Literally Falling From A Parachute escrita por Paul Everett


Capítulo 23
Capítulo 23: Como Finn e Jake


Notas iniciais do capítulo

Desculpa, mas no dia que Hora de Aventura for chato para mim... Ah, isso não vai acontecer. Enfim, esse mesmo é o título do capítulo, nem tentem reclamar... Agora, voltando ao assunto principal, mais um capítulo dessa fic que não parece ter fim determinado. Teremos nosso querido e mais esperado momento, ou seja, Blam. Mais personagens, porque eu tenho esse costume terrível de achar que minhas fics são casa da Mãe Joana.

Boa leitura e divirta-se!



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Os grandes olhos castanhos e sonolentos se abriram, mas logo fecharam pelo flash de luz. Seus braços envolveram automaticamente suas pernas ao tronco, numa posição fetal. Uma vozinha irritante zombava dentro da sua cabeça... Quem mandou beber tanto suco? Blaine não chegaria perto de um copo de suco de laranja na sua vida tão cedo. Sua cabeça estava preste a estourar, como numa segunda tentativa ele abriu seus olhos lentamente, dessa vez tendo todo cuidado no mundo. A primeira coisa que ele registrou na sua frente foi uma imensa televisão pendurada na parede passando Ursinho Pooh.

Como que... Ele havia morrido e ido para o céu?

Blaine sentou rapidamente, amaldiçoando-se mentalmente ao sentir a pontada de dor atrás da sua cabeça. Ele enterrou a cabeça entre as mãos, gemendo dolorosamente. Ao sentir alguém afagando suas costas, imediatamente ele relaxou enquanto os dedos ágeis o massageavam. Ele ergueu a cabeça e encontrou os olhos azuis tão amáveis, lhe observando com um leve sorriso no rosto, segurando uma caneca de café na mão livre.

— Bom dia, pequeno. — Kurt sussurrou, beijando a têmpora de Blaine e entregando a caneca para ele, mas este a rejeitou. — Tome isso, mocinho... Fará bem a sua ressaca.

— Eu odeio café. — Blaine disse baixinho, quase Kurt não ouviu. Ele mordeu o lábio contendo o sorriso e afagando as costas de Blaine.

— Blaine, beba e não discuta.

— Mas...

— Ou você vai querer mais suco?

Não, Blaine não queria aquele maldito suco nem se fosse dado pelo George ou pelo Beemo.

Kurt pôs a caneca nas mãos e depositou mais um beijo na têmpora de Blaine antes de atravessar uma porta. Blaine gemeu em frustração e bebericou o café, fazendo uma careta. Ew, café amargo. Depois de mais alguns goles, a cabeça de Blaine estava funcionando normalmente, ele até se atreveu a olhar onde estava.

Parecia, quer dizer, era uma sala de estar enorme, o dobro do apartamento de Kurt e Blaine. Melhor nem comparar, seria humilhante. Tinha a grande TV pendurada na parede e um vídeo game esquecido perto do rack, a mesinha de centro com revistas esportivas e o sofá em formato de L. Blaine levantou do sofá-cama que tinha dormindo, caminhando lentamente para a porta de vidro, que dava acesso para a piscina. Maldita seja essa piscina. Através do vidro, ele conseguiu ver o vislumbre de Cooper pegando algumas latas e jogando dentro de um saco preto. Ele voltou sua atenção para a sala de estar e ouviu algumas vozes vinda da porta que Kurt tinha entrado, curiosamente, ele atravessou a porta.

Ali era cozinha, Rachel estava fritando alguma coisa na frigideira em frente ao fogão. Quinn estava sentada em frente à mesa de café, seu rosto estava enterrado nos seus braços e ela resmungava alguma coisa. Kurt cortava algumas frutas numa tábua de plástico enquanto cantarolava alguma música, desconhecida aos ouvidos de Blaine. A diva foi a primeira a perceber a presença do moreno e abriu um sorriso.

— Blaine! — Rachel exclamou, imediatamente Blaine e Quinn encolheram. — Oh, desculpe.

— Melhorou, querido? — Kurt perguntou, preocupado. Blaine deu de ombros e sentou ao lado de Quinn.

— Onde estamos?

— Estamos na casa de Finn, não lembra? Ele é meu noivo e irmão de Kurt...

— Meio-irmão. — Quinn resmungou.

— Tanto faz... Bebemos na piscina dele a madrugada toda. Cooper está recolhendo as latas e garrafas de bebidas lá fora. — Rachel explicou, desligando o fogo do fogão e pondo bacon no prato branco. Ela caminhou em direção a mesa e empurrou p prato em direção de Quinn, que murmurou algo em agradecimento já de boca cheia. — Enfim, Ashley saiu assim que começamos arrumar tudo... E Sam está dormindo no quarto de hóspedes, ele estava cansado da viagem e acabou capotando, deve ser culpa da bebida.

