Literally Falling From A Parachute escrita por Paul Everett


Capítulo 24
Capítulo 24: Outro lado


Notas iniciais do capítulo

Bem, fiquei com um pé para trás com a volta do Nyah, porque cá entre nós, nunca devemos confiar 100% quando o site volta. Ainda mais o Nyah... Deixando esse papo para lá, vamos ao que interessa! Enquanto alguns estão pirando (ainda) pelo abdômen do Chris no último episódio, outros estão dando spoilers de Em Chamas para aqueles que ainda não assistiram, outros se perguntando pra que diabos tanto close na bunda do Darren, enfim, queria agradecer os comentários de vocês, lindos e lindas do meu coração.
Neste capítulo temos Klaine, nossos loiros Fabrevans e algo um pouco diferente da fanfic, ou seja, novos personagens. Tenha uma boa leitura e seja feliz



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Passaram algumas semanas desde a chegada de Sam, ele ainda estava no apartamento de Kurt e Blaine. A amizade “Blam” deixara Kurt feliz, mesmo que a amizade de um atual e ex-namorado fosse bizarra, ele estava contente pela aproximação, era um grande passo. Algumas coisas estavam começando a incomodar Kurt, principalmente o fato de Blaine estar faltando algumas aulas para acompanhar o surfista em rápidas reuniões sobre a Na’vi Surf e coisas bobas, como ir ao Central Park correr ou tomar sorvete. Não era ciúme, pensou Kurt, seria idiotice sentir isso. Tanto Tina quanto o próprio reitor havia ligado para Cooper pela ausência do Anderson mais novo. Nada havia sido discutido entre os irmãos Anderson, mas Kurt não ficaria quieto com aquele comportamento indiferente de Blaine sobre a universidade.

Blaine estava sentado no tapete da sala de estar, havia folhas e mais folhas rabiscadas, algumas estavam pintadas com tintas coloridas. Na verdade, Blaine estava cercado de tintas e apenas um pincel na mão. Kurt observava o namorado de longe, com o jornal dobrado sobre o colo e uma xícara de café na mão. Era quinta-feira de manhã e Blaine faltou novamente, isso não surpreendeu o professor. Ele levantou da sua poltrona e caminhou em direção do mais jovem, este estava tão distraído que não percebeu a aproximação do namorado.

Os olhos castanhos estavam estreitos e concentrados na folha na sua frente, o lábio inferior estava preso na fileira de dentes brancos. Kurt sorriu o quão adorável era Blaine, ele inclinou a cabeça e ergueu as sobrancelhas, surpreso. Era óbvio que Kurt sabia sobre o amor de Blaine pela arte. Aliás, os desenhos do moreno estavam disputando com seus rascunhos e poemas ao redor do apartamento.

Agora, o moreno tinha botado na cabeça que iria começar a fazer quadros de aquarela. Ninguém criticou isso, pois era Blaine. Cooper comprou as tintas e as telas, mas Blaine ainda não havia usado, por algum motivo não ainda revelado.

— Kurt?

O professor piscou, sendo puxado do seu pensamento.

— Sim, B?

— Eu pensei que você tinha ido para a universidade. — Blaine sorriu.

— Eu pensei a mesma coisa de você. — Kurt rebateu, arqueando a sobrancelha. Blaine imediatamente abaixou a cabeça e voltou a mexer nas suas pinturas. — Olhe para mim, Blaine.

Mas ele não fez.

— Blaine, olhe para mim. — Kurt tentou novamente. Agachou-se,estendendo a mão para segurar o queixo do moreno, erguendo sua cabeça e encontrando seus olhos. — Temos que conversar sobre a universidade, faz pelo menos duas semanas que você não vai... Não venha com desculpas que é sobre Tina saber sobre nós ou por Calvin, porque sabemos que ele não vai mexer tão cedo com você. Podemos conversar com Cooper...

— Não, por favor, não chame o Cooper... Pode ser apenas uma conversa nossa? — Blaine pede.

— Blaine...

— Eu não quero que isso chegue aos ouvidos dos meus pais, mesmo que Cooper seja contra ao modo de vida dos nossos pais, eu sei que ele falaria com nossos pais sobre isso... Eu não quero que eles saibam muitos menos Cooper. — Blaine disse, nervosamente.

