Always escrita por CKS


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Olá minna-sama!

Estou atrasada uma semana, eu sei... mas antes que queiram me matar, vou esclarecer o motivo por não postar.
[Depois disso vocês decidem se me matam ou não... XP]

Semana passada, especificamente sexta-feira eu comecei a ter dor de cabeça terrível, além de febre e dor no corpo. Acabei não dormindo na madrugada de sábado e de tarde meus pais não aguentaram mais e me levaram pro hospital, onde acabei ficando internada pra observação... a minha sorte era que não era Dengue, o ruim é que não souberam o que era. Resultado, "ela deve ficar em repouso absoluto", e meus pais velaram isso ao pé da letra... ¬¬'
Meu PC foi confiscado até que eu melhorasse...

Agora já estou melhor, então me devolveram o pc, e pude finalmente terminar de escrever o cap. Espero que gostem!
Beijos e até o próximo cap! o/



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Finalmente o sol estava se pondo, e ficava vez mais perto do termino do dia mais estranho, assustador e até meio cômico da vida de Kagome. Realmente não acreditava que poderia ter tantas emoções em um único dia... Mas levando em consideração que estava morando com Sesshoumaru, a enérgica Rin e o Jaken, tecnicamente tudo seria possível...

O evento da escola havia tecnicamente acabado, só faltava a festa de enceramento, mas Sesshoumaru não queria perder nenhum segundo a mais naquele aglomerado humano barulhento. Bom, de certa forma isso era um alivio para Kagome, que não aguentava mais todas aquelas atividades e o barulho, e principalmente os aromas de comida e perfumes que infestavam o ar... além de estar exausta com tanta atividade.

Apesar de não participar efetivamente das competições, como a Rin, ela e Jaken tiraram bastantes fotos do evento, o que lhe acarretou em uma dor nas costas de Kagome. Mas não estava arrependida, gostara muito daquele tarde. Ver Rin competindo, torcer por ela em cada atividade que participava, e capturar cada sorriso da menina, foram as coisas que o dinheiro não poderia pagar. Mas sua parte favorita do dia foi a "corrida de coisas", onde os competidores tinham que correr numa ‘pista de obstáculos’, pegar um papel sobre a mesa e procurar o objeto/pessoa descrito e sair correndo com ele, sem o deixar cair/se soltar. Era uma atividade que parecia mais diversão do que uma disputa em si... Rin fora a terceira a chegar à mesa e pegar o papel, e depois saiu correndo na direção deles.

Quando chegou onde estavam, Rin parecia estar confusa, ou talvez indecisa, pois olhava pra Sesshoumaru, Kagome e Jaken. A buzina apitou, indicando pra o pessoal encerrassem as buscas de objetos e voltassem para a pista de corrida. Nesse momento Rin pegou com uma mão a de Kagome e com a outra de Sesshoumaru, e tocou com o pé em Jaken. Fora cômico quando ela tentara correr com eles os três, ou melhor, pular que nem um Sací, pois ela estava tentando empurrar Jaken com o pé!

Sem entender ao certo o que aconteceu depois, Kagome se viu carregada no colo por Sesshoumaru com um braço, e com o outro segurava sua mão de Rin, e ela segurava com a outra mão o Jaken (que praticamente fora arrastado a corrida toda).

Fora estranho, mas todo mundo ria a davam aplausos pela escolha “democrática” da menina. Não venceram a corrida, mas ganhara uma medalha pelo esforço e por bater o recorde com maior numero de familiares participando de uma única corrida. No final, Rin entregou o papel pra Sesshoumaru, que após ler deu a Kagome, nele estava escrito “Corra com a pessoa/yokai que mais ama no mundo”. Isso fez Kagome rir, então aquele era o motivo dela tentar correr com os três ao mesmo tempo...

Sesshoumaru não falou nada após a corrida... apenas colocou Kagome no chão, mas continuou a segurar no braço dela e a levar de volta a lugar, abrindo caminho entre a pessoas. As atividades na qual Rin iria participar já haviam acabado, então ela voltou com eles e se sentou pra assistir o resto do evento esportivo.

Logo em seguida, outra corrida do mesmo tipo iria acontecer, mas desta vez com a turma mais velha, praticamente eram adolescentes. Rin gritava animadamente, incentivando os outros a correr, gritando principalmente “corre Koraku!”... Aquele nome lhe era familiar, mas parou de divagar quando notou que uma garota, muito bonita, se aproximou deles, especificamente de Sesshoumaru, lhe dando uma jogada de cabelo e um sorriso charmoso e tentou o fazer correr com ela... Mas o olhar frio que ele lançou a garota em resposta fez com que Kagome tivesse pena dela, receou que a garota fosse chorar de medo. Podia jurar que naquele papel estava escrito "correr com um cara/yokai sexy", mas o olhar que ele deu deixou claro que não toleraria que chegasse perto, muito menos o tocasse... e pelo que pareceu, a garota abandonou a prova, pois fugiu correndo para os portões da escola... coitada da garota, devia ter ficado apavorada com aquele olhar dele ou talvez pela rejeição...

Mas para ser sincera, Kagome se sentiu um pouco feliz com aquela atitude dele, não que sentisse ciúmes dele com outra ou coisa parecida, mas isso era um sinal que ele a respeitava... Muito diferente de sua antiga vida de casada, quando tinha que aturar as festas sociais que iam, e as sem-vergonhice de Inuyasha e suas “danças educadas e sociais”. Nunca vira Sesshoumaru dançar naquelas festas, por mais que fosse convidado e apresentado a filhas/irmãs de pessoas ricas e poderosas, desde que começou a ficar com ela... E isso era de se admirar nele. Quando Inuyasha era convidado pra dançar por essas mulheres ou por Kykio, praticamente na sua frente, era pelo “social e a aparência/educação” e... Isso era parte do seu passado, na qual deveria esquecer. Agora estava com Sesshoumaru e tinha certeza que aquele tipo de situação jamais se repetiria... Não que ela achasse que ele a amava ou coisa parecida, mas tinha a certeza que ele rejeitaria qualquer outra, menos a ela. Aquilo poderia se resumir a uma palavra “Lealdade” ou “Amizade”... Kagome havia jurado para si mesma que jamais confundiria amor com atração sexual, Amizade com Romance. Seja o que quer que fosse que eles tinham, ela poderia confiar nele.

-x-

Estavam agora no carro, voltando para casa. Sesshoumaru, Kagome e Rin estavam em um carro, e Jaken os seguia com o outro carro logo atrás. Rin negara firmemente em deixar Kagome, mesmo que fosse por alguns minutos para o trajeto de casa, para acompanhar Jaken. Pensar que iria ser "irmã mais velha" a enchia de orgulho e... na opinião de Kagome, a fez ficar ainda mais doidinha que o normal, fazendo inúmeros planos para quando o bebê nascesse, o possíveis nomes, decoração do quarto e até a escola. Sesshoumaru parecia meio indiferente à agitação causada pela menina, o que irritou Kagome... Afinal não era justo ela "pagar o pato", sozinha. No entanto podia jurar que viu um brilho de divertimento no olhar dele, com aquela conversa maluca de Rin... Bom, pelo menos não estava tão indiferente a situação como pensara.

Quando chegaram a casa, um dos seguranças entregou uma carta a Sesshoumaru, que a leu rapidamente e depois sugeriu que Kagome ajudasse Rin com o banho para depois as duas jantarem, mas não esperassem por ele, logo em seguida ele foi diretamente para o escritório e se trancou por lá. Ela não entendeu ao certo porque aquilo, e ficou curiosa, mas resolveu acatar a sugestão dele. Quando terminou de dar banho em Rin, percebeu que suas roupas estavam completamente molhadas. Rin se propôs a buscar as roupas dela, para não correr o risco de molhar o corredor ou de escorregar.

Quando finalmente estavam prontas, desceram juntas para o jantar, mas Sesshoumaru não estava à mesa, avisando por Jaken que iria jantar no escritório naquela noite, e que Kagome poderia ir dormir primeiro no quarto (dele). Jaken ficou pouco tempo com elas na sala, depois foi levar o jantar para Sesshoumaru e não voltou. Kagome ficou preocupada, algo lhe dizia que aquela carta era um sinal de problemas, mas era melhor não se intrometer nos assuntos que não lhe diziam respeito... Sesshoumaru detestava quando se intrometia em seus assuntos. Além disso, estava muito cansada e a única coisa que vinha na sua mente era ir dormir... aquele dia foi muito agitado pra ela. Só teria de esperar Rin acabar de comer para...

- Com sua licença, Sra Taisho, há alguém lhe esperando na sala. - falou um dos seguranças da casa, ao entrar na sala de jantar. – Disse que é urgente.

- Quem é? - indagou Kagome voltando à realidade

- Disse que é um amigo seu... - respondeu o segurança – Ele é humano.

- Avise Sesshoumaru, e peça a Jaken por Rin para o quarto dela. - falou Kagome, se levantando.

- Não quero! – protestou Rin – Quero que você me ponha pra dormir! Se for Jaken, eu vou ter pesadelos com sapos!

- Prometo que subirei logo que a visita for embora... talvez dê tempo pra uma história. – Propôs Kagome, calmamente. Rin pareceu satisfeita com aquilo, deixando-a ir receber a visita tão inesperada.

Ao entrar lá, viu um homem todo alinhado de costas para ela, olhando para o quadro da família Taisho que havia na parede. Kagome não o reconheceu de imediato, mas quando percebeu o pequeno rabo de cavalo nos cabelos do visitante, descobriu quem era...

- Miroku? - falou kagome meio espantada - O que faz aqui? Faz tanto tempo que a gente não se vê que... Aconteceu algo com Sango ou o bebê? Estão todos bem?

- Boa noite Kagome. Desculpe pelo horário, mas isso não podia esperar. Não precisa se preocupar, eu vim aqui pra falar da minha família, vim aqui por causa de Inuyasha. - respondeu Miroku muito sério, o que causou certo receio em Kagome. – É melhor a gente sentar, precisamos ter uma conversar seria sobre isso. Podemos?

- Claro, sente-se... – respondeu Kagome se aproximando dele. Sentaram-se um ao lado do outro no sofá. Kagome logo percebeu o olhar compenetrado de Miroku sobre seu ventre. Não usava mais os poderes para ocultar sua barriga, que acabava deixando a amostra o ventre arredondado, e isso justificava o olhar estranho dele para si... mas era melhor solucionar um problema de cada vez. – O que aconteceu?

- Eu fui a sua... a casa de Inuyasha hoje. - começou Miroku - Fui chamado às pressas para lá, pois seus empregados estavam apavorados com o que estava acontecendo, a maioria já tinham fugido quando eu cheguei.

- Alguém saiu ferido ou... ? –indagou Kagome, já tendo uma ideia do que havia acontecido.

- Que eu saiba ninguém se machucou, pois todos fugiram a tempo. Enquanto ao que aconteceu, digamos que o Inuyasha fez uma nova decoração e tanto na casa... - comentou Miroku dando um sorriso que parecia uma mistura de ironia e tristeza - Não há nada na casa que ele não o tenha quebrado ou destruído completamente, ele estava muito descontrolado... creio que foi um ataque de fúria.

-Ele se machucou? - indagou ela preocupada, apesar de tudo não desejava que algo ruim acontecesse a ele.

- Fisicamente ele não aparenta nada... - respondeu Miroku - Mas o psicológico dele é o que me preocupa. Eu perguntei a ele porque tudo aquilo, ele respondeu que foi por sua causa e começou a falar coisas sem sentido. Inclusive falava que você estava grávida, e eu logicamente não acreditei... Mas vendo-a agora, talvez ele tenha falando verdade em alguns momentos.

- Entendo... Pode me dizer o que exatamente ele lhe falou a meu respeito? - indagou Kagome

- Que você está grávida e... que o filho não é dele. - respondeu Miroku. Ambos ficaram algum tempo em silencio, na qual Kagome parecia estar perdida em seus pensamentos... e Miroku estava tentando analisar toda aquela situação com calma, ficar neutro naquela história toda. Mas estava ficando cada vez difícil ser imparcial ao que estava acontecendo. – Quero te fazer algumas perguntas e... Por favor, Kagome, seja sincera comigo, em nome da nossa amizade.

- Claro... O que quer saber? – indagou Kagome

- Está com quantos meses? – indagou Miroku - Quando descobriu que estava grávida?

- Estou com quase 6 meses. Tive a confirmação no dia que Sango deu a luz, eu comprei um desses testes de farmácia e deu positivo. - respondeu Kagome, com as mãos entrelaçadas no colo - Depois de uns dias eu passei mal na rua e Kouga me socorreu e me levou para o hospital e tive a devida confirmação médica com Hojo. Desde então estava usando meus poderes para ocultar minha gravidez, até agora...

- Entendo... - comentou Miroku - Ocultou isso de todo mundo?

- Não exatamente, além de Houjo e Kouga, o meu irmão Souta sabia da situação. Mas ele é o único famíliar que sabe, até agora. - respondeu Kagome, mas quando viu o olhar desconfiado dele voltou a falar – Antes que pergunte, Kouga não é o pai do meu bebê, ele apenas estava me dando um apoio nesse momento tão complicado da minha vida...

- Quase 6 meses... então há probabilidade dele ser de Inuyasha. – comentou Miroku, depois de um olhar demorado sobre o ventre dela – Quer dizer, não faz muito tempo que vocês...

- É impossível ser dele. – falou Kagome, o interrompendo – Inuyasha não teve nada haver com a concepção dessa criança.

- Há uma possibilidade, já que...

- É impossível! – respondeu Kagome mais enérgica. – Miroku, eu estou dizendo a verdade, Inuyasha não é o pai do meu bebê.

- Kagome, não acha que já chega dessa história? Eu entendo que queira se vingar dele, mas... não acha que já foi longe demais com isso? - indagou Miroku, olhando-a – Já entrou com o processo de divorcio, e até desapareceu por uns tempos, deixando-o louco de preocupação contigo. Agora aparece grávida e diz que o filho não e dele... Sei que ele lhe machucou muito, mas... Não acha que está sendo cruel demais?

- Estou falando a verdade, meu bebê não é dele! - respondeu Kagome imediatamente – Porque é tão difícil de entender isso?

- É necessário dois para fazer uma criança, e nem faz tanto tempo assim que estão divorciados. Pelos meus cálculos, só pode ser filho de Inuyasha! – respondeu Miroku - Eu lhe conheço o suficiente para saber que jamais dormiria com outro homem ou yokai... Seu corpo nunca liberou qualquer outra energia sinistra, fora a de yokai canino... O único que pode ser o pai dessa criança é inuyasha.

- Eu já disse que não! - respondeu Kagome firmemente – Porque insiste nesse assunto absurdo?!

- Kagome, minha família tem história longa como exterminadores de yokais e sabemos muito sobre energia sinistra e até podemos identificar de que tipo de yokai ela provem. A energia que exala de seu corpo, e principalmente de sua barriga, é de um yokai canino, idêntica ao de Inuyasha... Ainda quer me convencer que ele não é o pai?

- Estou dizendo a verdade! - respondeu kagome, se levantando do sofá – Acredite você ou não, ele não tem nenhuma ligação com essa criança. Agora, peço para que se retire daqui imediatamente!

- Eu não posso ir enquanto não esclarecer essa história. – falou Miroku nervoso, se levantando – Você não entende, essa situação está ficando fora de controle... Ele quase virou um yokai completo por causa disso, você tem alguma ideia o quanto isso é perigoso?!

- Tenho, ele invadiu a sala onde trabalho ontem e quase matou o meu bebê e eu! Jaken se feriu por tentar me proteger... por pouco não o matou! – respondeu Kagome irritada – Eu sei o quanto perigoso ele é e por isso mesmo não quero que ele se aproxime mais de mim!

- Me diga a verdade Kagome, pelo amor a Kami-sama! Você e seu bebê exalam energia sinistra de yokai cachorro, e se não é de Inuyasha, de quem seria essa energia sinistra? – indagou Miroku – De quem?!

- Minha. - respondeu Sesshoumaru entrando na sala - Eu sou o pai do bebê de Kagome. O que acontece com inuyasha não a interessa, como também não interessa a ninguém nesta casa. Fui suficientemente claro?

- Você? - indagou Miroku desconcertado - Ele é pai?

- Sim... - respondeu Kagome - Foi... Foi inseminação artificial.

- Não entendo... como é possível?! – indagou Miroku desconcertado – Um yokai só engravida uma mulher quando ele...

- Não tem nada pra entender aqui, a verdade é que Kagome está grávida e a criança e minha. - respondeu Sesshoumaru, se aproximando deles - E agradeceria que não viesse mais aqui para incomodar a MINHA mulher com assuntos que estão ligados a um passado, que ela não quer mais. Na próxima vez que quiser a visitar, ligue antes. Agora saia daqui...

- Sesshoumaru, não precisa...

- Eu já me cansei dessas interferências e desses seus amigos se metendo em meus assuntos. - respondeu Sesshoumaru, ficando na frente de Miroku - Antes de vir aqui nos incomodar, procure saber todos os fatos que ocorreram. Se mesmo assim, insistir com essa estupidez de vir em minha casa e desafiar a mim e a mãe de meu filho, farei com que a sua esposa fique viúva.

- Me diz que isso é mentira, Kagome... tem que ser! - falou Miroku – Ele não pode ser o pai!

- É a verdade... - comentou Kagome - Eu queria ter um filho, e Sesshoumaru se propôs em me ajudar.

- Eu... Sinceramente, não sei o que disser ou pensar disso tudo. – comentou Miroku, se virando para olhar para ela – Kagome, você acha que...

- Não deve achar nada. - respondeu Sesshoumaru, pegando-o pelo braço - Por culpa de Inuyasha, Kagome teve uma vida infeliz até agora, e você não tem o direito de culpá-la por buscar sua própria felicidade. Se inuyasha agora sente muito, devia ter pensado no que fazia antes para forçá-la a tomar tal atitude. Agora, se já acabou, vou lhe mostrar a saída.

Sesshoumaru não deu tempo para Miroku falar mais nada, o puxou pelo braço e o jogou para fora de casa.


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