About Sirius Black escrita por Ster


Capítulo 42
Durante - 7º


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é bipolar.Quando eu estou de ótimo humor, eu acho ele horríiiiiiiiiiiiiiiiiiiivel, tanto que ja apaguei mil vezes. Mas quando eu estou triste, ele e o capítulo mais compreensível do mundo.Todo o drama dessa fanfic esta aqui, desculpe se eu exagerei em alguma parte porque eu não sei dosar drama, tentei mostrar as duas pespectivas mas eu concordo mesmo é com a Lily no fim das contas hahahahahahaAh, e esse é o penúltimo capítulo do DURANTE!



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YOU AND ME

MARÇO

HOGWARTS

– O que aconteceu? – Lily pegou em minha mão quando subimos as pressas para o dormitório feminino. Ela estava desesperada e agora eu também estava e muito pois eu tinha certeza que o problema era com Marlene, mas ela não conseguiu dizer. Finalmente entramos no dormitório e havia uma garota loura deitada na cama tão pálida e imóvel que eu tive medo de me aproximar. Mas Lily foi corajosa quando sentou-se na beira da cama e virou Marlene.

Mas não era ela.

Ela estava pálida, não havia um vestígio sequer de cor até mesmo na camada escamosa em seu rosto. Seu cabelo estava molhado de suor e suas pupilas vermelhas e sua boca roxa, ela começou a chorar no colo de Lily.

– Eu não consigo parar de vomitar. – balbuciou ela, chorando. Aproximei-me, ainda paralisado de choque.

– Você está quente, Lene Moo... Eu trouxe ajuda. – disse Lily, pegando os remédios de Marlene dentro da cabeceira. Mas Lily mal se moveu e Marlene vomitou em sua saia. Jesus Cristo...

– Desculpe Lily... – mas a Evans não se importou.

– Tudo bem, está tudo bem. Sirius, por favor, pegue ela no colo. Ela precisa... Precisa de um banho.

– E Madame Pomfrey? – perguntei, tentando não demonstrar desespero. Lily deu-me um sorrisinho de desculpas.

– Sirius, isso é efeito do tratamento. Não há nada que Madame Pomfrey possa fazer. Só me ajude, ok? Vou buscar o tranquilizante dela.

– Desculpe, Sirius. – a voz de Marlene era um fiapo quando eu enfiei minhas mão entre sua cintura e joelhos para pegá-la no colo.

– Shhh, fica quietinha. Está tudo bem, Lily foi buscar seu remédio. – fui em direção do banheiro, levando Marlene no colo. Sentei-a na privada e liguei a banheira, colocando água morna.

– Suja e vomitada. Romântico. – ela deu um sorrisinho mínimo, mal conseguindo abrir os olhos.

– Posso te ver pelada novamente para recompensar? – sorri para ela, tentando amenizar o clima ruim. Ela parecia não ter ouvido, quase dormindo. Sacudi-a delicadamente e ela abriu os olhos, olhando vagamente para o chão. Ergui seus braços com muita paciência e tirei sua camiseta do pijama. Ela estava fraca até mesmo para tentar se cobrir. Depois eu a ergui, quase a abraçando, para poder tirar suas calças. Ela ao menos conseguia se manter em pé. Peguei-a no colo novamente e a sentei na banheira. Marlene despertou um pouco, olhando-me entre espasmos trêmulos.

Ensabooei suas pernas e seus braços enquanto ela se encolhia na banheira, juntando seus joelhos contra o peito delicadamente. Esfreguei suas costas, lavei seu cabelo e notei como eu gostei de fazer aquilo. Eu gostava tanto do cabelo dela e fiquei extremamente sentido quando milhares de fios saíram da minha mão. Ela olhou e respirou fundo, segurando o choro. Enxaguei Marlene e continuei conferindo se ela ainda estava muito quente.

Tirei-a da banheira e a envolvi com uma grossa toalha, secando e penteando seus longos cachos. O silêncio no banheiro era reconfortante e incomodo ao mesmo tempo. Mas o que poderíamos dizer? Estava acontecendo. Não adiantava ignorar ou fingir que não existia.

Era mortal.

E estava acontecendo.

Lentamente, mas estava.

