Literally Falling From A Parachute escrita por Paul Everett


Capítulo 20
Capítulo 20: Coisas boas


Notas iniciais do capítulo

Parece que atualizar na sexta-feira não deu muito certo, hein? Hehehe...
Já estamos no capítulo 20, nossa, não imaginei que escreveria tantos capítulos para essa fic, por enquanto ela ainda não tem hora certa para acabar, temos muito do que entender sobre esses dois aventureiros. Agora, queria agradecer aos comentários e as recomendações, favoritações e tudo mais. Também peço desculpas por não responder os comentários, assim que conseguir um tempinho, vou responder a todos, vou tirar algumas dúvidas também.
Senhoras e senhores tenham um boa leitura, aproveitem.



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As coisas estavam começando a se encaixar na vida de Kurt e Blaine. Após a primeira vez deles, a sensação entre os dois tinha mudado, para melhor, claro, ambos se sentiam conectados de algum jeito. Na universidade Kurt e Blaine estavam fazendo de tudo para não serem vistos como um casal desde o acontecimento com Calvin, este nem havia dado as caras nas aulas do professor nem no campus. A confusão do refeitório havia sido abafada, mas ainda era doce na boca dos universitários. Blaine estava alheio aos boatos, ele tinha focado nas suas aulas com a ajuda de Tina, sua fiel companheira. Ele havia aparecido na floricultura e conversado com Ryder, eles acertaram tudo sobre o emprego e Ryder comentou o quão feliz estava sobre a presença dele. Kitty tentava ser a pessoa mais amigável o possível com Blaine quando Ryder lhe direcionava qualquer olhar repreendedor. Entre coisas boas e outras nem tantas, eles estavam conseguindo seguir sem nenhuma interferência.

Kurt estava sentado no sofá da sala dos professores, ele bebericava seu café preto e lia seu jornal. Por sua sorte seu tempo estava livre para qualquer coisa. A sala de professores estava quase vazia, apenas com Kurt, Ariel e mais dois professores conversando perto da cafeteira. A atenção do professor foi tirada com o celular vibrando no seu bolso, dobrando delicadamente o jornal e pondo sobre o colo, ele pegou o celular e sorriu ao ver a nova mensagem.

B: AULAS É UM SACO!

Reprimindo a risada para não chamar a atenção dos presentes no lugar, Kurt logo respondeu.

K: Preste atenção na aula, B.

B: Podemos assistir a um filme hoje à noite? Poderíamos convidar Quinn ou Rachel, eu não sei.

K: Alguém está mudando de assunto :P

B: Quem?

K: Ok. Podemos convidar Quinn e Rachel para o filme, mas duvido elas aceitarem.

B: Elas vão.

K: Por que elas aceitariam?

B: Elas se gostam assim como eu e você. Acho que elas gostariam de assistir filme com a gente. Sem problemas.

K: Sem problemas? Você diz isso como se fosse fácil.

A próxima mensagem de Blaine demorou um pouco mais, por um minuto o professor pensou que a professora tivesse pegado o moreno com o celular.

B: Desculpe a demora, foi culpa da professora. Eu não tenho culpa dela querer atrapalhar meu momento com você dando a aula dela chata.

Kurt não aguentou mais. Sua gargalhava poderia ser ouvida por todo prédio e pelo campus. Ele ignorou os olhares curiosos dos professores e a sobrancelha arqueada de Ariel, que havia parado de falar no celular para olhá-lo.

K: Preste atenção na aula!

B: Vai acabar a aula :D

K: Preste atenção na aula, Blaine!

B: :(

K: BLAINE. PRESTE. ATENÇÃO. NA. AULA!

K: AGORA.

Kurt sorriu distraidamente enquanto olhava para o celular, ele nem mesmo reparou na pessoa que estava na sua frente.

— Tirando a atenção de um aluno dentro da sala de aula, Sr. Hummel? — Quinn perguntou, tirando o celular das mãos de Kurt.

— Ei! — Kurt exclamou, irritado.

— Isso é tão errado, Blaine. — Quinn disse, lendo as mensagens trocadas entre o casal. — Na verdade, eu imaginei encontrar algumas mensagens de sexo aqui.

— Quinn. — Kurt repreendeu, com os olhos arregalados.

— Qual é, vai dizer que vocês nunca tentaram? Porque quando estava com Serena, às vezes aproveitamos esses tempos livres de aulas... — Quinn ergueu as sobrancelhas, sugestivamente e Kurt fez uma careta. Vários professores começaram a entrar na sala, dando sinal que tinha acabado mais um tempo de aula. — Kurt, me ouça! Talvez essas mensagens sejam boas para influenciar Blaine para algo a mais...

