Literally Falling From A Parachute escrita por Paul Everett


Capítulo 21
Capitulo 21: Festa estranha com gente colorida


Notas iniciais do capítulo

Já estamos no capítulo 21?
Nossa, hein... Realmente estou surpresa por começar a passar do meu limite de capítulos sem estar num término. Acho que LFP será uma fanfic que vou levar a sério, tanto na escrita como no desenvolvimento. Queria agradecer pelos comentários, finalmente consegui responder alguns de vocês, mesmo com uma resposta boba. Queria agradecer a Bea Lightwear pela recomendação, bem, o que vale é realmente a intenção, certo? Neste capítulo temos a aparição de alguns personagens e uma rápida conversa pelo Skype, enfim, boa leitura.



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Quando o primeiro convidado da festa chegou, Kurt não se surpreendeu ao ver Quinn. Pelo menos ela trazia algumas bebidas, Ariel e Ashley vieram no reboque. A professora morena não comentou nada sobre Blaine, ela apenas sorriu em direção ao seu aluno e permaneceu calada. Aquilo era bom? Tomará que sim. Cooper chegou quando Kurt estava preparando as pizzas e Blaine servindo os refrigerantes, mesmo que ninguém quisesse beber aquilo. Todos tinham uma garrafa de cerveja na mão, exceto Blaine, ele preferia seu suco de laranja. As coisas começaram a sair do normal quando as primeiras pizzas que foram feita por Kurt, ficaram sobre vigilância de Blaine, como o moreno estava muito preocupado em observar Kurt se movimentando naquele apartamento com sua calça jeans apertada, as pizzas acabaram queimando. Seria engraçado, se os ingredientes não fossem diretos para o lixo.

Kurt voltou para a cozinha com pressas pela chegada dos convidados de Blaine. O moreno cumprimentou Ryder e sua namorada, chamada Unique. Ela era totalmente diferente do que Blaine imaginava, quer dizer, ele imaginava uma garota loira e alta com olhos azuis, mas em vez disso, era uma garota de pele escura acima do peso. Kitty também estava junto. Mesmo que não tivesse sido convidada.

Havia várias pessoas ali que não foram convidadas, mas tudo bem, tinha comida o suficiente... Oh não, havia queimado a metade. Merda, pequeno Elfo!

— Vocês realmente vieram! — Blaine disse, sorrindo em direção ao casal na sua frente. Ele puxou Ryder para um rápido abraço e beijou as costas da mão de Unique, num gesto cavalheiresco. — Kitty, sua presença aqui, me surpreende!

— Por que eu não viria? — Kitty arqueou a sobrancelha, cruzando os braços.

— Bem, e-eu não... — Blaine olhou brevemente para Ryder e Unique, que deram de ombros. — Seja bem-vinda.

Kitty revirou os olhos e sentou no sofá da sala de estar, a loira sorriu minimamente em direção a Quinn, que conversava com Ariel e Ashley. Unique olhava em curiosidade para o apartamento, parecendo querer pegar cada pedaço interessante daquele lugar, Ryder tinha o sorriso bobo no rosto.

— Então, acho que seria o melhor momento para conhecermos Kurt. — Ryder disse, sorrindo.

— Oh, sim! Sigam-me. — Blaine respondeu, caminhando em direção a cozinha. Ryder e Unique seguiram, totalmente curiosos. — Kurt está ocupado preparando mais pizzas, não deu muito certo na primeira tentativa... Quer dizer, ele foi meio descuidado.

— Quem é descuidado? — Kurt perguntou, enquanto fechava o forno e encarava os três intrusos na cozinha.

— Eu, eu sou totalmente descuidado. — Blaine piscou para Ryder e Unique, que sorriram. — Kurt, estes são Ryder Lynn, que tanto falo, e sua namorada, Unique Adams.

