Anjos Da Noite escrita por Murillo França


Capítulo 15
Inimigo a bordo


Notas iniciais do capítulo

A bordo de um navio. Estatuas durante o dia, guerreiros durante a noite. O sol se põe no horizonte, e os gárgulas despertam para seu chamado de Anjos da Noite.



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POV Clara.

–Santa Hécate! – exclamou Diana olhando pro meu sangramento.

–Tenho que tirar você daqui, precisamos de água! – disse ela me tirando dali.

Ela me levou até a piscina em poucos minutos, não sei como mas eu estava indo muito rápido, e o sangramento havia diminuído. Conclui que ela estava me curando. Ela me colocou a beira da piscina, e retirou um pouco de água manipulando-a com a mão, e a fez brilhar onde estava o sangramento.

–O feto é forte, está lutando! – comentou ela alisando minha barriga com a água.

– pronto, já curei o sangramento, não foi nada demais, acho melhor você parar por aqui!

–Parar? – perguntei – de investigar? – perguntei pra confirmar.

–Olha seu estado! – respondeu Diana.

–Pois é! O Sr Trindade não me colocaria nessa a toa sabendo os riscos que eu corro! – respondi – Só eu posso descobrir quem é!

–Ok, tem algum plano? – perguntou.

–Sim! – respondi – Valentin disse que todos os Wiccanos tem algum talento em especial, um poder extra, o dele é a telecinesia e telepatia, e o seu é pra água né?

–Na verdade, o meu é pra os quatro elementos, sou muito rara... hum, e a minha terra é a parte viva, os vegetais e plantas, e não a terra elemento, como as pedras e a areia, esse são os dominadores de outra dimensão.

–Ele me explicou isso – lembrei – Bem, mas ele disse que todos tem os mesmos poderes, mas o poder extra é um que se desenvolve mais que os outros né? – perguntei.

–Exato, todos podem dominar a mãe terra pra fazer plantas crescerem, ou usar a água pra algumas coisas.... mas só os com poderes pra água pode criar água do nada, ou invocar sua natureza curativa, e só os da terra podem fazer as plantas atingirem um potencial ainda maior, ou só os telecinéticos são capazes de.... sei lá, erguer um navio. – explicou ela, confirmando o que eu já sabia.

–Então,a telepatia está em você não é? – perguntei?

–Sim, mas a minha não chega nem perto de ser como a dele, a dele é estilo professor Xavier, a minha é no máximo a Jean Grey.

–Por isso você vai ataca-lo e canalizar a energia dele enquanto ele dorme, usando meu crucifixo, entendeu? – perguntei, apontando o plano.

–O que? Mas pra que? – perguntou ela.

–Quando ele dormir ele vai entrar na mente de todos do navio tentando achar o culpado de tudo isso! – respondi – Conheço meus amigos!

–Ok, vou tentar! – prometeu ela – mas agora temos que te levar pra sua suíte.
–Clara, o que faz aqui? – perguntou Golin olhando pra mim e pra Diana na beira da piscina vazia.

–Eu estava mostrando a elas alguns truques com a água pra ver se descobrimos o sexo, vai ser um menino! – mentiu Diana.

–É verdade? – perguntou Golin olhando pra mim, eu olhei pra Diana e ela confirmou.

–Sim – respondi meio que no automático – teremos um menino. – ela não estava mentindo, eu percebi pelo olhar dela, ela havia sentido,era um menino.

–Um menino, serei pai de um menino? – perguntou ele vindo me beijar.

Todos estavam dormindo, menos Dirian, afinal ela viraria pedra em poucas horas, mas ela havia subindo pra uma área especial pra os gárgulas. Eu e Diana entramos no quarto de Valentin, e juntas, entramos na mente dele. Ela entrou e me levou junto na verdade.

Vimos o que aconteceu depois que saímos. Valentin concluiu que eles realmente não sabiam quem havia contratado-os, e que esse alguém, queria a morte de Golin, e usar algum bruxo pra alguma coisa que aquele vampiro não sabia. Valentin começou a rastrear todos no navio, não estranhou quando não sentiu nem a mim nem a Diana, ele me conhece, sabia que eu não ia ficar de fora, mas estranhou quando sentiu uma mente oca, alguém que se escondia dele.

–Vamos, eu sei a cabine que ele está – exclamou Valentin acordando de repente – mas temos que ser rápidos.

–Não me assuste assim, estou grávida! – respondi.

Nós três corremos pra fora da cabine, depois pelos corredores, até chegar na suíte de luxo. Valentin olhou fixamente pra porta por um ou dois segundos e ela se abriu com uma fúria repentina. Uma mão com pelos amarelados saiu da suíte e o pegou pelo pescoço. Diana fez um movimento com a mão e a água surgiu do nada atacando a mão amarelada. Ouvi um rugido de dor momentos antes da coisa larga-lo.

Nós três entramos no quarto. Estava escuro, não dava pra enxergar um palmo a minha frente.

–Quem te atacou? – perguntei, o quarto parecia estar vazio.

–Um gárgula, não enxerguei o rosto direito, mas ainda está aqui. – respondeu.

–Obfirmo – falou Diana e a porta se fechou, depois Diana me contou que era “Tranque” em latim, e que se o feitiço fosse correto, ninguém entraria ou sairia do aposento enquanto ela não permitisse.

–Vamos nos separar? – perguntou Valentin.

–Nem pensar branquelo, nos filmes sempre um branco diz pra nos separarmos e morremos! – respondeu Diana.

–É só um gárgula! – respondeu Valentin, entendi o que ele queria, e deu certo, o gárgula se irritou e o atacou rugindo.

Valentin estendeu a mão e o gárgula parou no ar centímetros a sua frente, Diana fez um movimento e uma chama surgiu em sua mão iluminando o aposento escuro. Reconheci aquela gárgula de imediato.

–Então é você que está por trás disso? – perguntei.


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Notas finais do capítulo

Clara:
—Quem mais poderia ser?
Golin:
—Mas o que ela ganharia com isso?
Valentin:
—Eu sou o bruxo que ela procura?



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