— Espera... Algo mais? Quer dizer, sexo não é? — Kurt riu e Quinn assentiu, com a testa franzida. Ele aproximou-se da amiga, sorridente. — Se quer me dar conselhos, chegou um pouco atrasada, senhorita Fabray.

— Ohh...

Kurt jogou uma piscadela para a loira, levantando do sofá e caminhando em direção a porta. Logo atrás vinha Quinn, os olhos arregalados e o queixo caído. Eles saíram da sala dos professores sob os olhares curiosos dos outros educadores, ambos caminharam juntos pelo corredor. Quando Kurt estava quase na porta da sala de aula, Quinn o puxou pelo braço, ficando cara a cara com o professor.

— Você é um pervertido, Hummel. — Quinn sussurrou no ouvido de Kurt, sorrindo maliciosamente.

— Tenha um bom dia, Quinn. — Kurt respondeu.

O professor entrou na sala rindo, cumprimentou seus alunos e sorriu diretamente para Blaine, que estava sentado na frente de Tina. O moreno abaixou a cabeça, sorrindo timidamente. A aula se passou tranquilamente, Kurt passou o novo conteúdo normalmente apesar das trocas de olhares que recebia que Blaine, ninguém parecia perceber nada, mas Tina acompanhava os dois com os olhos estreitos.

O toque do celular de Kurt o atrapalhou enquanto falava, ele pediu desculpas e pegou seu celular, saindo da sala. Rapidamente as conversas aleatórias se espalharam pela sala, Blaine revirou os olhos e continuou a escrever o que estava no quadro para seu caderno.

— Blaine... — Tina chamou logo atrás.

—Hmm? — Blaine disse, continuando a escrever.

— Aconteceu alguma coisa entre você e o Sr. Hummel? — Tina questionou, seriamente. A mão de Blaine parou de escrever imediatamente, ele respirou fundo e continuou com os olhos fixos ao caderno, sem escrever. — Olha, eu não sei o que acontece entre vocês dois... Mas, Blaine toma cuidado, eu gosto de você e não quero nenhuma confusão para seu lado. Sabe, você pode contar comigo para conversar sobre essas coisas, eu nunca pensei que o Sr. Hummel teria coragem de fazer uma coisa dessas, mas, nunca se sabe. Eu sou sua amiga, qualquer coisa, pode falar comigo.

Blaine virou-se para Tina com os olhos arregalados, sua boca abria e fechava sem emitir nenhum som. A asiática tinha a expressão séria, mas aos poucos um sorriso se esboçou nos seus lábios. Apesar da confissão de Tina, o moreno estava com medo. Pois se Tina havia percebido tudo, os outros também acabariam descobrindo, certo? Oh meu deus, isso estava ficando sério.

— Não. — Blaine disse, rapidamente. Seus olhos castanhos travavam uma batalha com os puxados de Tina. — Se isso é pelo o que aconteceu no refeitório com Calvin, espero que entenda, mas eu não tenho nada com o Sr. Hummel.

— Não? — Tina arqueou a sobrancelha, num desafio.

— Não, Tina. — Blaine disse, firme. Ele virou-se e voltou a prestar atenção no seu caderno, pelos menos ele tentou. — Ele é meu professor, apenas.

— Melhor assim. — Tina disse, dando de ombros.

A conversa parou com a entrada de Kurt na sala novamente, dessa vez havia um grande sorriso em seus lábios. Coisas boas estavam por trás daquela felicidade toda. Mas os olhos lacrimejados de Blaine diziam ao contrário.

***

Kurt estava atrasado novamente.

Ele andava pelo corredor do prédio com as mãos enfiadas dentro dos bolsos, a fim de achar suas chaves. Depois de uma pequena comemoração, ele abriu a porta do apartamento com a chave e entrou, sorrindo suavemente. Ele tirou e pendurou seu casaco de frio no cabideiro e retirou os sapatos, deslizando pelo apartamento apenas com suas meias. Deixou sua bolsa sobre o sofá enquanto passava pela sala de estar, indo em direção ao quarto.

— Pequeno elfo, cheguei! — Kurt exclamou, entrando no quarto. Ele franziu a testa ao perceber o cômodo vazio, não havia nenhum final de Blaine ali. — Blaine?

A cama de casal estava feita e nada estava fora do lugar. Kurt aproximou-se do armário e abriu a parte de Blaine, as roupas do moreno ainda estavam lá para alívio do professor. Ele saiu do quarto e olhou ao redor do apartamento, quando ele começou a andar em direção ao banheiro, ouviu o choramingo de alguém vindo da varanda do apartamento.

