Love In The Media escrita por Bellabitch


Capítulo 13
Capítulo 12 - Wrecking Ball


Notas iniciais do capítulo

Dois capítulos em menos de uma semana? Tô acostumando mal vocês, hein.
Obrigada a todos os reviews, sem exceções ♥ Obrigada marshmallows!
Wrecking Ball é uma música da Miley Cyrus :) Essa é a música do capítulo porque sim. O capítulo fala por si.

Esse capítulo foi escrito com muito amor porque fiquei muito feliz pela quantidade de reviews que recebi em menos de 24 horas :3
Espero que gostem ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/382254/chapter/13

POV Clary

Aterrissei no aeroporto de Los Angeles e enxerguei Lena na pista de pouso pela janela do jatinho. Desci as escadas da aeronave até a pista de mãos dadas com Percy, que foi comigo até Nova Iorque ver o problema de minha mãe.

– Bem-vinda de volta a L.A., baby. – Lena me cumprimentou com um abraço e me entregou um ursinho vermelho. – Uma fã do show de semana passada mandou te entregar.

Observei mais atentamente o ursinho e por um momento consegui sorrir.

– Ela vai ficar bem, Clary. – Percy me abraçou e afagou meus cabelos assim que percebeu meus olhos lacrimejarem.

– Desculpe Clary, sei que essa talvez não seja a melhor hora, mas o que aconteceu com Jocelyn?

Respirei fundo.

– Mamãe está grávida.

– Mas Clary... Isso é maravilhoso! Parabéns.

– Não, não é. Ela vai fazer quarenta anos em outubro... Essa gravidez é muito arriscada, é mais perigosa para ela do que para o bebê.

– Eu sinto muito, eu não tinha pensado por esse lado.

– Não, tudo bem. Acho que eu estou exagerando também. Quero dizer, ela sempre fez exercícios, sempre se alimentou corretamente. Ela tem uma saúde de aço.

– Ela vai passar por essa numa boa. Você vai ver. Minha sogrinha também é uma warrior, não é mesmo? – Percy brincou.

– Tem razão. Obrigada por atravessar o país comigo. Não sei quem mais faria por mim o que você faz. – agradeci e o deixei selar nossos lábios.

– Okay casal. – Lena nos recordou de sua presença ali. – O carro está bem ali. Vamos indo?

– Vamos.

Caminhamos até o carro e entramos no transporte preto que nos levaria para o chamado “lar doce lar”.

+++

POV Katniss

– Hello bitches! – Clary abriu a porta de casa e já foi gritando e abrindo os braços.

– Cala boca Fray! Não tá vendo que eu tô vendo a apuração?! – gritei.

– Ah, é hoje? Desculpe senhorita Everdeen.

Minha mãe é brasileira. Todo ano eu sento nesse sofá e assisto aos desfiles das escolas de samba. Hoje é a apuração, que é quando os jurados dão as notas à elas.

– Clary! – Hermione e Tris disseram em uníssono e a abraçaram.

– E aí ruiva? – Annabeth passou por ela e foi direto para a cozinha e, quando saiu de lá, caiu no sofá ao meu lado.

– Ham... Oi?

– DEZ! É CAMPEÃ! É ISSO AÍ! HOJE É MAIS UM DIA DIFÍCIL PRAS INIMIGAS... – eu gritava enquanto pulava no sofá. Dei play no meu iPod e sai da casa cantando. – ACELERA TIJUCA! EU VOU COM VOCÊ. NOSSO LEMA É VENCER... – Segui que nem louca até o jardim de casa, enquanto as meninas ficaram observando a cena.

– Cala a boca, Everdeen. – Peeta gritou da janela da casa a frente.

– Vem calar! – apoiei a mãos na cintura e o desafiei.

– Me obrigue a ir até aí te calar.

– Me obrigue a te obrigar a vir aqui me calar.

