Os Marotos contam tudo para Bella

Loucura era a palavra que melhor resumia o que Isabella acabara de escutar, ela desceu as escadarias e olhou a Sala Comunal e todos estavam ali, até os alunos novos. Ela suspirou cansada e andou até lá e esperou todos notarem ela ali.

– Olha quem está aqui? Isabella Molina, o que faz aqui? – Fred caçoou zombeteiro

– Estou querendo fazer uma pergunta para os quatro alunos novos, podem conversar comigo? – perguntou a Molina baixinho

– Claro, não vejo por que não – concordou Remus dando um pequeno sorriso

– É um conversa particular? – questionou Sirius rindo vendo o constrangimento dela despois da insinuação dele.

– É uma conversa séria Rhys!

– Vamos logo – exigiu a Evans

Poucos minutos depois estavam os cinco um pouco longe dos demais e Isabella os encarou e disse:

– É algo complicado que tenho que perguntar a vocês se não irei enlouquecer de tanto pensar? – Isabella disse encarando Leah profundamente

– Você quer saber se é verdade que somos viajantes temporais? – disse a Evans olhando a ruiva abrir a boca em um perfeito “o”.

– Bom, é. Eu escutei James te chamando de vó e quis saber o porquê e...

– E agora sabe que não somos exatamente daqui, não é isso? – perguntou o maroto alto.

– Sim Rhys. São mesmo viajantes temporais? Isso não é uma peça ou uma história que todos vocês combinaram só pra me fazer conversar com vocês novamente? – a Molina questionou um pouco afobada.

– Claro que não, se quiser que provemos a você que somos viajantes temporais e que somos James Potter, Sirius Black, Remus Lupin e Lily Potter. Temos como prov...

– Evans – interrompeu a viajante “loira”

– Lírio. Depois discutimos o sobrenome que você usará nesse tempo – James disse para a amada.

– Molina, fique conosco até todos subirem e provaremos quem somos e te contaremos tudo que precisa saber – sugeriu Sirius.

– Ótimo, tudo o que eu mais queria. Ficar ao lado de quem duvidei da palavra – Isabella disse sarcasticamente.

Todos Weasley e Potter estavam em um grande circulo jogando Snap Explosivo quando notaram que tinha apenas eles na Sala Comunal e que aquela seria a melhor hora para conversarem.

– Ninguém aqui. Quem começa a contar para a ruiva? – Louis indagou risonho

– Deixa que eu conto o começo – disse James – Isabella prazer somos James Potter, Lily Evans Potter, Sirius Black e Remus Lupin – James disse apontando para cada um e depois retirando o feitiço da diretora McGonagall dele e de Lily.

– Por Merlin, vocês quatro são idênticos – Isabella disse se referindo as duas Lilys e aos dois James – com exceção dos olhos, mas isso é incrível!

– É mesmo não é? – Albus concordou olhando para os quatro e depois olhando a ruiva.

– Você também é uma cópia do seu avô, com exceção dos olhos. São iguais da sua avó – a Molina falou olhando para Albus.

– Sempre disseram isso ao papai e para mim. James também tem olhos diferentes, são castanhos esverdeados. Parecidos com da mamãe– Lily Luna disse

– Só Albus herdou os olhos do papai – James Sirius disse olhando os olhos da avó e do irmão.

– Pois é, vamos continuar a história se não vocês não saem daqui hoje – Fred interrompeu encarando todos.

– Ele tem razão. Bem viemos parar nesse ano por que Sirius tropeçou em um vira-tempo quebrado e estragou o resto – a viajante disse brava encarando o moreno alto intensamente – e nos prendendo nesse tempo!

– Hey, eu já disse que estava quebrado e que só quebrei o resto! – exclamou o moreno alto.

– Acreditamos em você. Não é Pontas? – Remus disse encarando James.

– Sim, acredito minha vida! – James disse risonho, fazendo todos os meninos rirem.

– Qual a graça? – indagou Isabella

– Desculpe mais é uma piada interna, você só entendera quando souber tudo... – disse Lorcan rindo.

James sempre confiava na palavra de Sirius, mesmo se ele perdesse a vida. Como quando ele confiou que Peter seria a melhor escolha para proteger sua família de Voldemort. Ele sempre confiava em Sirius, e sabia que um trocadilho naquele momento iria fazer todos esquecerem o que eles iriam contar para Isabella.

