A Caçadora escrita por jduarte


Capítulo 51
Segredos e Bruxas - £


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo está com 3.000 palavras! Espero que seja o suficiente para matar a curiosidade de vcs hahaha
Beijoooooos e comentem o que acharam,
Ju!



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A mulher retribuiu o sorriso enquanto caminhava para longe de nós e mais pra perto da lápide, tocando-a e murmurando palavras suaves. Edward praticamente correu em minha direção, ficando meu lado e tomando minha mão na sua. Seus olhos estavam escuros e ele parecia um monstro.

– O que foi? – sussurrei me virando para ele.

– Ele está aqui.

Um silêncio absoluto preencheu o lugar, deixando o cemitério tenebroso e frio de uma hora para outra. O sentimento de paz e aconchego sumiu e dava vasão para o medo que percorria cada parte de meu corpo e se alojava em minhas pernas.

– Quem está aqui, Edward? – perguntei, engolindo secamente a saliva, que descia raspando em minha garganta.

Ele pareceu sair de um transe e virou a cabeça rapidamente para minha direção.

– Não importa agora. Vamos? – ele disse, pegando em minha mão firmemente, e colocando os braços ao meu redor, como se tivesse me protegendo de algo que eu não conseguia ver.

A mulher voltou para nós e disse:

– A biblioteca fica no final da rua, não precisam tirar o carro de onde pararam.

A seguimos por aonde viemos, passando mais uma vez pelas lápides e ora ou outra sentindo um calafrio no corpo. Os braços de Edward se apertavam ao redor de meus ombros, e ele olhava para todos os lados, fungando o tempo todo, tentando captar algum cheiro característico.

Como eu não havia percebido que ele se parecia até demais com um cachorro quando franzia o nariz daquele jeito?

Paramos na frente de uma pequena lojinha, que passaria despercebida por mim, com as letras grandes e verdes marcadas no toldo branco. “Cantinho da Sally”.

– Suponho que você seja a Sally, certo? – Jason perguntou, enfiando as mãos nos bolsos, olhando para o mesmo lugar que eu.

Ela riu.

– Sim. Foi rude da minha parte não ter dito antes, desculpe.

Os olhos de meu irmão encontraram os meus e vi que ele parecia tão agitado quanto eu. A energia de Jason era tão contagiante que podia ser comparada com a de um menininho numa manhã de Natal, vibrando de excitação para ver o que eram os presentes embaixo da árvore. Eu podia começar a ver seu nervosismo pelo jeito que ele mordia os lábios ou não parava quieto no lugar enquanto Sally destrancava a porta e a abria, fazendo o barulho de sinos.

Sem desgrudar de mim, Edward nos arrastou para dentro da biblioteca quente, e senti sua arma machucando meu quadril.

O lugar era calmo e aconchegante, com as paredes abarrotadas de prateleiras escuras cheias de livros, e sofás avermelhados de tecido. Numa abertura pequena perto das prateleiras, pude ver que havia como se fosse uma janela-sofá cheia de almofadas com matérias de jornal estampadas, combinando com a cor branca e a manta avermelhada que estava jogada no canto. Alguns tapetes estavam dispostos pelo cômodo médio, de maneira graciosa, e largas almofadas coloridas estavam jogadas no chão, feitas especialmente para pessoas se sentarem mais confortavelmente.

Sally foi para trás do balcão e abriu mais uma porta, levando-a para o que parecia ser uma cozinha pequenina. Ouvimos o barulho da água sendo posta para ferver, e estremeci ao lembrar o gosto do chá preparado por Max.

Ela voltou e puxou uma cadeira para Jason se sentar, já que este ainda se encontrava petrificado na porta, admirando a tudo. Desde os lustres bonitos e simples, até os tapetes persas que estavam no chão.

– Então, - Sally começou, sentando-se numa poltrona e colocando as mãos em cima dos joelhos, com os olhos repletos de expectativa. – o que queriam com minha mãe?

