About Sirius Black escrita por Ster


Capítulo 37
Durante - 6º


Notas iniciais do capítulo

InhaaaaaaaaaaaaaaiiiiiiiVoltei com um capítulo bônus. O capítulo que eu deveria estar postando agora é o do Régulo, mas vamos pelo amor de Deus esquecer esse tal de Voldemort só um pouquinho, né? Espero que gostem ♥



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TO WISH IMPOSSIBLE THINGS

AGOSTO

CAPÍTULO BÔNUS

POV LILY





Eu não fazia ideia do porque Potter aceitou fazer aquele curso de Química.

Primeiramente, ele odiava Poções, então eu estava prevendo que ele perturbaria o professor durante todo o mês com perguntas do tipo “Por que Cálcio se chama Cálcio? Quem deu esse nome a ele?”, sem contar que eu me sentir extremamente encabulada em ter que fazer esse curso apenas com ele. Não éramos amigos, digo, não amigos próximos. Eu estava abrindo espaço para ele mostrar se poderíamos ou não ter uma amizade e até agora ele se mostrou bom o suficiente.

James ainda era um completo idiota. Mas um idiota adorável.

Estávamos sentados no fim da sala, em dupla. Eu adorava os experimentos que tínhamos que fazer, era tão semelhante as Poções. Eu tenho certeza que Sev adoraria fazer aquele curso... Talvez eu deixe um panfleto debaixo da porta da casa dele na volta. James girava a caneta entre seus dedos, curioso com o objeto, uma vez que sempre usou penas. Segurei o riso com o encantamento dele ao apertar freneticamente o botão da caneta.

– Hoje vamos estudar Magnésio! – uma garota morena na primeira fileira virou-se para trás furtivamente, para dar um bom olhada em James. Ela parecia na esperança dele olhá-la, mas o pateta estava concentrado demais em sua caneta. – Sem brilho, desinteressante ou irrelevante. Certo? Mas ele é o 11º elemento mais comum no corpo humano. É forjada na explosão dos estertores de estrelas supernovas!

Reprimi um sorriso ao fitar meu caderno, colocando minhas madeixas para trás da orelha ao sentir o olhar penetrante de James sob mim. Clássico, como diria os Marotos, eu poderia me virar agora mesmo e deixa-lo sem graça, mas é um trabalho minucioso deixar esse garoto envergonhado, apesar dele sempre ficar quando eu falava com ele muito diretamente.

– Podem imaginar o poder nisso? Te faz sentir importante! – Virei-me para James, com um sorriso no canto da boca, debochado. Mas ele virou o rosto na hora, ajeitando seus óculos. Eu gostava quando ele os usava, lhe dava uma aparência menos perfeita e endeusada pelas garotas e algo mais charmoso... Simples. – No entanto, olhe para ele... Em uma camada e oxidação cinzenta, você nunca adivinharia a fúria de sua verdadeira alma até colocá-lo sob pressão! Vamos colocar os óculos.

Tirei da bolsa os óculos enfeitiçados com o grau de James e entreguei-lhe.

– Obrigada, Lily. – agradeceu ele, sorrindo. Assenti, colocando meus óculos. Comecei a incomodar-me quando mais quatro meninas começaram a virar-se freneticamente para trás para ver James. Girei os olhos, respirando fundo.

– Acendam o fogo! – Acendi o fósforo e apontei rapidamente para o tubo de gás. James sorriu ao posicionar com o alicate o estimulante e eu sob a fumaça do mesmo, o pequeno quadrado de magnésio, semelhante a um espelho. Era incrível. A névoa que surgia através dele junto com a brilhante explosão de luz parecia fazer o ar se dissipar em uma velocidade distorcida.

– Viram? Uma autêntica explosão junto com a força das estrelas caídas que criaram tudo! – Meus olhos simplesmente encontraram os de James diante daquele fenômeno, e seus olhos nunca foram tão claros, intensos e brilhantes. Meu coração pareceu bater em uma velocidade menor quando um sorriso involuntário simplesmente nasceu em meus lábios, assim como nos dele. Ele tinha um sorriso tão... contagiante. – Isso, isso é magia!




POV SIRIUS



– Sabe, o que eu quero dizer é: Se nós queremos mesmo acabar com essa ameaça, não seria mais fácil simplesmente voltarmos no tempo, exatamente no dia que ele nasceu, e mata-lo? Mudaria a história, mas é isso ou a morte de milhões. – Marlene fingia muita atenção no que o cara estava dizendo a ela. Estávamos em um bar que normalmente era frequentado por bruxos na nossa idade, apesar dele já ter passado dos vinte. Ele tinha um bigode estranho e usava uma franja que o deixava com uma aparência afeminada.

Porém, Marlene, era atriz o suficiente para fingir atração aquele cara repugnante. Ela tinha seus cachos presos em um coque alto e mal feito, fazendo com vários caíssem para fora do aperto. Seus lábios estavam com um rosado forte e ela passou algo negro nos cílios, que dava a impressão de serem maiores. Estava tão bonita que eu simplesmente me pegava a admirando e só me tocava disso depois de minutos.

– Conte-me mais. – pediu ela, fingindo empolgação.

– Ah, basicamente é isso. Também concordo totalmente como comunismo bruxo sabe, conseguiríamos viver em uma harmonia bem pique anos sessenta. É como diz os Beatles, tudo que precisamos é de amor. – ele fechou os olhos e beijou seu colar do símbolo da paz. Remo soltou um muxoxo e cobriu o rosto com uma das mãos.

– Isso é tão fascinante. – sussurrou ela com uma voz profunda e sensual. Apaguei o cigarro no cinzeiro, segurando o riso. Ele admirou o rosto de Marlene, principalmente a parte marcada pela Varíola de Dragão, mas isso era apenas um detalhes, pois ele realmente parecia apaixonado.

– Então, vocês quatro... – ele apontou como um todo.

– Sirius. – interrompi, ajeitando-me na cadeira.

– Claro. Vocês estão em casais...

– Não, Jesus. – riu Remo, mas calou-se e pareceu envergonhado sob o olhar de Dorcas.

– Sabe... Os garotos não gostam muito de mim. – lamentou-se Marlene. O homem cujo nome eu esqueci, ficou hipnotizado nos grossos lábios da McKinnon. – Eu tenho uma condição muito rara e delicada.

– Varíola de Dragão é um saco.

– Não... Não é isso. É... – ela chegou mais perto dele. – Minha vagina é fechada.

Quase gargalhei, segurei-me fortemente, respirando fundo. Remo virou o rosto para rir no ombro de Dorcas, que também era uma ótima atriz e conseguiu segurar o riso. Ficou claro que o cara só queria pegar Marlene, pois a decepção em seu rosto era gritante. Assenti, para ele, fazendo minha melhor posição de pena.

– Ela... Ela é toda tapadinha. – sussurrei para ele. – Tipo... A Barbie.

– A Barbie?

– É um tipo de membrana.

– É trágico. – choramingou Dorcas.

– Eu sei. – lamentou-se Marlene, fingindo estar a ponto de chorar.

– Você é tão corajosa! – disse ele, com a voz trêmula, rezando para que um raio caísse ali e lhe desse a desculpa de sair correndo. – Eu... Chegou minha hora. Foi um prazer te conhecer, Bellatrix.

– Tchauzinho, Gregório! – acenou Marlene. Assim que o cara saiu do bar, caímos na gargalhada durante longos segundos.

– Não acredito que disse a ele que seu nome era Bellatrix! – riu Dorcas.

– Isso está um tédio, vamos pra casa. – Marlene terminou seu suco e levantou-se. Dorcas e Remo aparataram, mas Marlene e eu fomos de Guzzi. Eu nunca tinha levado ninguém na guarupa da Guzzi, então foi uma experiência nova. Ela estava tão bonita naquela noite que eu queria leva-la para algum lugar que não desperdiçasse sua beleza estonteante.

– Porra Marlene, você é mais pesada do que eu imaginava! – acelerei, ouvindo suas gargalhadas enquanto ela apertava minha cintura, cruzando os dedos sob minha barriga.

– São minhas bolas gigantes. – no meio do caminho começou a chover tanto que eu pensei que o mundo iria se destruir. Marlene começou a gritar e levantou-se da moto ainda em movimento, ficando de pé sob o apoio, rindo com a chuva batendo em seu rosto. Maluquinha.




Era um belo dia.

Eu soube disso antes mesmo de abrir os olhos, pois minha vida estava maravilhosa. Primeiro que eu estava fazendo parte de uma família pela primeira vez na vida, segundo que eu estava encantado com fato estar com Marlene em todos os sentidos da palavra. Hoje eu iria acordar, tomar o melhor café da manhã do universo, andar de moto a manhã inteira, pegar Ninfadora no colo e depois beijar Marlene até o dia seguinte. Abri os olhos lentamente, satisfeito. Primeiro eu vi o sol sorrir para mim, em seguida o rosto de James.