Evans finalmente voltou e pegou uma roupa para vestir Marlene. Ela pediu que eu deitasse Marlene em sua cama e misturou as Poções dando a ela em seguida. Mal demorou um minuto para que Marlene adormecesse.

– Isso sempre acontece? – perguntei, olhando Lily deitada ao lado de Marlene, acariciando o rosto dela com cuidado.

– Só aconteceu umas cinco vezes. Ela fica desesperada... Pensa que vai morrer. – Lily suspirou.

– Você... Você acha que... – olhei Lily e ela pareceu entender o que eu queria dizer.

– Não sei, Sirius. Eu rezo pra que não... Mas eu não posso mandar no destino.

MARLENE POV

– Espero que saiba o que está fazendo com aquele garoto. – Lily cruzou os braços. Continuei colocando meus sapatos, fingindo que ela não estava ali. Levantei-me e peguei minha bolsa e coloquei nas costas. – Conte a ele.

– Não.

– Conte a ele, Lene!

– Não agora! – retruquei, irritada. – Não, entendeu? E se você contar, eu vou brava com você. Então melhor calar a boca.

Desci as escadas às pressas, atrasada para minha aula de História da Magia. Eu me recusava a pensar na possibilidade de contar a Sirius a verdade, o que realmente estava acontecendo por mais que eu devesse. Mas eu pretendia sair da vida dele assim que eu estivesse próxima o suficiente desse novo fim, para que ele não fosse tão afetado no final. Eu sentia uma vergonha incontrolável só de lembrar da tarde passada quando Lily o chamou para ajuda-la. Eu não queria que ela o fizesse, mas era ele ou James.

Preferi Sirius.

Encontrei-o na porta, esperando seus amigos. Dei-lhe um selinho rápido e entrei na sala rapidamente para poder escrever uma carta para minha mãe, ela queria uma resposta então ali estava. Peguei o pergaminho e escrevi rapidamente.

“Oi,

Espero que esteja tudo bem aí. Como vai minha pequena Naomi? Já deixou a mamadeira? E Kevin? Ele está lendo os livros que mandei, comendo direito e obediente? Espero que sim, diga a ele que estou vigiando. Você e papai estão bem? Por favor, não se metam em confusões e não deem uma de heróis, não sei o que faria se acontecesse algo com vocês.

De qualquer forma, minha resposta é não.

Sei que vocês estão zangados por isso e espero que me perdoem. Acontece que, às vezes, precisa-se fazer a coisa errada. Às vezes, tem que se cometer o maior erro pra descobrir como acertar as coisas. Erros são dolorosos, mas são a única maneira pra você descobrir quem é. Eu sei quem sou agora. Sei o que quero. Eu conquistei o amor da minha vida, e eu tenho certeza que não quero passar o resto dos meus dias na Bulgária vegetando.

A primeira coisa que faremos será um jantar para que conheçam meu garoto.

Respeitem minha decisão, por favor.

Amo vocês,

Marlene”

Eu devia ter falado de ontem, amoleceria o coração deles e faria com que eles aceitassem com mais facilidade minha decisão. Ou teria efeito contrário, então era melhor não arriscar. Seria um ano maravilhoso, eu iria curtir cada maldito segundo e então, na hora de dizer adeus, eu estaria sorrindo.

É perfeito.

Ao decorrer das aulas, eu só sabia pensar em que presente eu daria a Sirius nesse aniversário. Eu tinha que superar todos esses anos. Porém, eu não tinha ideia do que dar a ele. Ele falava sobre o último jogo de Quadribol e da espionagem que ele fez no treino da Lufa-Lufa enquanto andávamos de mãos dadas pelo corredor comigo imersa na lista de presentes que eu poderia lhe dar. Uma vassoura nova? Uma luva nova? Eu não sabia. Mas minhas tonturas aumentavam mais e mais a cada segundo que se passava e eu amaldiçoava deus e o mundo por me fazer ficar doente bem na véspera do aniversário dele.

O problema com os planos é que eles não levam em conta o inesperado. Então, quando nos arremessam uma bola curva para rebatermos – seja num campo de Quadribol ou na vida – nós temos que improvisar. Claro, alguns de nós são melhores que os outros. Já alguns de nós têm que partir para o plano B e fazê-lo dar certo. E, às vezes, o que queremos é exatamente que precisamos. Mas às vezes… às vezes, o que precisamos é de um novo plano.

