Always escrita por CKS


Capítulo 19
Capítulo 19 - O quarto


Notas iniciais do capítulo

Olá Minna-sama!

Quem está feliz em me ver "levante o pé"! XD [ Se levantarem a mão, com certeza é pra atirar algo em mim.... ^^']
Finalmente eu consegui ter tempo pra terminar o cap... falando sério, eu tinha escrito dessa vez um cap tão curto [2 paginas], que me revoltei! Não podia postar apenas isso... então eu demorei, mas fiz um cap maior... e talvez até um pouco melhor. Espero que gostem!
Beijos e até o próximo cap! o/

*Agradeço a todos pelos recadinhos e desejos de melhoras! Amo vocês! *-*



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Enquanto Sesshoumaru levava “educadamente” miroku para fora de sua mansão, Kagome ficou sentada na sala, tentando entender o que ocorreu, mas não conseguia. Não podia ser verdade! Aquele não podia ser o mesmo Miroku que havia falado tanto pra ela seguir em frente, divorciar de Inuyasha e tentar ser feliz com alguém que amasse? Seria aquele o mesmo Miroku que veio até ali, brigou com ela e acusou de ser egoísta? Não... Aquele não era seu querido amigo Miroku, era o amigo de Inuyasha que estava agindo pela força da emoção e, provavelmente em defesa do amigo. O Miroku que ela conhecia jamais falaria com ela dessa maneira ou a acusaria daquela forma. Uma hora lhe apoiava “virar a pagina”, outra dizia que devia reconsiderar... Talvez ele estivesse confuso pelo que aconteceu, essa era a única explicação para seu comportamento. Mas era melhor dar um tempo, se afastar dele e de Sango e esperar até que as emoções ficassem sobre controle para só então voltarem a conversar...

O carro lá fora cantou pneu e saiu em alta velocidade, Miroku finalmente tinha ido embora. Fora melhor assim... O único desejo de Kagome era que ele chegasse bem casa e não contasse nada a Sango do ocorrido, principalmente o segredo de seu bebê. Não queria ser o motivo para a briga do casal, e nem prejudicar amiga, afinal se Sango ficasse muito alterada, poderia acabar secando o leite materno e por conseqüência afetaria a saúde de seu filho. Para o bem do bebê de Sango, ela torcia que tudo que havia acontecido ali naquela sala permanecesse no mais absoluto sigilo.

– Dia longo, não é? - falou Sesshoumaru ao retornar a sala

– Muito... você não faz ideia. - respondeu Kagome, tentando relaxar, pousando as costas no encosto do sofá, tentando relaxar. - Ai!

– O que foi? - indagou Sesshoumaru se aproximando dela - Ainda com dor nas costas? Quer qu eu te leve pra cama?

– Um pouco de dor, mas prefiro continuar aqui mais um pouco. - respondeu ela

– Por que? - insistiu ele

– Hoje foi um dia muito estressante, quando eu achava que a situação não podia piorar, piorou e muito. É melhor que eu fique aqui, num local relativamente seguro e amplo, pra ver o que mais pode acontecer. - respondeu Kagome – Com a maré de azar que estou tendo... Se eu for pra meu quarto, provavelmente poderá cair uma estrela cadente, um satélite artificial ou coisa do gênero.

– A probabilidade que isso aconteça é nula. - comentou Sesshoumaru

– E quem é você para garantir isso? - comentou ela o olhando - Só existe um ou possivelmente dois, seres no universo que podem garantir que nada de ruim vá me acontecer, e nenhum deles parece estar ligando muito pra mim no momento.

– Mesmo, e quem seriam? – indagou Sesshuomaru, cruzando os braços

– Kami-sama e... possivelmente Chuck Norris. - respondeu Kagome olhando para sesshoumaru, e viu ele sorrir. Bom, o dia não fora tão ruim assim afinal... Fora estranho, mas não ruim. Tinha a leve sensação que havia se aproximado um pouco mais de Sesshoumaru.

– Bom, posso não ser nenhum deles, mas lhe juro que enquanto estiver comigo, nada de ruim ira lhe acontecer. - respondeu ele a ajudando a se levantar no sofá – Nem a você ou a nosso filho.

– Acho que esse tipo de promessa você pode cumprir... afinal não se pode prever o futuro. - respondeu Kagome colocando as mãos nas costas – Mas eu sei que fará o possível cumprir sua promessa. Pelo menos não é aquelas frases melosas de conquistador barato que me prometiam amor eterno ou até mesmo o céu e as estrelas...

