Pedaço De Pano escrita por EscritorB


Capítulo 3
Recepção


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capítulo, levem em conta que é minha primeira história.



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Quando chegamos à estrada que nos levaria para Vila dos Dulce, já era quase a hora do almoço, e até agora já se passou duas horas desde que saímos de nossa casa, em Vila dos Buscadores.

                Sinceramente eu estava animada para ir à casa de minha avó há algum tempo. Eu não vejo minha avó Lucia, há quase três anos, desde então eu não a vi mais, eu não tenho certeza mais acho que isso aconteceu após a morte de meu pai, quando minha mãe passou por uma fase difícil e se afastou do resto de nossos parentes. Quando finalmente chegamos à frente da prefeitura de Vila dos Dulce, descemos do táxi, e fomos andando até a casa de minha avó que não era tão distante. Durante o momento que fomos para a casa de minha avó observei o lugar, é ensolarado e tinha um clima mais leve, com casas bonitas e bem cuidadas, ao contrário da Vila dos Buscadores, que sempre é nublado e sombrio e as casas e prédios são velhos.

             Logo que chegamos à rua de minha avó, percebi que minha mãe Laura, não queria estar ali, mas preferi manter o silêncio, e continuei andando em companhia a mamãe, até que ficamos a frente de casa de Lucia, que antes não percebi, mas estava em uma cadeira de balanço em sua porta principal, a nossa espera. Observando novamente ela, percebi o quanto ela não mudou quase nada mesmo após estes anos todos. Abrindo o portão de sua casa corri em direção a esta, que sorriu alegremente em me ver, nos abraçamos e antes que dissesse ela me interrompeu falando:

            -Há quanto tempo criança...

            -Muito tempo vovó... – Laura não disse nada aos nos ver conversando.

             -Vamos entre... Chame sua mãe também.

             Olhei para minha mãe, e ela entendeu somente com o meu olhar em direção a ela, que entrou na casa de Lucia, junto a nós... Adentrando o lugar percebi que a frente da casa, ou melhor, casarão, era pintado de um amarelo fluorescente, porém a sala e os outros cômodos tinham as paredes de madeira desbotada, a única coisa que me incomodava lá era o cheiro de perfume muito forte.

            -Sentem-se –disse minha avó- já volto com um chazinho. - ela deu um sorriso e foi para a cozinha.

             Olhei para mamãe, e ela retornou o olhar, e me fitou com seus olhos castanhos. Não sei se me queria contar alguma coisa, mas se queria não o fez. Observei a velha bolsa de meu pai, e lembrei que havia colocado a boneca de pano dentro dela, levantei-me e a peguei, abrindo vagarosamente o zíper enferrujado, vi o brinquedo ali parado, segurei pela sua cintura e a puxei para fora, logo que seu a cabeça estava do lado de fora, escutei os sons dos passos de minha avó, rapidamente guardei a boneca novamente a bolsa, nesse momento minha avó chegou, e por atrás de seus óculos percebi que ela viu o brinquedo de alguma forma, mas não se interessou. Trazendo o chá para a sala, minha mãe a ajudou colocar a bandeja onde estava a bebida em cima da mesinha de centro.

                Lucia com suas mãos cansadas nos serviu o chá quente, esta tremula ao se próprio servir, olhando vagarosamente a sua extensa sala percebo uma estante com livros, levanto-me, e aproximo dos livros, eram escuros com letras douradas, não eram livros comuns, era diferente, quando virei a voltar, Lucia estava atrás de mim, tomei um susto com isto; mas não expressei nada no rosto, não queria que ela pensasse que sou uma gata assustada.

             Voltamos ao sofá, Laura estava lá com um olhar descontraído e confuso olhando para dentro da xícara. Quando nos sentamos, minha avó me perguntou:

          - E como estão os estudos, e os amigos? – permaneci em silêncio em resposta a isso, eu sinceramente não tinha amigos, era solitária em questão a isso.

           Minha mãe se levantou e foi até a varanda, Lucia e eu não percebemos isto em primeiro plano, ia me aproximar dela quando escutei um ruído, o mesmo que escutei quando estava descendo a escada ontem, isso me fez parar, vovó também reparou o som, nos silenciamos, minha avó pareceu disfarçar o som e eu fiz o mesmo. Laura abriu a porta principal, e disse a frase citada abaixo:

           -Vou para confeitaria comprar alguns mantimentos.

          - Tudo bem – eu disse.

         - Ah, obrigada minha filha... – respondeu Lucia a ela.

        Olhando para vovó perguntei:

        -Onde vou ficar?

        -Você ficara, ao lado do meu quarto: o antigo quarto de sua mãe.

        -A senhora poderia me mostrar aonde é?

        -Claro criança.

         Subimos a escada de madeira, neste momento percebi que a mão de Lucia, que segurava o corrimão estava mais jovem, estranho há alguns estantes ela me parecia velha e cansada e agora jovem...

          Ao chegarmos ao segundo andar, olhei que no corredor havia várias salas,mas não entrei, fomos ao meu quarto, que ao contrário da frente do casarão, era simples com uma cor branca, aparentemente igual ao meu, pelo o cheiro de tinta que tem, suponho que foi pintado recentemente; tem um armário e quatro estantes simples. Minha avó me deixou sozinha ali para me acomodar.

        Logo quando minha mãe chegou da confeitaria, já era noite, vovó eu estávamos à espera dela na sala para jantarmos, Lucia foi a copa para arrumar a mesa e eu a ajudei. Quando finalmente sentamos a mesa, havia de tudo o que comer: salada, carnes e outros. Eu fui a primeira a terminar de comer, e cansada de tudo o que aconteceu, fui dormir, ao chegar aos quarto despejei-me sobre a cama e apaguei; sem pensar que deixei Lucia e Laura lá em baixo sozinhas...

          Quando foi amanhã, acordei bem desponta, fui até o quarto onde provavelmente minha mãe ficou, mas ela não estava, o edredom estava dobrado e esticado, abri o guarda-roupa não havia nada. Desci as pressas e encontrei minha avó sentada na copa, eu perguntei se ela havia visto Laura e ela disse que não. Foi então que tomei nota de que ela foi embora...


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