— Prazer, Ryder e Unique. — Kurt disse, limpando as mãos no seu avental. Ele estendeu a mão para ambos com um sorriso no rosto, que foi retribuído assim como o aperto de mão. — Blaine fala muito de vocês, mais de Ryder, na verdade.

— Eu devo ficar com ciúmes disso? — Unique brincou, piscando para Blaine, que corou.

— Acho que isso não é necessário. — Kurt sorriu, aproximando-se de Blaine e dando um beijo na bochecha do moreno. — Quanto tempo vocês estão juntos?

—Hmm... Eu sou péssimo nessas coisas. — Ryder franziu a testa, rindo. — Dois anos de namoro, talvez?

— Sim, dois anos — Unique sorriu abertamente. — E vocês?

Kurt e Blaine se entreolharam com sorrisos forçados, eles acabaram por gargalharem juntos. Uma semana, um mês... Eles nem perceberam o tempo se passando.

— Bem... Eu não sei, quer dizer, parece que foi um dia desses. — Kurt disse, parecendo completamente confuso. Blaine apenas concordou enquanto Ryder e Unique estavam ao ponto de rir. — Isso importa? Estamos juntos, não é?

— Estamos. — Blaine afirmou.

— Eu entendo, acho que conheço essa sensação. — Ryder concordou, passando o braço pela cintura de Unique. Kurt e Blaine acompanharam a interação do casal com sorrisos nos rostos. —Estamos tão cegos com a pessoa que amamos que deixamos de contar os dias para que eles nunca acabem. Assim achamos que nunca teremos que nos separar. Não vale a pena contar os dias se sabemos que fomos feitos um para o outro.

— Sábias palavras, Ryder. — Kurt sorriu.

Os dois casais continuaram conversando por alguns minutos, Unique ofereceu ajuda, mas logo voltou para sala de estar, cumprimentando a todos. A próxima a chegar foi Rachel, ela desculpou-se pela demora e cumprimentou a todos, tanto aqueles conhecidos como os desconhecidos. A sala de estar estava repleta de pessoas, quer dizer, eram poucas, mas o suficiente para Kurt dizer que estava cheia. Bebidas e conversas estavam espalhadas por todo o lugar, ao som de Coldplay, todos pareciam se divertir.

Quinn ria de qualquer coisa dita por Ariel, ao lado da loira estava Ashley, travando uma briga intensa de olhar com a professora morena. Quinn estava alheia, ou talvez preferisse ficar de fora do confronto. Blaine conversava alegremente Cooper, que bebia a garrafa de cerveja pelo gargalo. Kurt terminava de montar as últimas pizzas enquanto ouvia Rachel reclamar sobre seu relacionamento com Finn, a diva sentada na banqueta em frente ao balcão travava uma luta de olhares com Quinn, que sorria suavemente do outro lado do apartamento.

A campainha tocando chamou a atenção de Kurt, ele procurou o olhar de Blaine e pediu que ele fosse abrir. O moreno silenciosamente fez o caminho em direção para a porta e girou a maçaneta, abrindo a porta. Com a testa franzida e olhos estreitos, ele olhou para a figura em sua frente.

— Bradd Pitt? — Blaine gaguejou, confuso.

— O quê? Sou eu, irmão. — Sam sorriu, puxando Blaine para um abraço desajeitado. Ambos ficaram surpresos pelo abraço, até mesmo Sam que tinha dado a iniciativa, mas não havia por que ter aquela esquisitice, ainda mais por conta de Kurt. — Eu disse que estava vindo em breve.

— Sim, mas eu não achei que era verdade. — Blaine disse, ainda surpreso. — Seja como for, oi Sam! Como vai?

— Tudo na crista da onda, cara. — Sam brincou, entrando finalmente no apartamento. Ele jogou sua bolsa de viagem sobre os pés do cabideiro na entrada, sentindo um alívio sendo tirado do seu ombro. Olhares curiosos foram voltados em sua direção e ele sorriu abertamente. — Boa noite, galera!

