You Belong With Me escrita por SeriesFanatic


Capítulo 20
O baile




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– Normalmente quando voltamos de uma missão com sucesso, ganhamos coroas de louros, um desfile e um jantar em nossa homenagem. – disse Percy.

– Então porque temos que ir para esse baile estúpido? – perguntou Dylan.

– Não faço a mínima ideia, mas que eu tô com uma vontade de dar um soco na cara da Drew, ah isso eu tô! – Percy exclamou.

Os três meninos de Poseidon estavam no Chalé Três encarando as roupas que teriam que usar no baile. Percy nunca quis tanto usar uma gravata e um terno na sua vida! Eram túnicas de verdade! As meninas do Chalé Dez escolheram os trajes de todos no acampamento. Todos mesmo. Inclusive Quíron e Sr. D (como elas conseguiram, não me perguntem, não tenho nada haver com isso). O Chalé Dez convenceu o Nove, Sete e Quatro a ajudarem na decoração, as Caçadoras já haviam ido embora e Thalia mais uma vez ficou para trás, além de ter que cuidar da caçula Skylar, ela agora tinha que impedir Jason de entrar em brigas por causa do seu jeito “perfeito” de ser. O baile era em 32 horas e os meninos não conseguiam acreditar no tipo de roupa que iam usar.

– É obrigado a ir para esse troço? – Tyson perguntou Tyson.

– Infelizmente é. – Percy respondeu.

– Por Poseidon, isso é o cúmulo do desespero! Por que as filhas de Afrodite tem que apelar para um baile idiota para arrumar namorado?! – Dylan praguejou.

– Não acho que esse seja o motivo, Ouriço. – disse Percy. – Mas anda, coloca logo essa toga.

– Por quê?

– Pra ver se precisa ou não apertar.

Tyson e Percy usavam apenas calça enquanto Dylan estava de cueca resmungando porque não queria ir com panos para um baile tradicional e muito menos panos que pareciam um vestido. O sábado foi determinado como o dia da prova roupas, caso algum traje estivesse folgado ou apertado, era só levar para a galera do Quatorze. Um mini spa foi montado dentro do Chalé Dez e quem quisesse ir para estar lindo e perfeito no dia seguinte, bastava pagar apenas dois dracmas e antes do baile receberia maquiagem de graça.

– Isso é ridículo! – Dylan reclamou.

– Você está parecendo um autêntico Ateniense. – Percy riu.

– Mas ele é filho de Poseidon, não de Atena. – respondeu Tyson.

Dylan e Percy caíram na gargalhada. As roupas de Dylan eram brancas com um manto verde. Cada chalé tinha que ir usando algo que representasse seu progenitor (ordens de Quíron). O Chalé Três decidiu ir com broxes: Percy com um tritão, Tyson e Dylan com um cavalo. As roupas de Tyson eram cor de creme, com um manto laranja, de certa forma ressaltou os olhos castanhos dele. Percy tirou a calça e já estava prestes a vestir sua túnica quando alguém bateu na porta. Dylan abriu e lá estava Annabeth, normal como sempre: calça jeans, tênis, o cabelo preso em um rabo de cavalo e a camisa do acampamento.

– Uau Ouriço, você está lindo! – ela sorriu.

– Ah... obrigado! Você também! – ele corou.

– Mas eu nem estou arrumada.

– Você é linda de qualquer jeito!

– Maldição de Afrodite! – Tyson sorriu.

Annabeth riu, desarrumou os cabelos de Dylan e entrou no chalé, dando de cara com Percy todo atrapalhado nas roupas.

– Até para vestir uma toga você é lesado! – Annabeth riu, indo ajudá-lo.

– Ei, dar nó em gravata é mais fácil que vesti esse vestido! E o meu é o único com mangas compridas! – reclamou Percy.

– É o símbolo dos líderes. Os camponeses não usavam mangas em seus trajes, isso só era permitido à alta sociedade grega. – respondeu Annabeth.

– Legal de saber. – Dylan disse fazendo uma careta.

– E como é a sua túnica, Annabeth? – Tyson perguntou.

– Verde mar, com um chale transparente e uma cinta de ouro. Usaremos uma pulseira de ouro com oliveiras como o nosso símbolo, a minha terá uma coruja. – sorriu Annabeth.

