisa que quero fazer é pressionar você, a decisão é totalmente sua... Mas estive pensando em procurar alguém que possa a te ajudar.

— Me... Pra me ajudar? Eu não preciso disso, eu e você temos tudo em controle... — Blaine gaguejou, nervoso. — Temos, certo?

— Até quando? Não podemos ignorar isso. Eu não vou estar lá sempre que isso acontecer, qualquer dia você vai estar sozinho, sem ajuda de Ryder ou Sam. E então? Vai sentar em algum lugar e esperar alguém vir te socorrer? — Kurt apertou as mãos de Blaine, fazendo que o moreno abaixasse a cabeça. — Podemos procurar um profissional, a decisão é sua, mas você sabe a minha opinião. Tenho certeza que Cooper concordaria depois de saber da crise.

— Eu sei...

— Então se você sabe, vai fazer o certo. — Kurt levantou a cabeça de Blaine segurando seu queixo. — Não lute contra isso, céus, como eu queria tirar essa síndrome de você e passar para mim. Eu quero te ver bem, mas não vou te pressionar.

— Eu posso... Eu posso pensar? — Blaine perguntou, entre suspiros.

— Você tem todo o direito, você pode pensar, eu posso esperar, sempre irei. — Kurt o beijou nos lábios antes de puxá-lo para um abraço. Ele passou seus braços ao redor do corpo menor, segurando-o fortemente. — Eu te amo tanto!

— Eu também te amo...

— Por favor, pense nisso.

Eles permaneceram abraçados antes de Kurt levantar e recolher os pratos e copos sujos. Ele tentou convencer o moreno de assistir mais TV, mas acabou lavando os pratos enquanto Blaine enxugava tudo. Ao terminarem, ambos foram para a cama. Blaine relaxou ao descansar sua cabeça no peito de Kurt, que afagava os cabelos cacheados. Com as luzes apagadas e os cobertores os esquentando, eles estavam prontos para dormir. Kurt ouviu a voz suave de Blaine no meio do seu sono.

— Podemos fazer mais um feriado...

— Blaine... Não podemos faltar mais.

— Poderíamos ir a Broadway cantar com Rachel naquele palco... Ou ao zoológico.

— Blaine.

— Há girafas ou pinguins? Eu gostarei de ir, nunca vi esses animais...

—Mhmm...

— Sabia que a girafa dorme de pé? Ela só deita quando se sente muito insegura.

— Insegura... Como você sabe disso?

— Duh! Eu sou um gênio.

— Ah, é verdade. — Kurt riu baixinho com os olhos fechados. Ele podia sentir os olhos de Blaine lhe observando atrás daquele escuro. — Podemos dormir agora?

— A língua da girafa mede 45 centímetros. — Blaine continuou, ignorando a pergunta de Kurt. — É o único animal que consegue alcançar a própria orelha com a língua.

— Que nojo, B.

Blaine riu levemente, aconchegando-se mais ao corpo quente do namorado.

— Quando estão apaixonadas, as girafas cruzam seus pescoços...

— Oh, isso é fofo.

— Extremamente fofo. — Blaine fechou os olhos, respirando levemente contra o pescoço pálido do outro. — Podemos ir ao zoológico amanhã?

— Sim, Blaine... Podemos.

***

Na manhã seguinte, Kurt foi acordado por Blaine pulando ao redor da cama. Eles teriam de faltar novamente, depois de vários dias sem comparecer a universidade... Céus, Kurt estava certo, Blaine havia bagunçado a sua vida. Blaine demorou a se vestir, provavelmente ele achava que iria a um encontro com os animais. Quando Kurt apareceu vestindo algo totalmente formal, Blaine negou com a cabeça e puxou o namorado de volta para o quarto. No final de tudo, Kurt vestia uma camisa polo azul e bermuda branca, com tênis nos pés.

Kurt sorriu para Blaine quando chegaram ao zoológico.

— Chegamos! — Kurt exclamou ao sair do carro. Ele caminhou até o lado de Blaine para abrir a porta para ele. Blaine pegou a mão de Kurt e sorriu quando saiu do carro. — Tudo bem, meu amor?

— Incrível!

Blaine deu um rápido beijo nos lábios de Kurt e suspirou quando eles começaram a caminhar em direção a entrada. Kurt pagou as entradas e eles entraram, com um Blaine louco segurando seu braço. Eles foram em direção das girafas. Ficaram nas girafas por um tempo e até chegaram a alimentá-las. Kurt e Blaine riram quando as girafas comeram as cenouras de suas mãos. Uma vez que acabou, Blaine saiu puxando Kurt para outro animal e Kurt não teria outra maneira de negar. Eles passaram pelos pinguins, Kurt gargalhava nas tentativas de Blaine imitar os pequenos nadadores. Blaine seria um ótimo pinguim. O zoológico era enorme e Blaine não parecia ficar cansado nunca.

