About Sirius Black escrita por Ster


Capítulo 40
Durante - 7º


Notas iniciais do capítulo

É combo, apesar de meus leitores (generalizei, tem exceções) não merecerem dois capítulos em um dia.Estou triste mesmo com o abandono, mas fazer o que.Espero que gostem.



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GOD SAVES THE GRIFFYNDOR

NOVEMBRO

DORMITÓRIO FEMININO





Agradeci Dorcas mentalmente por ter subido as escadas comigo assim que vi Marlene sair do banheiro do dormitório das garotas.

– Surpresa. – sorri. Marlene parou na porta do banheiro, assustada. Eu confesso que esperava um belo pijama transparente e que ela estivesse totalmente nua por debaixo dele, porém, tudo que me restava era seu pijama de moletom com muitos ursinhos estampados. Sem contar seu cabelo que estava em uma juba maior do que já era. E eu nem me reconhecia ao perceber que ela estava incrivelmente linda. Antes que ela saísse do banheiro, eu me assustei ao ver sua caixa com coisas do David Bowie. Sorri para suas bonecas, esmaltes e seus artigos de Quadribol.

– Uau! – sorriu ela, caminhando até sua cama e sentando-se de frente para mim, beijando-me. Eu poderia jurar que só tinham se passado segundos e eu não fazia a mínima ideia de como Marlene e eu estávamos deitamos em sua cama, ainda entre beijos e carícias quando a porta se abriu violentamente. Lily Evans parecia estar fugindo de um tiroteio quando fechou a porta com força.

– Evans! – estrilei, magoado por ter interrompido tudo. Ela nos olhou desesperada.

– Lily, sai daqui! – pediu Marlene, sem poder vê-la direito por eu estar em cima dela. E quando Evans cogitou a ideia de sair, eu agarrei seu braço, olhando as duas com malicia.

– Ohh, não tão rápido, Lene Moo. – sorri para Lily. Ela arregalou os olhos e parecia não ter levado na brincadeira quando quase quebrou meu pescoço com o forte tapa no lado esquerdo. Marlene também me bateu com petelecos na testa e socos na barriga.

– Idiota! McGonagall está fazendo uma ronda, quase me pegou no dormitório masculino com James! – nesse momento a porta tremeu com socos fortes.

– SENHORITAS, ESTOU ENTRANDO! – avisou a professora. Marlene arregalou os olhos quando Lily e eu entramos debaixo da cama dela. A porta abriu-se e só fitamos os joelhos de ursinhos de Marlene no chão.

– Senhor que estais no céu... Ah, olá Professora McGonagall. – a voz de Marlene era tão dócil e infantil que eu não acreditei que ela conseguia ser tão perversa! Apoiei-me no ponto mais favorável enquanto rezava para Minerva não inventar de olhar debaixo das camas. – Estou me preparando para dormir.

– Perdão interrompê-la, senhorita McKinnon. É só uma supervisão. – e fechou a porta novamente. Marlene correu até a porta para conferir e eu continuei apoiado. Lily olhou-me mortalmente homicida.

– Tire a mão da minha bunda! – estrilou ela, baixinho.

– Desculpe, foi sem querer.

– Ela continua no mesmo lugar! – surtou ela.

– Continua um acidente! – retruquei.




POV OFF



Os grifinórios estavam muito indisciplinados.

As atitudes eram supervisionar os quartos todas as noites, a estufa de Herbologia também estava sendo vítima de rondas fortemente armadas pelo constante sumiço curioso das flores narciso. Então, todas as noites, onde normalmente os Marotos se reuniam ao redor do malão de Pedro ou na própria sala comunal para jogar 21 bruxos ou tomar cerveja amanteigada contrabandeada, agora era algo mais ou menos assim:

“Pare de me olhar, pare de me olhar, pare de me olhar...” implorava Remo mentalmente, fingindo muito concentração em seu livro, sentado em uma cadeira ao lado de Emmeline, que se dividia em fitar a lareira e Remo.

“Olhe pra mim, olhe pra mim, olhe pra mim, olhe...” pensava ela entre sorrisos e suspiros.

“Argh, olhe Emmeline. Está visivelmente apaixonada por Remo. Que droga. Ah, um feijãozinho!” Pedro estava sentado aos pés de Marlene quando pegou uma bolinha colorida no chão e colocou na boca, fazendo uma careta em seguida. “Não era feijãozinho...”

