Always escrita por CKS


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Yo Minna-sama!

Mais um cap curto, pra nossa alegria... ou não! XD
Espero que gostem!

Bjs e até o próximo cap! o/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/382962/chapter/11

Kagome começa estranhando o comportamento de Sesshoumaru, aquele cuidado excessivo era de deixar qualquer um nervoso. Parecia que Sesshoumaru havia virado seu segurança, ou pior, uma condenada com liberdade provisória... não podia sair sozinha de casa em hipótese alguma, no trabalho, só se fosse acompanhada dele ou Kouga... só faltava uma coleira, pra fecha com chave de ouro a imagem que tinha daquela situação! Não que achasse aquele excesso de cuidado algo ruim, mas não saber o que motivara aquela mudança era o que a irritava. Sempre que perguntava a Sesshoumaru o motivo de tanto cuidado, ele a ignorava e se respondesse, era apenas um frio "obedeça".

Contudo Kagome suspeitava que fosse algo muito além dos motivos de saúde que ele tinha alegado anteriormente, algo que teve inicio naquela fatídica noite... mas era melhor não tentar descobrir o que era por hora, pois se ele se irritasse com ela, iria provavelmente descontar sua raiva em qualquer um ou até proibiria de sair com Kouga.  Como morava na casa dele, tinha que lhe obedecer suas regras... Mas mesmo que não morasse, quem seria louco para desafiar uma ordem dele, ou o questionar? A única coisa que tinha certeza era que desde aquele dia no estacionamento, o comportamento dele mudara drasticamente.

Em vez de lhe questionar, preferiu obedecer. Se ela tinha seus segredos, ele também tinha direito de tê-los... era um empate técnico. Mas mesmo assim, algo lhe dizia que estava acontecendo alguma coisa muito séria, por esse motivo que tinha tanto cuidado...

Seu itinerário havia mudado completamente, agora chegava ao trabalho com Sesshoumaru e só iria embora com ele. Não a deixava sair sozinha ou com outros humanos, somente com yokai, e esse só podia ser Kouga. Inuyasha só poderia conversar com ela por telefone, desde que não se aproximasse de seu escritório. Kagome estava começando a se sentir uma espécie de irmã mais nova, ou filha de Sesshoumaru por causa do zelo que tinha com ela... Parte dela se alegrava com essa atenção, isso era sinal que se importava com ela... mas que tipo de zelo ele tinha exatamente?

O ambiente do trabalho mudou consideravelmente, as fofocas da vez eram "Higurashi estava tendo um caso com Sesshoumaru", "Higurashi tinha namorado com Inuyasha a um tempo atrás, mas agora o trocou por Sesshoumaru", “ Higurashi tinha um triângulo amoroso” entre outras fofocas. Ninguém acreditava que ela tinha sido realmente a esposa de Inuyasha, pois ela era muito diferente das fotos nos eventos sociais, apenas uma antiga namorada ou coisa parecida. Era meio engraçado. Quem diria que a uma maquiagem, cabelo e roupas alinhadas perfeitamente e de grife a fariam parecer uma pessoa tão diferente? Eram momentos meio engraçados quando ela escuta “Higurashi se parece com ela, mas não tem o glamour da Sra. Taisho”. Se soubessem...

Ultimamente ela era temida por todos os colegas de trabalho, e invejada pelas "fãs do sesshy" da empresa, pois todos notaram a "intimidade" que tinham. Kagome não podia ir mais comer na lanchonete do trabalho, pois sentia calafrios ao entrar lá devido aos olhares e comentários que os outros faziam quando chegava. Era meio constrangedor... Mas não era o único motivo pra evitar ir até lá... Os aromas da comida misturados com perfumes adocicados e florais. Estava ficando sensível a cheiros e facilmente ficava terrivelmente enjoada só de passar por lá. De acordo com o Houjo, sensibilidade era causada pela energia sinistra de yokai que ela estava compartilhando com o seu bebê. Isso fazia com que seus sentidos ficassem cada vez mais apurados, transformando-a numa espécie de meia-yokai. Mas não devia se preocupar, pois ela não se tornaria uma meio-yokai de verdade, a não ser que tivesse mais uns 2 ou 3 filhos com yokai, pois a alergia sinistra permaneceria no corpo dela acumulando até a transformar. Algumas noites ela sonhara que acordava e que tinha orelhas de meio-yokai, como as de Inuyasha... E outras com orelhas "ponte agudas" parecidas com as de Sesshoumaru. Em uma noite que comeu muitos doces, acabou sonhando que tinha as orelhas do Dumbo e saia voando pelo céu... Em seguida sonhou que dava a luz a uma miniatura do Spock (de Jornada nas estrelas). Esses últimos sonhos, ou melhor, pesadelos, forçaram uma decisão... não comer doces antes de dormir, por mais que desejasse.