— Querido, eu preciso de uma pausa. — Kurt disse várias horas mais tarde quando ele sentou em um banco.

— O que aconteceu com sua resistência incrível? — Blaine perguntou, sorrindo.

— Ei! Eu tenho uma incrível resistência...  — Kurt franziu ligeiramente a testa. — Mas andamos a procura de animais durante horas.

O professor tentava recuperar o fôlego de horas atrás. Blaine franziu a testa e se inclinou para beijar a testa do namorado.

— Se eu pegar um sorvete, você acha que poderíamos continuar?

— Claro, eu poderia vir todos os dias por causa disso. — Kurt disse, dando uma piscadela.

Blaine bufou e bateu de brincadeira no seu ombro, enquanto caminhava até o carrinho de sorvete mais próximo. Ele pediu um grande sorvete de cascalho e entregou-o para Kurt. Sentou ao lado do namorado e Kurt pegou a colher e começou a dar o sorvete ao namorado antes de comer. Blaine deu uma risadinha quando o sorvete começou a escorrer no queixo de Kurt. Ele levou o seu dedo para o queixo do namorado e o limpou, antes de lambê-lo. Kurt sorriu e beijou Blaine nos lábios.

— Obrigado, querido. — Kurt murmurou contra os lábios de Blaine.

Eles terminaram o sorvete de forma rápido e Blaine estava pronto para continuar.

— Podemos ir ver os ursos polares? — ele perguntou.

— É claro que sim. — Kurt assentiu.

Jogaram seus lixos fora antes de caminhar até os ursos polares. Blaine soltou um grito estrangulado e correu para mais perto, fazendo Kurt rir e parar ao seu lado.

— Aqueles dois se parecem conosco, amor. — Blaine disse, sorrindo. Ele apontou para os dois ursos que estavam na sombra, acariciando-se. — Olha!

— Quando ficamos apenas abraçados? — Kurt levantou a sobrancelha, maliciosamente.

— Eu estava me referindo a forma como eles se encaixam. — Blaine resmungou, cutucando a costela de Kurt.

— Eu vejo... — Kurt sorriu, pegando a mão de Blaine e entrelaçando seus dedos. O moreno sorriu e arqueou a sobrancelha.  — E não há nada que eu goste mais do que ficar assim com você.

— Então, se eu parar de fazer sexo com você em troca de apenas carícias, você estaria bem com isso?

Os olhos de Kurt se arregalaram e ele balançou a cabeça. Talvez muito sol tivesse afetado Blaine, ele pensou.

— Não! Carinho e amor e tudo mais, mas eu quero dizer que o sexo com você é fantástico.

— Por alguma razão, eu sabia que você iria reagir dessa maneira. — Blaine riu.

— Quem é você? E o que fez com meu Blaine inocente? — Kurt gargalhou enquanto Blaine revirou os olhos. O professor olhou para o relógio de pulso e suspirou. — Nós provavelmente deveríamos ir para casa.

Blaine assentiu com a cabeça e deu uma última olhada nos ursos polares. Era quase uma despedida. Mas claro, era um até logo. Blaine havia adorado esse passeio. Eles caminharam de volta ao estacionamento, entraram no carro emprestado de Ariel e Kurt começou a dirigir.

— Eu estou supondo que você tem assuntos dependentes...? — Kurt perguntou, parando o carro num semáforo fechado.

— Sim... Eu sei que nós queríamos passar o dia inteiro juntos, mas isso não vai acontecer. Eu preciso estudar. — Blaine fez uma careta.

Kurt assentiu orgulhosamente quando ele voltou a dirigir.


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Notas finais do capítulo

Como não amar este Blaine?

Eu sei que o capítulo foi pequeno, mas como disse, foi apenas para descontrair. Espero que todos realmente tenham gostado, foi algo tão leve e tranquilo de escrever. Talvez tenhamos outros capítulos assim... Queria agradecer os comentários anteriores, respondi a todos dessa vez. No próximo capítulo: mais Klaine, um suposto karaokê e... Arranjem um nome pro ship Sam e Oliver, por favor.

Comentários, sugestões e críticas... Tudo isso e muito mais são bem-vindos aqui! Nós encontramos no próximo capítulo.



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