About Sirius Black escrita por Ster


Capítulo 74
Depois - 1994


Notas iniciais do capítulo

EU
NÃO
ACREDITO!
Caramba, sem nenhum compromisso, eu digitei umas palavrinhas no Word e saiu um capítulo, DEUS SEJA GLORIFICADO DE PÉÉÉÉÉ! Não é longo como deveria ser, como eu estou devendo a vocês... Mas porran, é um começo dos bons! Eu estou até animada novamente e eu espero que ninguém tenha morrido ou me abandonado. Porém eu até vou entender abandono porque né.

O capítulo é "engraçadinho" porque eu não quis já recomeçar com tudo, já entregar algo muito duro, melhor irmos bem devagarinho e eu não vejo a hora da desgraça toda acontecer para termos muitas e muitas cenas com outros personagens porque usar só a Emmeline e o Remo basicamente me obriga a: personagens novos.

Espero que gostem...........................



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/381260/chapter/74

1994

LETTERS FOR HARRY

Silêncio sempre foi o meu maior inimigo.

Eu gostava de dormir entre o barulho, apesar de a Mui Antiga e Nobre Casa dos Black sempre ter sido muito silenciosa. Havia algo no silêncio que me incomodava, por mais que eu não soubesse o porquê. Minha afinidade com o barulho é algo assustador. Enquanto Emmeline e eu viajamos, raramente voltando à Grã-Bretanha, eu gosto de ouvir o barulho. Seja do mar, seja de uma língua diferente... Eu preciso de um barulho.

Pois ele me acalma, me aquece, me cobre.

Expulsa pensamentos, reflexões e arrependimentos. Expulsa fantasmas e problemas antigos. Com o barulho, eu não preciso me lembrar de Harry e nem me preocupar com ele. Não me lembro de Dora e muito menos de Remo. Às vezes, eu nem me lembro de Emmeline. Minha mente flui como nunca e por minutos eu estou livre de mim mesmo.

– Tudo bem, é seguro. – tivemos que voltar no verão. Harry vinha reclamando de dores em sua cicatriz. Nós ficamos fora por tanto tempo que andar desconfiando de um quadro virou um costume. Eu nunca vou conseguir agradecer Emmeline por tanto apoio, aliás, eu sequer saberia como fazer isso. Havia apenas uma pessoa no mundo que tinha esse mesmo problema com o vazio, esse era James. Ele também ficava extremamente incomodado com o silêncio, mas a relação dele com o mesmo era extremamente vacilante: Às vezes, apesar de tudo, James abraçava o silêncio como um velho amigo.

Mas eu nunca consegui fazer o mesmo.

Eu fujo dele como o diabo da cruz, e quando ele finalmente me engolia, eu simplesmente deixava que ele acabasse comigo lentamente. O silêncio é... O silêncio é a singela apresentação de que acabou, por um tempo, ou para sempre. Silêncio está nos casais que não se amam, nas famílias que perderam seus entes queridos, em memórias onde os que eram presentes... Não estão mais lá. Eu gosto de lembrar, por exemplo, que durante a adolescência, eu me achava um herói por qualquer atitude “nobre” ou fora do padrão. E somente agora, vinte anos depois, eu pude notar que de herói eu não tenho nada.

Sempre o vilão, sempre lutando contra o herói, o maldito silêncio.

[][][]

FOUR MONTHS LATER

– Remo, posso te perguntar algo?

– Claro, Sirius.

– Assim, Harry já comentou com você, de repente... Sei lá, sobre alguma fornicada...

– Quê?

– Ele não te fala das meninas que ele pega? – Remo parecia perplexo, realmente não entendo o porque. – Hein?

– Como... – ele respirou fundo, repensando no que falar. – Você não tem nada melhor para pensar?

– Eu estou intrigado, tenho vontade de perguntar à ele, mas tudo que Harry sabe fazer é perguntar sobre onde eu estou e falar sobre provas, e eu lá quero saber sobre provas? Eu já não fiz provas o suficiente?

– Harry não é como James, Sirius, eu já te expliquei isso milhares de vezes. – BESTEIRA. Claro que é, impossível as meninas de Hogwarts não desmaiarem aos pés dele com o rosto de James e os olhos de Lily. A própria Emmeline fica vermelha quando olha o garoto, e convenhamos, até eu ficaria apaixonado por ele!

