About Sirius Black escrita por Ster


Capítulo 9
Antes - 2º


Notas iniciais do capítulo

Oláááá meus pitelzinhos, como diria o protagonista.Vamos lá? Conversamos nas últimas notas.Espero que gostem e não esqueçam de me dizer o que acharam, ok?Até lá embaixo.



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SKY STILL BLACK

FEVEREIRO

HOGWARTS




Era 14 de fevereiro, metade da escola estava em Hogsmeade com seus pares enquanto os pirralhos (nós), tínhamos que ficar enfurnados dentro da escola, vegetando. O jardim fora todo ocupado pelos primeiranistas e secundaristas, e claro, alguns alunos mais velhos que estavam enjoados de ir à Hogsmeade ou estavam tão encalhados quanto todo mundo ali. James tinha desaparecido, Remo simplesmente ignorava os olhares de Dorcas, Emmeline e Lily, Pedro estava bem longe do lago conversando com Pandora Moon enquanto eu, encostado na árvore, admirava a belezura da Mary MacDonald. Ela também me olhava, toda vermelhinha. Que gracinha! Olhei Remo.




– Você é viado ou algo do tipo? – perguntei.

– Desculpe? – ele tirou seus olhos do seu livro, estava no meio da linha entre quase doente, ainda tinha sua coloração normal, mas os olhos cansados já estavam voltando.

– Tem quatro lindas garotas quase se matando por você e... E nada! Você não faz nada!

– O que quer dizer com isso?

– Porra, Remo! Lílian, Alice, Emmeline e Dorcas! Elas gostam de você, seu aluado do cacete! – exaltei-me, quase pulando em seu pescoço a ver sua cara de surpresa. Depois ele deu um risinho.

– Como você sabe disso?

– Hm, deve ser porque eu não sou cego que nem você. – ele olhou para elas no lago e ficou vermelho.

– Lílian é linda.

– Não mais que Emmeline. – sorri.

– Mas James gosta dela, então...

– Ah fala sério, James gosta de todo mundo que é bonito. Não lembra que semana passada ele disse que não sabia se iria conseguir viver sem Kaya Tenembault? – eu ri, lembrando do safado espiando-a pelo buraco da porta do banheiro feminino.

– De qualquer forma, é uma falta de respeito. Igualmente Alice, Frank gosta dela. – Dei um pulo com a notícia.

– Frank Longbottom? – perguntei. Remo assentiu.

– E Emmeline, bem, você gosta dela. – estalei a boca, fazendo-me de sonso.

– Não gosto não. Só acho ela bonita. – Remo olhou-me, é, não adianta mentir para o mais esperto do grupo. – Ok, mas você ainda tem Dorcas.

– Dorcas é maluca. – disse James, jogando-se no gramado. Ele estava muito sorridente, hm...

– Onde estava? Digo, o que estava fazendo. – quis saber.

– Digamos que acabei de beijar Charity Burbage.

– O QUÊ? – gritamos em unissoro. James apoiou-se no cotovelo e riu para nós, bagunçando seu cabelo. Que metido do inferno! Eu não acredito, não acredito, não acredito!

– Jura por Merlin? Beijou mesmo? Tipo... Com a língua e tudo mais? – eu quis saber. Ele assentiu, ainda rindo. – Como é? Não é nojento?

– Não, calma, sem língua. – ele fez uma leve careta.

– Aff, você é a pessoa mais lenta que eu já conheci! – gargalhei. – Eu jurava que você ia morrer tentando beijar Lily Evans.

– Um dia eu beijo a Evans, mas por enquanto vamos ficar apenas com a Charity. – ele dentou-se na grama novamente, em silêncio, provavelmente pensando no beijo que deu na Burbage.



MARÇO






O sol não era discreto ao invadir a cortina ao redor de minha cama.




Eu odiava dormir com aquela cortina aberta, eu me sentia muito exposto, por mais que eu estivesse em um quarto com todos os meus amigos. Merlin era tão firmeza que meu aniversário caiu bem no domingo, em um dia que não tem aula. Abri os olhos lentamente, curtindo a sensação de ter oficialmente meus lindos doze anos. Assim que abri os olhos, dei de cara com a imensidão castanha dos olhos de James, deitado ao meu lado. Eu estava tão sonolento que não consegui chutá-lo para fora de minha cama ou assustar-me. Ele sorria para mim. Respirei fundo olhando a cortina cor de vinho em volta de mim.

