About Sirius Black escrita por Ster


Capítulo 5
Antes - 1º


Notas iniciais do capítulo

ÚLTIMO CAPÍTULO do primeiro ano do Sirius. Passou rápido, né? hahahahaha
Esse capítulo é um pouco triste comparado ao último, que é bem engraçado.
Eu tentei captar o MÁXIMO que eu consegui daquele Sirius mimado e egoísta que a gente conhece na Ordem da Fênix. Lembra quando o Harry tem que voltar pra escola e ele começa a ficar emburrado? Então, esse Sirius mesmo. hahahaha
E também conheceremos outra Bella, a que conhecemos na época do Harry mesmo. Vamos lá?



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THE WEIRD BELLATRIX

JUNHO

– Como você pode fazer isso comigo? – havia uma voz chorosa no lugar. Estava tarde demais para ter alguém acordado, mas pelo jeito tinha. Estava quente, pois as tochas estavam acesas. James e eu estávamos agachados no cantinho da parede, estávamos indo para o terceiro andar quando Bella, Ciça e Andy simplesmente brotaram no corredor, elas estavam brigando.

– Bella, eu amo você. Nunca vou te deixar de verdade. Mas... Não é isso que eu quero. – lamentou-se Andromeda.

– VOCÊ PERTENCE A MIM! – o berro de Bellatrix cortou o ar triste. Meu coração disparou de medo. – Andy, por favor, eu te imploro. Não faça isso, por favor, não me deixe, eu te imploro... Por favor, Andy...

Mas que porra era aquela? Bella não odiava Andrômeda? Ela eram demasiado parecidas, isso era fato, quase gêmeas, mas ela viviam brigando. Nunca concordavam em algo e nunca gostaram da mesma coisa. De onde saiu todo esse amor de Bellatrix?

– Bella, me escute! Eu sei que você não gosta de Rodolfo. Então por que? Por que você vai aceitar alguém que você não ama.

– Essa não é a questão...

– É a questão sim! Você tem que ser livre para ser quem você é! E apesar de não mostrar, eu sei sim que tem muito amor nesse seu coração. Então por que você não mostra? Por que tanto medo?

– Sua vaca idiota! – xingou Bellatrix. Mas um soluço interrompeu tudo. – Viu? Fez Ciça chorar!

– Ciça está chorando pois nem menstrua e já sabe que tem um marido! Isso não é justo, não é saudável! Ela tem que se apaixonar e escolher com quem casar!

– Fique conosco. Com sua família. – não sei o que estava acontecendo comigo, mas uma lágrima escorreu em meu rosto. Graças a Deus, James não tinha visto. Uma melancolia tomou conta do meu peito. Fala sério, eu nem sequer gosto das minhas primas... Ou gosto? Será que lá no fundo eu gosto da minha família? Mas como? Como posso gostar da forma como tia Druella forçava Bella a fazer coisas que ela não queria, ou brigava com Andromeda por ela sujar seu vestido caro ou ela apoiar a superficialidade de Narcisa, que não vê outra coisa que não seja sua beleza. Como eu poderia gostar do meu irmão, que tinha que ser meu melhor amigo e na verdade é quase um inimigo. Mas então eu notei. Não era difícil só para mim, talvez Bella também não tenha gostado daquele punhado de regras no começo... Mas tenha se habituado... Aceitado. Talvez eu seja um bocado egoísta.

– Eu lamento tanto, Bella... Tanto. – chorou Andy. – Mas não vou me sacrificar por essa família. Não mais.

Passos ressonaram pelo corredor. Minha família estava caindo aos pedaços. Um desespero tomou conta de mim e quando vi estava torcendo os dedos, nervoso. A mão de James veio parar na minha, fazendo-me parar. Odiei-me por isso, meus olhos estavam cheios de lágrimas, mas James, que era um palhaço sem limites, estava tão sério como nunca tinha visto antes. Bella e Ciça continuaram chorando mais um pouco e depois foram embora. Pisquei fortemente e sequei as lágrimas, respirando fundo. James levantou-se e ergueu sua mão para mim. Dei um meio sorriso e a peguei, levantando-me também. Caminhamos em silêncio em direção do terceiro andar. Ele tinha um cheiro de mofo quase insuportável, mas ainda assim James e eu gostávamos demais daquele lugar. Atrás do quadro de flores, entramos no banheiro masculino, lá tinha uma banheira quase inacreditável de tão grande e bonita, talvez fosse dos monitores em alguma época que não era proibido. Havia vidros coloridos no teto, o que dava uma iluminação massa ao lugar. James sentou-se na banheira enquanto eu deitava-me no chão, em silêncio.

