My Dear Prince escrita por BellaMC, QueenB
– A Bella... Ela está no hospital – parecia que meu irmão segurava o choro.
– O que? Qual hospital? – gritava ao telefone, enquanto corria até o carro.
Havia milhares de paparazzi na porta do apartamento e minha vontade era mandar todos aqueles seres para a puta que os pariu.
– Me conte o que aconteceu – adentrei a sala de espera, chamando a atenção de todos – Agora – exigi.
Analisei o local e vi Alice no canto chorando abraçada a Rosalie, ambas possuíam os olhos vermelhos e inchados e eram consoladas por Emmett. Charlie estava isolado com os braços cruzados em frente ao peito e um olhar perdido, Carlisle, Esme e minha avó me olhavam com piedade e por fim, Jacob balançava a cabeça enquanto Leah tentava acalmá-lo e por fim, Jasper caminhava em minha direção cautelosamente, mas era possível ver o pânico em seu rosto.
– Irmão, a Bella foi almoçar com Jacob, os paparazzis viram e começaram a seguir a partir dali, ela sofreu um acidente de carro – meu mundo despencou, minha garganta secou imediatamente.
– Como a mamãe? – minha voz parecia com a de um bebê amedrontado.
– Da mesma forma – sua voz parecia não ter força.
Minhas pernas fraquejaram e precisei sentar, coloquei minha cabeça apoiada entre minhas mãos e deixei as lágrimas de medo dominarem minha face. Bella não podia morrer, eu precisava torná-la princesa, eu precisava dela em minha vida. Eu não podia perdê-la.
Os minutos pareciam durar horas, a sensação de déja vu, rezava a cada segundo que passava para que Bella não tivesse o mesmo fim que minha mãe. Um médico apareceu no vão da porta e imediatamente, estávamos todos em pé e ele se assustou ao ver Carlisle, Jasper e eu.
– A srtª Swan passou bem pela cirurgia, apesar de seu estado ainda ser crítico – soltei o ar lentamente – Decidimos deixá-la em coma induzido por 24hrs para a observarmos melhor – Carlisle o agradeceu brevemente enquanto todos digeriam a informação.
Bella ainda não estava cem por cento salva, mas já era um grande passo ter passado pela cirurgia, precisava vê-la, ter certeza que ela ainda lutava por sua vida.
– Pensa positivo meu irmão – Jasper colocou a mão em meu ombro e apertou levemente – Bella já chegou mais longe que nossa mãe.
Me esforcei a esboçar um sorriso e comecei a caminhar pelo hospital na esperança de encontrar o Dr.Johnson e lhe pedir um favor.
– Edward Cullen, quanto tempo – Johnson sorriu ao me ver.
Dr. Johnson durante muitos anos foi o médico pessoal da realeza, após a morte da minha mãe, ele escolheu se afastar.
– Olá Johnson, vim lhe pedir um favor – fui direto ao assunto e ele me instigou a continuar – minha namorada sofreu um acidente como o da minha mãe – respirei fundo antes de continuar – e está em coma, quero que consiga que eu vá vê-la.
– Edward, esse é um pedido ousado, existem regras bem restritas a pacientes em coma após cirurgias – sua resposta não me ajudou muito e então usei a frase mais repugnantes, mas que me ajudaria.
– Eu sou o príncipe, essas regras não se aplicam a mim – cruzei os braços em frente ao peito e Johnson riu.
– Tem razão rapaz – suspirou fundo e levantou fazendo sinal para que eu o seguisse. – Você tem 5 minutos – anunciou quando chegamos à ala em que a Bella estava.
Acenei com a cabeça, não tinha condições emocionais de respondê-lo e então olhei para dentro do quarto dela e reprimi o grito de raiva que sentia daqueles paparazzis. Bella tinha várias escoriações em todo seu rosto, em seu braço diversos hematomas começavam a se destacar no contraste do roxo do machucado com o branco de sua pele, embaixo dos seus olhos havia fundas olheiras, várias máquinas estavam ligadas a ela, sua perna estava engessada, seu pescoço imobilizado e parecia que a vida deixava seu corpo.