— Sam? — Quinn exclamou, saltando para fora do sofá e pulando sobre o amigo. — Como?

— Também é bom ver você, Quinnie. — Sam riu.

— Sam? — Kurt apareceu da cozinha, limpando suas mãos molhadas num pano de prato da cozinha. Logo um sorriso se formou nos seus lábios ao ver o loiro. — Que surpresa maravilhosa!

Sam e Quinn se separam, e Kurt aproveitou para abraçar fortemente o amigo. Cooper arqueou a sobrancelha em direção ao irmão mais novo, que sorria normalmente ao ver seu namorado abraçado com o ex-namorado dele. Muito normal isso. Rachel acompanhava tudo confusa, ela estava surpresa pela presença do velho amigo, fazia alguns anos que eles não se viam. Saber que Kurt ainda tinha contatos com os ex-Gleeks era uma surpresa.

— Eu realmente senti sua falta, Kurt. — Sam sussurrou no ouvido do professor, apertando-o mais nos seus braços. Kurt soltou uma risada abafada pela jaqueta de Sam. — Estive passando fome na Florida... E sentindo esse cheiro, espero que tenha pizza o suficiente para mim.

— Ninguém merece você... Meu deus, AS PIZZAS! — Kurt saiu correndo de volta para a cozinha ao sentir o cheiro de queimado.

— Salve as pizzas! — Sam gritou, gargalhando alto.

— Ei, Sam!

Sam virou-se e ficou surpreso ao ver Rachel caminhando em sua direção. Ele olhou rapidamente para Quinn com um sorriso malicioso nos grandes lábios.

— Rachel, quanto tempo! — Sam disse, abraçando a morena. — Como vai a vida?

— Vai bem, obrigada. — Rachel deu de ombros. — E a Universo Surf ou Planeta, Avatar?

— Na verdade, é Na’vi Surf. Vamos bem, obrigado por perguntar... Florida é incrível em negócios, também estou tendo sorte com um novo sócio de Los Angeles. — Sam disse, orgulhosamente. — Você está diferente, no sentido bom, claro. Arrasando corações, hein?

— Oh, não. — Rachel riu, ganhando uma coloração rosada nas bochechas. — Ainda estou com Finn, estamos noivos...

—... Há cinco malditos anos. — Quinn resmungou para si.

— Isso é maravilhoso, Rachel! Parabéns e... Boa sorte. — Sam disse, seriamente.

— O quê?

— Sam, poderia vir aqui! — Kurt gritou da cozinha, ouvindo toda a conversa da sala. — Agora!

Rachel olhou confusa, com as sobrancelhas levantadas para Blaine, que deu de ombros, deixando o riso escapar dos lábios. O moreno logo voltou a sua conversa com o irmão, Cooper não comentou nada sobre a chegada de Sam. Ele ainda esperava Blaine desabafar com ele sobre Kurt e Sam, mas nada veio, Blaine parecia feliz com a presença do surfista.

Na cozinha, Sam gargalhava exageradamente com uma garrafa de cerveja na mão enquanto Kurt revirava os olhos, jogando mais uma pizza queimada na lata de lixo. Todo seu sacrifício de comprar os ingredientes para fazer a famosa pizza dos Hummel havia sido jogado, literalmente, no lixo mais uma vez. Agora Kurt culparia a chegada de Sam, mas a culpa era sua por ser tão curioso e largar suas pizzas para ver quem tinha chegado.

— Acho que temos que avisar o pessoal sobre o estrago. — Kurt gemeu e Sam riu baixinho. O professor tirou o avental e jogou sobre a banqueta. — Tenho que pedir pizzas ou...

— Relaxa, Kurt. — Sam disse, calmamente. Ele pegou a mão de Kurt, que rapidamente encontrou os olhos do loiro em surpresa. Um sorriso se esboçou nos lábios carnudos do surfista e Kurt começou a relaxar ao toque simples. — Eu queria conversar com você.