– Comigo pode ficar tranquila, eu não faria tamanha bobagem melodramáticas. - comentou Sesshoumaru - Sou um yokai, jamais faria esse tipo de promessa vazia, sentimentais ou sem sentido.

– É mesmo... Porque que prometeria algo que jamais poderia me dar. - respondeu Kagome, meio decepcionada. Ela sabia que ele sempre a veria como algo que lhe pertencesse, uma posse... nunca algo mais significativo ou profundo que isso, mas mesmo assim isso a decepcionava. Kagome deu um longo suspiro e tentou sair, mas Sesshoumaru segurou seu pulso e a impediu de sair de perto dele.

– Seu cheiro mudou... Porque ficou triste? – indagou ele olhando nos olho - Eu nunca lhe prometi algo que não pudesse cumprir Kagome. Não sou romântico, e muito menos acredito nessa emoção ridícula e humana de “amor”. A únicas coisas que posso lhe garantir que terá de mim será a minha proteção e amizade, nada mais que isso. Jamais deseje algo mais significativo do que isso, pois nunca o terá.

– Eu sei... E eu agradeço por sua proteção e por não mentir pra mim. - respondeu Kagome evitando olhar para ele. Querendo ela admitir ou não, desejava muito mais que isso para sua vida sentimental. E sabia que ainda havia uma parte da antiga Kagome que vivia aqueles sonhos tolos de amor... Parece que certas coisas nunca mudariam na vida dela. Amara quem não merecia (Inuyasha), quem desejava seu amor ela não deu (Houjo, Kouga), e agora quem ela estava aprendendo a amar lhe oferecia apenas amizade... Não! Complicara muito a sua vida desejando algo que jamais teria, achando que era o passo seguinte pra aprofundar o relacionamento, não iria cometer o mesmo erro agora. Se essas eram as únicas coisas que Sesshoumaru poderia lhe oferecer, assim estava bom. Pelo menos não eram mentiras...

– Acho melhor você ir tomar um banho morno no meu banheiro, há uma banheira de hidromassagem e ira aliviar essa sua dor nas costas e todas essas tensões de hoje. - falou Sesshoumaru, tirando-a dos devaneios de seus pensamentos.

– Que?! - comentou kagome automaticamente

– Disse que pode usar a banheira de hidromassagem do meu quarto. – respondeu Sesshoumaru – Eu sei que tecnicamente já tomou um banho ao ajuda Rin com o dela, mas tenho certeza que isso aliviará as suas costas.

– Não vou precisar ir pro seu quarto... Meu quarto também tem banheira. – respondeu Kagome

– A banheira do meu quarto é melhor... mas a escolha é sua, faça o que quiser. - falou Sesshoumaru se dirigindo a porta – Eu vou ter de resolver alguns trabalhos pendentes na biblioteca, fique a vontade para se decidir. Falo com você amanhã...

–x-

Sesshoumaru foi para a biblioteca, ignorou as folhas que estavam espalhadas sobre sua mesinha de centro e resolveu tomar uma bebida no pequeno bar que havia ali, estava muito irritado e tinha que tentar se controlar depressa, ou as coisas poderiam piorar... e ele acabaria assumindo a sua forma yokai cachorro e acarretaria num desastre sem tamanho. Nunca antes desejou tanto matar um humano como agora...

Miroku, quem ele pensava que era para ir até a sua casa e ainda incomodar a minha mulher? Não... Kagome não era “sua mulher”, não lhe pertencia exatamente, era apenas sua protegida que teria seu filho e... bom, quem iria tentar se enganar ao alegar isso, Kagome era sua mulher agora. Vivia com ele, era praticamente a mãe de Rin e juntos pareciam uma família. Era estranho de se admitir, mas realmente formavam uma família... e pra piorar mais a situação, ele estava gostando disso.

Quando viu Miroku acusando Kagome, quase perdeu a cabeça. Queria entrar na sala e matar o infeliz imediatamente, arrancando-lhe com um golpe o coração. Não o fez por causa de Kagome... Ela já estava muito alterada e duvidava que ela aceitasse bem a cena. Bem, talvez ninguém fora do mundo yokai poderia entender a fúria que sentira e seu desejo de matar aquele ex-monge pervertido.