– Bom dia, raio de sol. – sussurrou James.

– Será que você tem noção do quão gay isso é? – quis saber. Nós dois estávamos deitados de lado, um fitando o outro, Merlin, aquilo era muito comprometedor. Será que eu estava rodeado de homens afeminados? Remo, James...

– O que quer fazer hoje? É seu aniversário, pode escolher quem você quiser. Menos a Evans, não sei se seria muito divertido azará-la.

– James, eu gostaria que saísse da minha cama, é meu único pedido de aniversário. Aliás, desde quando está aqui?

– Puxa, eu me sinto muito sozinho, Sirius! Você simplesmente sai do banheiro e se fecha aqui, e eu fico com cara de idiota, porque Remo quase que desmaia na cama e Pedro nem se fala!

– Você parece uma mulher.

– Olha, não estou aqui apenas por ser seu aniversário, e sim também por outra coisa.

– Sim?

– Eu preciso que você fale com a Lily. Diga que pedi desculpas.

– Hã? Pelo o que?

– Eu... Eu estava andando pelo segundo andar e Snape passou por mim, e você sabe que minha mão simplesmente coça quando ele está perto, não é? Bem, eu meio que joguei uma azaração tão forte nele que Lily Evans quase morreu. Não foi minha intenção, só foi um reducto, eu estava treinando!

– James, você é o cara mais babaca que eu já conheci. – gargalhei com sua cara de choro.

– Por favor, você precisa falar com ela.

– Você é da Grifinória ou não? Peça desculpas você mesmo!

– Vai Sirius, quebra essa! Você vai gostar bastante do meu presente de aniversário. – Ele sentou-se e espreguiçou-se, descobrindo-se e abrindo as cortinas da cama, deixando que o sol me cegasse. No pé de minha cama, uma pilha de presentes fez meu ego inflar absurdamente. Pedro provavelmente já tinha descido, ele acorda exatamente dez minutos antes do café da manhã, para não perder nenhuma opção. E Remo infelizmente não estava ali, tinha sumido novamente. Peguei o primeiro presente, o dele. James sentou-se ao meu lado e assistiu eu desembrulhar os presentes.

Remo presenteou-me com um livro que James agarrou da minha mão assim que terminei de abrir “Feitiços úteis para Bruxos Mal Feitores”.

– Ah, eu preciso dizer a Remo que o amo. – sorriu James, folheando o livro. O segundo era um embrulho de Narcisa. Abri a caixa verde escuro e admirei o lindo relógio pesado. Dentro havia uma cartinha me parabenizando e dizendo detalhadamente que o relógio era de ouro de duende e os diamantes verdes eram originais, um dos relógios mais caros que ela conseguiu achar. Aff, dane-se, desde que desse para ver as horas, ótimo.

O segundo presente era um livro das Artes das Trevas. Nem preciso ler o bilhete me parabenizando, eu sabia que era de Bella. Abri um presente misterioso. Tinha a foto de um bebê com cachos rosas, muito bonito. Meu coração tremeu quando virei a foto:

“Para meu primo favorito, algo que o faça se lembrar de mim. Espero que sinta minha falta tanto quanto eu sinto a sua. Hoje, enquanto você completo seus doze anos de idade, Dora e eu estaremos na janela admirando a estrela mais brilhante da constelação.

Feliz aniversário, Sirius.

De sua prima que te ama muito,

Andrômeda Tonks.”

– Quem é esse bebê? – perguntou James. Fitei novamente a foto, só notando depois o rosto cansado de Andy com seu bebê e a careta de Tonks com seu cabelo azul, fazendo a pequena Ninfadora rir no colo da mãe.

– Acho que minha sobrinha. – dei a foto para James ver melhor e fitei o presente de Andrômeda. Não era nada especial, mas foi o melhor presente que eu recebi. Em uma moldura banhada a ouro, uma foto antiga, provavelmente mais uma das diversas que Andy roubou ao sair de casa. Bellatrix estava no auge dos seus quinze anos, queixo erguido e olhar de desafio em um lindo vestido vinho. Ela tinha seus braços cruzados ao lado de Andy, que tinha seus braços em meu ombro, e o leve olhar de arrogância em seus traços tão parecidos com o de Bella, já com seus catorze anos. Narcisa seguia a mesma linha das irmãs com onze anos. Olhar de superioridade, e um esboço de sorriso prepotente ao redor de suas madeixas louras e seu vestido azul claro. E eu, com meus oito anos de idade, também posava assim para as fotos. Arrogância, prepotência e superioridade, de mãos dadas com Régulo com seus seis anos já sabia fazer o mesmo olhar que a família.

