Uma Viagem Pelo Tempo escrita por Lily Evans Potter


Capítulo 54
Diários de alguém


Notas iniciais do capítulo

O quê será que vai acontecer!



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Diários de alguém

Isabella acordara aquela manhã sem saber como chegara a sua cama, mas a conversa da noite anterior estava nítida em sua cabeça, tanto que era a única coisa que pensava até aquele momento. Já deveriam estar no final da última aula, estava matando as aulas para esperar James Sirius sair de a Ala Hospitalar, estava melancólica em pensar que o veria e abraçaria, mas ele nem faria ideia de quem ela é. Olhou chateada novamente para a porta da Ala Hospitalar se abrindo e suspirou pesadamente e começou a encarar madame Walker que acompanhava o Potter mais velho. Ela não aguentou o ver ali tão perto e tão bem e não abraçá-lo, não se conteve quando viu já estava nos braços dele chorando como uma criança que cai da vassoura quando monta pela primeira vez.

Ser abraçado pela aquela ruiva foi a coisa mais estranha e familiar que acontecera com ele desde que acordou na tarde anterior. A tal balbuciava tantas palavras que só entendera que ela era sua namorada e que mal dormia nas noites anteriores de tanta preocupação, não sabia por que, mas se sentia feliz sabendo que aquela mulher morria de preocupação com ele, olhou serenamente pra ela e depois desfez devagarzinho o abraço em que estava se sentindo sem graça afinal não fazia ideia do nome daquela ruiva linda. Então pensou em improvisar o que diria a seguir.

– Ruivinha, por que não subimos para a Sala Comunal da Gryffindor e me explica tudo? – pediu mexendo nos cabelos negros.

– Claro Jay, eu ainda não consigo entender o que aconteceu naquela noite para você e sua avó terem perdido a memória, isso está sendo tão surreal pra mim – opinou Isabella enquanto prendia os cabelos ruivos em um coque muito mal feito.

– Está sendo bem chato para mim também – James Sirius suspirou contando enquanto se sentia sem-graça em olhá-la dos pés à cabeça.

– Eu sei, venha vamos a Sala Comunal a gangue Potter/Weasley está preparando um esquema pra ninguém descobrir sua perda de memória. Isso poderia colocá-lo em sérios problemas se caísse no conhecimento de todos – avisou a Molina para o Potter – aliás, meu nome é Isabella Molina, sou sua namorada.

James Sirius não sabia como estaria em problemas só por que tinha perdido a memória, mas levou a sério o que a ruiva tinha lhe dito. Em poucos minutos já tinha chegado a frente do quadro da Mulher Gorda.

– Nossa senha é Animagia, James – informou a Molina enquanto olhava para o quadro.

– Okay, Animagia – concordou o Potter mais velho incerto do que viria assim que ele entrasse por aquele quadro.

Fazia uma semana e meia que James Sirius estava sendo encoberto pela família, ele nunca estava sozinho sempre alguém estava consigo. Ele não sabia como explicar, mas sentia-se bem com todos eles e sabia que se fosse um deles na mesma situação ele estaria ajudando. Já era tarde da noite quando se recostou sua cabeça no travesseiro da sua cama macia, ele não sabia por que, mas sentia que de alguma forma sua cama poderia ajudar-lhe a recuperar colapsos de sua memória, ele observou todos os cantos e tudo por cima quando reparou em uma pequena fresta na madeira bem ao cantinho era um canto onde nenhum outro garoto do dormitório poderia ver. Ele tocou incerto com a varinha, o pequeno lugar o rejeitou fazendo levar uma ferroada de aranha, o lugar era protegido. Concluiu o mesmo, mas por quê? Ele forçou toda sua memória e recorreu a todas suas intuições, mas sempre chegava às mesmas palavras, Mapa do Maroto. Ele abriu o cortinado, levantou-se e cutucou o irmão na cama ao lado e perguntou ao irmão que estava muito sonolento.

– Al, o que é o Mapa do Maroto? – James Sirius perguntou baixinho.

– Ah, James está embaixo do meu malão eu o peguei da Lily ontem pode pegar, mas me devolva amanhã que vou precisar. – disse o Potter do meio sonolento, provavelmente nem se lembraria daquilo na manhã seguinte.

O Potter mais velho guiou-se até onde o irmão havia dito e pegou o pequeno pedaço de pergaminho velho.

– Mas tá em branco e está velho – argumentou James Sirius.

– Toque o mapa com a varinha e diga juro solenemente não fazer nada de bom. – Albus disse se virando para o irmão – agora me deixe dormir.

James Sirius fez tudo conforme o irmão tinha lhe dito e seguiu até pedacinho de madeira escondido e colocou o mapa por cima do pedaço de madeira e disse baixinho tocando a varinha no pergaminho. Espantou-se com o que houve a seguir. A madeira se desencachou e ele pôs a mão dentro daquele pequeno buraco retangular, não era pequeno na verdade por dentro havia várias coisas, diários de couro marrom com suas iniciais atrás, uma poção rosada pela metade ele não arriscou abrir por não saber do quê era e tinha também pergaminhos velhos e uma varinha quebrada, um pedaço de vassoura velha e uma goles seminova.