Devido aos problemas com a lanchonete, Kagome sempre ia sair para almoçar com kouga, que ia pontualmente a pegar no trabalho. Sesshoumaru não questionava nada, apenas avisava a hora que devia voltar e lhe desejava um "bom almoço". No entanto o que ninguém sabia era que Kagome jamais almoçava em restaurantes com Kouga, pois ele trazia "obentos" de casa, preparados por um de seus cozinheiros. Assim economizavam tempo e o usavam nas consultas do pré-natal de Kagome. Agora estava com 3 meses e meio, e sua barriga começaria a crescer. Durante os exames de ultrasom, Kagome pedia a Kouga que entrasse na sala, na qual ele segurava sua mão durante o exame. Eram momentos únicos, quase mágicos... Kouga parecia eufórico ao ver aquela pequena vida que crescia no ventre de Kagome. Ele estava se comportando como se ele fosse o pai da criança, e fazia inúmeras perguntas... O olhando agir daquela forma a fazia pensar se Kouga gostaria de ajudar a criar a criança. Não tinha muitas certezas de seu futuro, mas sabia que poderia contar com Kouga, suspeitava que ele assumiria a criança para poderem formar uma família... Agora mais que nunca podia ver o amor que ele sentia por ela. Aquele sentimento não mudou com o passar dos anos... Ela sabia que Kouga daria um ótimo pai... Mas não seria o verdadeiro pai de seu bebê. Isso meio que a chateava, devia compartilhar esse momento com o pai de seu bebê e com os familiares e até amigos. Mas tinha que esconder esse pequeno milagre de todos, só haviam 3 conhecidos que sabiam de sua gravidez. Um era Houjo, outro Kouga e o terceiro era Souta, que recebia todas as noticias logo após os exames pelo celular. Ele era o único familiar que sabia disso e estava muito animado com o acontecimento... Em breve teria que contar a todos, por mais absurdo e contraditório que fosse a noticia. Tinha certeza de que ninguém acreditaria se contasse sobre quem era o pai, e sinceramente as vezes ela nem acreditava que tinha realmente acontecido. Certas coisas eram impossíveis de acreditar...

- Seu filho é forte, saudável e meio-yokai. - falou Houjo após o ultimo exame - Está se desenvolvendo bem, e agora começa a maratona de crescimento. Tenha muito cuidado com sua barriga agora, evite sapatos com saltos altos, bebidas alcoólicas, fumar, drogas e...

- Eu não uso Drogas! - respondeu Kagome energicamente

- Eu discordo, é melhor admitir Kagome, você é usuária de drogas e provavelmente bebida alcoólica também... - comentou Kouga

- Não, eu jamais usei esse fiz isso! - se defendeu Kagome - Nunca faria algo que colocasse em risco a vida de meu bebê!

- Como assim nunca usou, é casada com a maior droga no mundo! - respondeu Kouga começando a rir, apesar do leve soco que levou no ombro de Kagome

- Comporte-se! - falou Kagome tentando segurar riso

- Voltemos a realidade, sei que é uma mulher extremamente responsável e ama muito seu bebê para lhe fazer mal, mas é uma tradição entre os médicos falar esse tipo de recomendação. - comentou Houjo - A propósito, tente não se irritar ou levar sustos. Sei que meio impossível prever esse tipo de coisa, mas estou pedindo que mantenha a calma o maior tempo possível. Caso contrário pode acabar abortando, é raro acontecer com meio yokai... Mas prevenir é melhor que remediar.

