Dominique é exposta e um beijo de amor acontece

Aquela quarta-feira começou bem fria para Lily Luna que nunca gostou muito do frio de outono, para ela era apenas um frio sem graça e sem neve. As tardes se tornavam frias mesmo com o sol brilhando com seu esplendor no céu, ela olhou para a janela e suspirou. Sua avó a esperava para ir tomar o café da manhã como estava fazendo todas as manhãs, Roxanne que sempre descia com ela, mas ultimamente ela andava tão junto de Dominique que mal conversavam e só se viam na aula.

A ruiva encarou a avó e sorriu ternamente e fez a ruiva se lembrar de quantas vezes já desejou poder conversar com ela coisas de adolescente e ela não estava por perto, sua mãe vivia ocupada e quando estava sem nada para fazer ficava mais com a família.

– Está com algum problema querida? – sua avó perguntou com preocupação no olhar.

– Apenas pensando vovó, é bom ter você aqui para conversar – respondeu ela singelamente.

– Sentiu tanto a minha falta né, quase como seu pai. – comentou a Evans

– Por ai, não sabe quantas vezes quis conhecê-la e hoje você esta aqui é quase inacreditável – sussurrou abraçando-a.

– Eu entendo, é quase igual à James Sirius e os Marotos ou como Teddy com Remus – ela supôs – venha querida, se não acabaremos com fome durante as aulas.

– Tem toda razão vovó.

Todos tomavam o café da manhã em meio às conversas altas, todos pareciam ter se esquecido da pegadinha do dia anterior, já que todos discutiam naquele momento sobre os treinos do time de quadribol, Teddy tinha reservado o campo três vezes por semana. James Sirius comentou em meios às falas que quase sentia falta de quando Neville era o diretor anos antes. Por motivos de saúde ele teve que sair por um ano inteiro de Hogwarts então Teddy o sucedeu na diretoria da Gryffindor.

– Não fale assim de Teddy, querido, tenho certeza que três vezes por semana serão bem equilibrados – disse a Evans quando escutou o motivo da discussão.

– Não vovó, quatro vezes que é um ótimo número – gritou James Sirius irritado.

– Não fale assim com ela – James repreendeu o neto bravo.

– Desculpe vovó, estou nervoso é o último ano de metade do time e queremos a Taça das Casas.

– Querido, três é um numero de sorte. Muitas culturas não acreditavam que era o número de mais sorte? – argumentou ela lembrando-se que Aritimância era a matéria preferida do neto mais velho.

– Sim, mas sete também é um numero de muita sorte.

– Três é um ótimo numero, tenho certeza que Teddy pensou isso e deu um enigma para você pensar como capitão. Para se virar, querido.

– Você acha vovó? – perguntou ele meio incerto.

– Quase certeza querido, você não concordam comigo? – ela perguntou olhando para todos, ele olharam desacreditando como ela conseguira fazê-lo ficar tão calmo em relação ao Quadribol, então todos acenaram em concordância. Ela sabia como acalmar os nervos de um Potter afinal James era igual e até ele ficou pensativo.

– Vamos vovô temos que elaborar um jeito de treinar em apenas três dias e eliminar todos os problemas do time – James Sirius disse confiante se levantando rapidamente e sendo seguido pelo avô.

– Como sabia que matéria de Aritimância poderia acalmar o mini pontas? – Sirius perguntou intrigado quando os dois saíram da vista deles.

– Chute. E também lembrei que uma vez durante a ronda James pediu ajuda para estudar Aritimância por que estava com dúvidas, e observei que era uma das poucas coisas que o deixava calmo. – ela respondeu rapidamente.

– Foi inteligente Lil – opinou Remus que até aquele momento comia tranquilamente.

– Concordo, nunca conseguimos acalmá-lo tão rápido, quando aparece um problema sobre os treinos sempre leva horas ou dias pra ele esquecer – contou Louis bebendo um copo de suco.

– Obrigado loira – disse Scorpius e Albus em uníssono agradecidos de saber que até a tarde o Potter já teria esquecido toda aquela história.

– Você tem que me ensinar esse truque – pediu Isabella animada

– Vamos a aula já vai começar – comentou Dominique levantando e colocando a mochila nas costas.

– Então você observa o Pontas? – indagou Sirius malicioso para a Evans antes dela ser puxada por Dominique e Isabella.

A aula estava extremamente chata, a única emoção que se teve foi a chegada fora de hora de James Sirius e do Pontas. Depois disso tudo se resumiu a ouvir explicações e tentar algo novo com a varinha.