– Me obrigue a te obrigar a me obrigar a te... Me perdi. Ah, quer saber? – ele saiu da janela e depois de alguns segundos apareceu no meio da rua. – Unidos da Tijuca já deve ter começado a fazer uma vaquinha para pagar os jurados no ano que vem! Nunca que a bateria dela será melhor que a do Salgueiro!

– Querido, você tá ouvindo isso? – fiquei em silêncio por alguns segundos. – É o choro das inimigas... Ou devo dizer inimigo.

– Escuta aqui sua...

– Olha bem o que você vai dizer de mim Mellark. – levantei meu indicador e apontei-o para seu rosto. – Ou...

– Ou o que? – ele segurou meu braço, puxou-o de forma que nossos corpos colaram e uma de suas mãos foi parar em minha cintura.

Ficamos assim por quanto tempo? Podem ter se passado segundos ou até horas. Só sei que toda vez que olho naquele mar azul que são os olhos de Peeta fico completamente desnorteada.

– Tá rolando um clima aqui? – Rony apareceu do nada ao nosso lado e eu me afastei de Peeta instantaneamente. Ao mesmo tempo em que fiquei aliviada, também senti como se uma parte de mim tivesse sido brutalmente retirada.

– Não fale besteiras Ronald. – disparei e marchei de volta para casa.

– Esperem! – Lena falou. – Meninos venham cá! É o Snow no telefone. O apresentador do programa.

Eles deram meia volta e correram para a sala. Quando chegaram, já estávamos todas sentadas ao redor do telefone. Lena apertou o viva-voz.

– Pode ir desembuchando Snow. – Clary falou sem papas na língua.

– Bom ouvir sua voz também senhorita Fray.

– Para de enrolação e abre o jogo.

– Só queria avisar que o programa que seria nesse final de semana foi adiado para daqui duas semanas.

– Porque não cancela essa merda de vez? – Tris perguntou frustada.

– Porque o mesmo botão que cancela essa “merda” é o botão que manda todos os podres de vocês pra internet, se é que você me entende Beatrice.

– Perfeitamente. – Tris respondeu claramente abalada.

– Ótimo. Então nos vemos no fim do mês. – ele desligou e ficamos todos ali, estáticos diante do “tu tu tu” que o telefonia fazia.

Tris, já com o rosto inchado e não aguentando mais segurar as lágrimas, se levantou rapidamente e sumiu escada acima. Tobias se levantou exausto e foi atrás dela.

– O que ele pode saber que é tão ruim? – Clary perguntou apoiando a cabeça no ombro de Percy.

– Não sei, mas sei que ninguém quer pagar para ver certo? – Jace perguntou e obteve a resposta com todos na sala assentindo com a cabeça.

+++

POV Tris

Bati a porta com toda a força e raiva e me joguei na cama.

Como? Como ele descobriu? Eu sempre guardei esse segredo tão bem. Nem as meninas sabem.

– Tris... – Tobias estava ajoelhado ao lado da cama. – Quer me contar o que aconteceu?

– Não. – rastejei da cama para o chão e encostei minha cabeça em seu colo. – Só quero que você faça carinho em mim e diga que tudo vai ficar bem até eu me sentir melhor.

– Tudo bem. Só quero que saiba que eu vou estar aqui para o que você precisar. – ele beijou meus cabelos e por um momento me senti culpada por não contar a verdade a ele. Ele já havia me dado tantas provas de que me amava e eu retribuía tudo isso com omissões.

O peso em minha consciência estava me destruindo.

– Tobias eu... – fui interrompida pelo toque de seu celular.

– Oi. – ele cumprimentou. – Já está aqui? Vou descer.

– Quem era?

– Já volto Tris.

– Mas quem...?

Tobias saiu do quarto e me deixou lá no chão, sozinha. Mas nem assim eu consegui conter minha curiosidade. Corri até minha janela, abri e me apoiei no parapeito.