—Sobre?

— Não tem um tema certo. — Sam deu de ombros, desviando o olhar rapidamente. — Há tantas coisas acontecendo conosco e... Tudo é tão novo e rápido.

— Eu entendo. — Kurt concordou.

— Blaine me ligou...

— Quando?

— Esses dias... Ele queria dicas de como fazer um encontro perfeito e a única pessoa que veio em sua mente foi o loiro maravilhoso aqui. Achei que fosse brincadeira, mas ele parecia determinado e dei alguns conselhos bobos. — Sam riu. — Ele parecia nervoso, também. Acho que deve ter sido bom, pois vocês ainda estão juntos! Já aconteceu? Como foi?

— Foi perfeito...

— Só isso?

— Eu não sei... Às vezes acho que não mereço alguém como Blaine, ele é tão novo, ele merece explorar as coisas novas que a vida tem a oferecer em vez de ficar apenas comigo.

— Ele te ama, cara.

— Eu sei, mas...

— Não, sério, ele te ama! A decisão de ficar ao seu lado também é dele. Mesmo com esse jeito inocente e bobo, ele sabe a responsabilidade que tem, pois ele enfrentou o próprio irmão por você... Ele teve coragem de me ligar e perguntar o que você gostaria para um encontro. Logo eu! Seu ex-namorado, alguém que ele deveria provavelmente odiar e querer que ficasse longe de você, mas não, ele se importou o suficiente para fazer tudo isso. — Sam argumentou, acariciando levemente a mão de Kurt com seus dedos. Ele mais uma vez encontrou os olhos azuis e sorriu. — Várias coisas estão acontecendo com você, nelas Blaine foi apenas o começo... Eu sei que pode ser estranho isso vindo de mim, mas... Um dia eu te amei e ainda te amo, e sei bem o que Blaine sente por você.

Kurt suspirou e puxou Sam para um abraço demorado. Ele enterrou o rosto na curva do pescoço do surfista, deixando-se ser protegido pelos braços fortes.

— Eu também te amo.

— Eu sei. — Sam sussurrou, afastando-se o suficiente Kurt para olhar seu rosto. — Vamos deixar esse papo pra lá... Pra que essa festa? Porque tenho certeza que não é pela minha chegada em Nova York.

— Sabe, é apenas uma comemoração para as coisas que aconteceram recentemente. — Kurt deu de ombros, sorrindo. — Blaine conseguiu um emprego numa floricultura e eu assinei meu primeiro contrato com uma editora para lançar meu livro.

— Oh meu Deus, Kurt! Isso é incrível! — Sam exclamou, sorrindo de orelha a orelha. Ele trouxe Kurt para mais um abraço para sua coleção, mas logo enrijeceu e olhou seriamente para o professor. — Burt já sabe?

— Não, ainda não... Em breve quem sabe.

— Kurt...

— E você? Como anda a loja e as coisas na Florida? — Kurt perguntou, mudando de assunto.

— Eu também tenho notícias. — Sam disse, esquecendo-se rapidamente do assunto anterior. Logo seu sorriso bobo voltou. — Há esse cara...

Kurt arqueou a sobrancelha e cruzou os braços sobre o peito, com um sorriso sacana.

— Bem, eu não sei muito sobre ele, mas ele propôs negócios em Los Angeles com a Na’vi Surf. Estamos conversando há duas semanas, marcamos um encontro de negociações aqui em Nova York amanhã, foi apenas um motivo a mais para vir ver vocês.

— Mas... Esse cara? — Kurt riu.

— Oh não, quer dizer, como eu disse, eu não sei muito sobre ele...  Chama-se Sebastian e mora em L.A e tem uma loja de equipamentos de mergulho. — Sam parecia indiferente.