Tive que pigarrear algumas vezes para ter certeza de que minha voz sairia clara e sem nenhum fiapo, e disse:

– Na verdade viemos falar sobre Theodore.

As feições de Sally mudaram um pouco.

– Ah, sim. Meus pais sofreram muito por meu pai ter aquela doença, os filhos acabaram se separando, indo cada um pro seu canto, e eu fiquei.

Apoiei os cotovelos nos joelhos e sorri.

– Quantos filhos eles tiveram?

Seu olhar se tornou sonhador, e pude sentir que ela parecia perdida em outra época.

– Eles tiveram ao todo cinco, mas eu sou a mais velha.

– Você disse que eles se separaram... – as perguntas disparavam de meus lábios, parecendo ter vida própria. - O que aconteceu?

– Coisas da vida. Prim se casou e ficou viúva logo após, tendo que ser internada várias vezes e hoje em dia mora em um hospício. – ela disse com peso na voz. – Emma teve dois filhos, casou-se e se mudou para uma cidade qualquer, acho que o nome era Tarrytown, algo assim.

Meu coração se acelerou.

– E os outros?

– Jamie nunca se casou e morreu faz dois anos, Sierra tem um filho e mora no apartamento aqui em cima, e Louise viaja o mundo. De vez em nunca manda alguns cartões postais da França, Alemanha, Brasil, Japão... – suas palavras flutuavam, e conforme ela falava, eu ia riscando todos os nomes de possibilidades da lista que tínhamos.

Jason expirou fortemente enquanto eu indaguei:

– Sua irmã, Emma, deu notícias?

Sally mordeu os lábios.

– Não.

Ela abriu a boca para falar outra coisa, mas o barulho da chaleira a interrompeu antes mesmo de começar a pronunciar as palavras. Sally se desculpou e saiu do cômodo.

– Você acha que é nossa... – Jason perguntou, não tendo coragem de terminar a frase.

Não estou entendendo nada, resmungou Edward em minha mente.

Quando chegarmos em casa vamos conversar, agora não, retruquei. Só escute e procure lembrar o máximo de detalhes.

– Não sei mesmo. Mas tem uma grande possibilidade. – murmurei, sentindo meu corpo tensionar.

Sally voltou com uma bandeja, carregando algumas xícaras cheias de um líquido verde claro e praticamente transparente que emanava um cheiro delicioso e inebriante. Ela a baixou na mesinha de centro e distribuiu as xícaras uma a uma, segurando por último a sua própria, com os dedos apertados.

– Meu pai disse que Emma tinha feito contato, mas não conseguia saber de onde vinha o sinal que ela havia mandado.

– E ele disse se ela tentou fazer contato novamente?

Eu falava como se Emma – a mulher que tinha uma possibilidade enorme ser minha mãe – estivesse em outro planeta, e tentando nos mandar mensagens de Marte.

Sally balançou a cabeça negativamente, tomando um gole do chá, e eu a imitei, sentindo o líquido descer queimando por minha garganta. Vi pelo canto do olho que Jason parecia temeroso em relação à bebida que estava à sua frente, talvez por ter sido obrigado a tomar anteriormente várias xícaras de algo que parecia ter sido coado com meia suja.

O incentivei a dar um gole e ele terminou com a xícara toda. Empurrei a minha e ele tomou tudo. Edward parecia fissurado com algo no fundo de sua própria, rodando-a nos dedos por diversas vezes, olhando e analisando.

– Mas eu recebi um sinal parecido com o que ele recebeu, há alguns meses atrás. – ela disse.

Meus olhos arregalaram.

– Como assim?

Sally abaixou a cabeça.

– Meu pai fazia coisas que eram impossíveis de se explicar. Ele tinha contatos estranhos e conhecia pessoas que eu não teria coragem de ver nem em um milhão de anos.

