Uma Viagem Pelo Tempo escrita por Lily Evans Potter


Capítulo 56
Uma super competição para animar


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem!



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Uma super competição para animar

Dominique andava confiante pelos corredores de Hogwarts, ela não olhava para nenhum rosto apenas olhava para frente, tinha conseguido a senha da antessala da diretora McGonagall com James Sirius e iria falar sobre seu amigo centauro, já estava mais do que na hora dela saber. Ela chegou à frente das gárgulas e suspirou profundamente antes de dizer a senha e subir lentamente para a antessala da diretora.

Ela bateu na porta nervosamente e escutou o “entre” sonoro da diretora, ela abriu a porta devagarzinho até notar a senhora já um pouco idosa e com os cabelos presos fortemente em um coque no alto da cabeça distraída preenchendo pergaminhos.

– Senhorita Weasley, eu soube que queria falar comigo, – ela disse sem tirar os olhos do pergaminho que escrevia – sente-se e me diga tudo que deseja. – ela sabia de tudo, mas esperava pacientemente ela mesma contar.

– Eu tenho um hóspede aqui em Hogwarts, ele foi expulso do seu bando e eu o encontrei muito machucado e o ajudei na recuperação. Sei que precisava da sua permissão, mas fiquei com medo de você me dar uma negativa e... – Ela dizia rapidamente atropelando as próprias palavras e não dando muita chance da diretora se expressar.

– Senhorita Weasley, fale mais devagar, por favor – pediu a diretora colocando a pena no tinteiro delicadamente e começando a observá-la – admiro enormemente sua boa vontade em ajudar seu amigo centauro, – McGonagall começou calmamente a discursar e levantando-se para andar pela sua sala devagar – e com certeza adoraria conhecê-lo para ajudá-lo também, mas ele terá que decidir logo sua partida. Ou se ele quiser ficar e como pretende ficar, como a senhorita sabe sempre são aceitos novos professores de Adivinhação, o senhor Ellis está muito doente e só ficará até o natal conosco e seu amigo seria bem aceito por nós visto que centauros são ótimos adivinhadores – propôs a diretora olhando para a loira serenamente.

Uma opção viável era isso que a diretora estava propondo? Dominique radiantemente levantou-se cheia de ansiedade e felicidade disse que falaria com o centauro. Mas antes decidiu tirar uma dúvida.

– Você sabia o tempo todo não é mesmo? – perguntou a Weasley nervosa, ela tinha reagido de forma muito calma para alguém que acabara de descobrir sobre um centauro escondido no castelo.

– Sim sabia. Alguém me mandou uma carta dizendo tudo sobre isso algumas semanas atrás, não sei quem é já que não tinha remetente, mas deve ter sido de certo centauro. Enfim achei sua atitude muito nobre senhorita Weasley e adoraria que levasse a minha proposta até o seu amigo – ela falou se sentando em sua cadeira e observando o rosto da loira a sua frente.

– Claro diretora. Posso ir agora? – ela disse se levantando para sair com a intenção de sair sem levar qualquer tipo de punição.

– Claro senhorita Weasley, mas ainda terá punição por não me falar sobre seu hóspede. Duas semanas limando troféus será mais que suficiente para você se autocontrolar antes de fazer as coisas sem a devida permissão, por mais nobre que tenha sua atitude você sofrerá as consequências. – a diretora avisou enquanto pegava a pena e voltava a escrever no mesmo pergaminho – pode ir agora senhorita.

Dominique bateu o pé irritada enquanto andava pelo corredor ainda não acreditando na conversa que acabará de ter com a diretora, quem teria contado para ela? Frank? Não, é quase impossível já que o Longbottom a amava tanto e respeitava suas decisões e sua privacidade.

Enquanto Dominique pensava em mil e uma coisas Roxanne terminava os deveres na biblioteca observando disfarçadamente todos os olhares de apaixonados que Lily Luna e Hugo trocavam, ela sabia que tinha acontecido alguma coisa naquela detenção, mas estava esperando pacientemente a ruiva contar pra ela. A Weasley morena terminou o último dever daquela segunda-feira esperando o momento que o namorado passaria pela porta para enfim deixar os apaixonados sozinhos o que não demorou muito por sinal.

Albus estava acompanhando Lorcan e sua expressão não era uma das melhores, ele estava pálido e um parecia um pouco angustiado. Roxanne o encarou um pouco preocupada, seria algo que ele soubera de Alice? A Longbottom estava saindo com vários garotos desde que terminou com o primo, pobre Albus deveria ter ficado arrasado quando soube.

Rose e Scorpius procuravam por Albus desde que ele viu Alice aos beijos com um setimanista da Corvinal, estavam preocupados com o que o Potter poderia fazer ou o que estava sentindo. O casal de namorados tinha se separado uma hora antes e procurado por vários lugares do castelo.