Mas havia algo que o inquietava ainda mais... Não conseguia entender direito aqueles impulsos que insistiam em tentar o dominar por completo. Talvez a palavra correta para descrever aqueles ‘impulsos’ fosse ‘sentimentos’, mas ele não acreditava que algo tão trivial e ridículo o estivesse afetando. Certamente era algo relacionado a sua natureza yokai, instintivo... jamais algo relacionado a emoções. Mas quando olhava pra Kagome, se sentia meio nostálgico... E de certa forma incrivelmente calmo, não sabia definir ao certo aquilo. Estava gostando cada vez mais de ficar perto dela, e desejava cada vez mais passar o seu tempo em companhia de Kagome... Vê-la dormir e acordar em sua cama de manhã, sentir seu cheiro perfumando o seu quarto, acompanhar o crescimento da barriga dela. Desejava poder cuidar dela cada vez mais e melhor, protege-la e deixar que nada de ruim ou doloroso pudesse alcança-la . Às vezes se imaginava a envolvendo em seus braços, lhe protegendo do frio ou qualquer ameaça... mas na mesma velocidade que esse imagens de si vinham na mente, elas desapareciam. Isso era ridículo, porque faria tamanho gesto sem sentido para protegê-la? Se quisesse a proteger de tudo mesmo, a colocaria dentro de uma redoma de vidro blindado na qual só ele teria acesso... Mas se fizesse isso só a faria sofrer. Seria como cortar as assas de um pássaro que acabara de aprender a voar, ou que finalmente ganhara sua liberdade. Não seria justo com ela... Muitas vezes a ouvira se queixar de estar presa numa gaiola de ouro no casamento com Inuyasha. Não cometeria o mesmo erro de seu meio-irmão... mas não podia deixar que voasse para longe dele... uma “liberdade limitada” não era liberdade... mas o que poderia fazer em relação a esses estranhos e repentinos impulsos?

A única coisa que poderia fazer e ficar perto dela, ao mesmo em tempo que tentava matar aquele sentimento ou impulsos estranho que vinham a tona quando estava com ela. Não queria a dominar ou monopolizar, mas era difícil de imaginar a vida longe dela. Sabia que Kagome precisava de espaço para esticar “suas assas”, mas não poderia a deixar voar para longe... Acostumara-se com sua presença e queria mais, desejava muito mais dela para si...

Seus pensamentos em relação a tudo aquilo se evaporaram ao escutar os passos cautelosos de Kagome no corredor, indo em direção ao quarto dele, o som da tranca do banheiro e o barulho de água da banheira sendo ligada... mulher teimosa, não entendi o porque ela sempre trancava a porta.

Bom, aquela manhã ele tinha falado a sério sobre aquelas regras que ele estipulara, e quanto mais cedo ele colocasse em pratica, melhor. Esperou alguns minutos para ter a certeza que Kagome estava distraída no banho para começar a agir.

– Jaken. - Chamou Sesshoumaru, e alguns segundos depois seu servo apareceu

– Chamou Sesshoumaru-sama? - indagou ele entrando na sala – Deseja algo?

– Sim. - respondeu ele olhando para o liquido no interior do copo - Vá até o quarto de Kagome e transfira todas as coisas relevantes dela para meu quarto. A partir de hoje ela dividirá o quarto comigo. Entendeu?

– Hay Sesshoumaru-sama! Devo aprontar uma cama extra no quarto ou... - cogitou Jaken, mas ao perceber o olhar sério de seu mestre, desistiu da pergunta, saindo imediatamente da sala. Sesshoumaru ficou ali na biblioteca por mais um tempo, terminando se ler aquela papelada na mesa antes de subir para seu quarto. Tinha que dar tempo para Jaken fazer o que lhe ordenara...

–x-

Kagome nunca achou que um banho seria tão relaxante, mas aquela banheira de hidromassagem de sesshoumaru era fantástica. A água era quente, a massagem relaxante e o barulho da água a fazia se lembrar do mar. Desejava poder ficar ali pra sempre... Mas não poderia, se acabasse adormecendo ali, poderia escorregar e se afogar. Com cuidado saiu da banheira, se secando com a toalha e colocou seu pijama. Estava escovando os cabelos quando olhou para o seu relógio, que havia colocado na pia antes de ir tomar banho. Eram 22:30h, passará mais de 3 horas na banheira e nem perceberá! Talvez tivesse pegado num sono e nem percebeu... Sesshoumaru tinha razão, a banheira do quarto dele era mais segura. Se tivesse tomado banho na dela, teria escorregado e talvez se afogado.

