A Caçadora escrita por jduarte


Capítulo 41
É Tudo Culpa Sua! - £


Notas iniciais do capítulo

- LEIAM! KKKK -

Oiii gente!! Então, vcs devem perceber que estou postando mt mais rápido e tudo mais, isso é pq já estou com pelo menos 10 capítulos prontos! - YAY! - Maaaaaaaas, depois desses 10, vou fazer a segunda temporada, para não ficar absurdamente grande kkkk
Vcs devem estar querendo matar o Fitch, né?? Prometo que vai melhorar!
Beijooooos e espero que gostem,
Ju!



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Percebi que todos nos encaravam, e mudei o peso para a outra perna, ainda sem conseguir desviar os olhos dos dedos entrelaçados do casal à minha frente. Eu tinha uma vontade imensa de ir até os dois e arrancar as mãos imundas daquela loira de cima de Fitch. Ele era meu!

Ele não é seu, Helena, uma voz irritante me lembrou.

Os olhos de Fitch carregavam um sentimento que eu não era capaz de decifrar tão facilmente. Senti minha visão ficar embaçada, e funguei alto atraindo o olhar de algumas pessoas que assistiam ao nosso showzinho.

Engoli seco, e desviei o olhar para Edward, que esperava uma reação negativa de minha parte.

– Vamos. – murmurei, não antes de ouvir Fitch dizer.

– Está é Cali. Ela é minha namorada.

Não me importei em virar para dar os parabéns ao casal. Se eles quisessem arder no fogo do inferno, por mim tudo bem. A raiva que eu sentia era tão grande, que estava quase voltando para a ala de treinamentos para socar os sacos de areia até que minhas mãos ficassem inteiramente feridas.

O aperto firme de Edward em meu braço me deixava ciente de que eu não estava tão sozinha quanto pensava. E de que ele estaria sempre ao meu lado.

Então, quando estávamos sozinhos no andar de cima, que parecia estar abandonado por algum motivo, tive a sensação de que meu peito ia explodir a qualquer momento, finalmente deixando as lágrimas correrem livremente por meu rosto, deixando-o completamente molhado e melado. Chorei por alguns segundos sozinha, até Edward me consolar.

Ele me segurou por vários minutos enquanto eu soluçava e chorava copiosamente em sua camiseta, deixando-a ensopada e coberta de rímel. Ficamos em silencio enquanto ele gentilmente percorria os dedos pelos meus fios embaraçados e molhados. Tudo parecia tão doloroso.

Eu ainda podia ouvir a voz de Fitch ecoando em minha mente com aquelas palavras, podia ver o jeito que a tal Cali segurava sua mão, possessivamente, como se ele fosse dela.

Mas ele é dela, Helena. Uma voz irritante no fundo de minha mente insistiu em me lembrar.

Apenas um pequeno detalhe, rebati.

Meu coração se afundou, e tudo o que eu conseguia pensar era em como ele podia ter feito aquilo. Fitch gostava de mim!

Alguns dias não eram o bastante para se conhecer uma pessoa que chamaria de “minha namorada”.

– Era sobre isso que você não queria me falar? – perguntei com a cabeça afundada em seu peito de uma maneira confortável. Daquele jeito, com a orelha colada na altura de seu coração, eu podia o ouvir bater de uma maneira muito mais rápida do que eu estava acostumada.

Sua pele quente me sufocava.

O ouvi suspirar alto.

– Não fazia ideia de que ele iria trazê-la.

Meu queixo tremeu e o choro recomeçou.

Edward sabia de tudo aquilo.

O empurrei para longe, e já gritava palavras rudes quando me dei conta de que nada era culpa dele. Era tudo culpa de Fitch. Ele estava me causando um peso no coração, não Edward. Ele era a pessoa que exibia sua namorada como um prêmio, e praticamente esfregava na minha cara que eu nunca havia sido suficiente.

Afinal, nos conhecíamos há pelo menos dois anos e se ele realmente gostava de mim, já teria dito as palavras que eu tanto queria: “seja minha”.

Essas palavras eram as únicas que eu gostaria de ouvir sair da boca dele.

Doía muito mais do que eu podia suportar saber que ele não era mais meu. Quer dizer, ele nunca efetivamente havia sido meu, então porque eu me sentia tão vazia?

Dor era uma coisa engraçada, não? Ela era a única certeza de que estávamos vivos, realmente, além do fato de respirarmos o tempo todo. Mas ela, a dor, ela sim era o fator essencial de demonstração de vida que precisamos.

As portas do elevador do nosso andar se abriram, e a última pessoa que eu gostaria de encontrar, adentrou o recinto.