– Já o achou? – Rose indagou para o namorado inquieta assim que o viu.

– Não, parece que ele desapareceu desde que viu Alice aos beijos com aquele corvino – comentou Scorpius irritado – eu nunca soube o que ela fez para ele o amar tanto assim, mas ainda é forte o amor dele por ela. Eu nunca tinha visto Albus daquele jeito em todos esses anos.

– Já reviramos o castelo, onde ele poderia ter ido? – Rose perguntou a si mesma – Queria poder dizer para ele que tudo irá passar, cedo ou tarde.

– Rô, ele sabe – Scorpius comentou abraçando a namorada que estava angustiada, ele queria não ter que vê-la assim nunca, mas era algo impossível.

Rose encarou o namorado e o abraçou apertado ela nunca tinha passado por um término, pois Scorpius sempre estivera do seu lado, tinha feito dois anos de namoro fazia uma semana, ele tinha preparado um jantar todo só pra ela e tinha lhe dado um bicho de pelúcia com bombons, seus preferidos. Tinham passado por tanta coisa, por tantos obstáculos que jamais imaginará ter que se separar dele. O loiro parecia saber o que se passava na cabeça dela visto que a abraçou bem forte e começou a acariciar seus cabelos ruivos.

– Ele vai aparecer, Rose. Ele só quer ficar sozinho – sussurrou Scorpius acalmando a namorada – É só uma fase.

Marlene ia todas as manhãs colocar lírios no vaso ao lado de Lily e conversar um pouco sobre o que estava acontecendo no dia-a-dia do castelo, a morena sempre citava o nome do amado da ruiva na esperança que em algum momento ela acordasse de repente.

Faltava apenas três dias para o começo do mês do natal, “é uma manhã bonita de domingo, até.” refletiu Marlene, não que isso fosse mudar a rotina dos viajantes, mas a morena não deixava de se preocupar onde passaria o natal e com quem, Lily era sua real ligação com todos os outros da família sem a ruiva ela se sentiria um peixe fora d’agua só Sirius a entendia ali, naquele ano, até estava rolando um clima entre os dois.

Sirius não aguentava mais ver James na angustia e no mundo isolado que criará para si mesmo, naquela manhã convenceu Remus e a amada a conversarem com o Pontas. A conversa foi pouco depois do almoço, os três conseguiram fazer o maroto refletir em como ele passou as últimas semanas e como Lily o repreenderia se o visse daquela forma.

Ele foi à Ala Hospitalar no meio daquela tarde e acariciou o rosto pálido da amada, ele olhou pela janela e viu a luz fraca do sol e suspirou fortemente.

– Eu te amo, Lírio. – ele disse dando um selinho na amada, ele tinha esperança que se ele a beijasse ela acordaria, mas nada aconteceu. – Eu não aguento mais te ver assim, Lily.

Ele acariciou os longos fios ruivos e se levantou determinado, ele sairia daquela depressão naquele instante a ruiva o esganaria se soubesse que ele mal comia por causa dela. Ele sorriu pensando no futuro que teria com ela, pensou na frase mais marcante que Sirius tinha dito pra ele no começo daquela tarde. “É só uma fase, Pontas. Ela vai acordar e vocês vão ter uma família enorme!”. Almofadinhas tinha razão, era apenas uma fase a ruiva acordaria e logo.

James Sirius, Fred, Remus e Sirius entraram alegres no dormitório deles já era fim da tarde de domingo, no dia anterior tinha acontecido o famoso passeio a Hogmeade e todos ainda estavam entusiasmados com tudo que tinham comprado no povoado totalmente bruxo. Albus e James ao contrário de todos tinham ficado no castelo, ainda mal pela má fase que passavam. O quarteto tentava animar os dois, mas tudo era em vão. James já estava um pouco animado, Albus ao contrário se sentia muito mal. James observou todos os cinco no quarto e depois de um tempo fez sinal para todos saírem um por um do quarto e assim os quatro saíram de mansinho do quarto e ele se aproximou do neto.

– Então, Albus – chamou James com uma voz serena que até mesmo o próprio estranhou – quer esvaziar sua cabeça?

– Não. – disse o moreno teimoso – Estou bem, vovô.

– Até eu que estou desatento ultimamente percebi que você está mal – argumentou o maroto – sabe que eu e você temos bastante coisa em comum né? Principalmente na vida amorosa...

– É a Alice – começou o Potter do meiochateado – por que ela consegue seguir em frente com a vida dela e eu não? – ele questionou baixinho.

– Porque você deu tudo o que ela queria sempre que ela batia o pé você corria para satisfazê-la e ainda não se acostumou a ser livre, se sente estranho agora que está livre não é mesmo? Se sentia sufocado no seu namoro e agora não sabe como é ter a real liberdade. – explicou Pontas.