Mordi o lábio inferior pelo nervosismo de não ter uma resposta concreta para aquilo que estava procurando, e ela suspirou.

– O que vou te mostrar é uma coisa do acervo pessoal de meu pai, e coincidentemente, de onde o sinal veio.

Ela se levantou, e eu fui atrás, sendo seguida pelos dois homens que pareciam estranhamente interessados no fundo de suas xícaras.

Sally foi para trás do balcão e tirou uma máquina pequena e que eu conhecia até bem demais.

– Isso é uma...

– Própula magnética. – terminei a frase.

Ela pareceu levemente surpresa.

– Então sabe como funciona?

Provavelmente ela não sabia como funcionava. A própula só era acionada quando um Caçador ligava outra em qualquer lugar do mundo e mandava frequências de ondas eletromagnéticas para qualquer outra própula. Como um telefone, só que somente funcionava para Caçadores e criaturas místicas. A única coisa que diferenciava aquela máquina de um fax era que quando as ondas eletromagnéticas entravam em contato com qualquer outra máquina, elas desenhavam símbolos com coordenas inscritas nos desenhos, símbolos e letras, justamente para qualquer Caçador conseguir decifrar.

Qualquer Caçador treinado para ler aquilo.

E ver que Sally tinha isso e alegava ser de seu pai, já era prova o suficiente para mim de que algo estava acontecendo com Theodore. E não só o fato dele ter problemas mentais, porque isso ele definitivamente não tinha, mas alguma coisa podre e difícil. E antes que ele pudesse abrir a boca, alguém fez o serviço de calá-lo para sempre.

Ela pegou alguns papéis de debaixo da bancada e vi vários desenhos. Alguns deles não eram nem de Caçadores, mas sim de demônios, anjos e até mesmo desenhos que eu não conseguia entender.

Os papéis que ela tinha nas mãos eram amarelados e antigos, com certeza da época em que Theodore ainda estava vivo, e por isso parcialmente desconhecidos por mim, mas um deles em particular parecia novo e esbranquiçado, o símbolo preto e aparente, e eu podia identificar as siglas facilmente.

– The Hunters Manhattan. – sussurrei passando os dedos por cima delas.

Sally se ocupou em guardar os papéis e me olhar com pena. Voltamos às posições que estávamos sentados ao redor da mesa de centro e peguei a minha própria xícara – ou a que eu pensava que era – para dar uma olhada dentro.

Nada. Tudo o que eu via era o restinho do chá que se acumulava no fundo, e mais nada.

– Você sabe me dizer se ele estava trabalhando em algo, antes de morrer? Algo que envolva mexer com criaturas que não deveriam existir? – perguntei, me inclinando para frente, fazendo-a me ouvir no mais claro e bom tom.

As mãos dela se torciam e pude ver seus dedos virando um emaranhado, amassando a borda do vestido longo que usava, escondendo suas pernas.

– Vocês são que nem ele, não são?

Sua voz era temerosa, como se ela esperasse que nós fizéssemos algum mal a ela.

Não precisei assentir, ela já sabia a resposta, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, a porta da biblioteca se abriu e o barulho do sino nos tirou do clima pesado.

Todos nós saltamos surpresos, quando risadas encheram o ambiente, e uma mulher acompanhada de uma criança entrou em nosso campo de visão. Eles pararam de rir na hora, tão chocados quanto nós. Ela captou alguma coisa no ar, pois sussurrou algo para o menininho loiro ao seu lado, e ele correu para trás do balcão, abrindo outra porta que eu não sabia existir.

– Quem são vocês, e porque tudo aqui cheira a cachorro molhado? – a mulher disse. Ela era ligeiramente mais nova do que a outra, e trajava uma bata rosada e calça jeans desbotada, combinando com sua sapatilha e lenço que usava ao redor do pescoço.

Seu cabelo castanho claro estava preso em um coque malfeito e curto atrás da cabeça, e ela tinha uma aliança presa no cordão que usava no pescoço.