Ele estava da mesma maneira que eu havia visto há alguns minutos, e mesmo que eu estivesse brava e frustrada e machucada, não pude deixar de notar que ele se parecia ainda mais com um deus grego naquela iluminação baixa.

Edward deu um passo para trás de mim, e enlaçou um braço em minha cintura.

Fitch olhava para Edward acusadoramente como se ele tivesse acabado de chutar um cachorro na sua frente.

– Está acontecendo alguma coisa aqui? – sua voz melodiosa e que eu não ouvia há dias encheu meus ouvidos, deixando meu corpo extasiado, mesmo ainda querendo arremessa-lo janela a fora.

– Sim. – respondi rispidamente. – Estava dando uns amassos nele. Algum problema?

Os olhos de Fitch pareceram brilhar, e ele rosnou em direção a Edward, que apertava minha lateral.

– Sim! Vários problemas! – ele gritou para mim, andando em nossa direção com passos apressados, cruzando a sala em dois tempos.

Ele parou bem perto de mim, e nossos narizes podiam se tocar. Suas mãos empurraram as de meu companheiro para longe de mim com tanta brutalidade que fez com que ele cambaleasse e quase caísse. Foi vez de Edward rosnar.

– Sabia que se deixasse você tomando conta dela algo de ruim iria acontecer.

Empurrei seu peito.

– Isso tudo é culpa sua! – berrei em seu rosto, apontado o dedo indicador em sua face.

Ele revidou, gritando talvez mais alto ainda.

– Me explique como, então!

– Se você não tivesse trazido aquela garota pra cá, eu talvez não estivesse com Edward agora, e sim com você!

E percebendo o que eu havia falado, eu quis instantaneamente abrir a janela e me jogar dela.

Mais uma pontada no coração enquanto Fitch me olhava abismado.

Apesar de sua raiva ter sido controlada, em partes, ele ainda parecia em estado de choque. E eu imediatamente quis retirar o que tinha falado.

– Mas nada disse importa. – murmurei finalmente, limpando com as costas da mão algumas lágrimas que haviam escapado de meus olhos. – Vá ficar com Cali. Ela certamente precisa muito mais de você do que eu.

Antes que ele pudesse responder alguma coisa, Nate adentrou o lugar que estávamos juntamente com todos os outros caçadores que eram alvos de sussurros pervertidos, e assobiaram para chamar nossa atenção.

Fitch e eu estávamos tão presos dentro de nossa própria bolha de argumentos, que nem ao menos nos demos conta de que eles estavam lá já fazia alguns minutos.

E que eles tinham assistido toda a briga.

– Fitch, precisamos ir para a reunião com Oz.

Ele levantou a cabeça pra olhar para Caleb que havia falado antes do que todo mundo, enquanto o mesmo lhe encarava com certo fervor.

– Já estou indo. Tenho coisas a resolver. – ele disse, voltando a atenção para mim.

– Não tem não. – me pronunciei. – O que tínhamos para falar, já foi dito. Espero que esteja tudo claro, sr. Monet. – o tratei com uma frieza que até eu desconhecia.

Ele se espantou e as sobrancelhas se juntaram em confusão. Fitch segurou meu punho e me puxou para seu corpo, deixando minhas mãos repousarem em seu peito. Eu podia sentir o coração vibrando embaixo de minhas palmas, tão forte, que ele parecia ter acabado de sair de um treino puxado.

– Helena, nada mudou. Eu ainda sou o mesmo de antes. – ele disse baixe.

Algo em suas palavras parecia tão mentiroso que eu sorri com desdém.

– Quem dera eu fosse tão idiota para acreditar em tal coisa. – murmurei, retirando minhas mãos das suas.

Seu calor se esvaiu completamente de minha palma, e tudo pareceu estranhamente frio de repente.

Afastei-me dele, e Edward agarrou-se em minha mão, apertando meus dedos, me tirando dali. Eu não aguentava mais ser o showzinho particular daqueles caçadores.

Minha respiração estava entrecortada e uma coceira familiar no fundo do nariz e garganta me avisava que mais uma crise de choro estava prestes a começar. Mas eu não daria à Fitch o gosto de me ver chorar por sua felicidade.

Não. Eu não era tão burra assim.

Os caçadores abriram espaço, e eu sussurrei para Edward enquanto passávamos pelo meio deles.

– Me diga que essa sala é à prova de som.

Ele balançou a cabeça negando, e eu suspirei.

– Desculpe.

Mais um suspiro.

– Não é culpa sua.


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Notas finais do capítulo

Deixem reviewwwws :DDD

Continua?



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