— Por favor, não... — Kurt sussurrou, caminhando rapidamente para a varanda. Ele encontrou Blaine sentado na cadeira, com os braços ao redor das pernas, seu corpo ia para frente e para trás. Aquilo foi de cortar o coração e Kurt ainda nem sabia o que havia acontecido. Se ajoelhando ao lado de Blaine, Kurt afagou as costas do moreno, depositando um beijo no seu braço. — Continue aqui meu amor, eu vou pegar alguma coisa para aquecê-lo.

Kurt entrou no apartamento e voltou com uma manta, jogando-a sobre os ombros de Blaine.

— Ei, meu pequeno, o que aconteceu? — Kurt perguntou, afagando as costas de Blaine. O moreno resmungou alguma coisa, mas infelizmente Kurt não conseguiu ouvir direito. — Me diga o que houve, eu preciso saber, B.

— Realmente somos namorados? — Blaine questionou, erguendo o rosto e olhando diretamente nos olhos azuis de Kurt. — Porque eu...

— Não, Blaine! — Kurt o cortou, severamente. — Já conversamos sobre isso. Claro que somos namorados, eu te amo e você me ama, qual é o problema?

— Somos namorados oficias? — Blaine questionou novamente. Kurt franziu a testa, começando a ficar confuso. — Tina sabe! Ela sabe mesmo que não a contamos, se ela sabe, talvez todos também saibam sobre nós! Se todos sabem, por que não podemos apenas confirmar? Eu quero ter a oportunidade de andar ao seu lado com as mãos dadas, sem medo de alguém da universidade ver.

— Blaine, você sabe...

— Você não precisa desse emprego como professor, logo você vai se tornar o escritor mais conhecido! — Blaine disse, sorrindo abertamente. — Eu tenho trabalhando com Ryder, estamos feitos!

— Eu preciso desse emprego. — Kurt suspirou, desviando o olhar de Blaine. — Não dependo apenas desses livros e seu emprego com Ryder é apenas algo temporário. Eu não quero que você fique falado por ser o “queridinho” do professor, isso é muito para a sua cabeça. Precisamos deixar as coisas se ajeitarem, daí sim, podemos esfregar na cara de qualquer pessoa que estamos namorando, até mesmo na de Tina.

— Kurt...

— Blaine, eu preciso que você confie em mim. — Kurt disse, segurando o rosto do moreno com suas mãos. Seu nariz estava encostado com o de Blaine, que estava ofegante. — Você vai?

— Eu vou. — Blaine sorriu.

— Ok. Agora precisamos arranjar comemorar. — Kurt disse, batendo levemente nas coxas do namorado.

— Comemorar? É o seu aniversário? — Blaine perguntou, com os olhos arregalados.

— Não... — Kurt riu, dando um beijo casto nos lábios carnudos. — Você acaba de falar com o novo contratado da Editora Little, Brown e Company.

— O quê? Oh meu Deus! — Blaine gritou, pulando em cima de Kurt, que começou a gargalhar. — Isso é incrível!

— Cuidado, baixinho! Eu não quero cair dessa varanda. — Kurt disse, entre risadas. Blaine rapidamente desceu do colo do namorando, pedindo desculpas e distribuindo beijos por todo rosto pálido. — Eu deveria ter falado isso antes...

— Sim! — Blaine disse, pondo cada mão em cada quadril de Kurt. Desesperadamente, Blaine o beijou com tanta força, como se ele não tivesse beijado Kurt em um milhão de anos e de alguma forma parecia que ainda não é suficiente. Os braços de Kurt estavam ao redor do pescoço de Blaine, suas respirações estão ofegantes e suas testas coladas. — Precisamos comemorar somente entre nós, depois os outros.

— O que aconteceu com o filme que iríamos ver juntos com as garotas?

— Não importa. — Blaine disse, diminuindo novamente o espaço entre eles. — Elas não viriam de qualquer maneira...

— Não mesmo. — Kurt riu.

— Temos que fazer nossa festa particular. Tipo, agora.

— Ohh, sim, precisamos...


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Notas finais do capítulo

É, Tina metendo o nariz dela onde não é chamada... Isso é normal.
Como Kurt disse, temos que planejar uma festa, bem, essa festa fica para o próximo capítulo... Mais personagens aparecerão, nosso querido bocudo irá voltar, teremos notícias sobre Brittana. Muitas coisas irão acontecer no capítulo seguinte, espero que tenham gostado desse e agora, todos estão livres para criticar, elogiar ou mandar suas sugestões sobre a história.
Quase esquecendo, queria dedicar este capítulo especialmente para a senhorita GabiiHerber, quem não a conhece, procure lá, que ela tem fanfics Klaine novas.
=)