James notou meu silêncio.

– Então você sempre teve essa cara de metido. – ele sorriu. Sorri para a foto que se movia. Bella sempre olhando ao redor com arrogância, Andy segurando o riso, Ciça impaciente, querendo saber se estava bonita ou não na foto sendo que sabia muito bem que estava. Coloquei a foto na cabeceira e continuei a fitando. Liberei-me do choque inicial e peguei o presente mais pesado, era de tia Druella e tio Cygnus. Abri a caixa e me deparei com uma penca de roupa, ah não, ninguém merece! Me desse dinheiro já que não sabia o que me dar! Até que não eram muito feias, eram caras, isso era visto. O presente de minha mãe e papai era o que eu receava.

O anel.

Aos doze anos, todos os Black recebem um anel de uma rubi extremamente rara que somente a família Black possui, e sempre que um Black nasce, eles mandam fazer esse anel.

Peguei o anel pesado em minha mão. James soltou um assobio de assombro. Era muitíssimo negro e o rubi era gigante, assim como o de Ciça, Bella, Andy e todos os Blacks. Coloquei no meu dedo do meio e respirei fundo.

Me sinto patético.

Tinha outros presentes irrelevantes de pessoas que mal me viam. O mais legal foi o de Bartô, que me deu uma grande caixa com bombas de bosta. James colocou a mão no rosto, simulando choro, dizendo que Bartô Crouch era o melhor amigo que alguém poderia ter. Pedro deu-me uma miniatura de uma Nimbus 1000, coloquei-a também na cabeceira e olhei James.

– Seu presente não pode ser embrulhado. Vista-se, vai ser um dia incrível. – ele sorriu.




SKY STILL BLUE - ANDREW BELLE






O café da manhã nunca foi tão bom.



Pedro nunca foi tão palhaço e James tão divertido, meu dia estava incrível e eu mal podia esperar para ver que presente era esse que James estava tão ansioso para me dar. Nós três andávamos pelo corredor, felizes, não muito, mas felizes. A sensação de estar faltando algo era permanente quando Remo não estava lá, era tudo menos legal, menos engraçado. Nossas tiradas ficavam menos inteligentes. No meio da tarde, enquanto comíamos a deliciosa caixa de bombons refinados enviado por meu tio Alfardo, James saiu por um momento e levou Pedro consigo, me deixando sozinho.

– Sabe, acho que nunca notei que você era bonitinho. – Emmeline apareceu atrás de mim, sentando-se na árvore também, ao meu lado. Olhei-a, fascinado. Meu Deus, aqueles olhos eram a coisa mais linda que já vi em toda a minha vida. Eu poderia simplesmente criar um rubi daqueles olhos e colocar em um amuleto. Era um fundo incrível e brilhoso, como se fossem mil diamantes grudados. – Sirius?

– Desculpe... Você tem olhos...

– Lindos. Eu sei. – ela soltou um sorrisinho típico de Emms Vance. Você não me conhece nem um pouco. E nem vai.

– Humilde.

– Por que eu fingiria que desconheço minha beleza? Você não faz isso.

– Impossível, seria muito cinismo. – nós rimos. Um raro momento de paz entre mim e Emmeline.

Ela tocou seus cachos castanhos e olhou-me, misteriosa. O céu nunca foi tão azul e o lago nunca brilhou tanto ao ver Emmeline Vance aproximar-se de mim lentamente. Eu conseguia ver cada sarda de sua pele branca e macia. Virei meu rosto na direção contrário do seu e em segundos, eu senti os lábios molhados de Emmeline nos meus. Ela ficou assim por alguns segundos e então beijou meu lábios inferior, bem devagar, e quando eu movi minha mão para suas pernas, Emms afastou-se e deu um tapinha em meu ombro.

– Feliz aniversário, Sirius. – levantou-se e saiu, me deixando pasmo. Acabei de dar meu primeiro beijo. E melhor, com a garota mais linda que conheço. Ao longe, o sorriso de James era tão grande que eu conseguia ver dali. Era esse meu presente de aniversário? James Potter, seu safado! Tudo que eu posso fazer agora é falar com Lily quando seu aniversário chegar, e retribuir esse presente maravilhoso.