— Esse tal de Finn não vai chegar a qualquer momento? — Blaine perguntou, desconfiado.

— Duvido. — Rachel deu de ombros. — Ele vive ocupado com os jogos e fazendo publicidade por todos os cantos do país.

— Ohh...

Blaine roubou alguns pedaços de bacon do prato branco, enquanto Quinn estava muito ocupada olhando para Rachel tentando por uma lata no armário alto. Passos firmes chamaram a atenção de todos, que se viraram e se engasgaram, exceto Blaine que estava muito ocupado comendo o bacon de Quinn.

— Eu preciso de alguma coisa para vestir. — Sam disse, corando furiosamente. Ele estava completamente nu, tapando suas partes íntimas com as mãos.

Distraidamente, Blaine virou-se e seus olhos se arregalaram com a visão do abdômen de Sam. Bem, ele havia reparado no corpo de Sam na noite passado, mas não nas bochechas coradas de Kurt. Talvez fosse ciúme, Blaine não queria saber o nome daquele sentimento, ele já não estava gostando dele.

— Acho que Rachel pode pegar algumas roupas de Finn para você, Sam. — Kurt gaguejou, desviando o olhar do surfista.

— O quê? Oh, sim, eu posso. — Rachel respondeu, balançando a cabeça.

— Tipo, agora, Rachel. — Blaine disse, olhando seriamente para Sam. — Ele pode pegar uma gripe.

— Pois é, uma gripe. — Quinn riu.

Sam virou-se e saiu da cozinha, dando uma boa visão da bunda para quem quisesse ver. Quinn gargalhou com as bochechas rosadas de Kurt e Blaine continuava com a expressão séria. Uma Rachel envergonhada foi logo atrás, olhando para qualquer lugar menos para frente.

— Meus bacons, filho de uma... — Quinn ralhou, olhando do seu prato vazio para Blaine.

— Eu achei que você não queria. — Blaine disse, rapidamente.

— Como não? Rachel fez especialmente para mim! — Quinn rosnou, olhando diretamente nos olhos de Blaine.

— Nossa! Você deve ter tido um orgasmo com isso, hein Fabray — Kurt provocou, piscando para a loira.

— Bem, não era eu que estava olhando pra bunda do meu ex-namorado. — Quinn sorriu, piscando de volta.

Kurt olhou para Blaine, que limpava uma mancha no prato branco com o dedo. Antes que o professor pudesse ter a chance de calar a boca de Quinn, a voz masculina e familiar foi ouvida.

— Mas que diabos aconteceu aqui?

Quinn e Kurt se entreolharam com olhares incrédulos.

***

Todos os músculos do seu corpo parecia gritarem de dor. O jogador nunca pensou que ficaria tão cansado assim, ele nunca se sentiu tão aliviado por uma semana de folga. Agora, Finn Hudson jogou a mochila sobre o ombro e fechou a porta do Range Rover. Ele fez seu caminho para fora da garagem, assobiando e balançando as chaves entre os dedos. De repente, Finn parou ao perceber os sacos de lixo parados no gramado em frente a sua casa. Aquilo era estranho. Finn lembra-se de ter deixado tudo sobre controle quando saiu, ele até mesmo contratou uma empregada para isso.

Com os olhos estreitos, ele caminhou lentamente para parte detrás da casa, onde ficava o quintal com a enorme piscina. Finn ficou confuso ao ver um homem moreno catando algumas garrafas de vidro perto das suas espreguiçadeiras. Bem, Finn não tinha contratado nenhum caseiro.

Aquilo era um ladrão? Oh, merda.

Finn deixou sua mochila no chão, tentando não fazer barulho, ele catou uma garrafa de vidro quebrada que estava ali perto. Ele segurou firmemente e caminhou em direção ao estranho, respirando pesadamente.

— Quem é você?! — Finn gritou, cutucando o ombro do estranho e logo recuando.

O moreno virou-se e se assustou ao ver Finn, até mesmo deixando cair algumas garrafas que segurava.

— Oh, vai com calmar, cara! — pediu o moreno.

— Calma? Você está na minha casa, um ladrão na minha casa! — Finn gritou, apontando a garrafa quebrada em direção ao moreno. — Nenhum ladrão se atreveria a entrar na minha casa, eu sou Finn Hudson!

— Eu não sou um ladrão, cara. — Disse o moreno, fazendo careta. — Eu sei quem é você! O Hudson, jogador dos Vancouver Canucks, você joga muito!