– Ah não, impossível ele não ter nem uma namoradinha.

– Pergunte a ele.

– Não posso perguntar uma coisa dessas, vai ser tosco! – constatei, sendo o mais claro possível, como você é brega e antiquado Remo! – Você que é o tio de oitenta anos que faz as perguntas “e aí, como vão as namoradinhas”.

Emmeline gargalhou, fazendo Remo ruborizar. Ótimo, adoro deixa-lo sem graça, é sempre inédito.

– Pelo que eu saiba, no curto ano que fiquei com ele... Harry não tem nenhuma... Namoradinha.

– Puta que pariu, quatorze anos na cara espinhenta e nenhuma namorada? – perguntei, perplexo.

– Ele não tem nada com aquela menina... A dentuça do cabelo... Qual o nome? – Emmeline falou vagamente.

– Hermione Granger, adoro essa menina! Ele não pega ela? – perguntei a Remo. Emms e eu nos inclinamos nas poltronas, esperando ansiosamente. Eu apoio esse casal com todas as minhas forças, é tipo um James/Lily atual, mais excitante e menos irritante, pois eles são amigos. Cruzes, estou parecendo Marlene aos doze.

– Eu não sei, eu não... – Remo parecia assustado. – Eu não fiquei perguntando quem ele beija ou não, e vocês não deviam nem se importar com isso considerando tudo que o menino já passou e...

– AAHHHHHH, BLÁ, BLÁ, BLÁ, BLÁ. – berrei. – Eu pensei nisso por doze anos, não vou perder mais um pensando nisso!

– Eu acho que ele gosta dessa Harmonia.

– Hermione. – corrigi Emmeline.

– Essa mesmo. Seria um casal tão bonitinho! Mande uma carta pra ele o incentivando, Sirius!

– Eu acho que vou contar a ele as putarias que James fazia aos catorze anos para ele ficar inspirado, estou achando esse garoto muito fraco.

– Harry se preocupa com coisas importantes, Sirius, como a escola, seus amigos, suas notas...

– Ai que saco, ele deve ser UM SACO que nem você. – retruquei terminando meu uísque. – Ele precisa de umas dicas, vou escrever uma carta.

– Isso, conte o que você e James faziam!

– Vai dar mil rolos de pergaminhos. – exclamou Remo, rolando os olhos. – E suas cartas sempre foram péssimas.

– O QUÊ? – ah não, não, não, não! – Olha aqui, eu estou sendo um ótimo adulto, para sua informação, eu estou dando conselhos duros e sempre muito altruístas, ok? Cheio de “tome cuidado” e “fique longe daquilo e disso”.

– Rezando para Harry fazer o contrário. – riu Emms.

– Claro! É assim que a vida funciona! – Já com a pena e o pergaminho em mãos, um pouco bêbado pelo uísque, comecei a escrever com a ajuda de meus únicos acompanhantes desses meses sombrios:

“Querido Harry,

Venho tido uma preocupação exagerada com a sua vida pessoal, não consigo parar de pensar no fato que ter vivido todos esses anos sem uma influência paterna possa ter deixado alguns pontos sem seus devidos nós.

Harry, precisamos conversar sobre sexo.

Por favor mantenha a calma e continue lendo esta carta escrita com muito amor e carinho paterno de seu único parente (Remo não conta): Durante a adolescência, é normal que fiquemos imaginando as garotas nuas, deixarmos elas subirem na frente as escadas para podermos ver suas calcinhas e fica extremamente feliz quando pele aparece em tanta porra de uniforme. Mantenha isso em mente, todos os garotos pensam o mesmo que você.

Em segundo lugar, tenha plena consciência que você herdou a beleza escultural de James Potter, uma lenda em Hogwarts. Logo, você deve usar isso como benefício. Agora você deve estar se perguntando como: Abrindo a boca. Harry, há mais poder em suas mãos do que você é ciente. Pelo bem feminino, você precisa se manifestar logo, caso contrário, eu começarei a duvidar da sua sexualidade. Não que isso seja um problema, pois meu melhor amigo é gay, sim, Remo é homossexual.