– Sabe, meu pai não fala com o irmão dele há muito tempo. – disse James, de repente. – Às vezes eu fico triste, pois eu gostava demais do Tio Harry. Ele era meu único amigo.

– James, cala a boca.

– Digo, eu não tenho irmãos, então foi uma vida bem solitária. E ele me deu minha primeira vassoura, então eu idolatrava o cara.

– James...

– Quer saber? Não é verdade aquele lance que o Remo disse sobre você ser arrogante. Você é muito humilde.

– Obrigada. – tinha algo pinicando minhas costas. Sentei-me, e peguei um enorme caco de vidro que quase perfurou minhas costas.

– Não foi nada. O que eu quero dizer enfim é, eu também não sou nada que Remo disse. Ele foi até um pouco infeliz naquele comentário, está se achando pois Lily o trata bem e a mim não, mas quer saber de algo? Não me importo com Lilían Evans, eu só queria ser amigo dela porque eu a achei legal, mas pfff, andar com Severo Snape não é muito legal! – Olhei-me no espelho, mas tudo que eu consegui ver foi o teto. Ajeitei o espelho quase na minha cara, mas tinha alguma coisa estranha nele, continuava mostrando-me o teto. – Chega de falar dessa garota. Fala essa, Sirius. Se Grindewald e Dumbledore lutassem, quem... Ah não, essa briga já aconteceu.

– JAMES! – gritei. Ele olhou-me ajeitando os óculos

– Ugh, que rude, para que essa gritaria, quer acordar o castelo inteiro?

– Olha essa porcaria. – fui até ele e dei-lhe o espelho. James mirou-o em seu rosto.

– Mas que... – continuou tentando, frustrado. – Que isso?

– Não sei, só mostra o teto. – olhei o banheiro e os cacos de vidro no chão. Comecei a catar um por um e todos mostravam meu rosto.

– Deve estar enfeitiçado... Como é mesmo o nome daquele feitiço que revela feitiço escondido? Argh, não devíamos sair sem Remo!

Continuei procurando. Desci a banheira e peguei os cacos de vidro lá embaixo também, testando um por um. Até que peguei um que mostrou o olho de James, olhando para baixo. Minhas mãos tremeram com a novidade. Olhei para ele, James estava mesmo olhando para baixo, para mim.

– James, olha para o espelho. – ordenei. Ele virou seu rosto e gargalhou quando provavelmente fitou o meu. Também sorri para ele. – Isso é incrível!

– Isso é mais que incrível. Vai ser muito útil quando Filch nos separar. – continuamos sorrindo um para o outro. Então lembrei-me da conversa das minhas primas e meu sorriso simplesmente se desestruturou. – Ou quando você estiver em casa.

Olhei para James atrás do espelho. Olhei aquele rosto brincalhão e descontraído, o cabelo negro nunca penteado, os óculos estranhos e o castanhos esverdeado dos olhos...

– Você é meu melhor amigo. – James sorriu.

– Você é meu melhor amigo. – ele respondeu. – Agora vamos mostrar isso para Pedro e Remo, eles vão pirar.






Meu primeiro ano tinha se finalizado.

Nossa despedida para Snape foi clássica, ele passou correndo por nós e James jogou em seu rosto a soda que tomava e ainda disse “Desculpe, cara” quando ele parou e caiu no chão, tentando limpar os olhos. Com Lílian Evans, eu nunca vou esquecer:

– Ei, princesa.

– Eu não sou a sua princesa.

– Isso quem decide sou eu.

– Me deixa em paz, James.

– Ou o quê? – Lílian apenas virou-se e quase quebrou o queixo de James com o soco que ela lhe deu. O barulho de punho socando carne quase me assustou.

– Ou isso. É assim que resolvemos as coisa lá onde eu moro. – a gargalhada de Remo preencheu o corredor e Evans ainda virou-se para sorrir para ele enquanto levava suas malas para fora do castelo, mas o olhar assassino de James fez seu sorriso morrer. Ele acariciou o lugar machucado e olhou Snape rindo, esperando Lily na porta. Amico Carrow passou por nós e James colocou seu pé na frente para que ele caísse. Remo pegou suas coisa brutalmente e empurrou James ao passar.