— Uau, sou tão conhecido assim? Bem, eu tento ser o melhor, mas... Ei! Você está me confundindo! Como você entrou aqui? — Finn perguntou, estreitando os olhos. Ele olhou para o estranho, que parecia sem palavras, totalmente perdido. Os olhos de Finn vagaram pela sua piscina que estava uma bagunça, assim como seu quintal. — Mas que diabos aconteceu aqui?

— Eu posso explicar... — Começou o moreno.

— Finn?

Finn virou-se rapidamente e encontrou Kurt e Quinn andando na sua direção. Espera... Ele estava na casa certa? Ali estava sua ex-amiga de coro e seu meio-irmão na sua casa, aquilo estava errado.  

— Abaixa essa garrafa, Finn! — Quinn mandou, olhando seriamente para o gigante. — Cooper está conosco.

— Quem é Cooper? — Finn indagou, confuso.

— Uh... Eu sou Cooper. — Disse o estranho, com um sorriso amarelo.

— O quê... Alguém me explica o que é isso tudo? — Finn gritou, olhando seu quintal, desesperado.

— Calma, Finn! — Kurt pediu, suspirando. — Abaixe essa garrafa, antes que você se machuque com o vidro. Podemos explicar assim que entrarmos.

Finn hesitou, mas acabou entrando na casa. A cada passo as surpresas aumentavam. Finn franziu a testa ao ver um moreno estranho sentado no seu sofá com o controle remoto nas mãos, assistindo um urso com uma camisa pequena e vermelha ao lado de um tigre saltitante. Rapidamente, ele olhou para Kurt, que deu de ombros e andou em direção para a cozinha.

Quando o jogador parecia mais tranquilo, Kurt pôs uma caneca de café na sua frente e puxou uma cadeira para si. Quinn estava escorada no balcão enquanto Cooper estava encolhido num canto da cozinha, com uma garrafa d'água na mão.

— Então, vocês decidiram festejar na minha casa sem minha permissão? — Finn disse, pausadamente.

— Sim. — Kurt assentiu.

— Como? Como vocês entraram? Vocês nem mesmo tem as chaves. — Finn disse, confuso.

— Bem, na verdade, foi Rachel que nos trouxe aqui...

— Rachel está aqui? — Finn questionou, levantando abruptamente da cadeira.

— Ha, ele lembrou que tem uma noiva. — Quinn zombou, revirando os olhos.

— O quê? — Finn caminhou em direção da loira, encarando-a com a testa franzida. — Repete, Fabray.

— Oh, eu disse alguma coisa que ofendeu a vossa majestade? — Quinn provocou.

— Ei, ei! Vocês dois, podem parar! — Kurt exclamou, com os olhos arregalados.

Kurt ficou entre os dois, pondo uma mão sobre o ombro de cada um, com um sorriso forçado. Ele olhou aliviado para Rachel que entrou na cozinha acompanhada de Sam, vestido como um rapper, quer dizer, vestido com as roupas de Finn.

— Eu acho que preciso de uma ajudinha aqui, Rachel. — Kurt disse, olhando entre a loira e o meio-irmão.

— Rachel, como você faz isso? — Finn perguntou, desviando o olhar de Quinn, agora totalmente focado em sua namorada ou noiva. — Entra na minha casa sem permissão e traz estranhos, onde você anda com a cabeça?

— Ei! Olha como fala comigo, minha cabeça anda muito bem, Finn. — Rachel disse e Quinn riu, logo se encolhendo ao receber um olhar mortal da morena. Sua atenção voltou para Finn, que continuava irritado. — Boa parte dessa casa também é minha, estamos noivos, lembra? Trouxe Kurt e Quinn e seus amigos porque estávamos a procura de diversão, apenas isso.

— Você poderia ter me avisado, Rach. — Finn sussurrou para a noiva.

— Como? Você vive ocupado com esses jogos importantes pra lá e para cá! — Rachel respondeu, revirando os olhos.

— Ok, ok! — Finn deu-se por vencido. — O que Sam faz aqui?

— Negócios, irmão. — Sam disse, dando de ombros.

— Essas são minhas roupas? — Finn arqueou a sobrancelha, olhando-o dos pés a cabeça.

— Ah, sim, cara eu não faço ideia onde estão as minhas. — Sam disse, coçando a cabeça. Finn franziu a testa e olhou para Rachel, que ria, mas logo parou ao olhar do noivo. — Espero que você não se importe, eu posso tirá-las agora mesmo...

— Oh, não, não! Na boa, Sam, continue com elas!