— Tudo bem, mas não tem ninguém que você esteja interessado? — Kurt perguntou, curioso.

— Eu não tenho tempo para isso, Kurt, não foi à toa que terminamos. Minha primeira e última paixão é o mar, assim pretendo continuar. — Sam suspirou, pegando o telefone pendurado na parede. — Temos que pedir as pizzas, certo?

Kurt acenou com a cabeça, silenciosamente.

— Acho que aquela pizzaria ao lado do restaurante tailandês ainda existe.

***

— Kurt, Santana e Brittany estão online no Skype. — Quinn gritou, pondo o notebook sobre o balcão da cozinha.

— Estou indo! Tenho que pagar o entregador. — Kurt respondeu, tirando a carteira do bolso.

— Deixa que eu pago, eu sinto que a culpa foi minha pelas pizzas queimadas. — Sam disse, entregando o dinheiro para o entregador da pizzaria. — Obrigado, tenha uma boa noite.

Sam sorriu para o rapaz e fechou a porta, dando de cara com Kurt.

— Eu ia pagar, criatura...

— Já paguei pelas pizzas queimadas. — Sam sorriu, afagando o ombro do amigo.

— Idiota. — Kurt sussurrou.

— Santana e Brittany estão no Skype, que porra! — Quinn gritou, olhando seriamente para os dois amigos.

— Ok, Fabray. — Kurt respondeu.

O professor sentou ao lado de Quinn e aceitou a chamada de vídeo das garotas.  Logo um Brittany sorridente apareceu, seguida por uma Santana parecendo mal-humorada, como sempre. É, nada havia mudado.

— Olá, Britt. — Kurt cumprimentou, acenando com a mão.

—Boa noite! — Brittany respondeu, olhando avidamente através da tela. — O que está acontecendo ai?

— É apenas uma festa. — Quinn deu de ombros.

— Quinn! Não é apenas uma festa...

— É uma ótima festa — Sam gritou, interrompendo Kurt.

— Evans, o que diabos você faz em Nova York? — Santana manifestou-se pela primeira vez.

— Negócios, Mama Lopez. — Sam riu.

— Merda, ele está bem? — Santana perguntou, estreitando os olhos.

— Isso é apenas Sam sendo Sam. — Quinn brincou.

Blaine sorriu para Kurt, em seguida, aproximou-se do balcão para pegar um pedaço de pizza. Santana observou atentamente através da câmera, ela via o suficiente para seguir a movimentação pela sala de estar e cozinha. Blaine estava alheio ao olhar da latina e mordia sua pizza antes de olhar para Kurt. O professor pegou o olhar do garoto, sorrindo suavemente quando tocou a parte inferior das costas do moreno.

Os olhos negros de Santana se estreitaram.

— Vocês tiveram relações sexuais.

Blaine deixou cair sua pizza no chão e todos que falavam através do notebook se calaram rapidamente. Kurt olhou para a amiga com um olhar que só fez Santana sorrir. Brittany sorriu e quase jogou os braços ao redor do notebook, com a ideia que Kurt sentisse isso. Blaine parecia confuso, com a boca entreaberta ligeiramente quando ele olhou para Santana na tela.

—C-como você...

— Oh, por favor. Você está totalmente brilhante e Kurt não pode manter suas mãos para si mesmo. — Santana revirou os olhos.

— Você pode dizer só de olhar para mim? — Kurt corou e cobriu o rosto com as mãos. — Oh meu Deus...

Brittany assentiu e Blaine assentiu com orgulho. Kurt percebeu isso vindo do moreno e fechou os olhos.

— Não seja presunçoso, B.

— Oh, sim! Porcelana, você não parece inocente também. Julgar pelo chupão no pescoço, Anderson deu tudo de si.

Blaine sorriu presunçosamente por um momento, em seguida, virou-se para o professor, que revirava os olhos. Kurt perguntava-se realmente Santana conseguia ver o chupão no seu pescoço ou ela havia apenas adivinhado, o que era mais provável.