– Você vai ficar mais linda do que já é! – sorriu Tyson.

– Obrigada grandão. Enfim, eu vim ver como você está Percy. Por causa da benção de Afrodite e tudo mais. – ela disse corando.

– Ah, estou bem. Na verdade minha memória está meio borrada! Eu só me lembro da Clarisse gritando para as meninas tomarem vergonha na cara e irem arrumar um namorado. – disse Percy.

– Ah sim, essa parte foi hilária. – Dylan caiu na gargalhada.

– Como é que você sabe? Você nem estava perto da Casa Grande ontem. – disse Tyson.

– Ei, do lago de canoagem deu pra ouvir a Clarisse berrando. – riu.

– O que tártaros você estava fazendo no lago de canoagem à noite? – Percy perguntou protetor.

– Chamando a Skylar para ir comigo ao baile! Não vou sozinho! – disse Dylan fazendo biquinho.

– Tá lembrado que ela é sua prima, né?! – Annabeth deu um pequeno sorriso.

– Não a convidei na intenção de namoro, chamei para não ir sozinho! – ele cruzou os braços.

– Ah... querem que a gente... vá... brincar com Blackjack?! – Tyson sugeriu.

– Ah não! – Annabeth corou. – Eu só vim ver como ele estava... – ela caminhou até a porta. – Bem, vejo vocês amanhã à noite rapazes!

– Até! – Percy respondeu corando.

Quando Annabeth fechou a porta, Dylan deu uma tapa na cabeça de Percy.

– AU! Pra que isso?! – exclamou.

– Vá falar com alguém do Chalé Sete, peça ajuda para um poema e se declare para ela! – disse Dylan.

– Por quê?

– Porque você a deixou nervosa e super preocupada ontem. Annabeth estava quase matando todas as meninas que estavam tentando te beijar. – disse Dylan.

– Fora o constrangimento que você a fez passar com essa benção. – respondeu Tyson.

– Ei! Por causa dela eu passei um ano em depressão! – respondeu Percy. – Ela é que deveria vir com poemas!

– Percy, pela trilhonesíma vez, foi culpa de Hera! Tanto a sua depressão quanto o “sim” da Annabeth. Agora seja um cavaleiro e faça um poema! Seja romântico! – disse Dylan.

– “Trilhonésima”... Ouriço, esse número não existe. – disse Tyson.

– Que seja! Percy entendeu! Ela é a SUA Sabidinha, Percy! E você o Cabeça de Alga DELA! Prepare algo! Surpreenda-a! Seja romântico de verdade e não um romântico de meia tigela por causa de uma travessura de Afrodite. – disse Dylan.

Percy então encarou seu reflexo na fonte que ficava no centro do chalé, ele estava se achando bonito e Dylan estava certo, Annabeth merecia um poema, no mínimo. Mesmo que ele fosse horrível com poesias. Passou o resto do sábado nas Artes e Artesanatos com Sunny criando um poema. As poucas meninas que não estavam no Spa do Chalé Dez, estavam nas atividades normais junto com os meninos. O que Percy achou estranho foi não ver Clarisse ou Thalia circulando pelo acampamento. A noite foi calma e sem cantoria na fogueira, todos tinham que descansar para a noitada que iria acontecer. Percy continuou se perguntando por que Quíron e Sr. D haviam permitido esse baile estúpido; ele até pensou que era por causa do reality show, mas mudou de ideia, Drew não gostava dele e muito menos de Annabeth.

No dia seguinte, nenhuma menina foi vista pelo acampamento com exceção do horário de refeições e ainda assim foram poucas. Boa parte dos meninos também não estava à vista, porém a floresta estava toda decorada com coisas brancas, rosa e vermelho, coisas que Percy não conhecia, mas à noite o Acampamento Meio-Sangue ficou lindo! E Percy parou de achar que o baile era algo estúpido. As ninfas dos bosques haviam ajudados os filhos de Deméter a decorar a floresta com corações, flores e lanternas, tudo feito de material reciclável, um tapete vermelho de veludo levava os campistas até a clareira onde ia ser o baile. Potes de vidro com velas iluminavam o tapete e davam um ar de romance.