Depois de alguns segundos Tobias apareceu lá embaixo e tapou os olhos de uma loira que estava na frente de sua casa. Assim que ela se virou, o abraçou e beijou sua bochecha.

Sabe a sensação de ser quebrada, destruída?

Deslizei pela parede e me encolhi no canto do quarto. Fiquei ali, sem ação, sentindo o gosto salgado das lágrimas.

É pedir demais? É pedir demais um homem carinhoso, mas também fiel? É pedir demais que nem todos os homens sejam insensíveis? Eu pensava que não quando Tobias apareceu. Ou talvez eu estivesse só me iludindo...

Outra vez.

– Eu ainda preciso de você... – fui engatinhando, tropeçando algumas vezes, até o banheiro. Sentei na tampa do vaso sanitário e respirei fundo numa tentativa frustrada de me acalmar. Levantei e apoiei-me na pia e não contive o impulso de me olhar no espelho.

Cogitei uma possibilidade e automaticamente tentei afastar a ideia, mas aqui dentro, dói tanto... Abri a porta do espelho e peguei a lâmina. A encostei no pulso e por um segundo pensei na fã do meet & greet.

– Não faça isso! – estava prestes a correr o metal pela minha pele quando Annabeth segurou meus braços e me fez a encarar. – Como você acha que as suas fãs reagiriam sabendo que você fraquejou? Você... A inspiração delas.

– Mas dói...

– Então... Cante. Você mais que ninguém sabe o que a música pode fazer. É o melhor remédio.

Parei para refletir sobre tudo. Annabeth está certa. Me joguei em seus braços e a deixei secar minhas lágrimas.

Após alguns segundos ela se ofereceu para me maquiar novamente e devo admitir que ela conseguiu disfarçar bem.

– Você vai gravar o cover e colocar no canal?

Cogitei as opções.

– Vamos gravar, se ficar bom carregamos por YouTube.

– Vou preparar o estúdio...

– Não. Só... deixe o piano pronto.

– Tudo bem. – Annabeth saiu do quarto e fechou a porta.

Contei uns cinco minutos no relógio e fui para a cozinha beber um copo de água e tomar um analgésico. Me encostei na bancada contei até dez, tomei o comprimido, depois até vinte e cinco, depois até dez de novo. Não me pergunte porque, cada louco com as suas manias. Deixei o copo na pia e caminhei em passos largos até o estúdio. Melhor assim porque agora recebi uma descarga de coragem e se não for agora, não vai ser nunca.

Abri a porta do estúdio, passei por Annabeth sentada na mesa de mixagem, entrei na cabine de gravação, sentei no piano e ajustei o microfone a minha altura. Fiz sinal para Annabeth começar a gravar e fechei os olhos, deixando a música fluir de mim como água.

Adaptando do meu jeito, comecei a cantar a música da Miley, “Wrecking Ball”.

*

[...]

I came in like a wrecking ball

Eu cheguei como uma bola demolidora

I never hit so hard in love

Nunca tive um amor com tanta força

All I wanted was to break your walls

Tudo que eu queria era quebrar suas paredes

All you ever did was break me

Tudo que você fez foi me quebrar

I came in like a wrecking ball

Eu cheguei como uma bola demolidora

Yeah, I just closed my eyes and swung

Sim, eu só fechei meus olhos e balancei

Left me crouching in a blaze and fall

Me deixou abaixada no fogo e caiu

All you ever did was break me

Tudo que você fez foi me quebrar

Yeah, you, you wreck me

Sim, você, você me destruiu

Yeah, you, you wreck me.

Sim, você, você me destruiu.

*

Quando a música acabou senti uma paz interior indescritível. Mas o espaço se encheu de palmas de forma instantânea, me fazendo abrir os olhos subitamente.

Do outro lado do vidro estavam todos, sem exceções. Até a loira oxigenada “amiguinha” do Tobias estava lá com uma cara de azeda. Algumas das meninas choravam e eu posso jurar que vi uma lágrima escapar do Mellark.

