Revenge Of Lorien escrita por Sammy Martell


Capítulo 7
Capítulo Sete


Notas iniciais do capítulo

Ok, eu gostei um pouco desse capítulo, muda um pouco o curso da história e, obrigada por lerem.

Kisses Sammy



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/382708/chapter/7

Minha cabeça dói e minhas pálpebras estão pesadas, com muita dificuldade consigo abri-las, viro a cabeça para o lado e vejo Sammy sentada com sua arca no colo, sei que ela pretende tentar, mas quando me vê parece aliviada por ter algo para se distrair e pensar na arca depois.

– Bom dia, flor do dia. – ela sorri largando sua arca no chão de madeira do vagão em que estamos.

– Urgh. – resmungo quando a luz do sol bate em meus olhos. – Que horas são?

Ela balança a cabeça ainda sorrindo, não sei como ela consegue.

– Eu sei lá, mas provavelmente são oito da manhã.

– Oito? Isso é de madrugada, pelo amor de Deus, Sammy!

Ela ri e me joga uma muda de roupa.

– Vá se trocar, eu achou que vamos chegar daqui a pouco.

Assinto e pego a roupa que ela jogou para mim, em alguns minutos já me sinto renovada, mas ainda não tenho ideia do que fazer.

– Carol, eu acho que você vai querer ver isso. – ela chama.

Caminho até seu encontro e me viro para onde ela aponta, percebo que, no canto do vagão, na escuridão uma figura se mexe e tosse várias vezes. Cuidadosamente, com armas em mãos, nós aproximamos da figura, Sammy mira na figura e carrega sua arma enquanto cuidadosamente eu levanto o cobertor cinzento e poeirento. Um mog, como aquele que vi no outro trem, a cabeça raspada com tatuagens feitas, quase humano.

– Ai meu deus! – exclamo pulando para trás, Sammy prepara para atirar, porém o mog se encolhe em um canto.

– Por favor, não atire, por favor. – ele choraminga.

Sammy parece mais surpresa do que eu, um mog? Com medo? Como é possível?

– Me dê um bom motivo para não matá-lo aqui? – ela pede.

O mog tenta se encolher mais na parede.

– Informação, eu tenho informação, por favor! – ele clama.

A ruiva suspira.

– Não.

– Sammy, shh. – me viro para o mog assustado. – Que tipo de informação?

– Tudo o que seu, por favor.

Sinalizo para que Sammy abaixe a arma, ela hesita, porém finalmente o faz antes de sair andando, mas antes ela vira para trás.

– Se tentar qualquer gracinha eu vou lhe matar em um piscar de olhos, você entendeu?

Nunca vi os olhos verdes de Sammy tão selvagens quanto naquele momento, o mog parece igualmente surpreso com a raiva dela e só consegue é engolir em seco e assentir.

– Ótimo. – a ruiva diz e sai resmungando.

Me viro para o mog e o ajudo a levantar, ele parece agradecido e sorri para mim.

– Qual é o seu nome? – pergunto.

– Khanye.

Ok, nome estranho, mas ele é um mog, tenho que me acostumar com isso.

– Por que tantos mogs usam essa tatuagem na cabeça?

– Os mogs, aqueles que são nascidos de sangue, quando atingem a maturidade passam por uma cerimônia de iniciação em que eles gravam palavras na cabeça, todos esses "desenhos estranhos" têm um significado.

Assinto.

– Por que estava sozinho aqui?

– Fugindo. – ele dá de ombros – Um dos nossos mogs foi morto por um Garde em New York e era meu trabalho mostrar essa informação aos líderes, mas eu resolvi proteger o lorieno e quando percebi o que havia feito resolvi fugir, não tenho certeza se me descobriram, mas estou com medo.

A única informação realmente útil: "um Garde em New York", não é para Londres que temos que ir, é para New York.

Mas já é tarde demais para esse pensamento, pois sinto o trem parar e vejo que Sammy se junta a nós.

– Chegamos. – ela anuncia.

Nós três pulamos do vagão na estrada, para nossa sorte ninguém parece notar a presença de três adolescentes maltrapilhos. Há uma longa caminhada até o centro da cidade.

