Revenge Of Lorien escrita por Sammy Martell


Capítulo 14
Capítulo Quatorze


Notas iniciais do capítulo

Olha só, eu postei rápido(admito que esse foi o capítulo que eu estava esperando para escrever desde que comecei a fic), antes de tudo, digam adeus para a Harley, pois nessa temporada não tem mais Harley, infelizmente.



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Eu ouço um grito e um tiro, será que morrer é assim? Indolor?

A curiosidade me faz abrir apenas um olho e lentamente abri o outro registrando o ambiente a minha volta. Há uma pilha de cinzas ao meus pés e um mog com uma arma apontada para sua cabeça.

Ele parece com raiva e decepcionado consigo mesmo por ter sido derrotado, mas o que me intriga é a mão segurando a arma, quando menos espero uma cabeça aparece por cima do ombro do mog, o jovem que vira uma vez no lugar de Scott. Ele apoia seu queixo no ombro do mog e sorri para mim.

– Graças a Lorien você está viva. – sua voz soa aliviada.

Quando fala, age como se me conhecesse há um bom tempo e pelo modo como disse ele provavelmente vem do mesmo planeta que eu.

Ele se move, saindo de trás do mog, mas continuando a segurar a arma na têmpora do alienígena. O tal resmunga alguma coisa, apenas para ser empurrando pelo garoto.

– Ei! Quieto. – o jovem diz com raiva.

Estou em meus pés rapidamente, limpando a poeira de meus jeans e puxando o casaco, como se isso fosse me proteger enquanto me aproximo lentamente dele. O chão rangendo quando piso. Ao me aproximar o bastante, mas não muito eu checo as minhas desvantagens que são óbvias. A primeira delas se destaca mais do que todas: o garoto, como quase todos, é maior do que eu, provavelmente minha cabeça chega próximo ao seu queixo e não passa disso. Ele parece ter melhores habilidades de luta do que eu, o que é óbvio julgando pelo fato de que o garoto matara um mog e agora tinha um como refém. Mas os seus olhos, castanhos e profundos, não parecem ameaçadores, pelo menos não quando olho para eles. Eles parecem doces e preocupados.

Sua mão toca me ombro e ele sorri, sem mesmo tirar a arma da cabeça do mog, mas quando ele se distrai, o mog aproveita para socá-lo na costela e pegar a arma de volta apontando-a para mim e me pegando pelo braço enquanto me puxa em direção à porta.

– Se me seguir ela morre.

Temo que dessa vez eu não vou deixar você me fazer de boneca de pano.

Parece que tudo vai em câmera lenta no momento em que lanço meu cotovelo em seu estômago e ele se curva, mas sei que seus instintos serão mais rápidos então imediatamente me concentro enquanto ele aperta o gatilho. O tiro passa direto por minha cabeça atingindo uma das telas do computador, para minha sorte não há mais nenhuma bala na arma, imediatamente é inútil.

Com raiva ele me joga contra a parede e começa a bater minha cabeças seguidas vezes, até que o garoto se joga em cima dele, forçando-o a me soltar. Eu caio no chão paralisada. Em um movimento rápido Scott arranca a arma da mão do mog e bate-a diversas vezes seguidas na cabeça do mog até que o maligno alienígena estivesse inconsciente.

Ele rola para o lado e recupera o fôlego passando a mão pelos cabelos bagunçados e tirando-o da testa soada. Quando finalmente se dá conta de minha presença, se coloca de pé e rapidamente está ao meu lado me ajudando a levantar.

– Hey. – ele diz cuidadosamente me virando e verificando o ferimento na minha cabeça.

Olho para sua mão, os olhos arregalados de terror ao ver que seus dedos estão manchados de sangue, meu sangue. Posso ver que ele também não gostou disso, pois rapidamente me larga no chão e se vira para o mog quebrando seu pescoço e transformando-o em pó.

Me esforço para levantar, mesmo que estando tonta e com um ferimento provavelmente grave na minha cabeça. Minhas pernas tremem e eu me apoio na parede, finco minhas unhas na parede e assopro uma mecha de cabelo que tampa minha visão.

Posso ver o terceiro mog vir em nossa direção acompanhado de mais mogs, ao vê-los não tenho mais certeza quantos mogadorianos estão aqui e a dúvida me assusta, quanto mais mogs pior será para Malcolm entrar.

