Aprendendo a Amar escrita por Cahxx


Capítulo 10
Cafés... almoços... jantares...


Notas iniciais do capítulo

Olá a todas!

Bem, venho com uma notícia, só não sei se será boa ou ruim. Como estou aproveitando as férias para escrever minhas fictions, vou passar a publicar os capítulos um em cima do outro. Pretendo publicar o último capítulo dessa história até no máximo dia 28. Fazendo umas continhas aqui... isso significa que será um por dia ou mais de um num único dia, vocês é que escolhem. Pra mim tanto faz, pois já estão quase todos prontos.

E aí? O que me dizem?



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Lucy acordou sentindo sua cabeça latejar. Nunca imaginara que um dia ficaria bêbada... Tá, ela não chegou a ficar bêbada a ponto de perder a consciência sobre si, mas já havia sido um grande furo em sua vida. Sempre tentara ser o mais decente possível... E ultimamente isso começava a ser quase impossível... Maldita personalidade que a fez se conter tanto!

Olhou ao redor do quarto, estava extremamente escuro. Não sabia que horas eram, se ainda era noite, ou se era dois dias depois da festa. Levantou-se batendo a canela numa cômoda e foi mancando até a porta. Abriu-a devagarinho e viu a claridade que entrava pela janela do corredor. Também ouviu vozes vindo do andar de baixo e parecia que muita gente já tinha acordado.

Decidiu descer e procurar por Erza, não sem antes passar no banheiro para lavar o rosto e fazer um gargarejo para tirar o gosto ruim da boca. A mãe de Gray estava na sala de estar, conversando animadamente com Erza. Lyon arrumava sua “cama” no sofá e resmungava algo sobre “não ter paz para dormir”.

Lucy desceu as escadas; estava descalça. Lyon passou por ela e sorriu de forma sedutora:

– Bom dia, bela adormecida... – e ele subiu para seu quarto, provavelmente para voltar a dormir.

– Oh Lucy! Não sabe como fiquei feliz em saber que você decidira passar a noite aqui!

A menina olhou em direção a amiga ruiva, percebendo que ninguém contara seu verdadeiro motivo por dormir ali, e agradeceu aos céus por isso:

– Vá a cozinha tomar café! Matilda fez um de seus melhores bolos!

– Obrigada...

Ela seguiu até a cozinha e de fato sentiu um delicioso cheiro de bolo de cenoura:

– Que cheiro bom! – ela exclamou sorridente ao entrar na cozinha, e logo parou bruscamente ao ver que havia mais alguém ali.

– Bom dia... – Gray a cumprimentou. Estava em pé, apoiado na pia, bebendo uma xícara fumegante de café. Usava uma camiseta branca folgada e bermuda preta. Os cabelos despenteados como nunca. Ele a olhou da cabeça aos pés: Lucy estava com uma de suas camisetas, uma cinza, que apesar de ser a menor, lhe servira como uma camisola que ia até metade das coxas. Estava descalça, as pernas brancas de fora e puxava a blusa com as mãos, tentando cobrir mais as pernas. Seus cabelos estavam desgrenhados, volumosos ao redor do rosto e esta tentou ajeitá-los colocando uma mexa atrás da orelha.

– Bom dia... – Lucy cumprimentou.

– Olá senhorita Heartfilia! – Matilda disse sorridente – Espero que goste do bolo que fiz!

Lucy pegou uma fatia e levou a boca, arregalando os olhos em seguida:

– Meu Deus! É o melhor bolo que já comi na vida!

A empregada abriu um largo sorriso:

– Que bom que acha isso! É o predileto do menino Gray!

Lucy o olhou automaticamente; ele não a encarava, parecia estar concentrado em algum cisco no chão:

– Vamos! Coma mais! Seria uma pena jogar tudo fora... Venha Gray, você não comeu quase nada! Não vai fazer essa desfeita pra mim.

– Não Matilda... – e ele sentou-se em frente à Lucy e começou a montar um gigante sanduiche.

A garota passou um divertido café da manhã, com Matilda tentando faze-la comer tudo que existia naquela cozinha. Em um momento, Gray derrubara suco no chão:

– Deixe que eu limpo – Matilda pegou um pano.

– Não, que isso! Pode deixar!

Gray abaixou-se para limpar o piso e sem querer acabou olhando para as pernas de Lucy, que estavam enlaçadas embaixo da mesa. A camisa subira diversos centímetros dando para ver... – um rubor tomara-lhe conta do rosto e o moreno levantou-se num pulo, batendo a cabeça com tudo na mesa.

– Gray! Você está bem? – Lucy perguntou se levantando e agachando ao lado dele. Ela tocou-lhe a cabeça para ver se machucara. Nesse momento, Gray a encarou e ela retribuiu o gesto. Matilda acabou olhando a cena inteira e lançou um olhar desconfiado para o rapaz; conhecia-o desde bebê e sabia muito bem que o moreno nunca havia olhado para alguém daquela forma.

– Gray-samaa!