— Ok, Blaine. — Kurt suspirou. — Eu não vou contar para Cooper.

Blaine estreitou os olhos e olhou desconfiado para Kurt, que revirou os olhos e estendeu as mãos para o namorado.

— Eu não vou contar, eu prometo.

— Jura juradinho?

Kurt riu e assentiu.

— Juro juradinho, meu pequeno. — Kurt disse, seriamente. Ele levantou o dedo mindinho e enganchou com o de Blaine. — Agora, eu preciso de respostas.

Blaine suspirou e empurrou suas coisas um pouco para o lado. Kurt sentou-se ao lado do namorado, observando-o atentamente. Ele não iria forçar o moreno mais do que isso, ele sabia que Blaine precisava um tempo para começar a explicar as coisas. A boca de Blaine foi aberta e fechada várias vezes, mas nenhum som era emitido dali. Kurt colocou a mão sobre a coxa do moreno, num gesto de tentar relaxá-lo, mas isso só lhe deixou tenso. O moreno respirou fundo e tomou coragem de falar, sem olhar nos olhos azuis.

— E-eu não quero mais ir para a faculdade... Eu odeio isso. — Blaine admitiu, num fôlego só.

Kurt arregalou os olhos e olhou curiosamente o rapaz ao lado, que evitava seu olhar.

— Mas... Isso não é por minha causa, não é? — Kurt perguntou.

— Não, quer dizer... Uma pequena parte, talvez sim... Porque se eu saísse daquele lugar, poderíamos nos assumir publicamente, não é? — Blaine questionou, franzindo a testa. Kurt repreendeu o moreno com apenas um olhar. — Kurt, eu sei que conversamos sobre isso... Conversamos quase todos os dias... Nem tudo gira em torno de nós, ok? Eu não gosto de fazer Direito! Meus pais sonhavam em me ver em Columbia como um estudante de Direito, mas eu os decepcionei e fui aceito apenas em NYU... Agora que estou aqui com você, percebi que não preciso seguir mais aquelas regras estúpidas deles! Eu gosto de pintar e desenhar! Eu posso ser quem eu quero!

— Eu sei, Blaine, mas temos que ver isso. Largar assim a universidade assim não é fácil...

— Nada é fácil, eu aprendi isso a minha vida inteira! — Blaine disse, sorrindo abertamente. — Eu sou o maior desenhando e pintando, eu quero vender minha arte e mostrar do que sou capaz! Eu quero encantar o público assim como Rachel faz ao subir naquele palco! Ser firme e corajoso como Sam em cima da prancha de surf! Ser inteligente o bastante como você e Quinn! Meus pais ficariam orgulhosos de me ver ganhando na vida sem precisar deles.

— Meu amor, eu sei de tudo isso... Mas não vamos pensar assim tão rápido, você pode não jogar tudo contra o vento, iremos conversar mais calmamente e decidir o melhor para você. — Kurt disse, segurando a mão de Blaine na sua. O moreno suspirou e seu olhar caiu sobre suas mãos entrelaçadas. — Não pense que sou contra essa sua ideia, eu adorei, mas é muito precipitada. Eu mesmo quis várias vezes parar de trabalhar e escrever loucamente para todos, mas não fiz, pois me arrependeria.

— Eu quero tanto isso! — Blaine insistiu.

— Eu sei, mas eu quero que pense mais sobre isso, tudo bem? — Kurt perguntou, dando um pequeno sorriso. Ele ergueu o rosto do moreno novamente e enfrentou os olhos castanhos. — Promete que vai pensar?

— E-eu...

— Blaine, use palavras. — Kurt pediu.

— Eu vou... Eu vou pensar sobre isso. — Blaine deu-se por vencido.

Eles foram interrompidos pelo toque do celular de Kurt, que levantou do chão e caminhou em direção ao som. Blaine permaneceu em silêncio, com a testa franzida e os pensamentos longe dali. Ele queria pensar tanto nas palavras de Kurt, mas não conseguia, seria muito apenas querer ser feliz daquele jeito? Na verdade, tudo que o moreno queria era ser dono de si mesmo, sem Cooper ou seus pais.

Blaine foi tirado dos seus pensamentos ao ouvir a voz de Kurt, ele observou o namorado voltar para a sala de estar com o celular pendurado na orelha. O professor tinha um sorriso no rosto enquanto caminhava em direção ao namorado.

