You Belong With Me escrita por SeriesFanatic


Capítulo 12
Como num passe de mágica




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Thalia queria matar Annabeth e Reyna. Ela estava super feliz de estar com o irmão e tudo mais, porém o tal labirinto era pior que os haicais de Apolo (se é que isso é possível). Jason tentava o tempo todo protegê-la de um perigo inexistente e isso já a estava irritando, Thalia podia muito bem cuidar de si e Jason era certinho até demais. Ela contou que sua mãe levou o menino para um parque e que ele sumiu enquanto Thalia foi pegar a cesta do piquenique no carro, ela não queria, mas terminou contando que a mãe deles era uma atriz desequilibrada e sem bom censo. Jason falou que desde que se entendia por gente, o “pai” cuidava dele, nunca falou nada sobre a mãe do menino e que vivia no trabalho, deixando o filho na melhor escola interna de San Francisco, isso até ele eletrocutar a professora e ir para a Escola da Vida Selvagem.

Clarisse gostava de Piper, ela a lembrava Silena e a acalmava com seu charme e apesar de fazer tudo para parecer feia, Clarisse achava Piper linda. Estava morrendo de medo do labirinto e não parava de pensar em Chris, tinha a sensação de que ia morrer ali (o que para ela estava tudo bem), mas não suportava a ideia de Chris chorando por sua morte. Frank estava meio envergonhado, o pedaço de madeira estava guardado no bolso da calça enquanto Hazel ia toda destemida na frente, conseguindo burlar as armadilhas com facilidade. Ela era tão linda e corajosa, os olhos cor de mel faziam o coração dele se derreter. Frank se achava um idiota, além de Hazel ser filha do poderoso Hades, ela não virava animais e sua vida não dependia de um pedaço estúpido de madeira por causa da vaca da Hera.

Hazel se sentia mal por estar se apaixonando por Frank, Sammy foi seu porto seguro por tanto tempo e do nada ela se via completamente boba por um menino três anos mais velho, grande e com cara de bebê panda fofo! O que havia de errado com ela? Frank era tão desajeitado e legal... Hazel estava ficando doida! Só podia! E tinha o tal de Leo que era muito parecido com Sammy... o que deixou a menina mais confusa! Octavian queria matar Reyna e Reyna queria matar Octavian (o que já define muita coisa). Nico estava gostando das brincadeiras e palhaçadas de Leo. Leo achava Nico legal, ao contrário de Reyna, Nico não se incomodava com suas piadas. O que mais agradava Nico era que Leo gostava de ouvi-lo falando sobre todos os deuses, inclusive Hades e sobre o Mundo Inferior também.

– Hades é irado, cara! – exclamou Leo. – Ele é o deus dos mortos! É o mais maneiro de todos! Afinal, qual é a graça de ser deus do vinho?

– Não fale isso perto do Sr. D! – Nico riu.

Jason ficou com a imagem de Piper na mente, como aquela menina era linda! Tão natural! Mas ficou meio mal por causa da amizade colorida que tinha com Reyna (que só ela chamava de namoro). Piper também ficou meio caidinha por Jason, mas tinha algo em Reyna que a dava medo. Ela também ficou impressionada com Annabeth, queria ser como ela, forte e independente e não apenas mais uma filha da deusa do amor. Enquanto Hazel e Frank se desviavam de armadilhas, Jason teve que levantar voo com Thalia para que eles não caíssem num foço. Clarisse impediu que algumas bombas explodissem na cara de Piper e os agouros de Octavian impediu que ele e Reyna fossem mortos por espadas caindo do teto.

– PERCY! – gritou Annabeth.

– Calma! – exclamou ele.

Annabeth estava nas costas dele, gritando, esperneando e puxando-lhe os cabelos. Percy mal se mantinha em pé.

– Annabeth, se você não parar de se mexer não terá como eu dá um jeito nas aranhas. – disse Percy.

Ela abaixou a cabeça encostando a testa no pescoço dele, que tentava matar umas aranhas minúsculas, mas ela se mexia muito. Percy terminou desistindo de matar as aranhas e caminhou mais um pouco até que encontraram umas larvas, moscas e um cadáver em putrefação.

– Agora está melhor. – disse ela descendo das costas dele.

– Sério? – perguntou ele sarcástico.

– Ei, eu conheço ele. – disse Annabeth apontando para o cadáver.

– Que beleza, o que falta agora? Quíron aparecer numa corda bamba com Sr. D fantasiado de palhaço? – disse ele sarcástico.

– Menos Cabeça de Alga. – ela disse se aproximando do corpo.

– Annabeth... isso é nojento. – disse ele cobrindo o nariz com a camisa do acampamento.

Annabeth não deu ouvidos a ele e analisou de perto o cadáver, não era um homem, era uma mulher. Lola Swan, quem invocou a maldita doença no último verão, ela tinha um chifre de bode enfiado em seu corpo, mas nenhum sangue, Annabeth lembrou que alguém disse que a traíra morreu de ataque cardíaco. Terminou deixando ela ali e seguiu com passos firmes, Percy logo atrás dela.