– Não é possível. – murmurei. Mais uma vez virei-me na cama de frente para ele, que me olhava apreensivo. – James, isso precisa acabar.

– Almofadinhas, Dumbledore enlouqueceu.

– Ele sempre foi doido.

– Não... Agora foi de verdade. Ele realmente endoideceu de vez. – James sentou-se na cama, segurando fortemente algo na mão direita. – Ele cometeu um crime.

– O quê? – então Pontas abriu a mão direita e deixou que brilhasse fortemente o crachá de monitor chefe. – Onde você roubou isso?

– Eu não roubei. É pra mim. – James estava muito sério.

– Impossível. – retruquei. – Veio errado.

– Não cara... É meu mesmo. – Como assim James virou Monitor Chefe? O cara cumpriu mais detenção que toda Hogwarts junta! Dumbledore estava muito doido quando o nomeou... E outra, não tinha que ser Remo o Monitor? Cara, tinha alguma coisa errada.

– Como isso aconteceu? Acho que ele te confundiu com o James Winchester.

– Não porra, é pra mim! Eu sou o monitor chefe agora! – ele riu. – Eu, James Potter, Monitor Chefe, Capitão... Eu sou foda demais!

– Não acredito. – gargalhei. – Não acredito nisso... Se eu voltasse há quatro anos atrás e dissesse para mim mesmo que meu melhor amigo iria virar monitor eu ia mijar nas calças de tanto rir!

– Vamos comemorar. – James pulou da cama. – Vamos sair todo mundo junto.

– Pra onde? – perguntei, desconfiado. Não estava com muita vontade de sair com todo mundo. Mas por mais diferente que estivesse, ele ainda era James e você tinha que desconfiar do que ele estava planejando naquela cabecinha oca.

– Não sei cara... Vamos acampar?

– Acampar? Pra que eu vou querer entrar no meio do mato? Vamos nos reunir no malão do Pedro, é mais prático e melhor.

– Nah, nós fazemos isso na floresta.

– Ah, aqui estão vocês. Como vão levar as coisas? James, coloque seus óculos, meu bem. – Eu tinha que parar com o costume de dormir só de cueca pois a Senhora Potter nem batia na porta quando ia entrar. Cobri-me rapidamente enquanto ela abria meu guarda-roupa. Pegou uma calça boca de sino e um colete de camurça marrom.

– Você vai ficar bonito com essas roupas. – ela jogou na cama. – Essa camisa ou essa aqui?

– Senhora...

– Dorea! Quando vai parar de me chamar de senhora? Pode me chamar de mamãe se quiser. Aliás, Sirius, eu sei que invasão de privacidade, mas suas notas chegaram e eu realmente acho que precisa se esforçar em TCM, quero vê-lo estudando depois.

– Mãe, para de encher o saco! E ainda escolher as roupas dele, Sirius não é idiota...

– ONDE ESTÃO SEUS ÓCULOS, JAMES, QUANTAS VEZES EU VOU TER QUE FALAR PRA VOCÊ COLOCAR SEUS ÓCULOS? – gritou ela. Lá vai mais um longo dia. Tomamos café e depois arrumamos as malas para o acampamento, James estava planejando a dias e já tinha avisado a todos menos eu. Coloquei os óculos de sol quando montei na Guzzi, com James atrás.

– JAMES! ÓCULOS! – berrou Dorea, fazendo com as mãos o formato de um óculos na cara. James virou o rosto e eu acenei para a Senhora Potter quando arranquei a toda velocidade em direção da chave de portal na casa de Marlene.






– BIGODE! – Assim que estacionei a moto no jardim de Marlene, uma pequena garotinha de quatro anos com os cachos rosa berrante correu em minha direção. Com muita disposição eu a tirei do chão, enchendo-a de beijos. – Bigodeeeeeee!

– Tudo bem, Tonks? – continuei com ela no colo enquanto caminhava pelo jardim de Marlene em direção da porta.

– Estou de castigo de novo. Carlinhos me chamou de mequetrefe e eu que fico que castigo!

– O que você fez pra ele?