— É Quinn. — Kurt sussurrou, afastando brevemente o celular do rosto.

— Está tudo bem? — Blaine perguntou, preocupado.

Kurt assentiu e voltou sua atenção para o telefonema.

— Onde vocês estão?

Em mais uma reunião chata da Na’via Surf, nem me pergunto o que diabos eu faço aqui... Sam me convidou, então, eu vim. — Quinn disse, do outro lado da ligação. — Mas, e vocês? Pensei que estariam na universidade, meio estranho o professor e o aluno mais comentados faltando no mesmo dia.

— Bem, fiquei aqui para resolver algumas coisas. — Kurt respondeu, olhando brevemente para Blaine. — Eu preciso descansar do mesmo jeito.

Conheço esse tipo de descanso. — Quinn riu.

— Cale a boca, Fabray.

Confesse seus planos para hoje, meu amigo.

— Pode parar com isso.

Parar com o que? Deixe-me deixar claro o que vai acontecer hoje. Você e o Anderson vão ver filmes o dia todo, mas nem vão prestar atenção neles, estou certa?

Kurt corou levemente ao ouvir a risada maliciosa de Quinn. Ele olhou diretamente para Blaine, que havia percebido o silêncio do professor e o encarava curioso.

— Você está errada, Fabray. — Kurt disse, olhando timidamente para o namorado. — Vá se ferrar.

A ligação foi encerrada e mesmo assim Kurt conseguiu ouvir a risada da amiga. Ele mataria aquela loira qualquer dia, ela que esperasse.

— Algum problema? — Blaine questionou, arqueando a sobrancelha.

Oh, sim, ele tinha a pior melhor amiga do mundo.

— Não. — Kurt respondeu, rapidamente. As palavras de Quinn ecoavam pela sua cabeça, ele e Blaine já haviam feito amor, mas foi uma única vez. Mesmo que o professor gostasse daquele jeito meloso que eles estavam levando as coisas, ele também queria um pouco de ação e quem sabe... Um pouco de selvageria. Céus! Kurt parecia uma adolescente na puberdade. — Blaine?

— Sim?

Kurt mordeu o lábio, nervosamente, olhando para o moreno, que estava pintando um papel. Maldita Quinn Fabray!

— Você... Você gostaria de assistir um filme? — Kurt perguntou, corando. Blaine ergueu a cabeça e encarou o namorado, mais uma vez confuso. — Sabe, iremos botar o filme para rodar e não vamos assisti-lo.

— O quê? — Blaine franziu a testa. — Ohh...

— Sim. — Kurt sorriu, nervoso. — Mas você não precisa aceitar.

— Precisamos mesmo botar o filme para isso? — Blaine brincou, arqueando a sobrancelha.

***

Quinn riu mais uma vez e guardou o celular no bolso do casaco. Aproximou-se lentamente do amigo loiro, que estava conversando com o assistente de Sebastian. O assistente se chamava Oliver, em outra vida, talvez, Quinn pensaria em querer conhecer melhor o rapaz. Pois ele era atraente. Tinha os cabelos negros penteados pra trás e os olhos extremamente azuis estavam escondidos pelos óculos de aros redondos e grossos, trajava um suéter cinza, calça social e tênis, igualmente pretos.

Eles haviam acabado de assinar um contrato importantíssimo para as duas lojas. O dono de uma loja de pranchas conhecida em Los Angeles tinha se interessado na nova parceria, assim Sebastian e Sam decidiram levar um papo com o dono. Uma conversa aqui e ali, os dois resolveram fechar uma proposta. Tanto a Na’vi Surf receberia as pranchas quanto a Subsmythe e os fabricadores ganhariam o lucro, também conhecimento.

— Vamos lá! — Quinn exclamou, aproximando-se dos dois. — Será que vai demorar muito para ele fazer cópias do contrato? Temos que ir, precisamos passar no mercado e comprar mais potes de vidro para os biscoitos de Blaine.

— Ok, mas, deixe-me fazer alguma coisa antes, eu não vou ser capaz de retribuir algo tão importante como esse negócio. Sebastian estava quase tirando o meu couro pelo pouco investimento da loja. — Oliver disse, sorrindo.

— Fazer o quê? — Sam perguntou, confuso.

Oliver levantou na ponta dos pés e colocou os braços ao redor de Sam, colando os lábios na bochecha e suavemente deixando um beijo na pele pálida do loiro.

— Vejo você em breve. — Oliver sussurrou em seu ouvido antes de abraçá-lo e caminhar em direção a Sebastian.

Sam estava ali, chocado, com o coração ameaçando sair do seu peito e todas as borboletas do mundo tomando o lugar em seu estômago. Sua mão foi até onde os lábios de Oliver havia tocado enquanto ele olhava para onde ela havia ido.

— Sam? Samuel? — Quinn perguntou, acenando com a mão na frente do rosto dele. — Olá? Terra para Evans?

— Huh... O quê? — Sam gaguejou, dando a sua melhor amiga um pouco de atenção, mas não ainda capaz de dar a ela totalmente.

— Por favor, me diga que você não precisa de novas calças. — Quinn disse, seriamente.

— N-não... Eu... Eu... — Sam gaguejou novamente, ainda sentindo um pouco de formigamento onde o beijo havia sido deixado, com a mão ainda segurando seu rosto como se estivesse com medo do beijo escapar dali. — Oh meu Deus...

— Vamos lá, Romeu em forma de surfista, eu não vou perder de atrapalhar Kurt e Blaine no apartamento, porque você desmaiou por ser beijado por um menino. — Quinn disse, caminhando e empurrando Sam.

— Uh huh... — Sam concordou, com um sorriso largo em seu rosto enquanto ele deixava sua amiga leva-lo para fora do restaurante.

Quinn revirou os olhos, ela já estava prevendo tudo. Mais gays na sua vida!

Demorou cerca de meia hora para Sam se concentrar no que o dono da loja das pranchas estava falando. As cópias haviam sido tiradas e tudo estava indo bem. O loiro caminhou tranquilamente pela calçada movimentada de Nova York, com Quinn do seu lado. Eles ainda estavam perto do hotel onde havia sido a reunião e precisavam de um táxi.

— Bem-vindo de volta para a Terra. — Quinn murmurou, quando percebeu que ele estava realmente tentando chamar um táxi vazio.

— Cale a boca. — Sam disse, sorrindo timidamente.

— Não vejo você desde que conheceu o Kurt, você é tão óbvio! — Quinn sussurrou.

— Cale a boca! — Sam repetiu, seu rosto estava vermelho agora.

— Oh, relaxa, querido, todos nós ficamos um pouco tontos quando somos beijados por quem acabamos de conhecer. — Quinn brincou, colocando uma mão em seu ombro.

— Fique quieta, ele poderia ouvir. — Sam avisou.

— Sam, ele está do outro lado da maldita rua com Sebastian, você teria que ter ouvidos de falcão para me ouvir de lá. — Quinn tranquilizou.

— Não vamos contar isso como uma possibilidade. Aquele garoto nunca deixaria de me surpreender! Ele é tão novo e tem tanta responsabilidade, na verdade, ele me parece mais responsável que Sebastian. — Sam sussurrou, olhando para a parte de trás da cabeça de Oliver, em seguida para mais um táxi que ele havia perdido.

Quando Sam olhou novamente para o rapaz, ele viu Oliver lhe olhando. Seus olhos se encontraram e o rapaz se iluminou num sorriso e Sam automaticamente sorriu de volta. Eles mantiveram naquele olhar por cerca de meio minuto antes de Oliver virar-se depois de ter sido cutucado por Sebastian.

— Uh lala, alguém está interessado em você. — Quinn brincou.

— Ele não é, ele é grato pela parceria da minha loja. — Sam deu de ombros.

— Grato o suficiente para querer talvez jantar com você. — Quinn disse, cutucando-o na barriga.

— Pare com isso! — Sam se contorceu para longa com uma risadinha suave. — Ele não vai...

— Ainda há chances, amanhã haverá uma nova reunião com vocês e Sebastian. — Sam brincou novamente.

— Céus, eu tenho sorte, ou o quê? — Sam gemeu, colocando a cabeça entre as mãos e, em seguida, deslizando pelo seu um pouco longo cabelo loiro.

— Sammy, relaxe, tudo vai ficar bem. — Quinn riu.