“Eu só tenho 29 dentes?” questionou-se Marlene, fitando a madeira cremar entre as chamas da lareira. “Não é possível, tem alguma coisa errada. Um, dois, três...”

“Minha vida é uma droga” pensou Sirius, olhando fogo queimar. “Será que se eu estuporasse a McGonagall ela seria mais rápida que eu?”

“James está tão bonito hoje, eu gostaria de beijá-lo... Melhor não, não seria adequado na frente da professora.” Lily mordeu os lábios, fingindo analisar os detalhes da lareira. “Eu devia ter roubado aquele livro de Poções, eu sei que sim. Não seria um roubo, eu devolveria depois... Mas é da seção reservada... Com certeza Slughorn me daria um bilhete...”

“Eu sou o cara mais lindo dessa sala. Não... Da Grifinória!” James sorriu para si mesmo, fitando intensamente o fogo. “Nah, de Hogwarts!”

“Babuínos bobocas balbuciando em silêncio” pensou a professora Minerva McGonagall, não convencida com o silêncio de seus alunos.



N.I.E.M’s

Andando finalmente na linha, os alunos tinha que se preparar para a prova e a coordenadora da casa da Grifinória não admitiria que seus alunos tirassem notas baixas, pois queria escrever diversas cartas de recomendação para todos eles. Aos poucos, com muita dificuldade, eles estavam entrando na linha desejada pela professora McGonagall. Porém, os dias não foram muito fáceis no dia em que Filch confiscou um pergaminho que parecia ter muito valor para Sirius Black e Pedro Pettigrew.

Pedro chorou.

Sirius enlouqueceu.

Remo ficou desolado.

James estava sorrindo, pois estava com Lily.

A sala comunal não estava cheia quando Sirius chegou correndo e desesperado, dizendo que o inspetor havia pego o Mapa quando Pedro e eles tinham atravessado uma passagem secreta. Disse que mal deu tempo de fechar o mapa. James ouvia tudo com muita atenção e Remo pensava seriamente nos riscos caso tentassem recuperar o mapa.

– Bem. Foi bom enquanto durou. – suspirou James. Sirius olhou-o de olhos arregalados.

– Como assim bom enquanto durou? Vamos pegar o mapa de novo! É nosso... É nossa herança, é do nossos filhos!

– Não precisamos mais dele, é o último ano. – explicou James. Sirius colocou a mão no peito como se estivesse enfartando.

– Que Mapa é esse que é tão importante? – quis saber Lily Evans, sem entende nada.

– James... Como você pode? Ficamos meses acordados, todo santo dia e noite trabalhando naquele mapa e você diz isso? Vai deixa-lo como se fosse um pergaminho sem a menor importância? – James pareceu ponderar.

– Verdade... Devíamos pegar de volta. Vai dizer que está com medo? – sorriu Pedro.

– É muito arriscado...

– Arghhh, você é o Remo agora? James, aquele mapa é tudo que temos de nosso nesse mundo. Realmente nosso! Aquilo nos tornou o que somos hoje: Almofadinhas, Pontas, Aluado e Rabicho! – tentou Sirius.

– Se estão pensando em fazer algo errado, saibam que estou ouvindo tudo e proíbo.

– Cala a boca, ninguém falou com você. – retrucou Sirius para Lily. James olhou para o amigo com um olhar pesado.

– Sirius, mais respeito.

– Não! Quer saber? Foda-se o mapa! FODA-SE! O James que eu conheço já teria pegado o mapa, mas agora que conseguiu algo com essa aí, parece outra pessoa! – Sirius Black parecia extremamente magoado e emburrado, feito uma criancinha que não conseguiu comer o biscoito que queria antes do almoço. Lily olhou-o, indignada.

– Bem, “essa aí” tem nome, Sirius.

– Ok, Yoko, satisfeita? Está destruindo a banda! – Remo segurou o riso, virando-se para a janela para que ninguém visse seu rosto vermelho.

– Pare de tratar Lily assim, ela não tem nada a ver com isso, Almofadinhas.

– Vamos pegar o mapa, James. Comigo. Juntos, como sempre. – pediu Sirius, seriamente. Parecia um pedido profundo. Lily Evans não planejava atrapalhá-los, nunca quis fazê-lo, porém estava irritada com a forma que Sirius a tratou, então exerceu todo seu poder sob James.