Até que estava bonito. Considerando o fato de que as meninas de Afrodite foram extremamente perfeccionistas em tudo. A floresta tinha um cheiro de rosas e ao que parecia, Nico, Hazel, Leo e dos demais de Hefesto, haviam conseguido prender os monstros soltos no bosque para a festa. Além do cheiro de rosas, Percy sentia também o cheiro de terra molhada, hortelã e também dos biscoitos azul com raspas de chocolate que sua mãe faz nas ocasiões especiais. O Chalé Dez deve ter perfumado a floresta com algo mágico que fazia as pessoas sentirem o cheiro das coisas que mais gostavam. Quando chegou a clareira, seu coração disparou e ele nem sabia por quê. As mesas estavam cobertas com panos de renda brancos e tudo estava sendo iluminado por tochas com fogo grego e algumas com fogo normal.

Havia uma mesa imensa de banquete com comidas bastante convidativas, as mesas de cada chalé tinham minis estátuas de ouro com os animais símbolo de cada deus no centro; uma fogueira no meio da clareira para fazer as oferendas aos deuses. A luz da lua cheia clareava os bosques, Ártemis deveria estar feliz com o baile porque a luz da lua banhava a floresta de um jeito místico, belo e ao mesmo tempo sombrio, dando a impressão de que estavam num filme de terror em que todos iriam sobreviver. Todos os campistas usavam uma coroa de louros de cores diferentes e se sentavam nas mesas em homenagem a seus pais Olimpianos. No palco, sátiros tocavam instrumentos e Juníper cantava alguma melodia doce em grego antigo que Percy não soube reconhecer, ele nem sabia que Juníper cantava.

Os filhos de Zeus tinham uma pulseira cinza com um raio, mas a de Thalia tinha uma águia. Os líderes dos chalés tinham que está com algo que os diferenciasse dos irmãos. Hazel e Nico usavam um colar de ouro com um pingente, o dela com um diamante e o de Nico com uma caveira. O Chalé Quatro usavam uma cinta tecida com aveia e a de Katie tinha uma flor amarela. O Chalé Cinco usavam ataduras de couro no braço, a de Clarisse tinha um desenho de um javali em cor vermelho sangue. O Chalé Seis usava pulseiras cor de ouro com desenhos de oliveiras, a de Annabeth tinha o desenho de uma coruja. O Chalé Sete usava um broxe com notas musicais, o de Will tinha o desenho do sol por cima. O Chalé Nove usava uma espécie de cinta de couro que prendia na cintura como um cinto de ferramentas, mas era só uma tira, a de Leo tinha o desenho de uma bigorna e um martelo, costurados.

O Chalé Dez usavam um véu quase transparente cor rosa onde era possível ver corações, no de Drew havia também uma pomba (sim, até os meninos usavam o véu). O Chalé Onze usava uma coroa de louros diferente, com cobras de metal se movendo, as de Connor e Travis tinham um caduceu na parte detrás da cabeça. Castor, como o único do Chalé Doze, usava uma túnica roxa que cheirava a uvas e tinha sua coroa feita de folhas e uvas. O Chalé Quatorze usavam sandálias das cores do arco-íris, a de Butch tinha o desenho de um dracma na parte do calcanhar. O Chalé Quinze usava uma touca de dormir no lugar da coroa, a de Clóvis tinha três ‘Z’ bordados. O Chalé Dezessete usavam colares de ouro com uma miniatura de Nike como pingente. O Chalé Dezoito usavam coroas feitas de flores com uma miniatura de Hebe no meio. O Chalé Vinte usava mantas que pareciam ser feitas de vento.

Percy soltou um “uau” com os olhos arregalados, aquele lugar era mais bonito que o Olimpo. Ele já sabia quem contratar para organizar seu casamento com Annabeth, Drew podia ser extremamente chata e insuportável, mas que o lugar estava perfeito e mágico, isso estava. Até os sátiros usavam roupas formais gregas, Sr. D nunca pareceu tão a vontade com os campistas, conversava sobre uvas com Castor. Quíron parecia ter voltado no tempo, Percy nunca o viu sorrir tão verdadeiro como naquela noite. Vagalumes voavam ao redor de Juníper, com Grover acompanhando na flauta. O que Percy mais estranhou foi ver Clarisse e Thalia de maquiagem. E Piper também. Hazel estava linda assim como Reyna, mas Piper, Thalia e Clarisse de maquiagem... foi no mínimo assustador.