Depois de devidamente pronta, Kagome saiu do banheiro com um roupão por cima do pijama, segurando as roupas sujas para levá-las até a cesta de roupa suja de seu quarto. A luz estava desligada, mas podia ver graças a luz do luar que invadia o quarto pela varanda e janelas... Engraçado, não se lembrava de ter deixado elas abertas ou ter corrido as cortinas.

Ao chegar na porta, tentou a abrir... Mas estava trancada. Talvez a porta estivesse emperrada ou algo do tipo... Começou a tentar forçar a abrir, pegando impulso e jogando o ombro contra a porta, mas a única coisa que conseguiu foi e se machucar. Definitivamente a porta não estava emperrada, e sim trancada... Alguma coisa estava errada!

– Droga, quem foi que trancou essa porcaria? - reclamou Kagome mexendo insistentemente na maçaneta - Oi! Jaken? Sesshoumaru? Alguém me ajuda... A porta não quer abrir!

– Talvez porque eu a tenha trancado. - falou Sesshoumaru encostado no umbral da varanda de seu quarto.

– Destranque-a, preciso ir pra meu quarto e dormir. - falou Kagome

– Você está no seu quarto. - respondeu ele sem se mexer

– Mas esse é seu quarto, não o meu! - comentou Kagome

– Era... agora é nosso. - respondeu ele sério. Foi naquele momento que Kagome se lembrou da conversa com ele naquela manhã, mas sinceramente achava que era apenas blefe ou, caso ele cumprisse a promessa/ameaça, daria tempo para ela se acostumar com a ideias... talvez uns 2 ou 3 dias, mas pelo visto se enganara.

– Aquela besteira de que eu iria compartilhar o quarto com você não era apenas de boca pra fora ou...

– Eu não brincaria com esse tipo de assunto. - respondeu ele - Era uma ordem, a partir de hoje vai dormir aqui, comigo.

– Não! Definitivamente não! - falou ela energicamente - Não tem como compartilhar o mesmo quarto com você.

– Já compartilhamos muitas coisas, em lugares muito menores que esse quarto ou a cama. - comentou Sesshoumaru - É agora meio tarde para se importar com detalhes.

– Olha Sesshoumaru, o dia não foi um dos melhores e eu gostaria de dormir no meu quarto, na minha cama... Sozinha. - respondeu ela

– Vá em frente, a cama e suficientemente grande para que possamos dormir sem encostar m no outro. - respondeu ele

– Não vou dormir aqui!

– Você vai. - respondeu ele se aproximando-se dela, e pode ver o olhar dele brilhar. Era o sinal universal de “me obedece ou morre" de yokais. Sabia que ele não lhe mataria, mas certamente a obrigaria a lhe obedecer. Mas ela não era de desistir tão fácil...

– E se eu não quiser? - ela o desafiou

– Kagome, você tem um minuto para ir para aquela cama, sozinha, ou eu lhe obrigarei a ficar deitada lá, entre meus braços, nua. A escolha é toda sua. - respondeu ele olhando para o relógio. Kagome até pensou em desafiá-lo novamente, mas se acovardou no momento que ele deu dois passos em sua direção. Rapidamente, se deitou na cama e cobriu com os lençóis até a altura do queixo. Mas apesar disso ele podia ver a expressão de revolta e o olhar desafiante dela... certamente aquela conversa teria um segundo round.

– Boa menina. - comentou Sesshoumaru indo ate o guarda-roupa do quarto, abrindo-o. - Suas roupas estão do lado esquerdo desse armário. O que estiver faltando virá amanhã. É melhor que tire esse roupão, deve estar úmido e eu não quero que fique doente...

– Eu faço isso depois... – comentou Kagome – E vou voltar pra o meu quarto...

– A menos que saiba voar, não conseguira sair do quarto. Como você mesma viu a porta está trancada. Agora pare de pensar bobagens e tente dormir um pouco... – falou Sesshoumaru – A propósito, eu lhe aconselho a não ficar procurando a chave pelo quarto, pois será em vão. Ela está comigo, agora durma.