No final todos saíram apressados, Lily e Isabella esperaram Dominique trocar algumas palavras com o professor sobre um trabalho que ele tinha pedido, coisas que ela não tinha entendido muito bem. Presumiram as duas garotas que a esperavam. Do lado de fora um pouco adiante no corredor todos os alunos se amontoavam para ver algo, as três se aproximaram curiosas e empurraram alguns alunos para chegar até a frente. Tinham várias fotos de Dominique azarando alunos e armando pegadinhas inclusive a do dia anterior.

A loira não tinha vergonha de admitir que azarará aqueles alunos afinal já fazia dois anos ou mais, mas agora as fotos provavam que ela tinha culpa nas azarações a deixou muito irritada e com certeza era alguém muito burro ou muito corajoso atrás de vingança. E ela descobriria quem, porém até não descobrir gritou para os alunos irem procurar o que fazer enquanto Isabella e Lily tiravam todas aquelas fotos da parede de pedra.

No almoço todos encaravam Dominique com cautela e muita atenção, ninguém ali queria provocá-la ou irritá-la mais do que já estava, James Sirius observou alguns slytherins desviarem os rostos quando ele olhou por cima do ombro. Lorcan já estava ficando extremamente irritado de ter tanta atenção para si, se sentia um dragão fora de controle quando finalmente não aguentou mais levantou com movimentos rudes e chamando a atenção do irmão que conversava com Roxanne que estava se distraído muito fácil daquela conversa.

– Aonde vai Lorcan? – indagou o irmão do loiro

– Longe de tanta atenção, você sabe que odeio ser o centro das atenções quando estou comendo! – exclamou ele alto fazendo algumas alunas da Ravenclaw ficarem envergonhadas e abaixar a cabeça.

– Não seja rude, Lorcan, estão todos curiosos por causa das fotos, mas já que vai sair daqui você poderia ir comigo até a Sala Comunal – pediu Roxanne com a voz manhosa e calma para o loiro.

– Claro Rox, também ia pegar alguns livros – comentou serenamente esperando a Weasley se despedir dos outros.

No corredor o silêncio se instalava entre o loiro e a morena, todos que passavam por eles tentavam passar quase beijando a parede. Roxanne andava pensando em Matthew e sua previsão de que amaria um encrenqueiro, ela tinha quase certeza que poderia ser alguém com que ela já tinha conversado.

– No que pensa tanto Roxanne, não me diga que está apaixonada? – Lorcan brincou com a morena, mas as palavras soaram duras para o próprio.

– Não exatamente, mas acho que estarei logo – Roxanne comentou vagamente.

– Como assim? Está tentando adivinhar o futuro? – indagou o loiro rapidamente quase que desesperadamente.

– Claro que não Lorcan, estou apenas pensando alto. – contou ela mais audível.

Lily Luna reparou em como a avó tinha ficado pensativa após a saída de Lorcan e Roxanne e então apenas depois de Sirius sussurrar em seu ouvido “os dois se amam e ainda não perceberam são como o Pontas e a Ruivinha”, foi que ela entendeu no que a avó pensava. Se tomava atitude ou se apenas esperava mais um pedido de seu avô. Ela olhou para Isabella e Dominique, ainda não acreditava que tinha aceitado o plano que as duas amigas vinham armando desde domingo, mas pelo menos juntariam o casal.

Naquela tarde os alunos se surpreenderam ao ter sua aula de feitiços interrompida pela própria diretora da escola que viera atrás de Dominique, queria conversar com a gryffyndors. Todos ali já sabia porque, mas resolveram ficar quietos e ver o que a diretora resolveria depois de saber o que a aluna tinha aprontado durante os seus anos escolares. Quando os primos a encontraram mais tarde naquele dia descobriram que a loira teria que arrumar os livros na biblioteca por um mês por todas as pegadinhas que tinha cometido, isso só depois de Teddy ajudá-la e argumentou que já fazia muito tempo que todas aquelas coisas tinha acontecido e que só a pegadinha do dia anterior podia ter punição. Ela sorriu depois de contar e suspirou repassando todo o plano que tinha para juntar Lily e James, fez um sinal para Isabella no final do jantar e ela fez o sinal combinado para avisar que já estava tudo certo.

O jantar já tinha acabado fazia muito tempo quando todos estavam relaxando na Sala Comunal, a loira mentira para a Evans ajudá-la em Astronomia, matéria que ia indo mal ultimamente. Isabella tinha falado com James Sirius no dia anterior para ajudá-la com o plano e no momento que pôde o Potter mais velho falou para o avô ajudá-lo em Astronomia. Estava tudo certo, o horário marcado foi à meia-noite na torre mais alta de Hogwarts, Lily chegou alguns minutos depois de James fazendo-o ficar desconfiado e feliz ao mesmo tempo.