– Não desista – murmurei olhando pelo vidro – Lute por sua vida meu amor, lute por nós.
– Edward – quando ouvi a voz de Johnson, dei uma última olhada para Bella e rezei para que ela saísse dessa situação – Vamos rapaz.
Sai daquela ala com o coração partido, a visão da minha Bella tão... sem vida estava fincada em minha mente.
Algumas horas se passaram, até que Charlie e minha avó insistiram que eu fosse em casa descansar e tomar banho, com muito sacrifício fui. O motorista do palácio escolheu me levar, eu não tinha condições de dirigir.
Adentrei o meu apartamento e parecia que canto estava impregnado com lembranças da Isabella, na sala estava uma de suas milhares de bolsas, no quarto havia roupas no chão, a porta para seu closet estava aberta e adentrei para sentir seu cheiro, fiquei no chão deixando as lágrimas rolarem pelo meu rosto, eu não podia perder a Bella, não como perdi minha mãe.
Deixei a água quente do chuveiro cair nas minhas costas, enquanto as lágrimas ainda permaneciam em meu rosto.
Enquanto escolhia uma roupa qualquer, encontrei a caixinha que continha o anel que eu daria a Bella essa noite, se ela estivesse bem.
– Alguma novidade? – perguntei ao adentrar a sala de espera na manhã seguinte.
– A Bella será retirada do coma e precisamos rezar para que ela não tenha sequela – um Charlie desolado me respondeu.
Acenei com a cabeça com medo que minha voz saísse embargada. Estralava os dedos, enquanto esperava o médico para saber qual era a situação da Bella após permanecer sedada por essas vinte quatro horas.
– A srtª Swan foi retirada do coma e todos seus sinais vitais estão respondendo perfeitamente, ela tem consciência do que está acontecendo. – as palavras proferidas pelo médico causavam um instantâneo alívio em meu ser.
– Podemos vê-la? – Charlie parecia desesperado para se certificar das palavras do médico.
– Um por vez
– Vá primeiro Charlie – ele me agradeceu com um aceno de cabeça.
POV Bella
A escuridão que parecia ter durado tempo demais, começava a se dissipar, seria esse um sinal de que meu corpo finalmente havia se entregado a morte? Abri os olhos lentamente e uma luminosidade branca me fez fechar os olhos rapidamente.
– Isabella Swan? – escutei meu nome ser pronunciado e abri os olhos. – Sabe onde está?
Um homem com cabelos levemente grisalhos, aparência cansada, maxilar quadrado e olhos em tons quase da escuridão que estava há pouco, me encarava com um semblante preocupado.
– Sou eu – minha voz saiu rouca, me assustando.
O homem que até então não havia se identificado, me entregou um copo de água que bebi em longos goles.
– Sabe onde está? – sua voz era grave e me intimidava um pouco.
Depois de olhar ao redor e reconhecer as paredes intensamente brancas, os diversos aparelhos ligados em mim e o bip irritante do eletrocardiograma, tive certeza de onde estava.
– No hospital
– Se lembra o motivo de ter parado aqui?
E então minha mente foi preenchida com uma enxurrada de vozes e flashs, uma perseguição e então o baque do meu carro contra algo que eu não tive tempo de assimilar o que era.
– Os paparazzis – murmurei
Após ter certeza que minha mente funcionava perfeitamente, o Dr. Raymond começou a checar meus sinais vitais e se certificar que todos os meus membros superiores e inferiores reagiam.
– Parece que está tudo bem aqui – murmurou – Irei liberar a entrada para seus familiares, estão todos muito ansiosos.
Quanto tempo havia ficado na escuridão? Dr. Raymond não me avisou. Como será que Edward havia recebido a notícia? E Charlie? E Alice? Senti o meu coração acelerar os bips ficarem mais constantes.