- Sem sustos ou irritação... Isso é fácil de evitar, basta ir morar comigo - comentou Kouga no ouvido de Kagome ao saírem da consulta, indo para o estacionamento do hospital – Sua vida seria perfeita comigo, já posso até imaginar...

- Nem em seus sonhos Kouga. - comentou Kagome rindo da idéia absurda

- Porque não? - indagou ele, fingindo estar ofendido - Eu seria uma ótima ajuda, daria banho, comida e leria história na cama e colocaria para dormir.

- Se ainda não percebeu... o bebê ainda não nasceu...

- E quem disse que eu estava falando do bebê? - indagou ele dando um sorriso sedutor para Kagome, colocando a mão em seu ombro. - Quero cuidar do "pacote" que envolve o bebê.

- Chega de brincadeiras Kouga, ou vou acreditar que está falando sério... - falou Kagome sem dar muito credito ao que ele falava, apressando o passo em direção ao carro. Kagome sabia que ele falava isso apenas para anima-la um pouco, pois ficava meio melancólica após os exames... não era ele que seu coração desejava que a acompanhasse até ali.

Ficaram conversando durante todo o caminho até chegarem ao trabalho dela. Kagome voltou as suas responsabilidades, ao mesmo tempo em que Kouga ia embora, após a deixar no escritório. Como já era de se esperar, já havia uma pequena pilha de documentos a protocolar e uma lista de coisas a fazer, escrita a mão por Sesshoumaru, em cima da mesa de Kagome. Pelo numero de folhas, ficaria muito "entretenimento" pelo resto do dia.

Foi se sentar e começou a ler a lista, que era ordenada pelos afazeres de maior prioridade aos normais, ao mesmo tempo em que o programa do computador abria.  O celular começou a tocar minutos depois, olhou o numero, mas ele não estava registrado na agenda do celular... Sem muita escolha, ela atendeu.

- Onde estava? - indagou a voz ríspida do outro lado

- Quem fala? - indagou Kagome sem dar muita importância, ainda prestando atenção do documento que lia

- Sabe muito bem quem sou, Kagome. - respondeu ele rapidamente

- Se eu soubesse, acha que eu teria perguntado? - respondeu ela sarcasticamente - Vamos usar a lógica... Se for pela educação e amabilidade do tom da voz... Inuyasha?

- Claro que sou eu! - respondeu ele

- O que quer? – ela indagou - Estou trabalhando agora... é realmente importante?

- Quero saber onde você estava? Eu fui a sua sala pra te pegar para almoçar e você já tinha ido. Não estava na lanchonete dos funcionários e...

- Você sabe que é estritamente proibido você vir até aqui. - respondeu Kagome batendo a caneta na mesa, tentando não se irritar com ele. – Eu já tenho meus compromissos nesse horário.

- Com Kouga... Eu sei. - falou Inuyasha num tom meio melancólico - Enquanto eu, Kagome? Como fico nisso?

- Não é minha responsabilidade lhe dar comida ou te acompanhar no almoço. Você é grandinho o suficiente para se alimentar sozinho. - respondeu ela - Olha Inuyasha, eu disse que iria pensar em sair com você. Não pense que será mais do que isso, ok? Você não é meu dono... E só pra lembrar, é você aqui que é cachorro, literalmente. Eu sou livre para fazer o que bem entender sem ter que pedir sua opinião ou...

- Perdão Kagome... - falou Inuyasha a interrompendo - Eu liguei por outro motivo mas... Droga, eu sempre acabo estourando meu ciúme na hora errada. Sinto muito... pode me perdoar?

- Tudo bem. - respondeu Kagome - Olha, estou realmente ocupada agora. Se não se importa eu vou desligar e voltar ao trabalho...

- Kagome... - chamou Inuyasha num tom quase infantil, o que a fez desistir de desligar o celular na cara dele. Era ridículo, mas não podia negar ainda tinha resquícios de alguns sentimentos por Inuyasha.- Poderíamos jantar hoje a noite, por favor? É tudo que peço...

- Me dê um bom motivo para isso. - respondeu Kagome voltando a bater a caneta na mesa, tentando aliviar a sua tensão.

- Não quero ficar sozinho esta noite. - respondeu Inuyasha

- Você não tem que ficar sozinho, é só ligar para...

- Por favor, Kagome, não fale mais nela. Eu realmente me arrependo de tudo que fiz e sinceramente quero lhe recompensar por sua bondade e paciência comigo de alguma forma. - falou Inuyasha mais maduro - Só preciso de uma chance.

- Me deixar viver minha vida e me dar a chance de tentar ser feliz com outro alguém que me ame da mesma forma que eu o correspondesse, não seria uma ótima maneira de me recompensar? - indagou Kagome dando um sorriso entre irônico

- Seria mais que justo... Mas eu suportaria lhe perder assim. - respondeu Inuyasha - Sou egoísta Kagome, não saberia dividir você com ninguém. Tem pelo menos que me deixar tentar, Kagome... Se for pra te perder, quero perder lutando.

- Já lhe disse para não pedir mais do que estou disposta a lhe dar Inuyasha. Mesmo que lute, será totalmente em vão... - respondeu Kagome dando um longo suspiro, sabia que não adiantaria ter aquele tipo de conversa pelo telefone. Certas coisas teriam que ser pessoalmente. - Ok, eu vou jantar contigo... só desta vez.

- Obrigado Kagome, juro que não ira se arrepender! – falou Inuyasha entusiasmado -  Vou reservar o melhor restaurante, com a melhor mesa, vinho e com vista para...

- Não... não quero nada disso. - respondeu Kagome o interrompendo - Se formos jantar, quero que seja num restaurante normal, nada de sofisticação Inuyasha. Não serei exibida novamente como seu troféu e quero comida consistente e decente... Essa é minha exigência.

- Certo, acho que sei um lugar que podemos ir sem chamar atenção e creio que vai lhe agradar muito o cardápio... - comentou Inuyasha.

Mais 10 minutos e a conversa foi encerrada, com o local e hora para do jantar marcados... mas já estava se arrependendo daquela decisão. Kagome resistiu a idéia de ligar novamente para Inuyasha e cancelar tudo, não podia mais adiar aquele encontro... Tinha que avaliar todas as possibilidades antes de tomar uma decisão sobre seu futuro.. se ficaria com Sesshoumaru, ou Kouga,talvez com Inuyasha, ou se era melhor ficar sozinha.

Kagome ficou olhando para a porta que havia entre a sala dela e de Sesshoumaru, provavelmente ele tinha escutado toda a conversa, o que lhe chateava era, pois se ele se importasse com ela ou sentisse algo, nem que fosse quase ínfimo sentimento, teria ido até a sala e desligado o telefone sem qualquer explicação... Ou ainda melhor, teria também trancado a porta da sala dela e beijasse de uma forma que a fizesse esquecer-se de tudo, como faziam nos encontros secretos naquele quarto de motel... ... ... ... Se ele sentisse algo, era estranho como a palavra “se” parecia estar associada a coisas impossíveis em sua vida. Agora era mais que provado que tudo não passava de uma fantasia criada por sua mente, ou talvez seu coração esperançoso. Ela e Sesshoumaru não eram mais nada do que "amigos de sexo", não havia mais nada entre eles, além disso. Mas e se ...

Havia tantos "e se" na vida de Kagome... Como ela desejava que tudo fosse diferente. E se não fosse tão idiota e ter e não tivesse casado tão jovem... E se tivesse esperado, poderia ter encontrado alguém que a amasse de verdade. E se tivesse se casado com Kouga? Ou Houjo? Seria feliz com isso? ... Mas se tivesse casada com outro, talvez nunca tivesse a oportunidade de estar com Sesshoumaru? Afinal ele não se interessava por humanas... Qual seria realmente o maior arrependimento de todos aqueles “e se”? Dando um longo suspiro, Kagome voltou a se concentrar no trabalho... Pelo menos isso iria a fazer esquecer o peso e as duvidas que perturbavam mente e, principalmente o seu coração.

-x-

Sesshoumaru se controlou para não ir até a sala de Kagome e desligar o celular, ou melhor, pegar o telefone e mandar Inuyasha ir trabalhar ao invés de importunar Kagome... Pensando melhor, jogaria o celular pela janela. Isso iria garantir que ninguém mais viesse incomodar ou atrapalhar. No entanto não o fez. Tinha que dar liberdade para ela fazer as próprias escolhas sem inferência de ninguém. Por mais que isso o irritasse. Ele também não era "dono" dela... Nem seu tutor, afinal nenhum tutor faria as coisas que fizeram entre quatro paredes... Não saberia ao certo definir o que se passava entre eles. A única coisa que sabia que Kagome não era apenas uma simples mulher para ele... e não desejava vê-La sofrer. Mas isso seria possível? Pelo que entendia, a vida era agridoce... Afinal, se não houvesse dor, ninguém saberia o que é alegria... Não podia colocá-La numa "redoma de vidro" para a proteger, pois estaria a impedindo de viver. Mas se a colocasse, provavelmente ela a quebraria com o passar do tempo... não! Tudo que importava era que ela estivesse sã e salva, não importava com quem ela escolhesse... desde que fosse a decisão dela.

Esse não era o melhor momento para filosofar, afinal não podia perder mais tempo, tinha outros problemas mais urgentes para se preocupar, não que Kagome fosse um, mas a "bomba" estava relacionado a ela.

Segundo o relatório dos detetives lhe deram, Inuyasha não via mais kykio há algum tempo, que desde então ela ficava "trancada" na mansão que Inuyasha lhe dera... Não parecia estar muito deprimida por ser ignorada por seu meio-irmão, talvez estivesse aguardando o chamado de Inuyasha ou esperando tudo se acalmar para continuarem seu relacionamento. Dando um tempo, talvez.

Se realmente ele estivesse fingindo tudo aquilo o que falava pra Kagome, quando na verdade estava querendo voltar a manter as aparências com ela e ainda continuar a traindo amante, Sesshoumaru jurava que o mataria. Não, melhor... Não o mataria, o castraria. Assim não teria riscos dele ter filhos e aumentar o numero de inúteis no planeta. Sim, faria exatamente isso se suas suspeitas fossem confirmadas.

Bom, o peculiar no relatório foi à presença constante de um jardineiro no interior da mansão de Kykio. Pelo que constava sobre a planta da mansão, não havia nenhum jardim interno, deixando apenas uma explicação conclusiva para a frequente presença daquele empregado... Realmente Kykio não perdia tempo. O que era meio irônico, Inuyasha traia Kagome com Kykio, na qual Kykio o trai com o jardineiro da mansão. Pra completar o tema de "novela mexicana", Kagome traia Inuyasha com Sesshoumaru, meio-irmão mais velho dele, que se odiavam... Tudo isso fazia com que Inuyasha levasse o titulo de ' O Maior Corno do Século'. Era traído tanto pela esposa quanto pela amante...

De certa forma entendia o porquê delas o traírem tão rápido, afinal Inuyasha não sabia agradar uma mulher em qualquer sentido. Kagome ficou ao lado dele por causa de seu amor cego, e Kykio pelo amor ao seu dinheiro... nenhuma por sua competência. Mas não lhe restava duvidas de quem agradava mais uma fêmea humana na cama...

Sesshoumaru deu um leve sorriso ao se lembrar de tudo que ele e Kagome fizeram naquele quarto de motel e algumas vezes em casa, quando ninguém os atrapalhava. Ela era uma mulher completamente diferente quando estavam sozinhos no quarto... Ficar pensando nisso o acalmou um pouco, pois não havia chance alguma dela voltar para Inuyasha. Seu único concorrente era aquele lobo fedido...