— Sempre tem que ser tão grosseira, Santana? — Kurt bufou.

— Vamos mudar de assunto, o que é essa festa? — Santana disse, entediada.

— Por que há uma festa sem eu e San? — Brittany perguntou, seus lábios se formaram num beicinho triste.

— Não chore, Britt. Queria tanto que vocês estivessem aqui, quero tanto que o bebezinho chegue. — Kurt disse, sorrindo diretamente para a loira massageando sua barriga saliente. Ele podia ver Santana sorrindo apaixonadamente ao lado. — Bem, o propósito da festa é...

— Acabou a cerveja, Kurt! — Cooper o cortou, fazendo Kurt bufar de raiva. O Anderson mais velho percebeu as duas garotas na tela do notebook e sorriu. — Isso é uma chamada de vídeo? Hola, latina quente e loirinha grávida.

— Vá se ferrar, Cooper! — Santana ralhou e Cooper gargalhou, mandando um beijo para a latina. — Conte logo o que aconteceu, porcelana.

— Essa é a Santana que eu conheço. — Sam comentou, revirando os olhos.

— Ok, eu e Cooper vamos comprar mais bebidas. — Quinn avisou, levantando da banqueta.

— Isso tudo apenas para ficar a sós comigo, Fabray? — Cooper provocou.

— Nem nos meus pesadelos mais obscuros. — Quinn respondeu, amargamente. — Blaine, venha conosco.

Blaine assentiu e levantou-se rapidamente do sofá, pedindo licença de seus amigos. Kurt suspirou quando os três partiram em busca das bebidas. Ele voltou sua atenção para a tela do notebook, onde ainda se encontravam Santana e Brittany. Rachel sentou ao seu lado na banqueta que era antes de Quinn.

— Hobbit, isso é surpresa! — Santana fingiu animação.

— Também é bom vê-la, Santana. — Rachel respondeu, educadamente.

— Como vai a Orca?

— San! — Brittany repreendeu a latina, que deu de ombros. — Olá, Rach!

— Oi Brittany! Respondendo sua pergunta, eu e Finn estamos muito bem, obrigada Santana. — Rachel respondeu, sem tirar o sorriso falso do rosto. Kurt revirou os olhos, lembrando-se do desabafo da morena em algum momento atrás na cozinha. — Fico feliz em saber que vocês ainda estão juntas.

— Sim, Hobbit, iremos ter um bebê em breve. — Santana disse, orgulhosamente.

— Meninas, isso é demais! Já sabem o sexo do bebê?

— Sim. — Brittany respondeu, olhando para Santana com um pequeno sorriso. — Só vamos falar se Kurt desembuchar a novidade dele.

Kurt revirou os olhos com um sorriso no rosto. Finalmente, uma oportunidade para falar.

— Assinei o contrato com a editoria para publicar o meu primeiro livro da saga. — Kurt disse lentamente, esperando as reações da amigas.

— Oh Dios mío! Isso é... Aleluia! — Santana exclamou, emocionada. — Eu lhe abraçaria agora se pudesse, eu juro.

— Eu sei, San. — Kurt sorriu.

— Então, você vai ser um escritor oficial agora? — Brittany perguntou, lentamente.

— Sim, Britt-Britt.

— Eu sabia! Eu sonhei que nossa filha tinha um tio famoso e um grande escritor, então ele contava várias histórias para ela dormir. — Brittany divagou.

— Espera... É uma menina? — Kurt perguntou e ambas assentiram. — Uma menina! Vamos ter mais uma companheira para as compras! Que maravilhosa! Parabéns, meninas!

— Kurt vai estragar a pobre garota. — Sam resmungou e todas riram, exceto Kurt, que bateu fortemente no braço do loiro. — O quê? Falei alguma mentira?

