Vidas amorosas em jogo

Estava sendo um domingo muito entediante para todos os Potter/Weasley, James Sirius pôs em ordem todos os problemas que Albus não conseguiu resolver e mostrou ao irmão como resolver, ele admirou como Albus se saiu muito bem na sua ausência. O moreno mais velho foi a Ala Hospitalar quando deu de cara com Isabella acordada e saindo dali, já estava com alta com certeza. A história inventada por todos tinha sido algo bem estranho, mas a ruiva acabou aceitando. O Potter mais velho a encarou esperando ela enquanto passava por ele. Ela nem o reparou nele ali parado, ele a olhou chateado e limpou a garganta.

– James! – gritou ela assustada, mas logo indo ao seu encontro, mas parou antes de abraçá-lo.

– Por que não vai me abraçar? Sou seu namorado ainda né? – indagou James esperando por seu abraço.

– Claro que é, mas não quero assustá-lo.

– Boba, minha memória voltou ontem naquele acidente que tentei evitar que você sofresse – James Sirius contou cortando o espaço que tinha entre os dois – Eu te amo, Isabella.

– Eu também te amo tanto – Isabella respondeu abraçando o Potter com toda a força que conseguia e aos poucos foi deixando as lágrimas caírem – você me deixou tão assustada enquanto estava desacordado e depois quando ficou sem memória...

– Shii, eu estou aqui agora, Bella – James Sirius disse tentando acalma-la – eu nunca vou sair do seu lado, não se preocupe!

– Promete?

– Prometo – James Sirius disse se separando do abraço e a olhando nos olhos.

– Agora será que pode me explicar por que eu estava em cima de uma vassoura? – Isabella perguntou muito confusa

– Eu não sei, eu apenas lembro-me de estar no pátio e lá estava você na minha vassoura. Estava com medo eu tentei persuadi-la para descer, mas você se negou e se distraiu e caiu eu tentei pega-la, só consegui evitar que o dano fosse pior.

– E batemos os dois a cabeça no chão, – completou a ruiva – isso está tão estranho. – comentou a Molina hesitante - Eu não me lembro de nada, só de conversar com Daniella para irmos almoçar juntas e depois ontem à noite quando acordei com você ao meu lado, é estranho né?

– Muito – Concordou o Potter – Não se esforce tanto – ele tentou fazê-la se esquecer do assunto.

– Não, James. Não é a primeira vez! Está acontecendo faz várias semanas, eu tenho apenas colapsos de memória, em um minuto estou no sétimo andar e depois do outro lado do castelo confusa de como cheguei ali. – ela dizia nervosa e olhando para os pés não tinha coragem de encarar o amado – eu estou ficando louca?

– Não, Isabella. Claro que não. Você apenas está estressada e para provar isso você vai ficar o tempo todo com um de nós – ele disse invicto – não adianta protestar, quero proteger todos e se você está com dúvidas da sua sanidade precisa também ser protegida! Estamos todos andando em duplas, trios ou quartetos e você vai entrar nessa.

– Mas por que tanta proteção? – questionou a Molina.

– Porque sou o líder e já sofremos ataques demais em minha opinião e você é minha namorada, não vão hesitar em lhe atacar para atingir. Isabella ao menos dessa vez ouça-me, por favor. – James Sirius suplicou a olhando desesperado em seus olhos com suas mãos em suas bochechas.

– Está bem, até resolver tudo eu ouço você, mas não se acostume. – ela concordou ainda impondo sua vontade – apenas por enquanto.

– Vamos às cozinhas, você deve estar faminta! – comentou James Sirius agora aliviado, puxando-a pelos longos corredores de pedra.

– Não precisa madame Walker me trouxe algo para comer, mas eu quero respirar ar puro. – Isabella contou alguns metros longe de onde estavam alguns minutos atrás.

– Vamos aos jardins então – disse o Potter entrelaçando suas mãos na de sua amada.

James encarava Lily ali, deitada e inconsciente naquele domingo nublado. Ele se sentia tão impotente sem poder fazer nada. Sirius e Remus tentavam ajudá-lo a se distrair, porém a única coisa que ele conseguia pensar era na sua ruiva ali. Ele trouxe a aliança que daria para ela na noite do duelo e colocou a aliança de prata no quarto dedo dela e desejou mais que tudo olhar nos olhos verdes e penetrantes, cada vez que olhava os olhos de Albus ele sentia vontade de abraçar sua amada.