– Eles são Helena, Jason e Edward. Vieram saber mais sobre nossos pais.

Aquela deveria ser Sierra, a irmã que morava em cima da biblioteca. Ela cruzou os braços e fechou a cara, não parecendo estar no clima para uma conversa amigável.

– A vida de nossos pais não é para a laia de vocês. Se puderem se retirar o mais rápido possível para eu começar a organizar as coisas por aqui, agradeceria. – ela dava patadas e suas palavras eram ácidas.

Sierra começou a recolher as xícaras e limpar tudo com um pano que ela tinha pegado no canto da biblioteca.

– Não viemos saber somente deles, Sally, estamos aqui por causa de Max. Ele é o culpado de tudo isso. – tentei argumentar.

Ela parou de limpar, e se virou lentamente para mim.

– O que ele disse? Que nossos pais eram loucos? Como se uma maldição pela vida toda não fosse o bastante para ele...

Ela percebeu que havia falado besteira e preferiu fingir não ter dito nada.

– Então é por isso que ele está do jeito que está? Uma maldição. – Edward perguntou.

Os olhos de Sierra se viraram para ele, e ela sorriu sarcástica não lhe respondendo.

– Vem de você esse cheiro ruim? – ela retrucou.

Edward rosnou, e eu coloquei a mão em seu peito tentando acalmá-lo.

– Viemos em paz, Sierra, não queremos arranjar nenhuma briga. – eu disse.

Desta vez, ela se irritou tanto a ponto de jogar a bandeja com as xícaras pelo outro lado do cômodo, fazendo um estrago na parede e chão. O impacto me fez pular alguns centímetros.

E antes que eu pudesse me deter, as palavras já haviam escapado de minha boca, escorrendo por meus lábios.

– Não estamos aqui para arranjar briga, já falei. Somos filhos de Emma.

Eu podia sentir o choque se formar em meu corpo, assim como em todos os presentes na sala.

Uma voz fina e baixa se fez presente.

– Mas a tia Emma está morta.

Meus olhos encontraram os da figura pequena que se encontrava atrás da porta que ficava na parte do balcão, e Sierra se virou para ele, com fúria nos olhos. O pequeno se afastou da porta, e ela gritou:

– Eu falei para ficar no seu quarto, David!

E a porta fechou num rompante, sem que ninguém ao menos tocasse nela.

Elas eram bruxas, ou pelo menos Sierra, isso era certeza.

– Como sabe sobre minha irmã? O que aconteceu com ela? - sua voz era muito mais contida do que antes, parecendo mais baixa, mais amável. Perdendo a cada palavra o tom sarcástico e ácido.

– Não sabemos de nada, por isso estamos aqui. – sussurrei.

Arrisquei dar uma olhada em Jason e ele estava chocado.

– Ela sumiu, é só isso que sabemos. – ela se apressou em dizer.

Pude ver Sally revirar os olhos de leve.

– Era isso que eu estava lhes dizendo, antes de você entrar pela porta os expulsando. – Sally terminou. – A menina sabe como decifrar os códigos.

– Helena. – corrigi, mas todos pareciam presos em suas próprias bolhas para prestar atenção.

Os olhos de Sierra se encheram d’água, e ela estendeu a mão em direção ao balcão, fazendo as folhas que antes havíamos visto, voarem para sua mão estendida.

– Você é igualzinha a ela, mas ainda é fraca demais. Precisa de alguém com mais vivência do que você para poder decifrar os códigos. - Sierra sussurrou, estendendo a mão livre, e passando em meu cabelo, enquanto se agachava à minha frente.

– Como quem? – desta vez não consegui espantar a rouquidão da voz.

– Como os irmãos Finnik.

Meu corpo estremeceu.

– E porque eles saberiam sobre isso? – retruquei. Não queria que assuntos pessoais sobre minha família, se misturassem com meus “pseudo-relacionamentos amorosos”.