***

Sam olhou avidamente pela sala de estar, quer dizer, aquilo nem podia chamar-se de sala de estar. Parecia uma pista improvisada de dança. Os sofás e a poltrona haviam sido afastados dando mais espaço ao centro do apartamento, a música alta estava estourando na caixa de som ou estourando os tímpanos de qualquer pessoa sóbria ainda presente. Talvez Kurt e Ryder tivessem sofrendo, pois eram os únicos sóbrios. Blaine tinha seu suco de laranja, mas ele não parecia totalmente sóbrio. Coitado dos vizinhos, aliás, existiam outros moradores naquele prédio? Vai saber! Nunca houve nenhuma reclamação vinda deles, então, tudo bem.

Os olhos claros continuaram a exploração pelo espaço, ele riu baixinho ao ver Rachel dançando animadamente com Cooper e Unique. No começo a diva rejeitou as bebidas alcoólicas, mas aos poucos foi convencida e foi bebendo, bebendo e bebendo. Kitty havia sumido por algum momento na noite no apartamento, talvez ela estivesse roubando as coisas enquanto ninguém via, talvez. Blaine estava sentado no chão com um pote de vidro cheios de biscoitos entre as pernas, ao seu lado Kurt divagava lentamente sobre uma alimentação saudável, tomando seu refrigerante.

— Eu tenho uma ideia. — Quinn sussurrou, aparecendo sabe lá de onde. Ela havia sumido com Ariel e Ashley pelo corredor do apartamento e apenas agora tinha dado as caras.  Sam olhou para a loira, totalmente, desinteressado. — Qual é, eu juro ser uma boa ideia.

Sam resmungou, dando de ombros.

— Vamos deixar Blaine bêbado. — Quinn sugeriu, sorrindo.

— Pra que exatamente? — Blaine franziu a testa, dando um gole da sua cerveja. Ele olhou novamente para Blaine, que sorria bobamente para Kurt e revirou os olhos. — Eu pensei que você tivesse aceitado Blaine na família.

— É, eu aceitei. — Quinn sorriu.

— Então pra que quer ele bêbado?

— Eu quero saber que espécie de bêbado ele é. — Quinn riu, olhando para os dois amigos sentados no chão. — Talvez ele seja melhorzinho com o álcool correndo na veia e às vezes é ter algo para rir.

Sam estreitou os olhos em direção a amiga e riu, balançando a cabeça.  Ele também queria diversão, pois ficar ali e ver seu ex-namorado com seu novo namorado era totalmente broxante, enquanto todos ali pareciam ter seus pares e tendo toda a diversão do mundo, ele precisava começar a se animar antes que dormisse em qualquer canto. Então, tinha Quinn e suas ideias idiotas, Sam era o único a aceitá-las.

— Conte com o seu lesbro. — Sam piscou, estendendo a mão pra finalizar o negócio, mas Quinn olhou irritada para ele. — O quê? Eu já topei!

— Não tem essa de lesbro, ok? Nem comece, porque eu posso esquecer essa ideia enquanto amasso suas bolas que não servem pra nada. — Quinn rosnou, olhando diretamente nos olhos de Sam.

Sam assentiu, engolindo em seco, e Quinn sorriu assustadoramente, aceitando a mão do rapaz num aperto gentil. Às vezes Sam tinha medo desta Quinn, que poderia ser doce e assustadora ao mesmo tempo.

— Vamos botar o plano em ação antes que você desista, bocudo.


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Notas finais do capítulo

Antes que me taquem pedras, eu posso explicar que teremos a continuação no próximo capítulo... Estava escrevendo feito doida, mas agora posso respirar em paz e voltar a realidade que é essa vida. Neste capítulo foi mais Kum, no próximo teremos mais Blam, uma piscina e em breve a introdução do gigante preferido de alguns Gleeks (não pra mim, mas tudo bem, super respeito). Comentários, elogios e críticas, todas bem-vindas... Até mais!