Ele olhou tudo admirado, ele mesmo tinha feito aquele “baú” na própria cama e agora podia ler aqueles diários, os reconhecia de algum lugar, ali poderia conter segredos e comentários que o ajudasse a se lembrar a respeito de tudo e de todos e quem sabe seus próprios segredos.

O Potter passou a noite lendo, começou a ler a partir do diário do quinto ano e não parou mais, encarou o seu cortinado vermelho e dourado fechado e processou tudo que leu nas últimas horas, descobriu mais naqueles diários do que imaginava. Agora ele sabia como reagir diante de cada situação que poderia aparecer, mas ele queria mais que tudo relembrar tudo aquilo que escreverá e não pensar naqueles diários como livros que estava lendo da vida de outra pessoa. Queria poder lembrar quando tacou tinta verde no Scorpius, jogou brilho florescente rosa na Dominique ou até mesmo quando beijou a própria namorada pela primeira vez.

Estavam todos sentados à mesa para o tão gostoso café da manhã, Albus tentava ser o melhor líder que conseguia e esforçava-se para não dar mancadas ou cair nas ciladas que apareciam no dia-a-dia. James Sirius encarou os gêmeos Scamander e depois os outros que estavam um pouco cansados naquele fim-de-semana. Aquele domingo estava frio, típico do começo do mês de novembro, era a segunda semana do mês.

James Sirius naquela manhã decidiu fazer todos os deveres atrasados daquela semana que ficou e também ler o ultimo diário que faltava, aquele que ele ainda estava escrevendo.

A biblioteca estava calma, vários alunos o observaram entrar e começar a fazer os deveres. Entendia que não era algo típico dele fazer os deveres e todos lhe disseram isso, mas estava com vontade de passar o tempo e não fazia ideia de como passa-lo. O avô e Almofadinhas tentaram em vão fazê-lo ir com eles andar pelos jardins e ficar um pouco com Isabella, alguém que nos últimos dias estava passando muito pouco tempo.

Já estava tarde a hora que saiu da biblioteca, estavam todos no almoço, apesar de ser sábado todos gostavam de almoçar pontualmente como nos outros dias da semana. Ele se sentia tão sem jeito naquele castelo como se fosse um peixe fora d’agua, como se não era para ele estar ali.

Enquanto estava na biblioteca leu mais um pouco os diários, ficou admirado com quanto segredos guardava e no momento não se lembrava de nenhum, que coisa mais incrível e irritante, mais irritante que perder a memória era ter que ficar o tempo todo com alguém na sua cola ou as incessantes e irritantes criticas do povo do castelo então pegou um atalho por um corredor escuro quando enfim terminou os deveres e a leitura prolongada, quando estava na metade do tal atalho ouviu vozes e prontamente puxou sua varinha rapidamente. O moreno podia ter perdido a memória, mas nunca deixaria de ser um ótimo duelista.

Esperou alguns minutos e pôs-se a escutar a breve conversa:

– Eu não quero Dani! – gritou Isabella desesperada

– Diga Isabella estou mandando – era uma voz fina, mas conhecida para o Potter.

– Não, eu não quero! – exclamou a Molina, James logo formigou de vontade de brigar com aquela garota que deixava sua amada desesperada, mesmo que não se lembrasse dela ainda zelava pela ruiva.

– Estou mandando, Imperius. – ele podia ter perdido a memória, mas as maldições imperdoáveis era algo que ele nunca poderia esquecer e sua amada estava sofrendo com uma delas. Ele se sentiu tão impotente naquele momento, sem poder fazer nada. – Agora diz pra sua irmãzinha aqui. O que houve com James Sirius?

– Ele está com amnésia, não se lembra de nada e nem ninguém e está sendo encoberto pela família.

– Essa gangue deles me irrita profundamente! – queixou-se Daniella aos gritos. – Podia ter atacado eles, todos eles sem a intromissão daquele idiota.

– O que minha família fez para você, cunhadinha? – James Sirius saiu das sombras com a varinha em mão. – Me recorde, por favor?

– Você de novo? É sempre você que estraga meus planos que levam semanas para ficarem esplêndidos! – gritou a Molina mais nova furiosa.

– Como assim eu de novo? – James indagou confuso fazendo a ruiva mais nova gargalhar as suas custas.

– Quem você acha que o fez perder a memória? – questionou retoricamente a ruiva debochando do moreno – Fui eu! Sua vovozinha e você são extremamente intrometidos.

– Você? Sua estúpida ignorante! Como pôde fazer tamanha crueldade? Alias como pode usar uma maldição na própria irmã? – ele perguntou incrédulo, ela era desumana e o que estava fazendo era imperdoável.

– Irmã? Pensei que a Belinha tinha lhe contado – Daniella dizia enquanto andava em volta da “irmã” e fazendo caricia em suas bochechas rosadas e observando os olhos vidrados e imóveis de Isabella – não sou irmã dela! Sou prima dela, uma mestiça imunda! – Daniella gritou entredentes furiosa com o assunto, revelando a verdade

– Como assim?