Albus refletiu por poucos segundos e viu que o avô estava mais que certo.

– Meu neto um namoro de verdade não é assim, olhe Isabella e James, eles são companheiros um do outro. – exemplificou James – Um coloca o outro na linha, os dois se completam e os dois não vivem sem o outro. Isso é um namoro, você e a Alice tinham apenas atração um pelo outro e quando o desejo dela acabou ela simplesmente quis se livrar de você.

– Mas e o ciúmes possessivo?

– Ela queria marcar território, já tive namoricos assim. Quando surgiu a história que você a tinha traído ela pensou que seus desejos por ela já tinham acabado e seja lá quem for quem alimentou a desconfiança dela em você só fez com que ela ficasse pior em relação a isso e tornasse seu namoro pior. – explicou o Potter – Essa pessoa mal-amada que alimentou a desconfiança da Alice só a fez enxergar que o que vocês tinham não era um namoro, Al.

– Então o que sinto por ela é apenas desejo? Como pode ter tanta certeza vovô? – questionou o Potter do meio

– Deixe-me fazer uma pergunta: você gostava dos defeitos e qualidades dela ou só das qualidades?

– Só das qualidades – respondeu Albus rapidamente sem nem ao menos pensar.

– Um amor verdadeiro faz a gente amar até mesmo o pior defeito da outra pessoa, quantas vezes você viu seu irmão competindo ou levando azaração da Isabella? – indagou o avô sorridente.

– Várias vezes e ele nunca revidava e olha que ele sempre foi um ótimo duelista. Você tem razão, não vou mais parar minha vida por ela – Albus animou-se se levantando em um pulo.

– Ela não merece toda essa atenção de você – concordou James se levantando para ir à Sala Comunal.

– Obrigado vovô, – agradeceu Albus indo em direção à ele – agora eu vou me divertir! Vou descer com você.

Todos da família observaram Albus descer animado ao lado do avô, todos estranharam já que até o almoço ele estava muito depressivo, o quarteto que tinha ido ao dormitório achou que o Potter do meio estava enlouquecendo.

– Vou às cozinhas, estou faminto. – avisou Albus. – Até mais tarde, bem mais tarde.

Assim que o moreno saiu pelo quadro da Mulher Gorda todos viraram o rosto para James e esperavam ansiosos pelo que o maroto iria dizer.

– O que foi? – indagou o maroto risonho – Nunca me viram?

– O que você fez com o Albus, vovô? – questionou Lily Luna alegre, finalmente ele tinha saído daquela crise infernal.

– O fiz enxergar a verdade, agradeçam-me depois com uma grande festa – brincou Pontas.

– A você? Eu que o tirei da sua depressão, conversamos por horas ontem, Pontas. A festa deve ser em minha homenagem afinal eu fiz quase tudo você só o trouxe de volta à realidade. – Sirius fingiu-se de indignado. - Competição! – decretou o maroto sorridente – A melhor pegadinha ganha.

– Feito! – aceitou James prontamente. – Você irá perder feio!

– Competição? – indagou James Sirius que tinha Isabella sentada em sua perna direita e os braços da ruiva estavam envoltos do seu pescoço.

– Quando os dois estão entediados ou discordam de algo fazem uma competição para ver qual é a melhor pegadinha, a ganhadora se preferirem. – explicou Remus – Que animo, James, já que hoje de manhã você estava tão... desanimado.

– Eu sei, mas a Lily não iria gostar de ver daquele jeito então voltei a ser eu mesmo. – disse o maroto roucamente.

Todos fizeram uma cara de desanimo que foi cortada por Isabella.

– Então uma competição de pegadinhas? Eu quero entrar!

– Eu também – concordou James Sirius com a namorada.

– Idem – disseram Lorcan e Fred.

– Uma super competição de pegadinhas? Isso vai ser interessante! – disse Sirius animado, muito animado.

– Esperem Albus vai querer entrar nessa, – disse Scorpius interessado.

– E eu com certeza entrarei nessa! – exclamou Lily Luna feliz.

– Maravilha meus três netos competindo comigo nas pegadinhas, – disse James fingindo secar uma lagrima. – que orgulho!

– Eu também entrarei – avisou Scorpius sussurrando no ouvido da namorada que fez uma cara de desaprovação, mas ficou quieta. – Eu também entrarei nessa.

– Que as pegadinhas comecem! – exclamou James e Sirius chamando a atenção de todos – Remus você será o juiz.

Remus encarou todos e ergueu a sobrancelha.

– Tá, para ficar justo só duas pegadinhas por dia começando por Sirius e Isabella. – organizou Remus - Você não vão se aprontar?

Quando todos entenderam a pergunta saíram em disparada pelo castelo, seria uma semana bem interessante pensou Remus.


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Notas finais do capítulo

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