– Melhor cover. – Hermione disse pelo microfone do estúdio.

Levantei do piano sorrindo e saí da cabine sendo acolhida pelos abraços das meninas.

– Tris, precisamos conversar. – Tobias chamou.

– Vamos ao jardim então.

Quando passei por ele, Tobias estendeu sua mão para tentar segurar a minha, mas a afastei com um leve tapa.

Assim que chegamos ao lado de fora da casa ele segurou meu braço, me fazendo olhar em seus olhos.

– O que foi aquilo?

– Ué, foi um cover. Quê que tem?

– Quê que tem? – ele soltou um suspiro debochado. – Escute Tris, eu te conheço bem o suficiente para saber quando você se identifica com a música.

– Olha Tobias! Nós não namoramos há uma semana se quer e hoje você já estava de carinho com uma loira boazuda na frente de casa!

– Espera, você está falando da Cara?

– Ah, então a vadia tem nome? Bom saber.

– Tris...

– É incrível como vocês homens mudam de ideia rápido...

– Tris...

– Ontem era "pequena" pra cá, "amor" pra lá...

– Tris...

– E hoje era capaz de ter comido ela no meio da rua se não fosse crime. – saí andando.

– Tris!

– Quê? – me virei para ele de novo.

– Cara é minha prima!

– Vagabunda! – e então finalmente parei para raciocinar. – Espera aí... Você disse prima?

Ele revirou os olhos e entrou em casa. Segundos depois saiu de lá com aquela garota.

– Tris, essa é minha prima, Cara. Cara, essa é a minha namorada, Tris. Agora que estão devidamente apresentadas, para evitar mais confusões, vamos entrar e beber alguma coisa com o resto do pessoal.

Assentimos e entramos.

Devia estar vermelha de tanta vergonha! Juro, não sei onde enfiar a cara.

Todos estavam sentados no sofá conversando e bebendo refrigerantes.

– Vou rapidinho no banheiro e já volto. – avisei Tobias. – Desculpa tá? – e fiz carinha de cachorro pidão.

– Tudo bem. – ele sorriu. – Eu deveria ter te explicado também. Desculpe. – beijou meus cabelos e me deu um forte abraço. – Te amo.

– Também te amo.

Afastei-me dele e subi os degraus para chegar até meu quarto. Assim que entrei nele as lembranças de minutos atrás me acertaram como um soco no estômago. Abri a janela para arejar o ambiente e entrei no banheiro.

Molhei o rosto e o enxuguei na toalha roxa.

– Olá Prior. – quase escorreguei com o susto que a prima de Tobias me deu.

– Ai Cara! Que susto. O que quer aqui?

– Te alertar.

– Sobre...?

– Sou prima de Tobias em partes. Nossas mães se consideram irmãs, mas não são. O máximo de parentesco que temos é os pais dele serem padrinhos do meu irmão mais novo.

– Sabia que nenhuma prima do seu tipo podia ser boazinha. Escuta aqui garota...

– Escuta aqui você. – ela prendeu meu pescoço contra a parede com a mão. – Tobias me quis primeiro, eu é que não dei bola pra ele. Então você é como um prêmio de consolação.

– O que... Que quer dizer com i... Isso? – perguntei quase sem fôlego.

– Significa que vou pegar o que é meu de volta, nem que pra isso eu tenha que tirar pessoas como você do meu caminho.

Cara me soltou e caí no chão. A dificuldade para respirar era tamanha que minha visão estava fraca.

– Depois não diga que eu não avisei... Cunhadinha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vish... Agora o bagulha vai feder, o negócio vai tremer e a parada vai ficar feia!
Apostem suas fichas! Hehehehe...
O próximo capítulo só com bastante reviews porque os últimos tiveram pouquinhos, mas eu aliviei pra vocês.
Izzy Kisses e até a próxima, muffins ♥