– Bem, puxei o cabelo dele com tanta força que ele ficou todo da cor do cabelo. Foi engraçado, parecia uma cenoura. – Abri a porta e a fechei em seguida, Ninfadora estava começando a pesar e eu odiava quando ela ficava enfiando aquele dedinho minúsculo no meu ouvido. Dei um tapa em sua mão, o que a fez fazer com mais frequência quase que freneticamente. Caminhei até a sala dos McKinnon onde todos estavam reunidos conversando e olhando um mapa. Marlene segurava seu irmãozinho quando veio até mim e sorriu, nos aproximamos para um beijo e riamos quando ouvimos as testas de Ninfadora e Kevin baterem com força.

– Ai! – gritou Ninfadora. Quando Marlene e eu nos desgrudamos, Kevin estava com uma cara de nojo tão grande quanto a de Tonks. – Ai que nojo, por que ficam brigando com a língua? Que nojo, ecaaaaaaaa!

– Você pretende fazer o que com Gui quando consegui-lo? Pegar na mão dele? – debochei.

– Sim! É isso que namorado fazem, não ficar colocando a língua na boca do outro, isso é muito nojento. – disse Dora mexendo no meu cabelo. Aproximei-me na mesa e sorri para as lindas pernas de Lily Evans naquela jardineira, ela limpou a garganta, praticamente arrancando meus olhos de suas pernas brancas.

– Quem é essa coisinha linda com você, Sirius? – perguntou ela, sorridente.

– Essa coisinha tem nome e é Tonks pra você. Odeio ruivos. – Ninfadora girou os olhos. – Menos o Gui, ele é uma exceção.

– Oh. – disse Lily, sem graça.

– É minha prima... Ninfadora Tonks, mas é melhor chama-la de Tonks mesmo. – segurei o riso.

– Olá Tonks. – sorriu Remo. – Sou amigo do Sirius.

– Eu sei quem é você. Bigode me disse que você vira um monstro uma vez por mês, minha mãe também vira, mas papai disse que isso só acontece com mulheres e é muitíssimo perigoso, acho que é TPM... Não sei direito o nome. Por que você vira um monstro se é um garoto? – a sala entrou em um silêncio mortal. Porra, Tonks! Graças a Deus ela não falou a palavra lobisomem, por isso a cara de dúvida de Alice, Frank, Dorcas, Lily, Marlene e Emmeline. Os marotos seguraram o riso com a cara petrificada de Remo.

– Cala a boca Dora, de qualquer jeito, para onde estamos indo? – perguntei, colocando a pirralha no chão.

– Flobbers Florest. – sorriu Marlene. – Tem árvores que alcançam o céu de tão grandes.

– Quero ir também! – pediu Kevin grudado no pescoço da irmã.

– Ah docinho, eu levo você um outro dia. – prometeu ela.

– Bigode, também quero ir, me leva! – pediu Ninfadora, puxando minha calça. Sacudi a perna pra que ela soltasse.

– Quando você crescer você vai sozinha. – retruquei, Remo balançou a cabeça negativamente, risonho.

– Tenho certeza que ele irá te levar um dia, Tonks. – disse ele a Ninfadora. Ela cruzou os braços, olhando-o desconfiada.

– Não confio em pessoas com a cara machucada como a sua! – ela disse, torcendo o nariz. – Quem me garante que ele irá levar?

– Bem, se ele não levar eu levo. Pode ser assim?

– Não pode nada, não conheço você, pode ser um tarado. – Remo riu quando agachou-se para ficar do tamanho de Ninfadora.

– Eu não sou um tarado. E sou um cara muito legal, pode perguntar a Sirius. – os cachos de Ninfadora ficaram rosa mais forte ainda quando ela sorriu para ele.

– Ok... Você passou no primeiro teste, mas para conseguir minha confiança terá que convencer minha mãe a me deixar ir ao parquinho.

– Remo, corta logo essa conversa se não ela não cala a boca. – avisei. Então Ninfadora pisou com força no meu pé.

– Você tem cheiro de cachorro! – disse ela, e saiu correndo antes que eu fosse atrás dela. Marlene segurou o riso soltando Kevin para ir atrás da pirralha melequenta. Ficamos mais uma hora planejando tudo detalhadamente. Finalmente fomos para a floresta pela chave de portal e Pedro passou muito mal. Remo e Lily prepararam um churrasco para nós enquanto os outros conversavam, digo, eles, pois eu estava muito bem memorizando com a boca cada centímetro do rosto e do pescoço magro de Marlene. Sua pele escamosa já nem me incomodava, era até engraçado beijar aquela superfície estranha, apesar dela odiar quando eu fazia isso, era como se eu tivesse rindo dela pela reação que ela tinha.