– Lírio o que faz aqui? – perguntou o maroto para a amada.

– Dominique pediu minha ajuda em Astronomia, ela disse que está indo mal – disse a ruiva desconfiando da presença do maroto ali.

– Dominique? James me disse o mesmo – contou o Potter se referindo ao neto.

– Não acredito armaram para a gente se encontrar – concluiu a Evans – mas quando eu encontrar aqueles dois vou azará-los!

– A Evans certinha azarando alunos? Nunca pensei ouvir isso – articulou James – mas tem uma primeira vez para tudo, não é mesmo?

James não pode concluir a frase, pois os dois escutaram a porta da sala bater com força. Lily correu até a pesada porta tentou abri-la, mas foi em vão.

– Estamos presos – concluiu James depois de também tentar por vários minutos.

– Percebi – disse a Evans grosseiramente.

– Não desconte sua raiva em mim, sou tão vitima como você! – exclamou James irritado com a atitude da ruiva.

– Me desculpe não quis ser grosseira.

– Eu sei, mas foi. – disse o moreno um pouco baixo

Lily encarou James observando as poucas estrelas daquela noite e achou uma visão muito bonita, nunca imaginou que um cara gostasse de observar as estrelas.

– Estão bonitas hoje – comentou Lily se aproximando.

– Estão, mas sempre foram bonitas, – concordou o Potter, Lily não quis admitir, mas ficou com ciúmes das estrelas ela se sentiu boba, mas não tinha como mudar seus sentimentos – mas você é muito mais linda que qualquer estrela – concluiu o maroto elogiando a ruiva.

A ruiva arqueou as sobrancelhas e colocou a mão no estômago ela estava sentido algo estranho como se tivesse borboletas no ali e suas pernas começaram a tremer contra sua vontade. Ela ficou distante e lembrou o que Marlene disse uma vez para ela.

Flash Back on.

– Eu estou apaixonada pelo Sirius Lil – disse a loira passando um das mãos pelos longos cabelos loiros ondulados – eu tenho certeza, foi o pacote completo. Borboletas no estômago, tremedeira na perna e senti que não poderia mais parar de sorrir.

– Isso é maravilhoso Lene, mas pelo Sirius? – a ruiva questionou descontente.

– Ninguém escolhe a quem ama ruiva. E sabe do que mais? Quando menos perceber vai estar apaixonada também. – comentou a loira rindo da careta que a ruiva fizera.

Flash Back off.

Ela sabia que depois que James começou a ser seu parceiro na monitoria começara a sentir uma forte atração por ele só que não imaginou que fosse amor, isso foi tão irônico para ela, antes desprezava o maroto com todas suas forças e agora o amava com as mesmas forças.

James se aproximou devagar e calmamente e observou a ruiva em seus pensamentos distantes, deveria estar pensando em como ficar longe dele, concluiu ele tristemente.

– Lily, esta tudo bem? – perguntou calmo e preocupado.

– Está, James, só estava pensando na Marlene – comentou ela rindo de repente.

– Na Marlene? – ele indagou confuso e triste para a ruiva.

– Não é nada demais, então como é o nome daquela constelação? – ela disse se aproximando do maroto e ficando bem perto dele e corando pelo o que acabara de pensar em fazer. Em beija-lo até ficar sem ar nos pulmões.

– Aquela? – disse ele apontando para a constelação, ainda estava triste por ela ter mudado de assunto mais iria ignorar por aquele momento.

– É, aquela mais brilhante – disse ela ficando atrás de James esperando ele falar o nome para ela.

– É a constelação do pulguento – disse ele se virando e dando de cara com a ruiva – é a constelação Sirius.

– Bonita não é? – questionou ela dando um passo em direção à ele.

– Como eu disse, elas sempre são bonitas, mas você é mais! – disse ele se aproximando dela e acabando com o espaço que tinha entre os dois.

Lily podia sentir o perfume estonteante de James, o hálito parecia ter cheiro de menta, suas respirações estavam se misturando e ela não suportou tal proximidade, quando pensou em se afastar James a beijou com amor. Correntes elétricas percorreram todo o corpo da ruiva, ela nunca tinha se sentido tão feliz parecia que as borboletas estavam saindo de seu estômago e voando para aquela noite pouco iluminada e então ela correspondeu ao beijo e entrelaçou suas mãos em volta do pescoço do maroto e se entregou ao momento e deixou-se se levar por ele.

https://www.youtube.com/watch?v=lp-EO5I60KA