Mas a sorte nunca está a favor dos lorienos, pois ouvimos um barulho que imediatamente reconheço como uma nave mogadoriana.

– Se escondam. – sussurro e puxo os dois para trás de um arbusto.

A nave pousa e um grupo de mogs armados saem, e não param, são dezenas deles, talvez centenas, mas para que?

– O que eles estão fazendo aqui? – pergunta Sammy.

Khanye resmunga alguma coisa e depois se vira para ela.

– Eles estão começando a invasão.

– Como?

– Mais naves como essa, talvez até maiores, vão chegar e despachar mais e mais mogs até que eles estejam prontos para subir as paredes. – diz Khanye.

Eu e Sammy trocamos olhares e naquele momento sabemos de uma coisa: isso não pode continuar assim.

– Nós temos que atacar. – diz ela se levantando.

Khanye a segura pelo pulso e a puxa de volta.

– Está maluca? Eles vão te matar tão rapidamente que não vai saber nem que morreu.

Sammy revirou os olhos.

– Ah é? Obrigada por estragar a surpresa. – ela se levanta e nenhum de nós pode pará-la. – Só assista, meu amigo, só assista.

A nave prepara para decolar, é o fim, penso.

Sammy está parada, de pé com os olhos fechados e as mãos nas têmporas, como se tivesse massageando-as. A nave de repente explode em chamas e cai no terreno incendiando os mogs e árvores próximas. O fogo já estava lá, não demorou muito para que ele se estendesse até os mogs que estavam apenas assistindo seus irmãos de guerra queimarem nas chamas, em alguns minutos todos são poeira. Porém o fogo não se consume, ele não acaba e consigo ver que Sammy está exausta, mas ela não consegue parar. As chamas se aproximam.

– Sammy pare! – grito.

Ela não parece me escutar, seus cabelos vermelhos estão colados em sua testa suada. Ela solta um grito e o fogo explode novamente.

Eu e Khanye nos abaixamos imediatamente.

O mog se levanta tocando o ombro de Sammy.

– Isso é para vocês duas: o que vou fazer não significa nada, pode ser mortal no meu caso, mas acho que é o bastante para pará-la.

Eu assinto e tento me levantar, mas o momento seguinte me deixa tão surpresa e confusa que não sou capaz de fazer nada: Khanye beija Sammy. E eu me refiro a um verdadeiro beijo, na boca e provavelmente de língua, guardo os detalhes para mais tarde.

Quando eles se separam, Khanye cai no chão, desmaiado e Sammy cai de joelhos exausta. Me aproximo dela e a abraço.

– Nunca mais faça isso escutou? Nunca mais. – eu murmuro.

Sinto ela sorrir fracamente no meu ombro.

– Ok, mãe. – ela brinca.

Rimos juntas e eu a ajudo a se levantar. Ambas olhamos para o garoto mog deitado no chão, Sammy e eu nos aproximamos dele. A garota passa sua mão pelo rosto do mog delicadamente.

– Ele beija bem. – ela diz sorrindo.

– Vamos levá-lo?

– Não podemos deixá-lo aqui. – ela protesta.

– Vou carregá-lo, podemos achar o hospital mais próximo e provavelmente farão algo por ele e depois você vai me contar tudo sobre aquele beijo.

Sammy revira os olhos.

– Ele mesmo admitiu que não era nada.

– Sei. – digo, mas prefiro acreditar que eles serão um lindo casal com sete filhos.

Eu me abaixo para levantá-lo e percebo que ele é mais leve do que parece e finalmente tenho tempo de observá-lo.

Alto, magro, pálido e com orelhas de Dumbo, mas fora isso não é tão feio.

Sammy se oferece para ajudar, mas argumento que ela não tem forças nem para se sustentar, quem dirá um mog. E, mesmo com seus protestos, eu acabei carregando Khanye até o hospital mais próximo que, maravilhosamente, era quilômetros de distância de onde estávamos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado
Kisses Sammy



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Revenge Of Lorien" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.