A noite caiu rápido em Hogwarts e eu estava sentado na janela da sala Comunal, vendo-a. A estrela maior e mais brilhante da constelação Canis Major. Sempre no mês de março, ela dava as caras para mim. Perguntei-me se minha mãe também olhava Sirius no céu, se Andy e minha sobrinha Ninfadora também o faziam, onde quer que estivessem.




– Há doze anos, a maior estrela da constelação Canis Major brilhou mais forte. – a voz de Marlene ressonou por toda a sala Comunal vazia. Ela estava de pijama, seu moletom e camiseta eram de estrelas. Ela sentou-se na janela comigo e admirou comigo a estrela.

– Onde você estava? Não te vi o dia todo.

– Eu tive que ficar no Corujal esperando. – ela trazia consigo uma caixinha. – Eu não sabia o que fazer, quase entrei em desespero. Você tem tudo o que quer, então... Feliz aniversário.

Ela entregou-me a caixinha vermelha e meu coração parou. O melhor foi guardado para o final. Uma miniatura perfeita de uma motocicleta negra e luxuosa estava em minhas mãos. Ela sabia. Como? Eu estava chocado, nem sequer lembro de já ter comentado com ela meu amor por essas bicicletas com motor. Parece que se passaram anos enquanto eu fitava a miniatura.

– Estou exausta, espero que não se importe, vou me retirar. Mas... Você gostou?

– Eu... Muito... Eu...

– Acho que sim. – sorriu ela. Antes de Marlene se levantar, era como se algo agisse sob mim e de repente eu não tivesse controle sob meus atos. Eu praticamente pulei em cima dela e a abracei. Fiquei assim por alguns segundos, até finalmente Marlene retribuir, me abraçando também. Soltei-a, ainda próximo.

– Muito obrigada. Foi meu melhor presente.

– Eu fico feliz. – sorriu ela. Então Marlene aproximou-se rápido demais e eu fiquei indeciso em empurrá-la longe ou ir em sua direção. Mas tudo que ela fez foi depositar um beijo rápido em minha bochecha, descendo da janela em seguida e subindo para o dormitório feminino. E Sirius brilhou fortemente no céu quando eu toquei minha bochecha. E eu encostei-me na janela novamente, brincando com a miniatura, fazendo-a pular as estrelas e rodar ao redor da lua cheia. Um grito preencheu o ar, mais uma noite assombrada na casa dos gritos. Mas tudo que eu conseguia fazer era refazer mil vezes em minha mente a superfície escamosa do rosto de Marlene roçando na minha levemente, de seus lábios em minha bochecha e o maldito sorriso que não saia de meu rosto.

Simplesmente não saia.


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Notas finais do capítulo

Esse é o último capítulo do segundo ano e nos despedimos dessa época do Sirius com muito style hahaha Já no terceiro ano, logo nas primeiras linhas do capítulo, se inicia mais um ciclo da vida do Srius e eu acho que vocês sabem o que é.
E nasce o apelido Aluado hahahahahahahahahahahaha Finalmente nosso protagonista beijou e a garota que ele queria, fala se não é sortudo? Eu estou muito feliz por ter saído desse ciclo infantil do Sirius e já poder fazer algo mais sério, eu não aguentava mais, exige muito criatividade escrever a cabeça de uma criança. Finalmente as coisas VÃO ACONTECER HUHUEHUEHEUHE
Quem aí está ansioso pra reação dos Marotos ao descobrirem que o Remo é um lobisomem e pior, quem descobriu que ele era? Como foi a reação do Remo? Quem aí não vê a hora do James da a turbinada final e finalmente se tornar quem a gente vê em todas as histórias?Quem quer saber se vai ter mais cenas do Voldemort?Dorcas ou Emmeline, doce indecisão, Remo.Vamos conhecer os pais do James? Do Remo também! E finalmente, o BELO se apaixona pela FERA. Ou será que os papéis estão invertidos? Não seria Marlene a Bela... E Sirius a Fera? ME DIGAM O QUE VOCÊS ACHAM!
Até.
¹A constelação Canis não é no mês do aniversário do Sirius, e sim em Janeiro. Mas eu mudei pra ficar mais legal, foda-se. hahahaha