Venho observando com o tempo que você passa muito tempo com essa garota que tanto admiro, Hermione, e logo me pergunto se nada além de amizade acontece entre vocês. Ela é estranha, mas é uma garota adorável (Um dia te contarei minha paixão por uma garota com varíola de dragão). Que tal convidá-la para sair à Hogsmeade (sem aquele ruivo), pagar uma pipoca, conte a ela sobre o quão ela é bonita e meu caro, é instantâneo. Claro que há todo um esquema que eu preciso lhe ensinar pessoalmente, é uma tática inventada por seu pai, apesar da minha ser muito mais eficiente.

Claro que a tática do seu pai não conquistou sua mãe, só render socos e feitiços ofensivos, mas toda tentativa é válida. Enfim, não quero me entender muito, só quero que saiba que isso basicamente limpa a minha mente de todo o remorso quando penso na possibilidade de James estar envergonhado de você não ser o macho alfa de Hogwarts. Segundo Emmeline isso é machista e escroto, mas é da sua linhagem, não fique ofendido e nem pressionado, não é a intenção.

Com amor,

Sirius”

– Isso é ridículo. – exclamou Remo após reler a carta. – Você foi machista, retrógrado e idiota. Igual a James.

– Claro, eu estou fazendo o papel de pai aqui, com licença! – sentei-me novamente, sentindo-me de consciência leve. Emmeline parecia me jogar um sinal mental apontando com os olhos para a gravata de Remo, a única cor em tanta roupa cinza e bege.

– Ahhhh, comprou gravatinha nova, foi? – Remo ficou vermelho tão violentamente que praticamente gritou na minha cara a verdade. DESGRAÇADOOOOOOOOOO! – SEU...

– Olha, eu não posso dizer a ela que vou parar de falar com ela porque seu tio foragido assassino mandou! – justificou o cachorro, encolhendo-se.

– É pra ficar longe dela, é uma criança seu pedófilo maldito!

– Ela tem vinte e dois anos, Sirius, ela ainda não tem os dez anos que você pensa.

– Então vocês... – Emmeline apenas terminou de tomar seu vinho lentamente, deixando no ar a pergunta. Por todas as divindades, meu coração dói só de imaginar dois corpos suados cujos são os de Remo e Ninfadora juntos, um nojo enlouquecedor me sobe a cabeça quase me dando o impulso de estrangular Remo e embalar Dora como um bebê. Por mais que eu não possa falar com ela, assim que eu puder, e se um dia eu puder, vou jogar um Imperius infinito nela para que isso não aconteça jamais. Como Ted, que viu Remo crescer, pode deixar algo assim acontecer.

– Claro que não, eu concordo plenamente com Sirius, ela é muito nova. – Ai graças a Deus, Merlin é tão bom! – Mas não posso negar que ela é extremamente... Atrativa. Digo... Ela atrai as pessoas, não sei explicar.

– Remo, só vou dizer uma vez: Se você ousar...

– Você fala como se fosse o pai dela, nem Ted age dessa forma, ele até apoia. – riu Emmeline.

– Eu não posso apoiar o romance de uma garota que eu troquei as fraldas com uma pessoa que eu conheço desde os onze anos!

– Sirius, eu estive sozinho por todos esses anos, não vai ser agora que esse quadro vai mudar, fique tranquilo. – Lá vem: Me deixou sem graça de novo. Não só a mim, mas como Emmeline. Esse poder doentio de deixar as pessoas incomodadas pelo jeito nasceu e vai morrer com Remo. O assunto mudou em pouco tempo, mas ver o anel de Dorcas no dedo de Remo, por mais que não fosse onde deveria estar, é a prova viva de que não só eu, mas todos ali estavam presos ao passado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obviamente eu sei que é um livro infantil, e eu tenho certeza que a J.K até escreveu algumas coisas sobre a sexualidade do Harry, mas teve que cortar por conta de faixa etária.

Mas graças a Deus eu não preciso fazer isso aqui, e sim, teremos muitas cenas sobre o Sirius incentivando o Harry a pegar Gina, Hermione, o mundo todo.

PERDÃO A DEMORA,

MUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH