A Caçadora escrita por jduarte


Capítulo 11
Reunião de Emergências - £


Notas iniciais do capítulo

Mais um até o final de semana! Se tiver reviews, posto até antes! kkk
Se quiser saber informações da fic, siga-me no twitter: @JuliaDuartePs ou insta: @jduarte_
Beijooos e espero q gostem,
Ju!



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Cruzei os braços em cima do peito, e esperei que Oz continuasse a falar. Toda aquela reunião já estava me dando nos nervos.

– Já devem saber por que foram convocados, não? – ele perguntou, cheio de confiança, andando por todos os lados na sala, seus passos sendo acompanhados por todos os caçadores no recinto, com certa cautela. – Os irmãos Finnik estão por perto, muito perto por sinal, e querem mais uma vez acabar com nossa empresa.

Os murmúrios e barulhos de pessoas expressando choque me fizeram entender que, os tais “irmãos Finnik” não eram pessoas para se mexer. E eram perigosos.

– Silêncio! – Fitch gritou fazendo todos se calarem rapidamente.

Oz lhe lançou um olhar de agradecimento, e pude vê-lo balançar a cabeça em consentimento.

– Vocês são os melhores no que fazem – Oz acrescentou para orgulho de todos – e é por isso mesmo que vão trabalhar em conjunto para fazê-los cair.

Sua voz era afiada como uma faca, e fez os pelos de meus braços se eriçarem.

– Como eles são?

Surpreendi a todos ao fazer uma pergunta que provavelmente nem ele sabia a resposta. Ou todos já sabiam como eles eram, e eu era a única retardada que não fazia a menor ideia.

Os olhares que voaram em minha direção não eram julgando, mas compreensivos de uma maneira que eu pensei que nunca pudessem ser.

Oz pigarreou rapidamente, para eliminar qualquer traço de que sua voz sairia falhada, e se fez seus olhos encararem os meus por muito mais tempo do que eu realmente acreditava ser necessário.

– Eles são os seus piores pesadelos, senhorita Jameson. São o medo, luxúria, e os desejos que espreitam os cantos mais obscuros de sua mente. – ele disse.

Algo em suas palavras fez com que eu me sentisse desconfortável, talvez fosse o fato de Oz ter colocado as palavras ‘luxúria’ e ‘desejos’ em uma mesma frase. Ele parecia tão velho para aquelas palavras, e elas escapavam de seus lábios como puro desgosto.

Tudo era muito confuso e complicado.

– Eu quis dizer em questões física, senhor... – reformulei a frase.

Ele revirou os olhos.

– Eu ia chegar nesta parte. – Oz sussurrou.

Meu rosto pareceu queimar com o rubor que floresceu do centro de meu peito.

– Polux é o mais novo, loiro, aparenta 22 anos, tem olhos azuis pálidos. Já Kaus é o mais velho, apresenta feições humanas de um homem de 26 anos, seu cabelo é castanho, olhos verdes, e, como ambos foram banidos no mesmo momento, seus poderes são iguais. O que nos facilita a busca. – quando ele terminou, em suas mãos havia duas fotos que ele fez questão de entregar para que as pessoas dessem uma boa olhada. Fitch não quis nem ao menos tocar nelas.

Minhas mãos suavam de ansiedade para ver o rosto dos dois, porque todas as caçadoras que olhavam, tinham que parar pelo menos alguns segundos para suspirar pesado, e sorrir. Eles eram tão bonitos assim?

Só faltavam duas pessoas na minha frente para eu poder ver como os dois eram, e quando faltava uma, percebi que a caçadora manteve uma foto por mais alguns segundos, me entregando a outra e ao contrário. Isso me perturbou, de certa maneira.

Tive que virar rapidamente se não provavelmente iria me arrepender. A primeira coisa que me chamou a atenção foi a boca carnuda e aparentemente apetitosa. Ela era rosada e cheia... Eu mataria por uma boca daquelas. Fui analisando tudo calmamente, e finalmente entendi o porquê das mulheres ficarem encarando tanto as fotos. O loiro, que se eu não me enganava era o tal Polux, tinha feições finas, nariz pequeno e olhos penetrantes azuis. Na foto ele estava com o cabelo molhado, carregando uma arma que eu desconhecia e cheio de machucados, o que fez meu coração se apertar. Tudo o que eu queria era segurar sua mão e dizer que faria um curativo em seu rosto, mas ele era o inimigo.

Seu cabelo era comprido e vinha até o começo das bochechas, e parecia ter até mechas loiras naturais. Mas era difícil dizer já que ele estava molhado. Afinal, um anjo procurado praticamente mundialmente não teria tempo de ir até um salão fazer os cabelos... Teria?

Deixei essa foto de lado e peguei a outra da mão da garota que a segurava quase possessivamente.

Desta vez, não consegui segurar a ansiedade para ver como Kaus era. Seu cabelo castanho estava por todos os lados, bagunçado e molhado. Seus olhos eram de um azul genuíno e ele tinha uma barba sedutora. Seus lábios eram finos, o maxilar quadrado, e diferente do irmão, suas feições eram mais brutas, e ele parecia mais maduro de certa forma. Suas sobrancelhas arqueadas perfeitamente, e o nariz anguloso fechavam o pacote de um dos homens mais bonitos que eu já havia visto. Mas algo nele me parecia terrivelmente conhecido... Parei para analisar a foto mais alguns minutos, juntando as sobrancelhas em confusão, e desisti.

Não deveria ser nada demais.

A única coisa que eu podia dizer era: aqueles eram os irmãos mais bonitos que eu já tinha visto.

– Eles não são parecidos. Por quê? – perguntei novamente.

Algumas caçadoras me olharam como se eu tivesse uma cabeça à mais e riram.

Já que ninguém se prontificava em falar, eu era a voluntária.

– Vamos simplesmente dizer que a mãe deles gostava de um extra quando o assunto era cama. – Oz disse pigarreando logo depois, parecendo ter se arrependido de dizer tais coisas, como se palavras com conotação sexual fossem um crime.

Assenti e devolvi a foto, vendo as mulheres pegarem-nas de novo, para babarem mais um pouco. Rolei os olhos nas órbitas.

Mulheres podiam ser tão fúteis algumas vezes.

– As armas que usaremos serão definidas conforme a missão, e já que seus poderes são praticamente os mesmos, elas serão as mesmas. Estão todos dispensados. – Oz disse.

Quando as pessoas começaram a sair, ele disse alto e claro:

– Um aviso para todas as mulheres que participaram desta missão: eles podem ser bem persuasivos, já houve casos de várias caçadoras desistirem da missão por não conseguirem destruí-los.

Isso fez com que minha cabeça girasse um pouco, e de repente, quando já estávamos saindo da sala, com Fitch atrás de mim, um clique em minha mente fez com que eu lembrasse porque Kaus era tão conhecido.

Alex era Kaus! Ou seja, Alex/Kaus me salvou de uma criatura praticamente de sua mesma espécie!

Oh, meu Deus... Por que eu não o tinha matado quando vi que não era humano?, pensei.


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Notas finais do capítulo

continua?