– Continuando – Remus disse alto tirando todos de seus devaneios – quando viemos parar nessa época nos vimos de frente com meu filho, e ele nos levou para a diretora pensando ser uma brincadeira dos Potter. Quando tiveram certeza que éramos viajantes temporais logo deram um jeito nos parecermos com alunos de outra escola – narrou Remus resumindo toda a história.

– Faz sentido, assim ninguém desconfiaria que são de outra época, a diretora e Teddy fizeram um feitiço de transfiguração na aparência dos dois e assim tiraria as suspeitas de que são parentes. – completou a Molina apontando para James e Lily – uma história com poucas brechas, quer dizer sem brecha nenhuma. Só suspeitei de vocês por causa dos apelidos, Pontas, Almofadinhas e Aluado.

– Apelidos Marotos, nosso segundo nome – explicou Sirius divertido

– O que descobriu da gente pelo castelo? – questionou Remus preocupado que mais alguém descobrissem quem eram.

– Não muito, Marotos era um grupo de encrenqueiros da época da minha avó, todos gryffindors e que adoravam aprontar e ninguém sabia o motivo de se chamarem por apelidos estranhos, dois eram os mais populares e jogadores de Quadribol, o terceiro foi monitor no quinto ano e o ultimo só descobri que era um péssimo aluno e só – disse a ruiva Molina.

– Se lembraram de tudo isso da gente? – indagou Remus

– Sim, mas foi difícil saber tudo isso! – proferiu Isabella – então quer dizer que vocês vieram de outra época? Isso é interessante, quer dizer, James, Albus e Lily sempre falaram como seria legal conhecer os quatro e conviver apenas alguns dias com vocês – contou a ruiva de mechas negras.

– Meus netos me emocionam – brincou James divertido

– Meus sobrinhos me emocionam – zombou Sirius imitando James e fazendo todos rirem

– Por que sobrinhos? Tem que ser sobrinhos-netos – corrigiu James

– E por que tenho que parecer tão velho? – Sirius disse fazendo o melhor amigo fechar a cara.

– Sirius se está o chamando de velho está chamando a mim também. E eu não sou velha! – exclamou Lily ficando vermelha de raiva

– Oh não!

– Sirius, você acaba de cutucar um dragão adormecido com uma vara muito curta! – Remus zombou fazendo um trocadinho e rindo da cara de pavor de Sirius e fazendo todos rirem com ele.

Todos acharam que contar para Isabella seria uma tragédia, mas acabou sendo melhor que o previsto. Já que a Molina ajudava a descontrair o clima entre os Potter/Weasley e os viajantes.

Aos poucos todos eles subiram apenas sobrando Sirius, James Sirius, Isabella e Fred na Sala Comunal, o maroto fez sinal para o ruivo, para deixar James Sirius e Isabella se acertarem de vez.

– Então vou dormir – anunciou Sirius – você vem Fred?

– Sim, boa noite Bella e Jay – despediu o ruivo de sardas.

– Boa noite Sirius e Fred – articulou a amada de James Sirius

– Nos chame pelos apelidos, se não podem acabar nos descobrindo. – contou Sirius

– Desculpe. Boa noite Almofadinhas

– Boa noite Bella – despediu-se Sirius subindo as escadarias com Fred

– São bem legais – comentou Isabella para James Sirius

– São sim, eu estou gostando bastante de passar esse tempo com eles – disse o Potter.

– Acho que te devo um pedido de desculpas...

– Eu também, se não fosse pelos meus avos e Sirius, acho que nunca teria te contado tudo – confessou o Potter de olhos castanhos – e também pelo encontro que cancelei...

Isabella não realçou nenhuma expressão diante daquela confissão, apenas olhou os próprios pés e depois encarou James Sirius nos olhos e murmurou “não foi nada James”.

– Foi sim. Isabella você não quer sair comigo?

– Vai cancelar de novo? – ela tentou fazer uma piada.

– Não pretendo – respondeu ele sincero

– Está bem, sábado à tarde nos jardins de Hogwarts – disse a ruiva se levantando e indo em direção as escadarias.

James Sirius a encarou indo para as escadarias que dariam nos dormitórios femininos e começou a sorrir bobamente, ele finalmente conseguira se acertar com a teimosa que ele mais amava. Isabella Molina, aquela que tinha seu coração na mão e de quem ele tinha o coração na mão.