Mas eu não tinha.

Eu tive outra recaída e tive que ficar na Ala Hospitalar após o almoço.

Pedi a Lily para que ela não contasse, mas ela estava com raiva o suficiente para fazê-lo.

Felizmente não o fez.

– Eu devia contar, e quer saber? Eu vou se você não disser. – ameaçou ela, andando de um lado para o outro. Minha visão estava meio turva, então eu não sabia o que responder, confusa e exausta o suficiente para ignorar Lily.

– Preciso que envie minha carta para meus pais, e faça um pedido no Floreio & Borrões. Urgente, para hoje se possível.

– Marlene...

– Lily! Pelo amor de Merlin, se você quer me ajudar faça o que estou pedindo! – ela bufou e saiu, levando as cartas. Eu devo ter adormecido por muito tempo pois já era noite quando Lily voltou com o livro.

– Pronto. – acariciei a capa do livro e apontei minha varinha para ela, envolvendo-a com um embrulho. Suspirei e enfiei debaixo do travesseiro, girando a varinha entre os dedos. Lily fez o colchão se curvar para que eu ficasse confortável meio deitada e meio sentada na cama. Ela sentou-se na cadeira, fitando os pés.

– Se eu fosse ele, ficaria extremamente bravo em não saber de nada. – minha garganta trancou quando eu olhei os olhos verdes de Lily.

– Nós somos Marlene e Sirius. E está tudo bem, porque gostamos um do outro. – apertei o ombro de Lily, consolando a mim mesma. Ela maneou a cabeça negativamente.

– E agora você irá machuca-lo tanto que talvez ele nunca fique bem novamente. – Lily nem terminou a fala e eu quase sufoquei em lágrimas. Entre um soluço dolorido, Lily apertou meu braço com força.

– Está tudo bem... Está tudo bem pra mim. Mas... Não é justo. – Marlene levantou-se da cadeira a abraçou-me com força, senti todo o seu aroma de flores e respirei fundo, tentando controlar as lágrimas que brotavam incansavelmente em meus olhos.

– Você precisa dizer a ele, Marlene. Ele precisa saber.

SIRIUS POV

– Salve isso pra você mesma! – Evans insistia em correr atrás de mim pelo longo corredor em direção da Ala Hospitalar. Eu tinha vontade de soca-la, de até mesmo mata-la se fosse possível. Queria que ela sofresse por ser tão falsa, por ter conseguido olhar em meu rosto todos essas semanas sabendo da condição de Marlene, sabendo o que estava acontecendo e nem sequer pensar na possibilidade em me contar, independente se a pessoa em questão achava isso certo ou não.

– Sirius! – lágrimas silenciosas rolavam pelo seu rosto. – Sirius, por favor, me escuta...

– Chega! – gritei, exausto. Virei-me para Lílian controlando minhas mãos trêmulas para bem longe de seu pescoço magro. Ela deu um pulo com o susto e um passo para trás, arregalando os olhos. Segurei as lágrimas de raiva e a medi. – Você não acha que já tirou o suficiente de mim? Você nem sequer MERECE esse tempo com ela! Você roubou esse tempo de mim!

– Ela não me deixou...

– Eu nunca... – respirei fundo, fechando os olhos. – Nunca vou te perdoar caso ela morra.

– Sirius...

– Você me ouviu muito bem. – abri os olhos, tentando não fraquejar diante do choro dolorido e quase desesperado de Lílian. Virei-lhe as costas e marchei em direção da Ala Hospitalar, sentindo meu peito apertar-se de angústia só de fitar as grandes portas que me separavam de Marlene McKinnon. Deus, o que seria de mim? Eu precisava dizer tanta coisa, queria leva-la aos lugares que ela tanto quer conhecer, leva-la para andar de Guzzi ou qualquer maldita coisa. Preciso me acostumar com a ideia, mastiga-la, preparar-me. Encostei na porta, mas não havia nenhuma mera pista de coragem para abri-la. Evans também tocou a porta, ao meu lado. Ela havia enxugado as lágrimas e parecia mais calma.