Eles miram em nós e eu me preparo para ativar meu legado de Intangibilidade, mas eu olho para o garoto no chão e percebo que ele não será capaz de se defender de nenhuma maneira. Sei pensar duas vezes, aquele pequeno lado de mim que prefiro manter escondido, assume meu corpo e eu me jogo na frente dele pegando seu pulso e fechando os olhos, esperando que meu legado possa funcionar para nós dois. Mas a minha mão acaba atravessando o seu pulso enquanto os mogs abrem fogo.

Respiro fundo me preparando para o pior, no entanto eu não sinto o impacto nem a queimadura, abro os olhos para ver que nenhum de nós dois foi atingido. Olho para os mogs e os vejo tão confusa quanto eu e isso me intriga. Não há sinal de tiros ou queimaduras em nenhum lugar e nem parece que eles atiraram, não há vestígios disso.

Um dos mogs caminha cuidadosamente em nossa direção, se aproximando para me levanta, mas ao tocar, poucos centímetros acima da minha cabeça ele solta uma exclamação de dor. Ele parece determinado e mesmo com a dor joga as mãos com mais força e em um certo ponto ele começa a gritar.

Percebo o azul bruxuleante que nos envolve, algumas faíscas elétricas se encaminham em direção às mãos do mogs, enquanto ele grita de dor. Eu olho para ele sentindo meus olhos verdes faiscarem de raiva, concentro toda essa raiva dentro de mim e a libero de uma vez matando o mog, não sem antes deixá-lo tremendo no chão e gritando em agonia.

Ajudo o jovem a se levantar desconcentrado-me do escudo que nos protegia, mas os mogs não estão prestando atenção nisso e sim na pilha de cinza ao seus pés que finalmente havia se formado.

Puxo o garoto para dentro do quarto mais próximo: o quarto de Scott. E tranco a porta colocando uma cadeira na frente da mesma.

– Ok, sem querer ofender nem nada, obrigada por me salvar, mas quem diabos é você? – pergunto me sentando na cadeira.

– Você não se lembra de mim sério? – ele sorri, um sorriso que eu conheço muito bem, aquele sorriso que Scott costumava me dar quando fazia algo muito ruim.

Então a ficha cai.

– Não! Você não pode ser! Ele era um garotinho! – exclamo arregalando os olhos.

Ele ri.

Eu era um garotinho. – corrige.

– Mas...mas... – começo a dizer antes da raiva explodir dentro de mim – VOCÊ ROUBOU MEU CEPAN DE MIM!

Scott mais velho, é acho que vou chamá-lo assim, parece assustado com a fúria repentina e recua um pouco caindo na cama.

– Eu juro, tenho bons motivos.

– Bons motivos, que bons motivos? Não há bons motivos, você roubou ele de mim. É por isso que tudo isso está acontecendo!

Eu me levanto da cadeira indo até ele, seguro-o pela gola da camisa e levanto a outra mão, pronta para lhe dar um soco.

Inesperadamente a porta explode, Scott segura minha cintura me rolando pela cama até o outro lado, caímos no chão e nos arrastando para debaixo da cama e ele continua a me segurar pela cintura.

– Me solte. – eu sussurro tirando sua mão com raiva.

– Desculpe.

Ficamos em silêncio enquanto ouvimos os passos dos mogs se aproximando.

Não aguento mais ficar ali embaixo e, mesmo com raiva de Scott e Malcolm, eu faria de tudo para protege-los, mesmo que isto signifique me sacrificar.

Sem pedir permissão, passo por cima de Scott e saio de debaixo da cama colocando-me de pé, adrenalina rolando por meu corpo enquanto os mogs apontam as armas para mim. Me concentro, tentando imaginar algo feliz: os tempos que eu e Scott passávamos rindo como idiotas, as noites com chocolate quente, Malcolm e eu no escritório procurando por notícias. Tento liberar isso e tenho sorte, pois quando abro os olhos a luz azul bruxuleante já me envolve com faíscas aqui e ali, se ao menos conseguisse estender o escudo, eu vi o que aconteceu com o mog e eu posso fazer com todos os outros.

Mas eu não tenho muito o que liberar, não é exatamente algo que eu possa controlar e, mesmo que tente, o escudo se desfaz.

Os mogs riem de mim e um deles vai em minha direção apertando o ferimento em minha cabeça. Eu não grito, não tenho forças para gritar enquanto sinto minha cabeça latejar, minha visão fica turva e eu caio no chão, lágrimas saindo dos meus olhos. O mog posiciona a arma nas minhas costas e não espera para atirar, a dor é muita e eu não consigo fazer mais nada enquanto tudo fica preto.


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Notas finais do capítulo

2 capítulos para a fic acabar, que tristeza.
Espero que tenham gostado tanto quanto eu
Kisses Sammy



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