– You got the loooooooooove. – cantei bem alto, alto o suficiente para os olhos de Emmeline piscarem freneticamente enquanto ele tentava manter a calma. – YooooOoOoOoUUuUuUuU got...

– Pelo amor de Deus, você não sabe cantar, então cala a boca! – explodiu ela, quase amassando sua lata de cerveja. Aproveitei que Marlene estava bem longe e brinquei com os cachos de Emms, que socou minha mão.

– Ai. – choraminguei.

– Odeio cachorros, então não me toque.

– Mas eu sou um cachorro fofinho. – sorri. Emmeline olhou-me com uma seriedade mortal.

– Sirius, cala a boca.

– Sabe o que eu acho? Que vamos ter uma recaída no futuro. Tenho quase certeza. – comentei. Emmeline olhou-me de cima abaixo, reprimindo um sorriso malicioso.

– Por que acha isso?

– Porque não demos certo na primeira vez. E eu sempre faço um trabalho bem feito.

– Então pretende estar sem a Lene no futuro?

– Quê? Eu não vou casar também né. – girei os olhos, era óbvio. Emmeline gargalhou.

– Você vai parar de ficar com as outras garotas para ficar com ela?

– Vou diminuir a frequência. – respondi. – Não estamos namorando. Somos apenas Marlene e Sirius. Só. Simples e bonitinho.

– Eu tinha me esquecido que era burro feito uma porta. – Emmeline inclinou-se, dando-me uma visão maravilhosa para seu decote. – Marlene não é essas garotinhas que você pega até enjoar. Ela é uma mulher de dezessete anos, não está pra brincadeira.

– Mas você está? – Emmeline ajeitou-se, cruzando os braços, sorridente.

– Fique longe de mim, Sirius. – Ergui minha garrafa de uísque para ela, observando-a ir em direção do grupo. O resto da noite foi tranquila. Algumas brigas insignificantes e algumas brincadeiras idiotas, todos fomos dormir. Na barraca, bem que eu tentei tirar o atraso com Marlene, mas me beliscou com tanta força quando toquei seus seios que meu braço ficou dormente. Então, tudo que fiz foi agarrar sua magra cintura e enfiar meu rosto em seus cachos, adormecendo em seguida.

– Sirius. – acordei com Marlene sacudindo-me. – Está ouvindo?

– Hm...

– O que estava falando com Emmeline naquela hora do churrasco? – quis saber ela, com o rosto reprimindo toda a expressão raivosa que ela queria soltar. Intimidade é uma droga mesmo, conheço cada expressão daquela garota.

– Nada ué.

– Não quero que dê em cima dela. Não quero que beije outras garotas.

– Marlene, você sabe que não sou assim. Namorei uma vez e posso dizer que é ruim o suficiente para não querer outra vez. – ela olhou-me engolindo seco. – Me desculpe, mas esse sou eu.

– Eu sei que esse é você... Mas por que pôde fazer um esforço para Hestia e não para mim? – sussurrou ela, sua voz gritava o quão magoada estava. Suspirei, eu não queria magoar Marlene. Eu conseguia sentir o novo sentimento dentro de mim, era como um pássaro que ficou trancado a tanto tempo que agora queria alcançar o céu, mas ele me incomodava e muito. Eu era exatamente o que Hestia e Lily disseram. Destruo tudo que toco, e é uma tarefa quase impossível me amar. Minha família deixou isso claro.

– Por não quero machucar você. – finalmente disse. Marlene suspirou, balançando a cabeça negativamente.

– Eu amo você desde a primeira vez que te vi. – disse ela baixinho, como se contasse uma história de ninar. Marlene sentou-se sobre meu quadril, colocando os cachos atrás da orelha e olhando-me seriamente.

– Quer saber? Está tudo errado, Marlene. Não pode se apaixonar por mim, sou o garoto errado, nem te merecer eu mereço... Não quero magoar você. Não estou no mercado.

Ela sorriu. A curva de sua rosada boca, delicada e chamativa... Provocante. O esboço do sorriso... A forma como ela desbotava ao mover-se rapidamente, o louro em contato com o branco, o expressivo das sobrancelhas, os olhos... Que olhos assustadores... Profundos, denunciativos, sempre brilhantes.

– Mas eu não estou fazendo compras.


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Notas finais do capítulo

Ui, essa Marlene me encanta com essas frases hahahahaSem mais delongas, até o próximo capítulo.
MUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH ♥