– Tudo bem? – ele perguntou.

– Creio que sim. É só que vê-la...

– Te lembrou dos dias ruins da virose? – ele perguntou lesado como sempre.

– Quem dera. Não. Me lembrou de um sonho que eu tive. – ela disse pensativa.

– Você sonhou com um cadáver? Quando foi que te transformaram no garoto do sexto sentido? – ele brincou.

– Não foi com o cadáver, seu idiota. Foi com Afrodite.

Percy ficou calado, ele havia sonhado com Afrodite também, mas o sonho foi excitante até demais.

– Ela por acaso ela estava vestida com um vestido de penas de cisne? – perguntou Percy.

– Pior, estava vestida de striper. – respondeu Annabeth corando.

– Santo Hefesto. – ele disse.

– Pois é. – ela respondeu.

Eles continuaram quietos por um bom tempo, até que encontraram um salão. Parecia com as forjas de Hefesto e Annabeth tremeu ao se lembrar dos dias em que achou que Percy estava morto. Mas não tinha invenções e projetos e sim móveis, como se fosse uma loja de penhores.

– Que tártaros... – Annabeth sussurrou.

– Olá Annabeth! – sorriu Atena.

– Ah fala sério. – exclamou Percy.

A deusa ignorou Percy, usava um moletom de lã rosa, legue cinza e sapatilhas combinando. O cabelo preto estava preso em uma trança caindo no ombro e ela tinha um sorriso amarelo.

– Mamãe, o que faz aqui? – perguntou Annabeth.

– Vim leva-la de volta ao Olimpo. – respondeu Atena.

– Vem cá, se você é a deus da inteligência, porque só notou que ela fugiu depois de três dias?! – perguntou Percy.

– Percy, não piora a situação. – sussurrou Annabeth. – Mãe, a senhora disse que eu podia sair quando quisesse para visitar meu pai!

– Por acaso aqui parece com a casa do seu pai Annabeth Chase? Vamos para o Olimpo, agora. – disse Atena autoritária.

– Não. – respondeu Annabeth séria.

– Como? – disse Atena.

– Você não é minha mãe. – Annabeth disse ficando com raiva.

– Sabidinha, eu posso ser um lesado e um idiota, mas até eu sei como Atena se parece. – respondeu Percy.

– Atena nunca iria atrás dos filhos, mesmo que fosse da filha favorita. Ela sabe que suas crias são inteligentes demais para escolher suas próprias batalhas. – respondeu Annabeth.

Percy segurou a caneta. Atena riu.

– Espertinha você não é, Palas? Muito esperta! De verdade. – respondeu Atena. – Achei que você fosse demorar mais tempo para descobrir que eu não sou sua mãe.

– Mostre sua verdadeira cara, seu covarde! – exclamou Percy.

Então Hera surgiu, Percy destampou a caneta e correu para atacar a deusa, que o jogou na parede e o manteve preso, Annabeth pegou a adaga para atacar.

– Ah, se eu fosse você eu não faria isso, filhote de coruja. – respondeu Hera. – Eu posso sufocar seu namoradinho com facilidade.

– Não dê ouvidos a ela. Ataque! – gritou Percy.

Annabeth abaixou o braço e Hera riu.

– Sabe, até que foi hilário ouvi-la me chamar de “mamãe”! É algo tão... estranho. Meus filhos nunca me chamaram assim. – comentou Hera.

– Talvez seja porque você é a personificação dos psicóticos! – respondeu Annabeth.

– Pior que essa aí nem o Voldemort. – respondeu Percy.

– Obrigada pelo elogio crianças. Que tal brincarmos? – disse Hera com um sorriso psicopático.

– Ótimo! Que tal “matar a vaca”? Quem conseguir matar Hera primeiro ganha! – sugeriu Percy.

– Você me julga mal, Perseus. Eu não sou essa crápula que vocês pensam. – respondeu Hera.

– Ah não, eu tenho certeza de que a rainha dos hambúrgueres pode ser muito pior do que demonstra. – respondeu Percy. – Vem cá, cê tem desconto quando vai no McDonald’s?

– Uma dica se quiser sobreviver nos próximos dez minutos, Perseus, pare de me xingar! – respondeu Hera.

– O que irá acontecer nos próximos dez minutos? – perguntou Annabeth.

– O que acha? Seus amigos chegarão! Obrigada por me trazerem dois filhos de Zeus para que eu possa matá-los com minhas próprias mãos! Se bem que eu prometi dá Thalia aos leucrotas. E meu fiel ajudante amaria matar vocês! Os salvadores do Olimpo! O garoto que desistiu da imortalidade por alguns chalés e a menina que levou uma facada e ainda foi idiota o bastante para confiar sua adaga ao inimigo. – respondeu Hera.

– Eu não desisti da imortalidade por alguns chalés, sua vaqueza! Eu desisti para que os semideuses não morressem no mundo mortal, esquecidos por seus pais e para que os deuses menores tivessem seus lugares no acampamento. – respondeu Percy.