– Não vou assistir suas idiotices. – E foi embora. Amico levantou-se, mas James não deixou, erguendo a varinha. Eu também achava aquilo errado, mas parte de mim queria. Eu gostava, talvez tanto quanto James. Pedro também ficou e assistiu todo o último show de James Potter. Rita Skeeter tirou sua última foto. Sibila deu sua última estrela nos corredores. Pedro sorriu e após torturarmos Amico, eu envolvi meu braço em seu ombro e James e eu sorrimos pela última vez para Hogwarts. Uma nostalgia bateu em meu peito assim que atravessamos o portão.

Os sorrisos trocados, dezessete detenções cumpridas, os abraços, e como eu ri. O que teria sido do meu ano sem Snape para torturar? Sibila para me divertir, Emmeline para encher meus olhos com sua beleza e Lily para fazer James de gato e rato?

Já no trem, nosso compartimento estava até silencioso. Remo ainda estava com um pouco de raiva pelo surto de James, mas aos poucos estava falando, ao notar que iriamos nos separar por um longo tempo. Mas eu já não queria falar. Aquilo significava voltar para casa, voltar para meus familiares e eu não sei se queria aquilo. Eu sentiria muito a falta deles. Antes eu conseguia viver normalmente na casa dos Black, na maior paz impossível, mas depois de saber como é ter amigos, tornou-se algo indiscutivelmente impossível.

– Então... Está com o espelho aí? – perguntou James. Assenti. Remo bateu em minhas costas e puxou-me para um abraço. O próximo foi Pedro. Quando eles terminaram de abraçar James e foram embora, ele sorriu para mim. – Quando estiver entediado, é só me chamar.

– Não fale isso, se não vou parar de encher seu saco.

– Tudo bem. – e então ele puxou-me para um abraço. Apertei as costelas de James, dando um sorriso amargo ao ver mamãe e papai me esperando com Ciça, Andy e Bella. – Tenha boas férias.

– Pra você também. – Então ele correu para uma mulher baixa de cachos negros e um homem muito alto com cabelos castanhos. E eu, bem, eu virei-me para a praga da minha família. Mal cheguei perto e eles já discutiam.

Vai ser um longo verão.






FÉRIAS

CASA DOS BLACK





– Então, você, mesmo não sabendo feitiço nenhum, tem que lutar com um Trasgo gigante e você só entra nas melhores casas se conseguir mata-lo. Digo, Se você o matar, é Sonserina. Se o deixar desacordado, é Grifinória. Caso você só o desarme, é Corvinal. E se você virar amigo dele, aí é Lufa-Lufa. Cada luta leva cerca de quarenta minutos, se você passa disso, eles te mandam de volta pra casa. É bem horrível. – Regulo escutava com atenção como é que se fazia a classificação em Hogwarts. Eu estava tendo a liberdade de aumentar um pouco os fatos, afinal, minha família não era muito de compartilhar memórias sobre Hogwarts.

– Puxa... E por que você não matou o Trasgo? Assim iria para a Sonserina e não mancharia nosso nome. – Dei um tapa com força em sua nuca.

– Me respeita, moleque! Quem é você pra falar de “manchar nossa família...”. Pra que eu ia matar o pobre Trasgo? Ele só estava ali para fazer seu trabalho! Agora, continuando... – Minhas férias se resumiram em poucos momentos alegres. Os mais legais era quando Andrômeda me levou à um parque em Godric Hollow’s. Lá, eu encontrei Remo, James e Pedro enquanto ela passeava com Ted Lupin. Foi um dia muito bom, só que não pode se repetir pois Bella descobriu tudo e tia Druella trancou Andy na casa o resto das férias. Foi divertido também pois seria o primeiro ano de Régulo e ele se rendeu, falando comigo e tirando suas dúvidas sobre a incógnita que era o colégio, uma vez que as informações fornecidas por nossos familiares eram mínimas.

Outra coisa bastante divertido foi falar com James pelo espelho. Ele me mostrava as coisas que estavam acontecendo como o tempo em sua rua, o garoto que ele socou no verão passado, seus pais, seu cachorro Bear, não desgrudamos do espelho as férias inteirinhas. E minha família, bem, a mesma coisa de sempre.

– Seu elfo burro do inferno! – chutei Monstro para longe de mim e ele começou a berrar, colocando as mãos na cabeça. – O que você falou pra ela, hein?

– Menino Sirius fala com o espelho! – ele disse, descendo as escadas às pressas, comigo em seu calcanhar. – Falei tudinho! Meritíssima Senhora Walburga não quer ele falando com traidores do sangue!