– Ei Percy! – chamou Frank.

Ele usava roupas verdes com mangas e fazia de tudo para esconder os braceletes de couro de Ares.

– Frank, você está parecendo um verdadeiro senador de Atenas! – Percy sorriu.

– E eu não sei?! – ele riu. – Você precisa ver o Octavian! Ele está reclamando o tempo todo dizendo que está parecendo um romano!

– Isso sim eu quero ver! – Percy riu. – Viu Annabeth?

– Não! Cara, para ser sincero eu estou doido para que isso acabe! Não aguento mais usar esse vestido!

– Não é um vestido, é uma túnica grega! E a sua está ótima Frank! Sério mesmo!

– É sério? Eu estou me sentindo muito ridículo!

– Você está lindo Frank. – Hazel disse se aproximando dele.

Frank corou tanto que Percy achou que as bochechas deles iam ficar da cor do cabelo da Rachel. Hazel também corou e voltou a tomar o ponche de morango. Ela usava uma túnica roxa que ressaltava a sua linda pele cor de chocolate. Percy a achava muito bonita e sabia que Frank também achava.

– Ah... er... hum... obrigado... então... Nico... está te irritando muito?! – Frank disse sem jeito.

– Ah não, ele é um amor de pessoa. – ela respondeu corando mais ainda.

Percy então puxou conversa com os dois, querendo saber de onde eram, o que haviam deixado para trás, tentando fazer com que Frank não arruinasse as chances que tinha com Hazel. Logo os três estavam conversando sobre skate (Percy nem sabia como haviam chegado nesse assunto) até que Quíron interrompeu com um discurso.

– HÉROIS!

A clareira era grande e conseguia abrigar todos. Quíron estava na sua forma de centauro e ainda assim usava uma túnica laranja com as letras CHB bordadas no lado do peito esquerdo e uma cinta de couro presa entre a parte humana e a parte de cavalo. Sr. D estava parado ao lado dele, usando uma simples túnica branca com o mamilo direito aparecendo, os trajes comuns aos plebeus na Grécia Antiga.

– Apesar de desobedecerem às regras impostas por Zeus, eu tenho a honra de congratular os semideuses que salvaram a vida das futuras gerações de meios-sangues e fizeram justiça aos mortos pelos leucrotas. Por favor, subam aqui: Thalia Grace, filha do céu. Perseus Jackson, filho do mar. Clarisse La Rue, filha da guerra. Annabeth Chase, filha da sabedoria. Christopher Rodriguez, filho do mensageiro e Nico di Angelo, filho da morte. – disse Quíron com um sorriso no rosto.

Clarisse usava túnica vermelho sangue e mostrava com orgulho as braçadeiras com o desenho do javali. Chris usava uma túnica cinza e branca. Nico usava túnicas negras, com o peitoral de uma armadura de couro por debaixo; os olhos do pingente de caveira de Nico brilharam iguais ao de seu anel, ameaçadores. Thalia usava um vestido azul meio cinza, com um chale transparente e uma cinta de ouro presa abaixo dos seios. Os cabelos rebeldes estavam mais ou menos penteados, mas ainda assim ela parecia uma princesa de Esparta. Percy subiu sem jeito, acenado e com cara de bobo, suas vestes azul escura pinicavam e o manto verde mar estava lhe dando calor, mas o broche que segurava o manto e era o símbolo do Chalé Três brilhava intensamente, mostrando a todos o tridente de ouro desenhado.

Ele procurou Annabeth na multidão, mas não a viu, apenas viu Tyson, Dylan e Leo se empanturrando de cachorro quente, com Jason os repreendendo. Piper ria das caretas de Leo e Reyna revirava os olhos, a túnica rosa bebê ficou muito estranha nela. Ao percorrer toda a campina, Percy viu todos os filhos de Atena ali, menos Annabeth. Seu coração se acelerou e ele começou a soar nervoso, temendo que algo de ruim tivesse acontecido, então foi quando a viu.