– Eu não consigo. – sussurrei. – Eu só... Eu só preciso de mais tempo.

– Não há mais tempo, Sirius. – Lily apertou meu ombro.

– Estou tão furioso com ela. – respirei fundo, impedindo a mim mesmo de arrancar os cabelos.

– Ela está... Ela está morrendo. – Lily já tinha aceitado. Entendido, compreendido, ela conseguiu o que eu não tinha conseguido. Ela sabia o que estava acontecendo e já conseguia respirar com aquela nova realidade. Mas era demais pra mim. Era como se o mundo estivesse se descascando ao meu redor e eu não conseguisse segurá-lo. As lágrimas vieram com tanta força que eu não consegui segurar.

– Eu sei. – engasguei-me entre soluços. Evans abraçou-me com força, enquanto eu fazia todo o possível para conseguir parar de chorar feito um babaca.

– Você precisa ser tão forte quanto ela agora, Sirius. Vai precisa se esforçar porque não existe pessoa no mundo tão corajosa quanto ela.

MARLENE POV

Era 21 de março de 1977.

Dezessete anos, agora ele era um homem. Ele não era nem a sombra do garotinho arrogante que corria pelos corredores com James Potter. Não era mais um menino que me chamava de pedreira, Marlene Dragonina e nem puxava meu cabelo. Ele era a finalização do garoto que entrou no Salão Principal de mãos dadas comigo. Era a conclusão final do homem que aos poucos estava delicadamente sendo traçado, tão corajoso, nobre, ousado e inteligente.

Porém, tão medroso, sente tanto medo de sentir, de amar e ser amado. Eu tinha experiência o suficiente com Blacks para saber que não era uma habilidade única de Sirius. Ele estava sempre rindo, ironizando, fazendo piadas em cima de piadas, até mesmo nos momentos mais difíceis porque ele morria de medo das pessoas verem que ele se preocupa, que ele sente medo, que ele ama.

Por mais que ele nunca tenha me dito essas malditas três palavras, eu podia sentir só de olhá-lo. E ele não precisava me dizer, pois eu tinha amor o suficiente para os dois. O homem de cachos negros e barba sentou-se na cadeira ao lado da cama, olhando-me inexpressível. Segurei um sorriso ao acariciar seu rosto. Contornar suas sobrancelhas grossas, acariciar seus cílios, sua boca, seu nariz pontudo.

– O tratamento não está funcionando. – comecei, tranquilamente. Ele não pestanejou, apenas deu de ombros.

– Então começamos outro.

– Não é esse o problema. – sorri, inclinando-me rapidamente para beijar o canto de sua boca. Sirius virou o rosto e olhou-me seriamente e eu soube que ele não estava para brincadeiras. Suspirei e acomodei-me na cama novamente.

– Meus rins estão dando falência e... Eu vou ter que recomeçar com o Varioterapia, e isso vai prejudicar tanto meus pulmões, que provavelmente no ano que vem terei que morar no St.Mungus. – dei-lhe um sorriso como quem pedia desculpas.

– Quando começa o tratamento?

– Era isso que eu queria dizer. – abaixei os olhos. – Eu não vou fazer.

– Como assim não vai fazer?

– Sirius, esse tratamento é horrível. Você não entende o que eu quero dizer, eu... Sirius, acabou. É isso. Nós dois sabemos que acabou. – Ele arregalou os olhos, preparando-se para aumentar a voz, eu encolhi-me, pronta para receber os gritos de Sirius.

– Marlene, você enlouqueceu? Você TEM que fazer isso!

– Não eu não tenho! Porque eu vou morrer de qualquer jeito, Sirius! Qual parte de doença mortal você não consegue entender? Sabe como eu vou estar daqui a dois anos? Em uma cama de hospital com uma bolha de ar me ajudando a VIVER! Eu não quero isso, tenta entender. – Ele começou a ofegar, apertando o colchão com tanta força que eu até o sentia encolher-se nas mãos de Sirius.

– Não! Você vai morrer, Marlene, você não que não está entendendo. – Seus olhos se encheram de lágrimas quando eu sorri para ele, tentando não demonstrar a pena em meus lábios.

– Sirius, está tudo bem, ok? Eu vou ficar bem.