— Acho que já está tudo explicado, não é Finn? — Kurt disse, massageando as têmporas.

— Espera... Quem é aquele cara na minha sala de estar?

— É o Blaine.

— Eu não sei quem é Blaine, cara!

— Blaine é o namorado de Kurt!

— O quê? Eu pensei que Kurt namorasse Sam...

— Não, ele não namora mais. Agora, ele tem Blaine. — Rachel respondeu.

— Meu irmão está namorando um adolescente?

— Oh Deus, meu meio-irmão sofre de lerdeza... — Kurt murmurou para si.

— O quê, Kurt?

— Hmm, Blaine está na faculdade. Não tem nada demais namorar um adolescente...

— Claro que não. — Quinn zombou, analisando as unhas. — Se ele não fosse seu aluno.

— O quê? — Finn gritou, com os olhos arregalados. Ele olhou imediatamente para Kurt, que olhava intensamente para uma Quinn sorridente. — Burt sabe sobre isso?

— Quinn Fabray prepare-se para o pior! — Kurt sussurrou para a loira, que riu.

***

Sam amarrava o laço da bermuda pela quinta vez naquele dia. Ele olhou nervosamente ao redor do restaurante cheio de pessoas bem vestidas e suspirou. Hoje ele assinaria o contrato de parceria com a Subsmythe. Sebastian estava atrasado, ou talvez o loiro estivesse chegado cedo demais, ou talvez ele estivesse chegado tarde demais... Ele consultou o relógio de pulso e percebeu que os ponteiros estavam parados, tinha água dentro do seu relógio, ótimo.

— Bem... Por que estamos aqui? — Finn questionou, abaixando o cardápio que tinha em mãos.

—Porque vocês são meus amigos, então pensei, por que não chamar meus amigos para me ajudar? — Sam disse, sorrindo. Ele olhou entre Finn e Blaine, que se entreolharam em desconfiança. — E Finn, Rachel e Quinn não te queriam por perto... Blaine, bem, você é amigo de Kurt, é confiável.

Blaine estreitou os olhos, mas logo sorriu, decidindo ignorar a última parte da frase do loiro.

— Apesar de tudo eu preciso da opinião de vocês para fechar esse contrato. — Sam suspirou.

— Ei, Sam, não fique assim... Vai dar tudo certo. — Blaine sorriu, pegando a mão livre de Sam sobre a mesa. — Eu estarei aqui e ajudarei no que for preciso.

— Eu também! — Finn disse, dando um tapinha no ombro de Sam. — Eu acho que esse tal de Sebastian chegou.

— Como você sabe? — Sam franziu a testa.

Finn não respondeu, apenas apontou em direção a entrada do restaurante. Blaine e Sam se entreolharam antes de seguir o dedo indicador do jogador. Havia um homem alto e esbelto conversando com um garçom na entrada, tinha um corte de cabelo curto e a expressão séria no rosto, segurando uma pasta de couro na mão. Sam encolheu-se ao ver a vestimenta do quase sócio, aparentemente, seu sócio. Ele vestia uma camisa social branca sob um suéter cinza, com jeans escuro e sapatos sociais. Enquanto isso, Sam continuava com as roupas emprestadas de Finn, uma camisa de time um pouco maior e, bermuda folgada e chinelos. Mais desleixado que isso, impossível.

Os olhos verdes de Sebastian encontraram os azuis de Sam, ele sorriu minimamente e acenou em direção ao loiro. Blaine arqueou a sobrancelha olhando entre os dois, enquanto Finn, bem, ele estava ocupado olhando para o cardápio novamente. Sebastian sussurrou algo para o garçom, que assentiu, e começou a caminhar em direção a mesa dos rapazes.

— Merda, ele está vindo. — Sam gemeu, sorrindo forçadamente em direção de Sebastian. — Merda, merda...

— Qual o problema, Sam? — Blaine perguntou, confuso.

— Blaine, olhe para esse cara, tem mó pinta de galã de cinema... Enquanto eu, nem vamos comentar o quanto eu pareço um mano do rap com essas roupas do Finn. — Sam explicou, sem desviar o olhar de Sebastian.

— Pense pelo lado positivo, pelo menos ele ainda está vindo para cá. — Blaine disse, sorrindo.

— Pensando por esse lado... É. — Sam assentiu.

— Você poderia explicar o porquê dessas roupas, ele entenderia. — Blaine disse, dando de ombros. Sam finalmente desviou o olhar de Sebastian e olhou com olhos arregalados para o moreno. — O quê?

— Não, você está louco?

— O quê? Claro que não, é apenas uma maneira de você se explicar...

— Eu não vou contar o que aconteceu ontem à noite, eu estava bêbado. Seria constrangedor!