Depois de dizer isso, Sesshoumaru pegou o quimono e foi para o banheiro. Kagome estava irritada com aquela atitude dele, mas sabia que não iria adiantar nada reclamar, mas isso não a impediu de jogar um dos travesseiros na porta do banheiro. Bom, o consolo era que ele iria dormir tão desconfortável como ela... Afinal ele normalmente dormia sem roupa alguma, e pelo que vio, ele dormiria de quimono aquela noite. Bom, não sabia se isso iria afetar mais ele ou a si mesma...

Uns 5 minutos depois, Sesshoumaru saiu do banheiro, usando o quimono amarrado frouxamente na cintura, levemente desarrumado, sua roupa estava tão aberto que podia jurar que iria escorregar dos ombros dele a qualquer momento. No entanto, um brilho na região do peitoral dele lhe chamou a atenção... Era a chave do quarto, estava pendurada numa correntinha no pescoço dele, isso a enfureceu.

– Perdeu algo? - indagou ele, ao perceber seu olhar

– A chave...

– Ficará comigo. - respondeu ele. Kagome não soube dizer se ele falava da chave ou dela. Sem demonstrar qualquer preocupação, Sesshoumaru foi até a parte vaga da cama e se deitou tranquilamente. Ao vê-lo deitado tão próximo a si, Kagome começou a lutar contra suas emoções, na qual uma desejava bater nele, roubar a chave e fugir do quarto... E a outra de aninhar sua cabeça no ombro dele e aproveitar a vista da luz do luar se refletindo no corpo. Bom, qualquer mulher em sã consciência preferiria a segunda opção quase imediatamente... Mas Kagome não podia ceder assim tão facilmente. Esperaria ele dormir e iria pegar a chave... Sim faria exatamente isso, não importasse quanto tempo tivesse que esperar!

–x-

Já eram mais de 2:00h da madrugada, na qual Kagome aguardava pacientemente Sesshoumaru dormir para lhe roubar a chave. Esperou todo esse tempo para ter certeza que ele já pegara no sono... Como ele dissera, a cama era realmente grande, e deixava um espaço grande entre eles. Se tentasse se levantar, ele perceberia, e caso se aproximasse para pegar a chave, ele provavelmente acordaria. Não, abordagem direta estava fora de questão! Sua única opção a abordagem indireta, ou seja, se mover vagarosamente pela cama até chegar bem perto dele o suficiente para chegar perto da chave... depois fingiria estar dormindo, colocar a mão no peito dele ‘acidentalmente’ e pegar a chave e depois se afastar. Sim, faria isso... Sesshoumaru vivia dizendo que ela se mexia muito quando dormia, então já devia estar acostumado com ela se movimentar ou lhe tocar enquanto dormia.

Cerca de 15 minutos depois, Kagome estava ao lado de sesshoumaru, quase o tocando. Com cuidado ela apoiou o corpo sobre o braço direito, e com cuidado esticou o outro braço para pegar a chave. Quando tocou a chave, sesshoumaru mexeu a cabeça para o lado dela, mas não acordou, mas ela encolheu o braço por via das duvidas.

Ufa... – pensou Kagome, depois de verificar que ele ainda dormia. Se verbalizasse qualquer coisa ou suspirasse, certamente ele acordaria... Tentou outra vez, mas agora Sesshoumaru esticou o braço esquerdo na mesma direção dela. Por pouco não ela não conseguiu se desviar... Mas ele continuou a dormir, mas a chave havia tombado para o lado direito, se tornando mais difícil de ver e principalmente de alcançar. Sem muita escolha, Kagome se forçou a se aproximar um pouco mais para conseguir ver a chave... Quando estava se aproximando dela, sesshoumaru pegou seu braço e a puxou rapidamente, o que a fez deitar a cabeça dela sobre seu ombro, envolvendo a cintura dela em seu braço esquerdo. Quando tentou se afastar, sesshoumaru abraçou um pouco mais forte, impedindo-a de se afastar dele.

– Pare com essa brincadeira e vá dormir. - falou Sesshoumaru no ouvido dela. Kagome tentou olhar para o rosto dele, os olhos dele estavam fechados, mas havia um leve sorriso no rosto dele... Sesshoumaru deveria estar acordado aquele tempo todo, apenas fingindo dormir, para fazê-la se aproximar dele. Bom, agora não tinha como escapar ou fazer qualquer outra coisa além de dormir... mas tudo bem, por alguma razão estranha ela se sentiu extremamente confortável ao estar tão próxima a ele, e acabou adormecendo sem perceber, em poucos minutos.


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