Entretanto, no outro lado da rua.

— O que foi esse sorriso para o Evans? — Sebastian perguntou quando Oliver se virou.

— Oh, eu não te disse? — Oliver disse, alegremente.

— O quê? — Sebastian perguntou, com uma sobrancelha levantada.

Oliver puxou um papel de seu bolso e mostrou para o chefe.

— Temos mais um fornecedor para fazer a mesma proposta de hoje. — Oliver disse.

— Nossa! Você está brincando comigo! — Sebastian disse, pegando o papel da mão do rapaz menor e olhando para ele com admiração. — Como é que você fez isso?

— Eu acho que foi tudo graças a Sam. — Oliver deu de ombros.

— Esse bocudo? — Sebastian disse, repugnante.

— Quer parar com isso? Ele não é realmente tão ruim assim. — Oliver defendeu.

— Quem é você e o que fez com meu melhor amigo? — Sebastian indagou, olhando para Oliver.

— Vamos Sebastian, como você pode dizer uma coisa essas? Você o conhece pessoalmente tem pouco tempo. — Oliver revirou os olhos.

— E eu não vou! Ele é um nerd, e sua amiguinha consegue ser mais estranha que ele. Meu único interesse é no que sua loja nos oferece. — Sebastian cruzou os braços, desviando o olhar de Oliver.

— Confie em mim, eles são melhores quando você conhece. — Oliver bufou, revirando os olhos. — E você é o único aqui de mente fechada.

— Ei, quem você está chamando de mente fechada? — Sebastian retrucou.

— Só estou dizendo, você deve conhecer as pessoas antes de julgá-las. — Oliver argumentou.

— Há uma coisa que eu preciso saber sobre esses dois, se eles são ou não parceiros de um negócio grande! Você mal conhece esse cara e já está defendendo ele na minha frente, isso pode comprometer o nosso negócio. — Sebastian desafiou.

— Eu estou cansado! Talvez eu prefira defender eles a você nesse momento, venha falar comigo quando começar a respeitar uns aos outros. — Oliver suspirou, olhando para o amigo.

Ele pegou o papel da mão de Sebastian, pegando também a pasta na mão do maior e caminhando em direção a um táxi que havia parado a poucos metros de distância. Sebastian ergueu as sobrancelhas e seguiu o menor.

— Que porra você acha que está fazendo? — Sebastian sussurrou, severamente.

— Cuidado com a língua, Smythe. — Oliver ordenou.

— Eu falo o que quiser! — Sebastian gritou de volta.

Oliver bufou e abriu a porta do táxi, entrando e falando rapidamente com o motorista. Sebastian continuou gritando enquanto via o carro de distanciar. No outro lado da rua, Quinn e Sam se entreolharam com caretas no rosto.

— Depois eu que tenho um dedo podre para tudo. — Quinn riu.

— Cale a boca e entre no carro, Fabray. — Sam rosnou.

***

A clareza e a sombra da sala estavam cobrindo os dois homens deitados lado a lado com a respiração pesada e a pele brilhando de suor. O moreno se moveu ficando de bruços no tapete, os cachos escuros grudados a testa e os olhos escondidos pelas pálpebras.

— Como... — Kurt parou, soltando o ar e lambendo os lábios secos. — Como isso aconteceu?

— Acho que tudo começou quando você estava no telefone e Quinn tagarelava alguma coisa sobre... A universidade? — Blaine gargalhou, virou o rosto para o homem de pele pálida. — E então... Você propôs assistir um filme. — Sussurrou vendo o suspiro escapar pelos lábios rosados. — Aí você beijou meu rosto uma, duas, três... E cada vez minha chegava perto da minha boca. — Os olhos castanhos fitaram os azuis que sabia que lhe encaravam. — Te segurei pelo queixo... — O mais jovem deslizou um dedo moreno pelo queixo que tremeu sob o toque. — E eu beijei sua boca carnuda e gostosa.

Um suspiro escapou dos dois antes de um singelo roçar de lábios serem compartilhado. O homem de pele pálida iniciou o beijo lento, primeiro o lábio inferior foi mordiscado e depois o superior foi sugado novamente.

— E então fizemos amor no chão da sala? — Kurt perguntou divertido para a o moreno.