– Você não vai pegar esse mapa, James. Monitores Chefes precisam de responsabilidade e maturidade. – ela grifou as palavras olhando para Sirius. O Potter pegou-se indeciso, olhando o melhor amigo e a namorada.

– Não acredito. Você é ridículo... Vou sozinho. – decidiu Sirius, mas James o segurou. Seu olhar estava pesado de culpa quando olhou o amigo.

– Como monitor, não posso deixa-lo fazer isso.

– O QUÊ? – gritou Sirius. – Me solta, caralho! Você não manda em mim!

– Você não vai pegar o mapa.

– Vou sim!

– Não vai! – Sirius soltou-se a força e empurrou James com força.

– Cuida da sua namorada já que seus amigos já não tem importância!

– Respeite a Lily! – James empurrou Sirius de volta e as pessoas saiam de seus dormitórios para assistir a briga que estava se formando.

– Paul e John, parem com isso, chega! – cortou Remo, risonho.

– Pare de compará-la com a Yoko, não tem graça!

– Mas é o que ela é! Está tirando você de nós, a única diferença dela pra Yoko é que ela e ruiva! Sua Lílian Ono! – disse Sirius, olhando Lílian com nojo. James deu um soco no ombro de Sirius, que o olhou surpreso. – Vai me bater é? Vem pra cima então, porra! VEM!

James agarrou o colarinho de Sirius quase encostando seu rosto no dele, com o pulso pronto para soca-lo. A raiva e impulsividade do garoto que James ameaçava eram perfeitamente disfarçadas pelo olhar odioso e debochado.

– Vai James, me bate... Sua bichinha.

– Parem com isso, por favor! – pediu Remo, tocando o ombro dos dois. Tarde demais, James levou sua cabeça para trás e voltou com força batendo no nariz de Sirius, que caiu para trás com o impacto. Ele levantou-se rapidamente e agarrou a camisa de James, pronto para soca-lo também. Lily estava encolhida no sofá, com as mãos sob a boca. Pedro tinha seus olhos fechados com força, e Remo estava paralisado, sem conseguir crer que estava vendo dois irmão sempre tão unidos, brigando. Sirius controlou sua respiração ofegante e abraçou James com força.

– Você é meu irmão, seu infeliz! – sua voz estava embargada e se as pessoas prestassem atenção, veriam seus olhos vermelhos. Sirius não queria chorar na frente de todos, então soltou James com força e foi em direção do quadro, dando um soco com força na janela antes de sair, fazendo os cacos caírem sob os livros.

Aquela foi a primeira e última briga entre os irmãos de sobrenomes diferentes.

Mas não era a solução dos problemas. Só haviam se passado seis anos, então o que havia mudado além da fortificação dos Marotos? Onde estava essa origem dos problemas? Seriam as “Yokos”, as provas, a falta de tempo ou alguma força sobrenatural agindo sob eles?

As reunião ao redor do malão de Pedro tornaram-se cada vez menos frequentes.

Nem sempre todos acompanhavam Remo pela floresta, indo apenas um ou dois.

Remo ocupado demais com seus problemas.

Pedro andava mais com os sonserinos do que com os Marotos.

James com sua namorada e responsabilidades.

Mas o Peter Pan com nome diferente não tinha nada o ocupando ou o impedindo de prosseguir com sua vida como sempre fora e era isso o que deixava louco. Ele queria seus amigos de volta, e não sabia quem culpar. Como ele iria lutar com alguém invisível? Logo ele que sempre lutou feito um infeliz, não tinha com quem lutar.

Brigaria com quem?

Com o tempo?

Com o destino?

Ele não fazia ideia. Então tudo que fez foi esperar.

As coisas até que se resolveram, mas nunca mais seriam a mesma coisa. Mas Sirius finalmente entendeu a importância e a cumplicidade que eles tinham. Porque não precisavam ficar sempre juntos. Bastava tudo ser como sempre foi quando estivessem. E era assim. Continuavam com as mesmas piadas, a mesma habilidade de saber o que o outro pensava só de um olhar. Eram quatro garotos com nomes e famílias diferentes mas o destino foi forte ao juntá-los. E ele teria que ser forte novamente para separá-los.

Mas Sirius sorria.

Pois mesmo que estivessem separados...





Estariam sempre juntos.


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo eu comento mais, esse é só um bônus mesmo. Daqui há algumas horas eu solto.MUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH ♥