— Não exagera, Sam. — Blaine riu. — Como você mesmo disse, você estava bêbado, não tinha culpa das consequências...

— Eu tinha, eu bebi porque quis!

— Kurt disse que Quinn te forçou a beber. — Blaine arqueou a sobrancelha.

— Não, Quinn não manda em mim, eu bebi porque quis... Que ideia!

— Eu acredito... Só estou tentando te ajudar.

— Ajuda em que?

Sam e Blaine desviaram imediatamente os olhares e encararam Sebastian, perplexos. O rapaz tinha a sobrancelha arqueada e um sorriso estranho nos lábios, olhando entre Blaine e Sam.

— Opa, acho que atrapalhei a conversa de vocês. Desculpa, não foi minha intenção. — Sebastian desculpou-se, dando de ombros.

— Ah, n-não, que nada. — Sam riu nervosamente. — Era uma conversa boba.

— Entendo. — Sebastian assentiu, olhando para Blaine e sorrindo. — Então, você é Sam Evans?

— Não, não mesmo. — Blaine gaguejou.

— Na verdade, Sam Evans sou eu. — Sam disse, estendendo a mão para Sebastian. — Estes são Blaine e Finn, meus amigos.

— Oh... Desculpa, ando tão viajado. — Sebastian riu timidamente, aceitando a mão de Sam e apertando-a. — Prazer, Sebastian Smythe.

— O prazer é todo meu, Sebastian. — Sam sorriu.

Sebastian juntou-se a mesa e pôs sua pasta de couro sobre a mesa. Ele e Sam engataram numa conversa tranquila, Blaine acompanhava tudo em silêncio, ele desviava alguns olhares estranhos que Sebastian lhe direcionava. Após os contratos e papéis assinados, tudo tinha se acertado no final, fazendo que Sam sentisse um grande alívio. Ele apertou a mão de Sebastian mais uma vez, todo sorridente. O mais novo sócio da Na’vi Surf pediu uma garrafa de vidro branco para comemorar, Sam bebeu apenas uma taça por educação e Blaine rejeitou a bebida, Finn preferiu ficar com seu refrigerante.

Quando Sebastian saiu do restaurante, Blaine e Sam comemoraram aos berros e abraços, Finn levou um grande susto e quase caiu da cadeira. Algumas pessoas olharam para os rapazes com olhares incomodados, rapidamente eles se desculparam e voltaram a comemorar um pouco mais baixo.

— Conseguimos cara! — Sam disse, enquanto caminhava de volta para o apartamento de Kurt. Blaine estava ao seu lado e assentiu com entusiasmo. — Eu preciso ligar para meus pais e comentar sobre isso.

— Ok... Mas, parabéns, Sam! — Blaine sorriu, docemente.

— Sem essa, cara, eu não teria conseguido sem você... E Finn. — Ambos riram, olhando para o maior andando apressadamente na frente deles, com o celular na mão. — Realmente, muito obrigado.

— De nada. — Blaine deu de ombros.

— Somos tipo uma dupla agora, como Ciclope de Wolverine nos quadrinhos da Marvel. — Sam divagou, fazendo que Blaine parasse de andar e o olhasse confuso. — Quer dizer, somos amigos né? Acho que você não gosta de X-Men, me deixa achar alguma coisa que você saiba... George e aquele cara vestido de amarelo?

— Não, estes sou eu e o Kurt. — Blaine respondeu.

— Oh... Somos como Finn e Jake, então? Somos irmãos e amigos, é perfeito! — Sam exclamou, sorridente.

— Nah, podemos ser apenas Sam e Blaine? — Blaine perguntou hesitante. — Seria mais original. Algo como... Blam?

— Blam?

— É.

— Nossos nomes juntos... É legal isso, cara. — Sam concordou.

Blaine e Sam se entreolharam com sorrisos nos rostos. Sim, eles faziam uma bela dupla.


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Notas finais do capítulo

FINALMENTE BLAM!
Tentei não forçar muito, mas cá entre nós, quem não seria amigo desse Blaine? Por favor, né.
Também tivemos Finn Hudson. Pessoas que me conhecem sabem o quanto eu odeio este personagem, mas vou tentar maneirar a respeito do nosso grandalhão, Cory, quem sempre estará nos nossos corações. Eu não queria que o Cory morresse desse jeito, eu queria ver Monchele acabar, mas acabou assim e... É uma merda. Muitos não vão concordar comigo, na verdade, minha intenção não é essa... É um desabafo, ignorem.

Enquanto esperamos Blam ou CrissColfer ganhar no TCA, comentários e sugestões são bem-vindos.