– NÃO! E EU? EU VOU FICAR BEM? – berrou, desesperado. Lágrimas queimaram seus olhos novamente, o forçando a fechar os olhos e respirar fundo, tentando se controlar. Segurei as lágrimas, um pouco assustada.

– Sirius...

– Não, tudo bem, eu entendi, você vai e eu fico! Você fica bem, mas eu? O que eu vou fazer quando você morrer, Marlene? Quem é vai cuidar de mim! – Sirius estava tão ofegante que eu mal acreditei que era ele quem estava chorando e falando tão rápido entre soluços que eu mal conseguia entender. O desespero em suas gesticulações e nas lágrimas descendo uma em seguida da outra quase fizeram as minhas caírem também. – Você tem que fazer esse tratamento, por favor, eu te imploro, faça essa porcaria desse tratamento, Marlene, por favor, faça por mim! Se você morrer, eu nunca vou te perdoar, Marlene, nunca!

– Por morrer? – gaguejei.

– Por fazer eu depender você! – gritou, sentando-se na cama, ofegante. Soltei um sorriso trêmulo e o abracei, ele enterrou seu rosto em meu cabelo, ainda falando coisas inaudíveis. Eu já tinha aceitado a ideia. Compreendido, entendido... Simplesmente aceitado. Eu iria morrer. Eu estava vivendo sabendo que iria morrer em menos de um ano. E eu era um monstro, uma pessoa egoísta e ruim por fazê-lo gostar de mim para simplesmente abandoná-lo depois.

– Eu vou fazer, ok? Fica calmo. – Respirei fundo e ele desgrudou-se de mim, olhando em meus olhos. Eu enxugou minhas próprias lágrimas e depois enxuguei as dele, tentando me recuperar.

– Você jura? Jure que vai fazer.

– Eu juro solenemente! – tentei rir, olhando meu pijama. Só chorar já me deixou exausta, então eu ajeitei-me na cama e respirei fundo, sentindo meus olhos pesarem, Sirius deitou-se em minha cama e ficou ali, observando eu cair no sono. Meu Deus, o livro! Enfiei a mão no travesseiro e coloquei o embrulho na mão de Sirius.

– Espero que goste. – sussurrei. Sirius abriu agilmente o exemplar de “Bela e a Fera” e apoiou-se na cama, sorrindo para o exemplar com lágrimas nos olhos. Sou demais, mais um presente para a coleção de favoritos. – Leia pra mim.

Ele assentiu, e abriu na primeira página.

– Não... Vá para a melhor parte. – A dor vem em todas as formas: em uma pequena pontada, a dor aleatória, as dores normais que vivemos a cada dia. Depois, há o tipo de dor que não podemos ignorar: um nível de dor tão grande que bloqueia tudo, faz com que o resto do mundo desaparecer, afastando até que tudo o que podemos pensar é o quanto dói. Como digerimos a nossa dor é por nossa conta. Nós decidimos se vamos anestesiar, montá-lo, abraçá-lo, ignorá-lo... E para alguns de nós, a melhor maneira de controlar a dor é apenas nos empurrar através dele.

Sirius limpou a garganta e achou a página. Mas ele não conseguia ler. Eu apertei a mão dele com força e interpretei meu próprio personagem, risonha:

– Sei que tenho um aspecto horrível. Mas não sou mal e espero que minha companhia um dia possa ser agradável a você. – Sirius riu, dando um peteleco na minha testa. Ele leu o livro do começo, mas eu mal ouvi Bela chegar até a mansão, pois eu estava sendo entregue ao mundo dos sonhos.

“A Bela chorou pela Fera. Não compreendia que o amava até perdê-lo. E uma lágrima de um coração partido, a mais poderosa que há, tocou o rosto da Fera, e seu coração voltou a bater e ele retornou à sua verdadeira forma."

Bela e a Fera


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Notas finais do capítulo

A Marlene piorou.Muito, não é pouco. Por isso, vamos ter que respirar fundo e ter muita paciência com tudo que vai acontecer daqui em diante. Me desculpem pela demora, OBRIGADAAAAAAAAAA pela luz no fim do túnel e aparição das leitoras pq eu estava mesmo desesperada.Agora vamos aguardar.MUAAAAAAAAAAAAAAAAAH ♥