Os dois se levantaram na velocidade da luz, dando de cara com uma Juvia sonolenta na porta. Esta esticou os braços para o rapaz:

– Gray-samaa... Você sabe que não gosto de acordar sem você na cama... Por que não me esperou...? – e Juvia o abraçou.

– Eu... – ele parecia realmente encabulado com a situação – Eu achei que você fosse demorar...

– Venha... Vamos tomar banho juntos... – e a azulada saiu puxando-o pela camiseta. Gray virou para ver se Lucy o olhava, mas a menina voltara a sentar-se sozinha na mesa e cobria o rosto com a xícara de café.

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Após se despedirem de Ur, Lucy e Erza deixaram a mansão e foram para a casa da loira. Se quer deram tchau a Lyon e muito menos a Gray, que subira com a noiva para tomar banho e não voltara mais.

Despediram-se uma da outra quando a ruiva a deixou em casa e combinaram de jantar a noite com Natsu e Romeo, para pedirem desculpas por os terem abandonado.

– Filha! – Evergreen apareceu na sala com a chegada de Lucy; a mulher estava coberta por um robe de seda verde, que combinava com seus olhos – Como foi na casa dos Fullbuster?

– Foi divertido, mãe... O senhor e a senhora Fullbuster perguntaram muito de vocês.

– Sim, eles ligaram aqui ontem, assim que chegaram e hoje de manhã também. Estão vindo pra cá.

– O que?

– É filha, querem nos ver...

– Mas acabei de sair de lá... Não quero outra festa, mãe...

– Relaxa menina, vai ser apenas um almoço.

Lucy revirou os olhos, conhecia bem os “almoços” de sua mãe:

– Não se preocupe se quiser pode ficar em seu quarto... Eles vão entender que está cansada... Apenas desça para almoçar.

– Obrigada.

Lucy correu para o quarto e se jogou em sua cama. Sentia-se exausta! Ligou para Erza contando seu azar e a amiga se disponibilizou para lhe fazer companhia. Lucy agradeceu, mas achou que não iria precisar: era apenas o senhor e a senhora Fullbuster. Tomou banho e pôs uma roupa qualquer.

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No hall de entrada, inúmeros empregados corriam com bandejas e mais bandejas de comida; ela revirou os olhos e foi em direção ao jardim dos fundos.

A propriedade Heartfilia era imensa: havia pomares com diversas frutas, um verdadeiro “lago” em formato de piscina, cerca de 1000m² de gramado e claro, dois cachorros gigantes.

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Os Fullbuster chegaram:

– Ur! Que saudade! Zeref! Não mudou nada! Ah não acredito! Gray! Como cresceu! Está um garanhão eim! Deve arrasar corações! E este deve ser Lyon! Oh querido, não lhe vi nascer, mas troquei muitas fraldas suas!

Evergreen era um poço de alegria com os convidados:

– Onde está Gildarts? – o moreno de cara fechada perguntou.

– Lá em cima no escritório. Vá lá! Venha Ur, tenho muita coisa pra lhe mostrar! Meninos, a Lucy está nos fundos, vão lá brincar.

Os dois saíram relutantes; Lyon resmungando que já não brincava mais. Atravessaram o hall e saíram para o imenso jardim onde avistaram um vulto loiro correndo e saltitando pelo gramado enquanto dois lobos corriam atrás de si.

Os irmãos permaneceram por um tempo observando a “brincadeira” até serem avistados pelos dois cachorros que dispararam em suas direções. Lucy veio correndo em seguida, gritando desesperada, mas inutilmente. Lyon e Gray correram cada um para um lado e foram derrubados no chão pelos cachorros.

– Ah meu Deus! Vocês estão bem?!

Os dois riam enquanto se levantavam:

– Sim, estamos – Gray respondeu limpando a roupa.

– Me desculpem, mas eles não podem ver gente nova que ficam loucos...

– Está tudo bem, Lucy. São bonitos, os dois...

– Agradeçam o elogio – Lucy disse e os dois cachorros fizeram uma reverência. Gray riu e Lyon abaixou-se para acaricia-los – Não sabia que vocês vinham... Quero dizer: achei que estariam mortos de cansaço, assim como eu.

– Não queríamos vir – Gray respondeu – Meus pais nos obrigaram.

E então o moreno se arrependeu do que dissera. Lucy abaixou o olhar envergonhada e prendeu duas guias nas coleiras dos caninos:

– Vou prendê-los – e a menina saiu de cabeça baixa. Gray sentiu seu peito apertar. Ela ainda se virou para eles, mas apenas para dizer – É melhor não deixar Juvia vir aqui; ela não vai gostar nada deles pulando em cima de si.

– Juvia não veio! – Gray apressou-se a dizer, com esperanças de que o humor de Lucy melhorasse. Ela apenas ignorou e desapareceu pelo jardim.

– Que mancada Gray – Lyon brincou com o irmão. Ambos entraram de volta na mansão.


O almoço fora servido: todos se reuniram em volta da mesa. Lucy só foi chegar longos minutos depois, bastante calada, e permaneceu assim durante todo o tempo que ficou na mesa.