– Cala a boca, sua praga! – gritei. – Você vai ver só, espere todos morrerem e eu herdar essa casa, sabe o que eu vou fazer com você? Hein? SABE?

– Nada, senhor, eu vivo para serví-lo!

– Você não serve pra nada, sai daqui antes que te chute tão forte que você vai parar na cozinha! – Monstro saiu correndo, desesperado, soltando gritinhos. Respirei fundo e andei até a sala, jogando-me no sofá. Nada pra fazer... Digo, eu poderia estudar, mas eu já sei tudo, pra que vou ficar revisando? Um risinho invadiu meus ouvidos. Outra vez o risinho e eu já estava perturbado. Tia Druella saiu com Andy e Ciça para comprarem roupas, somente eu, Bella, Régulo e Monstro estávamos em casa. Esse risinho só podia ser da cobra. Subi as escadas furtivamente e encostei meu ouvido na porta de seu quarto. Tinha alguém lá dentro com ela, mas eles estavam falando baixo demais. Encostei na fresta, já deitado no chão.



THE USED - THE BIRD AND THE WORM



– Eu faço. Faço tudo que você quiser.

– Bella, minha doce Bella, você tem que ser paciente...

– Não! Eu quero agora! – ui, quer o que? – Tom... Eu aceito.

Um homem no quarto de uma mulher comprometida, mais um podre de Bellatrix Black entra na minha coleção, hehehehehe. Eu posso ameaça-la com aquilo, posso fazê-la me levar para ver meus amigos. Tom sussurrou algo e de repente a porta se escancarou. Bellatrix tinha os olhos ejetados quando agarrou meu braço com tanta força que quase o quebrou. Tentei me soltar, mas ela estava possessa. Quando meus olhos bateram em Tom, eu dei um pulo com o susto. Ele já era a mesma pessoa que jantou aqui no Natal. Ele estava muitíssimo pálido e seus olhos tinham um vermelho estranho. Bella começou a me arrastar pela casa.

– Bella, não... – pedi, eu nunca tinha a visto daquele jeito. Eu mal sentia minha mão de tanta força que ela usou para segurar meu braço. Tentei segurar-me na escada, mas ela sacudiu-me com força, fazendo-me cair escada a baixo, acabei batendo a cabeça com força em um dos degraus. Minha cabeça começou a latejar e eu não pude segurar as lágrimas. – Bella, me solta, por favor. ME SOLTA!

Ela parecia não ouvir uma palavra sequer do que eu dizia, continuou me arrastando pela casa. Ainda pelo braço, ela levantou-me e desceu correndo as escadas para o porão. Não... Não! Tentei soltar-me novamente, mas suas unhas invadiram minha carne com força. O berro que eu dei preencheu o vazio da casa e as lágrimas explodiram em meu rosto. Eu estava com medo, muito medo. Finalmente Bella soltou-me e quando massageei meu braço, o sangue manchou meu pijama. Ela não disse nada, apenas fechou a porta. Ainda com o corpo dolorido, eu fui atrás dela, tentei abrir a porta, mas ela trancou. Soquei a porta.

– BELLA! ABRA ISSO, ME DESCULPE... BELLA! – continuei batendo na porta. – MONSTRO! RÉGULO! ALGUÉM ABRA ISSO, POR FAVOR!

Uma hora se passou.

Duas.

Três

Quatro.

Um dia.

Depois daquele dia, Bellatrix nunca mais foi a mesma. Aquela não era minha prima, era outra pessoa irreconhecível. Não que ela já tenha sido doce e compreensiva. Seus olhos agora estavam sempre ejetados de ódio. Mais pálida, magra e de poucas palavras. Havia um monstro se apoderado dela, e ele estava na minha casa. A cada corredor que eu virasse, lá estaria, me esperando. Eu estava apavorado, e fiquei mais na última manhã em casa, em que eu desci as escadas e lá estava Bella, sentada no sofá.

Ela chorava e coçava.

Coçava muito uma coisa negra em seu braço, uma espécie de tatuagem. Minhas pernas tremeram e meu estomago pesou ao ver aquilo. Era uma espécie de caveira com um cobra saindo dela, era confuso, eu não conseguia ver direito. Bella lambeu a tatuagem e a cobriu novamente. Parecia nervosa.

Meu coração estava à mil.


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam?
Por favor, COMENTEM, os reviews de você me dão pilha para escrever, me animam e me dão ideias, não me prive de sua opinião, comente!
Até!