Concorrente? ... Não, não era isso! Sua preocupação era de Kagome não voltasse a ser magoada por alguém que não lhe dava valor devido. Mas tinha que admitir que Kouga aparentava dar muito mais valor do que Inuyasha jamais havia lhe dado. E isso era exatamente o que o incomodava, pois havia a possibilidade de Kagome acabar ficando com ele, indo embora de sua casa, da vida de Rin e por consequência da sua também. Kagome já fazia parte da casa, e da família dentro dela, não podia deixá-La ir. Mas não podia obrigar que ela ficasse... Ela tinha que decidir. Isso lhe fez ficar com raiva, não podia a controlar e mandar ficar... Mas nunca iria pedir para fazê-lo, afinal ele era um yokai completo e tinha seu orgulho... Mas as vezes o fazia pensar se o orgulho valeria tanto assim para ter o risco de a perder. Realmente ficar pensando em tudo isso lhe dava uma enorme dor de cabeça...

- Kagome, venha aqui. - chamou Sesshoumaru pelo telefone

- Sim, Sr. Taisho. - respondeu Kagome entrando na sala dele, com um bloco de notas, aguardando as ordens - O que deseja?

- Me arranje um remédio para dor de cabeça e um copo de água. - pediu Sesshoumaru passando a mão nos cabelos

- Não está se sentindo bem? - indagou Kagome se aproximando da mesa

- Apenas um pouco indisposto... Yokais também sofrem dores de cabeça. - respondeu Sesshoumaru. Após Kagome sair para buscar o que lhe pediu, ele começou a sentir um cheiro novo e estranho no escritório. Algo parecido com gel e Éter. Sabia que esse cheiro vinha de Kagome, mas o que não entendia exatamente era o porquê? Tinha ido ao hospital novamente? Nos seus relatórios estavam falando das visitas constantes dela ao hospital, indo especificamente se consultar com tal de médico Houjo. Sabia que era amigo do colegial, e isso poderia justificar a sua preferência de ser tratada por ele, mas mesmo assim havia algo suspeito. Por motivos éticos, os detetives não quiseram e nem puderam investigar mais sobre as consultas que Kagome fazia... Mas isso não diminuía as suspeitas de que havia algo errado ali. No relatório acrescentava ainda que Kouga entrava nas consultas com ela, dentro da sala, o que significava que ele sabia o que estava acontecendo... Mas porque ela não lhe falou nada? Estaria doente ou fazendo algum tratamento? E porque o cheiro dela o fazia ter um instinto de querer a proteger de tudo e todos, fazendo ter somente a ele? Isso não fazia sentido algum... Porque esse instinto egoísta agora?

- Aqui está, deseja mais alguma coisa? - indagou Kagome ao voltar com o remédio e um copo de água gelada

- Sente-se Kagome. - respondeu Sesshoumaru tomando o remédio com a água. No entanto continuou prestar atenção em cada movimento e manifestação do corpo dela, em quanto ela se sentava na cadeira frente a mesa dele... Tinham que conversar e ele saberia se ela ficasse nervosa ou se mentisse. - Me diga Kagome, porque foi tantas vezes ao hospital na hora do almoço?

- Para fazer tratamento... Tenho que me cuidar para que meu princípio de anemia não se torne efetivamente numa anemia. - respondeu Kagome - Aproveito o horário do almoço, assim não preciso pedir um dia de folga para fazer as consultas ou exames. Tenho que ser eficiente e eficaz se quero continua a trabalhar para o senhor.

Sesshoumaru percebeu que a voz dela não se alterou, muito menos os batimentos cardíacos ou cheiro. Ela estava falando a verdade, mas algo no olhar dela o dizia que havia mais coisas por trás disso... falava apenas o essencial, sem detalhes específicos. Isso era incomum!

- Não se esforce demais. - comentou Sesshoumaru, fazendo um sinal para ela se retirar. No entanto quando ela estava saindo da sala ele a chamou novamente - Kagome...

- Sim? - indagou ela com a porta entreaberta

- Eu sei um pouco de medicina, traga seus exames a mim na próxima vez que voltar do médico. - respondeu Sesshoumaru – Vou analisa-los e ver como vai andando o tratamento.

- Cla... Claro. - respondeu Kagome fechando a porta. Ele pode escutar que o coração dela acelerou consideravelmente agora, e o ofegar de sua respiração. Estava nervosa... Realmente, havia alguma coisa acontecendo naquelas consultas que ela não lhe falava. Mas desta vez ele iria descobrir, com ou sem detetives ele descobriria.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Always" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.