Sierra fez com que as xícaras se juntassem em um montinho de porcelana e sumissem pelo ar, e tirou um livro da prateleira atrás dela.

Quando percebeu que Jason encarava furtivamente o lugar onde a pilha de cacos havia desaparecido, parecendo hipnotizado, disse:

– Nunca viu uma boa e velha mágica, menino?

Ele não respondeu, e somente corou de choque.

Ela folheou algumas vezes, e sorriu satisfeita ao encontrar o que procurava. Ela virou o livro em nossa direção, e apontou com o dedo a passagem que deveríamos ler.

“...E, portanto, não há ser forte o suficiente, e nem velho o suficiente, que conheça os símbolos antigos da Ordem. Não vivo, pelo menos.”

– Eles são os mais antigos depois de Derek.

Derek, o mesmo nome. O mais antigo. Meu alvo.

– Mas Derek sumiu do mapa já faz algum tempo, duvido que consigam o achar.

O livro se fechou sozinho, e voou em direção ao rosto de Jason, que parecia petrificado, quando chegou a ponto de tocar em seu nariz, ele seguiu para a prateleira, e meu irmão caiu desmaiado no chão.

Meu primeiro instinto foi correr para socorrê-lo, quando Sierra disse:

– Ele só está em estado de choque, quando acordar, pensara que tudo não passou de um sonho.

Respirei aliviada e ela riu.

Sally cruzava e descruzava as pernas desconfortavelmente, enquanto embolava um dedo no outro, nervosa.

– É melhor irem embora, eles sabem que estão aqui e não quero botar minha família em perigo.

Sally esticou um cartão pequeno para nós, e nos entregou as folhas.

– Fique com elas, e se descobrir alguma coisa, nem que seja um detalhe bobo, nos ligue.

Sorri de leve, e me levantei, arrastando um Edward carrancudo que já sabia seu trabalho: levar um irmão desmaiado até o carro, e dirigir por pelo menos uma hora e meia até Sleepy Hollow. Enfiei as folhas embaixo do braço desajeitadamente.

Não dei abraços em ninguém, mas sussurrei para as duas que me olhavam com esperança.

– Se cuidem, sei que pode fazer algum feitiço maluco para proteger esse lugar.

Lancei uma piscada para David que nos olhava da porta entreaberta, o fazendo se esconder, abrindo a porta da pequena biblioteca.

E saí.

Edward segurava meu irmão como um saco de batatas e resmungava algo como: Eu não cheiro a cachorro molhado.

Caminhamos de volta pelo carro, e hesitei em entrar. Seria a décima vez em 24hrs que eu me encontraria sentada naquele banco desconfortável, sentindo a bunda dolorida por ficar muito tempo numa mesma posição, mas decidi entrar por conta do frio que começava a fazer e por não querer ficar nem mais um minuto naquele lugar.

Dei mais uma olhada para o cemitério e meus olhos captaram o olhar de um homem parado na entrada dele, parecendo-se muito com uma estátua vestida totalmente de preto. Senti uma sensação de desconforto subindo por meu estômago, se alojando em meu peito.

O homem deu mais uns passos para frente, ficando mais perto do carro, e vi Edward entrar pela porta do motorista, destrancando o lado do passageiro para mim. O medo fez minhas pernas ficarem molenga.

Aquele era o homem que eu tinha trombado no hotel, mas ele não teria sido tão psicopata de ter me seguido até aqui, certo? Afinal, o cemitério não havia sido nem minha primeira parada.

Engoli seco e escancarei a porta, entrando logo em seguida, trancando-a. Meu coração latejava e eu não conseguia captar as palavras que Edward estava dizendo.

– Só dirija. – ordenei, sentindo minhas palmas suadas se agarrarem ao cinto de segurança preso a meu corpo.


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Notas finais do capítulo

Continua?



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