Os cabelos loiros estavam presos com um enfeite verde, usava uma túnica branca com um manto cor verde mar, com uma cinta de ouro e a pulseira mostrando que ela era a chefe do Chalé Seis, a maquiagem estava leve e bem natural. Com uma pulseira de ouro presa perto do ombro e um sorriso que fez o coração de Percy parar. Era impossível alguém no mundo, em qualquer período da história, estar mais bela que Annabeth. Ao menos para Percy. Ele deu um lindo sorriso, sentiu a bochecha corar, mas isso não importava. Annabeth subiu no palco e ficou ao lado dele. Então Percy agradeceu a seja lá quem tenha escolhido sua roupa, por ela ter mangas, pois assim poderia entrelaçar sua mão na de Annabeth sem que ninguém visse.

– Creio que deveremos fazer um minuto de silêncio em nome das crianças e dos bebês que tiveram suas vidas cruelmente interrompidas. – Quíron disse fechando os olhos.

Todos o imitaram e por mais difícil que fosse para Percy retirar o olhar de Annabeth, ele conseguiu fechar os olhos.

– Gostaria também de parabenizar os “ajudantes”, Dylan Morrison e Tyson, do Chalé Três e Rachel Dare, nossa Oráculo. – disse Quíron apontando para Dylan e Tyson, que sorriram com a boca cheia de cachorro quente, fazendo todos gargalhar. – Onde está Rachel? – Quíron perguntou virando-se para Annabeth.

– Ela disse que não estava se sentindo bem, pediu desculpas e disse que ia ficar na gruta. – respondeu Annabeth.

– A senhorita Dare não está se sentindo bem e pede desculpas por ter de se ausentar da festa. – Quíron informou aos demais. – Então... divirtam-se! E nada de flor de lótus!

– AH QUAL É! – gritaram as duzentas vozes.

– Nada de flor de lótus! – repetiu agora severo.

Uns cinco meninos de Apolo subiram no palco e começaram a cantar músicas modernas, só que em grego antigo. Enquanto Nico se juntou a mini competição de Tyson, Dylan e Nico para ver quem comia mais. Thalia saiu da clareira indo em direção aos chalés. Jason reclamava com os meninos dizendo que eles iam ficar com indigestão e Piper o admirava em silêncio. Reyna conversava com Octavian (que tinha cara de enjoo). Hazel e Frank dançavam juntos, ambos com as bochechas mais vermelhas que a manta de Clarisse, que estava se divertindo com Chris.

– Percy vem! – Annabeth chamou gargalhando.

Ele deu um sorriso e a seguiu até a floresta. Sob a luz da lua e com vaga-lumes brincando entre as túnicas, eles pararam perto do riacho, que há muito, um escorpião das profundezas quase o matou. Annabeth tinha um sorriso tão lindo, que Percy achou que seu sorriso poderia curar qualquer enfermidade ou guerra no mundo. Sobre a luz da lua, os olhos cinzentos dela estavam ameaçadores, porém belos. Ele a puxou para perto devagar e eles começaram a dançar, igual aquela vez no Olimpo. Apesar de que a música agora era pop, mas eles dançaram bem devagar. O perfume de Annabeth era indescritível, mas era a melhor coisa que Percy havia cheirado em toda sua vida.

Então ele esqueceu do poema que levou um dia para fazer. Começou a entrar em pânico. Havia alguma coisa sobre... como era mesmo...? "Eu virei um porquinho da Índia porque achava que a magia de Circe ia me deixar bonito, assim você iria me querer!" Bem, ao menos ele ACHAVA que era isso. Mas vendo ela ali, perfeita, sorrindo e despreocupada, ele sabia que não adiantava recitar um poema, só adiantava falar o que estava sentindo NAQUELE momento.

– Eu te amo Sabidinha. – ele disse com o coração a mil.

Achou que ela ia dar lhe um tapa, mas sem hesitar, Annabeth disse:

– Eu também te amo Cabeça de Alga. – respondeu achando que ia ter um ataque cardíaco.

Eles se inclinaram devagar, fechando os olhos com antecedência, as testas se tocaram e por fim os narizes. Percy esfregou seu nariz no dela como demonstração de carinho e eles se beijaram. No inicio foi só os lábios se tocando, depois eles começaram a mover as cabeças lentamente, não havia pressa. Ele colocou a mão na cintura dela, puxando-a para cima, ela pendurou-se no pescoço dele, alisando os lindos cabelos negros rebeldes de seu amado. Ártemis pode não ser a fã número um do amor, mas até ela tinha que reconhecer que aqueles dois eram mais do que lindos juntos.


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