Ele ouviu a risada alta antes do carinho em seu rosto.

— Deliciosamente... — O moreno respondeu ainda com um sorriso na voz. — Deliciosamente como você é, professor Hummel.

— Quando ficou tão possessivo? — Kurt soltou uma risada baixa. — Hein? Senhor Blaine?

— Acho que entre um gemido ou outro seu. — Blaine arqueou as sobrancelhas e sentiu a leve tapa. — Ou talvez tenha sido na hora que gritou meu nome... Céus, tomara que a senhora do 203 tenha tirado o aparelho auditivo.

Kurt apoiou a testa no ombro de Blaine, sacudindo os ombros em uma gargalhava silenciosa.

— Uh huh... E o velho Franz? — Kurt ergueu o rosto enquanto falava. — Aquele velho que estreita os olhos sempre que te vê?

— Ugh... Não me faça vomitar. — Blaine revirou os olhos, ergueu a mão tocando o rosto de Kurt com os dedos. — Você não precisava ir pra universidade?

— Sim, mas ficarei aqui com você o resto do dia... Você também não foi, não me importo se alguém estranhar. — Kurt riu.

— Eu não quero ser um problema pra você, Kurt.

— Ei, de onde veio isso? — Kurt franziu a testa, olhando para o moreno de cabeça baixa. — Você nunca será um problema pra mim, Blaine. Depois disso, agora que fico várias manhã e tardes com você, deixando de ir para o trabalho... Porque, céus, você não imagina o quanto maravilhoso é ficar ao seu lado, mesmo que seja um silêncio longo com apenas toques carinhosos. Eu te amo, Blaine...

— Mais do que amou Sam?

— O quê?

— Kurt, você e Sam tem uma história enorme...

— Que é passado agora. Eu e Sam somos grandes amigos, somos ex-namorados, mas e daí? Eu gosto dele como um grande amigo que sempre tive, assim como ele respeita a minha decisão de ficar ao teu lado. — Kurt disse, seriamente. Blaine tentou desviar o olhar, mas Kurt o segurou pelo queixo, fazendo que seus olhos se encontrassem. — Eu realmente nunca mais desejo ouvir essas perguntas, mas se você tem inseguranças, eu vou respondê-las. Meu presente é você, o futuro iremos construir... Não prometo te amar para sempre ou ficarmos para sempre. Blaine, eu te amo, é claro que quero passar todos os dias com vocês, assim como desejava com Sam... Mas você é Blaine Anderson, meu segundo relacionamento sério, alguém que eu quero construir uma vida. Entende?

Blaine estava sem palavras, na verdade, ele apenas assentiu e deixou-se levar nos braços de Kurt. O moreno descansou a cabeça no peito do professor enquanto traçava linhas imaginárias sobre o abdômen definido.

— Eu também te amo, Kurt... É uma pena eu não saber falar bonito como você. — Blaine sussurrou, timidamente.

Kurt sorriu com inocência do namorado e beijou o topo da cabeça de Blaine.

— Não precisa falar bonito como eu, Blaine, basta ser você mesmo. — Kurt sussurrou de volta. — Eu sei que você me ama, mas não se sinta pressionado.

— Eu não estou. — Blaine afirmou, erguendo a cabeça e descansando seu queixo sobre o peito do namorado. Kurt sorriu e ergueu a sobrancelha. — E-eu... Eu quero muito que os outros saibam de nós... Sei que vai demorar um pouco pra isso, mas eu quero poder apresentar você como meu namorado, alguém que eu ame.

— Eu também, meu amor. — Kurt suspirou.

— Na verdade, eu não me importo... Eu só quero você para mim. — Blaine admitiu.

— Sendo assim, eu serei apenas seu. — Kurt disse, acariciando a bochecha rosada de Blaine. — Exclusivamente seu.


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Notas finais do capítulo

Queria a opinião de vocês se continuo nessa Sam/Oliver/Sebastian, porque na boa, eu não pensava em colocar o Sam com ninguém ainda, mas escrevi um trecho no meu celular e deu essa ideia doida.
Iremos conhecer mais Blaine e Kurt, porque eles ainda pareceram estranhos para mim. Não tenho muitos planos para frente e não darei muito o que acontecerá no próximo capítulo, então.... Comentários, elogios e críticas? :)