– Quer dizer que Gray está noivo? – Evergreen perguntou. O moreno olhou para Lucy e percebeu que ela ficara vermelha; sentiu-se melhor, ela estava normal – É uma pena, pois ele e Lucy ficariam perfeitos um com o outro.

A loira filha engasgou-se com o suco:

– Mãe!

– Não seja boba Lucy, é só um comentário de mãe... Mas vai dizer que você não considera Gray um bom partido?

Lucy congelou. Sua mãe sempre lhe dera nos nervos com seu jeito espontâneo. Sempre odiara ouvir quando lhe diziam que era idêntica a ela. Não poderia ser! Claro que Lucy amava sua mãe; mas daí a ser parecida com alguém tão escandalosa e agitada?! Nunca!

– Iiih Gray, a Lucy te acha um pretendente ruim... – a mãe da garota brincou.

– Claro que não é verdade! – Lucy exclamou mais alto do que gostaria. Todos a encararam: até mesmo Zeref e seu pai. Ela sentiu vontade de desaparecer dali como uma bexiga. Um silêncio se instalou no ar, todos aguardavam a resposta da jovem presidente.

– Onde foi mesmo que você se formou, Gray? – Gildarts cortara o silêncio. Lucy o amava! Ele sempre fora seu herói, desde pequena. Era seu Superman, seu Indiana Jones, sempre seu fiel companheiro.

A conversa voltou animada como antes. Lucy largou seu prato pela metade e pediu licença para sair. Alegou estar cansada e subiu para o andar de cima.

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O sol havia se escondido atrás das nuvens. O dia estava fresco e convidativo. As mulheres se recolheram a cozinha para por a conversa em dia, acompanhadas por Lyon que sempre fora mais próximo de sua mãe. Os pais, juntamente com Gray, decidiram iniciar uma partida de golfe no jardim:

– Você pode estar na frente, Zeref, mas ficará bobo com o que farei agora – e Gildarts tacou a bola com destreza, fazendo-a rebater em cerca de quatro pinos e entrar no buraco.

– Caramba, senhor Heartfilia! – Gray bateu palmas surpreso – Foi incrível!

– Diga isso a Lucy – o homem falou com orgulho – Tudo que eu sei aprendi com a minha pequena.

Gray olhou automaticamente para uma grande janela no alto da mansão: só poderia ser a de Lucy, pelas cortinas cor de rosa. Gildarts o olhou de canto:

– Sabe, estive pensando... Que tal um dia só nós dois? O que acha? Pai e filho.

– EU sou o pai dele – Zeref resmungou.

– É, eu sei disso. Mas você não é muito divertido – Gildarts rebateu. Gray ficou surpreso: nunca vira alguém tratar seu pai dessa forma. Gildarts deveria ser realmente alguém importante – O que me diz, Gray? Vamos pescar na represa de Magnólia!

– Eu aceito.

– Que bom! Te pego amanhã!

– Amanhã eu trabalho...

– Trabalha coisa nenhuma! Será seu dia de folga!

– Mas alguém vai precisar cobrir meu lugar.

– Ora, e você tem irmão pra quê?! Vamos garoto: eu costumava ir com a Lucy, ela amava aqueles peixinhos. Tinha que ver como era linda sorrindo enquanto os via pular da lagoa. Depois que cresceu ela inventou uma história de “ter dó dos peixes” e nunca mais fomos... sinto tanta falta...

Gray sorriu: sem dúvida alguma Gildarts estava fazendo pressão psicológica para que aceitasse. Por outro lado, nunca tinha ido pescar. Além disso, seria interessante conhecer um dos hobbies de Lucy... Quem sabe o pai da garota não lhe contasse mais a respeito dela...

– Vamos sim, senhor Heartfilia.

E o loiro grandalhão sorriu vencedor para Zeref, que revirou os olhos.

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Já era noite quando a família Fullbuster foi embora; Lucy se quer despediu-se e sentiu-se envergonhada por isso. Já estava pronta para encontrar seus amigos no restaurante quando deu de cara com sua mãe na sala de estar:

– Já está indo, filha?

– Sim, mãe... Ficaram chateados por eu não ter mais aparecido?

– Não... Sei que ficou chateada por eu ter comentado aquilo de você e Gray, mas foi uma brincadeira filha. Todos levaram na esportiva...

– Tudo bem mãe... É só que eu fiquei constrangida... Tenho que ir, estou atrasada...

– Lu, se isso faz você se sentir melhor: Gray disse, após você sair, que lhe considera uma garota de prestígio e que somente o homem mais sortudo do mundo poderia conquista-la. Sou mãe Lucy, e como mãe, sei muito bem quando os jovens dizem a verdade. Acredite quando digo que Gray estava sendo extremamente sincero.

Lucy não quis comentar nada. Apenas revirou os olhos, beijou a mãe e saiu. Ela não soube explicar por que, mas o comentário de sua mãe lhe causou sensações divertidas, de alívio e autoestima. Sem pensar, Lucy abriu um largo sorriso.

– Eu sei que está sorrindo filha! – a loirinha ouviu sua mãe gritar de dentro da mansão.

– Eu sei que você sabe! – Lucy gritou de volta – Você é mãe!

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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? *-* xx