– Aff... que seja! Vai ser uma vingança deliciosa! Eu matarei vocês da forma mais dolorosa que conheço! Os leucrotas cuidarão da Thalia e depois eu matarei Jason na frente de Zeus. Meu ajudante cuidará do resto! Se bem o garoto Zhang é um triunfo muito importante para mim. Talvez... ele sobreviva! – respondeu Hera.

Ela fez um gesto e os dois leucrotas entraram, com uma cara de fome pior que sei lá o que. Hera jogou Annabeth na parede, ao lado de Percy. A deusa sumiu deixando-os com os monstros famintos.

– Não se preocupe, ela irá nos matar com as próprias mãos. – Annabeth engoliu em seco.

– Isso era para que eu me sentisse melhor? – perguntou Percy.

– Olha Percy, me desculpe.

– Eu já estou acostumado com você pulando nas minhas costas por causa de aranhas. – respondeu ele chutando o focinho de um dos leucrotas.

– Não por isso seu lesado, por ter dito sim ao presente de minha mãe.

Annabeth queria vomitar o próprio estômago se possível e Percy também. Der repente toda a raiva que ele sentia, a depressão, o peso do mundo que ele voltou a sentir sobre suas costas e aquele nó imenso que não sumia de sua garganta tinha mais ou menos um ano... tudo sumiu. Como se nunca tivesse acontecido, ele se sentia normal, saudável, feliz da vida por ter salvado o acampamento e o Olimpo, por ser o filho favorito do pai e por sua mãe estar feliz. Do nada estava extremamente feliz, como se os últimos dez meses nunca tivessem acontecido.

– Ah... Annabeth? – perguntou ele confuso.

– O que? – respondeu ela chutando o focinho do outro leucrota.

– Eu nunca fiquei com raiva de você. – respondeu ele.

– Não?

– Não. Eu fiquei com raiva de mim. Não sei por quê. Na verdade o último ano está meio confuso em minha mente. – ele respondeu perdido.

– Deve ser magia. Hera deve ter jogado alguma magia em você. – respondeu Annabeth. – E agora eu devo ter quebrado.

– Magia do tipo “sala cadula mexe cabula bipedi bopide bu?” ou do tipo “amor verdadeiro”?

– Não Cabeça de Alga! Primeiro isso aí é a música da Cinderela e segundo, nossa vida tá longe de ser Once Upon A Time! – riu Annabeth.

– Bem, se for pra morrer, que seja sem nenhuma magia na minha mente. – disse Percy chutando o leucrota.

– É ISSO! Percy você é um gênio! – exclamou Annabeth.

– Annabeth, hoje não é primeiro de abril. – ele respondeu.

– ZEUS! – ela gritou – O SENHOR DISSE QUE NOS DARIA SUPORTE!

– Essa foi, sem dúvida, a pior ideia que você já teve. – ele respondeu.

E então o chão tremeu, um raio vindo do teto de barro matou os dois leucrotas.

– Meu santo Zeus! – disse Percy assustado. – VEM CÁ, POR QUE QUANDO EU PEÇO AJUDA O SENHOR ME IGNORA?!

Eles caíram no chão e não houve resposta alguma.

– Sério? – disse Percy olhando para cima.

– Vamos embora, Percy. – respondeu Annabeth.

– E os demais?

– Não creio que Hera tenha dito a verdade sobre os outros. Vamos, podemos perder nossa melhor chance de chegar ao semideus.

Ela correu para a porta do outro lado da sala e Percy a seguiu, puxando-a pelo braço e agarrando lhe pela cintura, com isso ela ficou mais alta, os lábios dos dois quase se encontravam.

– Percy... – ela sussurrou.

– Annabeth... – ele respondeu.

– LEO! – Leo gritou.

O casal se virou e viu Leo e Nico, eles tinham alguns cortes, mas pareciam bem.

– Valeu Afrodite. – Percy disse sarcástico.

– Vocês estão bem? – Nico perguntou ao ver as calças dos dois rasgadas e os leucrotas mortos.

– Tudo ótimo! – Percy disse, irritado.

– Graças ao meu avô. – Annabeth disse olhando para cima.

– Ok, vou anotar isso nas coisas de “O Impossível Aconteceu”. – zombou Nico. – Zeus ajudando uma neta.

– Bem, já que as hienas morreram, a gente pode ir atrás desse semideus malvadão? Pelo que Nico descreveu, o Acampamento Meio-Sangue é muito maneiro e eu tô doido pra chegar lá! - exclamou Leo.

Annabeth e Percy se entreolharam. Nico parecia alegre.

– Vamos lá agitadinho. – disse Percy sorrindo.

Percy passou o braço pelo pescoço de Leo e esfregou seu punho no cabelo do menino. Ele deveria estar com raiva por Leo ter interrompido o beijo que ele ia dar em Annabeth, mas por algum motivo, Percy se sentia tão feliz de ter magicamente se livrado dos medos, inseguranças e problemas que sentia (que também apareceram magicamente) que nem conseguiu ter raiva de Leo. E assim os quatro caminharam rumo a tal porta. Sem saber que estavam sendo seguidos.


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