– Não estou a fim de contar histórias pessoais, Potter! – Daniella disse sacando a varinha e o atacando – Obliviate!

– Protego Totalum! – James Sirius defendeu-se fazendo o feitiço ricochetear, Daniella desviou do feitiço a tempo e contra-atacou o Potter.

– Estupefaça – Daniella disse sonoramente, mas James Sirius fugiu por um triz de ser pego.

– Incarcerous – O Potter mais velho usou a astúcia que tinha e conjurou cordas que prendeu as mãos e pernas da Molina mais nova.

– Isabella defenda-me – ordenou Daniella, mas James Sirius foi mais rápido.

– Estupefaça! – James Sirius tirou a varinha das duas irmãs e pelo espelho de duas faces tentou chamar o irmão até onde estava, até ser ataco mano a mano pela ruiva mais nova.

– Eu não vou ser derrotada assim! – Daniella levantou-se tirando as cordas cortadas por uma pequena frasquinho que carregava consigo e jogou uma bomba de bosta no chão e empurrou James Sirius com tudo contra a parede o fazendo cair desacordado. – Obliviate – conjurou Daniella contra a Molina mais velha quando enfim conseguiu pegar a varinha. – Ainda me vingarei de você, de todos vocês! – Daniella disse próximo ao ouvido de James Sirius.

Albus virá a imagem do irmão no espelho, mas não fazia ideia de onde ele estava então dividiu todos em grupos de três e saíram em busca do Potter o ponto de encontro, sem saber Albus, era ironicamente onde o irmão e a namorada se encontravam desacordados. Depois de uma hora e meia de procura cada um se dirigiu ao andar da biblioteca e no caminho até a própria se depararam com um pé esparramado, Dominique sem intenção gritou chamando a atenção de vários alunos e Lorcan pegou a varinha iluminando o pé misterioso.

Surpresa foi a cena que presenciaram nos momentos seguintes onde viram James Sirius desacordado com a varinha em mão e Isabella ao seu lado esparramada de qualquer jeito.

– Contra quem será que eles lutaram? – indagou Lily Luna retoricamente ainda incerto

– Não sei, mas vamos tentar acordá-los? – indagou Scorpius hesitante.

– Sim, é o melhor! – respondeu Rose observando bem a cena antes de tirar suas conclusões precipitadas.

– Albus acorde você o James – disse Lily Luna sorridente enquanto Albus se ajoelhava ao lado do irmão.

– James, acorde – Albus cutucou o irmão bufante enquanto era encarado por todos – vamos James acorde. – apenas escutaram gemidos.

– James, acorde! – gritou Albus no ouvido do irmão

– Albus Severus Potter se gritar assim no meu ouvido mais uma vez não será a mamãe que irá te salvar das minhas azarações! – gritou James Sirius pulando assustado com o irmão.

– James você se lembra do nome da mamãe? – Albus perguntou ansioso e feliz

– Eu me lembro. – balbuciou contente – Eu lembro de tudo!

– Ele recuperou a memória – comemorou Lily Luna.

– Qual a última coisa que você se lembra? – indagou James curioso para o neto.

– Eu e a vovó andando pelo corredor, estávamos seguindo alguém. Era uma garota e ela estava armando novamente contra a gente e...

– E? – questionou Sirius incentivando o Potter.

– Duelamos e ela era boa, mas eu não me lembro de quem ela era... É a mesma garota que atacou Isabella no dormitório e que armou contra toda nossa família! Ela odeia a gente, ela disse o porquê, mas eu simplesmente não me lembro! – disse James Sirius furioso consigo mesmo ficando com dor de cabeça de tanto esforço que fazia.

– Será que ela veio terminar o serviço e Isabella tentou te proteger? – Dominique perguntou se aproximando da amiga.

– Não pelo contrário, eu a protegi. – contou James Sirius – Ela está sobre a maldição Imperius, a garota que está armando contra nós sabe todos nossos segredos! Precisamos proteger Isabella.

– Maldição Imperius? – perguntou Remus – é uma bruxa poderosa – comentou o castanho.

– Não Remus, é uma bruxa vingativa e precisamos nos proteger! – avisou James Sirius irritado para todos. – A partir de hoje andaremos em quarteto, trios ou duplas, ninguém andará sozinho e ninguém deixará Isabella sozinha, essa garota com certeza deve ter mexido com a memória dela também. – ordenou James Sirius.

– E Minerva? – indagou Rose – devemos contar a ela!

– Por enquanto não, Rose. Vamos esperar ela atacar de novo e estaremos preparados contra ela e com provas também! – o Potter mais velho rejeitou a ideia da prima. – Vamos levar Isabella para enfermaria e lá inventamos uma história para não assustá-la e também não quero que ela saiba. – comentou James Sirius pedindo ajuda para Fred e Scorpius para carregar a amada para a enfermaria.


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Notas finais do capítulo

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