Dominique também estava se sentindo mal, Frank sempre mandava cartas para ela e em várias explicou que nunca a trairia e que naquele dia aquela aluna o agarrou, ela demorou para acreditar e só conseguiu confiar em suas palavras quando ficou doida com tantas dúvidas e foi tirar tudo a limpo, quando a verdade veio à tona ela caiu em um mar de lágrimas. Foi uma das piores conversas que a loira tivera na vida.

Louis e Albus também estavam no barco dos sofredores, Louis levara um chute da única garota por qual já se apaixonou e Albus soube que Alice estava saindo com um corvino fazia alguns dias. Lysander e Lorcan estavam bem afastados nos últimos dias, mal conversavam o que fazia Roxanne se sentir muito mal. Lysander não quis aceitar que ela estava apaixonada pelo irmão e não por ele. Tirando a má fase no relacionamento entre os irmãos, Lorcan e Roxanne se sentiam cada vez mais apaixonados, tanto que mesmo com o tumulto das últimas semanas eles já tiveram vários encontros e o loiro estava prestes a pedi-la em namoro.

Roxanne estava na biblioteca naquela tarde acompanhada de Lily e Hugo e os pergaminhos aos poucos iam sumindo e dando espaço para livros cada vez maiores, quando os três primos estavam terminando quando Lorcan apareceu pela grande porta de carvalho. Os três não se importaram com o fato já que sempre aparecia algum primo para acompanhar os outros nas horas dos deveres. Roxanne observou Lily e Hugo juntarem o material apressados para não chegarem atrasados no último dia de detenção, detenção conseguida no começo da semana com a professora de Poções, onde a morena quase foi junto.

– Até mais Rox – despediram-se os dois ruivos.

– Já vão? – Lorcan questionou quando se sentou a mesa junto com Roxanne.

– Detenção, ela nos espera – brincou Lily rapidamente e saindo de perto deles.

– E você, Rox? Vai me deixar sozinho? – o Scamander fez a melhor cara de cachorro abandonado.

– Não ainda tenho alguns pergaminhos para terminar – a Weasley respondeu rapidamente evitando o encarar.

– Que foi Roxanne? Por que não me olha? – indagou o loiro chateado.

A morena terminou de escrever e depois guardou a pena no tinteiro e depois juntou aos poucos as coisas para ir embora, e depois encarou o loiro.

– Tenho que ajudar a Nikki até mais tarde? – Roxanne perguntou na intenção de ir embora sem as devidas explicações, mas o loiro a segurou e fez ela se sentar novamente na cadeira em que estava.

– O que está acontecendo? Fala pra mim – o loiro questionou tão calmo e sereno que por um minuto Roxanne pensou estar falando com Lysander.

– Não é nada loiro é apenas besteira – ela comentou baixinho o encarando.

– Conta pra mim?

– Lysander disse pra mim que vou me arrepender de ter escolhido você que iria me machucar que apenas estava brincando comigo – Roxanne contou chorosa – não liguei para o que ele disse, eu confio em você, mas o jeito que ele disse foi num tom tão magoado quase que desesperado de me atingir, me deixou.

Lorcan a encarou por alguns segundos e puxou a cadeira que ela tava sentada para mais perto e abraçou fazendo carinho no seu cabelo e depois suspirou brandamente.

– Roxanne, você agora é minha namorada e ele vai ter que aceitar isso. Eu estaria do mesmo jeito se você o tivesse escolhido. É só uma fase e ele vai ter que seguir em frente – consolou o loiro a namorada.

Roxanne se separou apressada quando reparou o que Lorcan disse um minuto antes.

– Estamos namorando? – ela perguntou emocionada

– Ah não estamos não? – Lorcan disse brincalhão – Roxanne Weasley, você quer namorar comigo?

– Sim – ela disse chorosa o beijando.

– Bom muito bom. Vamos passear pelos jardins, está um tédio aqui? – Lorcan disse guardando o único pergaminho que tinha tirado da mochila

– Mas e os deveres?

– Você estava indo embora já. Eu só vim por que Dominique disse que você estava aqui – comentou Lorcan risonho.

– Malandro. – a Weasley disse rindo.

Dominique tinha passado boa parte daquele domingo chorando no colo do centauro, já estava na hora de assumir sua presença ali e tinham conversado sobre isso até minutos antes. A loira estava hesitante, e se Minerva o mandasse embora? Como ela ficaria? Estava tão chateada, além de descobrir que Frank nunca a traíra agora tinha que talvez se despedir do amigo centauro. Aquele dia poderia piorar para ela? Era melhor nem perguntar porque a resposta por mais rude que seja era sim.