– Bells? – a voz de Charlie me deu uma calmaria e trouxe, quase que instantaneamente, as lágrimas para o meu rosto – Shh, não chore, está tudo bem agora.
Ficamos apenas abraçados, enquanto ele acariciava meus longos cabelos negros.
– Quanto tempo fiquei aqui? – murmurei.
– Pouco mais de 24hrs, não tem ideia de como rezei para que não passasse disso – sua voz estava embargada, como se precisasse controlar o choro.
Charlie começou a explicar o que aconteceu após o acidente, a cirurgia, o coma, o desespero de Edward e dos outros.
– Irei deixar o garoto entrar, Edward precisa lhe ver – Charlie se pôs de pé e me deu um singelo beijo em minha testa.
Comecei a contorcer a mão em meu colo só de imaginar como teria sido essas 24hrs para Edward, ele deveria estar desesperado.
– Olá – sua voz me trouxe de volta para a realidade
– Oi
– Como se sente? – ele se aproximava lentamente da cama e isso me frustrava.
– Um pouco dolorida.
– Você me assustou, por um minuto pensei que iria te perder para sempre – e então sua máscara caiu e vi um homem quebrado.
Apenas abri os braços e o deixei ali, senti suas lágrimas molharem meu ombro e então o beijei, suas lágrimas se misturavam as minhas, enquanto passava a mão pelo seu cabelo.
Os dias no hospital passavam lentamente, Alice sempre vinha me fazer companhia, enquanto os outros revezavam os horários. Edward sempre passava a noite comigo, mas logo hoje que sairia do hospital, ninguém havia aparecido.
Peguei o notebook que Edward havia deixado aqui e comecei a mexer na internet, todos os sites noticiavam meu acidente e exigiam o controle dos paparazzi. Se a morte da princesa Chelsea não serviu de exemplo, não será meu acidente que servirá.
A noite logo chegou e junto dela, um Edward ansioso adentrou meu quarto.
– Preparada para chegar em casa? – questionou enquanto dirigia em direção ao seu apartamento.
– Não imagina o quanto – brinquei e sua gargalhada preencheu o ambiente.
Cada vez que nos aproximávamos do apartamento, Edward aparentava maior nervosismo e quando estávamos dentro do elevador, parecia que iria ter um ataque de ansiedade ali mesmo.
– Está tudo bem?
– Está sim, logo tudo ficará ótimo – sorriu torto e retribui.
Quando Edward abriu a porta, senti meu queixo cair lentamente. O apartamento estava todo decorado com rosas, velas e uma mesa se postava com dois lugares, fotos nossas estavam espalhadas por todos os cantos da sala.
Edward começou a se aproximar de mim e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele se colocou de joelho em frente a mim e sentir as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.
– Isabella Swan, você traz a tona o melhor de mim, o meu verdadeiro eu, fiz a besteira de lhe perder uma vez e novamente o sentimento de perda tomou conta de mim, mas dessa vez poderia ser para sempre. Eu a amo tanto e quero lhe tornar não só a minha princesa, mas como a princesa do Reino Unido – as lágrimas já escorriam descontroladamente pelo meu rosto – Você me daria a honra de ser minha esposa? – e então abriu a caixinha que continha o anel de noivado da princesa Chelsea.
– Sim.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Se você não está no grupo acho que lhe devo uma explicação pelo meu sumiço, passei por um grave problema emocional e não tinha a mínima condição de escrever, parecia que quando abria o word, tudo de ruim que estava acontecendo vinha a minha mente, se você está no grupo no facebook, já conheço a história e não contarei aqui porque prefiro
esquecer.
Meninas, também comecei um projeto novo, que é um blog... ÊÊÊ e ficaria muito feliz se vocês pudessem visitar: www.isabellamorais.com.br
Ele ta com um probleminha que não permite comentar, mas da pra curtir o post, então curtam bastante, significa muito pra mim.
Bom, aqui está o capítulo e falta apenas dois capítulos para o fim da fic. Tentarei postar semana que vem...
Kisses & Bites,
BellaMC