Tempo De Estrelas escrita por Hanna Martins


Capítulo 24
Inimigos com benefícios


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado a linda da Susannah Grey. Muito obrigada sua linda por esta recomendação!!! Minha quinta recomendação saltando de felicidade aqui!!!
Não sei qual será a reação de vocês a este capítulo... medo, será que vou receber flechadas ou rosas? Melhor eu correr!



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Me jogo na cama exausta, nem acredito que amanhã é o último dia de gravação em Londres, uma semana passou voando. Passou-se apenas uma semana, porém sinto como se tivesse trabalhado um mês inteiro. As gravações começam antes mesmo do sol se colocar no céu, e vão até altas horas da noite. Meu dia se resume a: acordar, gravar, dormir.

– Nem tira os sapatos para se deitar na cama – reclama Peeta, entrando no quarto.

– Se você está tão incomodado então tira eles para mim, porque eu estou tão cansada que não consigo mover nem meu dedinho – respondo.

– Fracamente, Katniss, nem sei o porquê de você estar tão cansada assim! – ele olha em seu celular. – Preciso falar com Portia, e você trate de tirar esses sapatos – diz fechando a porta.

Resmungo qualquer coisa, estou tão cansada que meus olhos fecham-se automaticamente. Não sei quanto tempo dormir, já que quando acordo o quarto está totalmente escuro. Devo ter virado uma sonambula, pois estou sem sapatos e debaixo de um cobertor, não me lembro de ter feito nada disso. Ou eu sou uma sonambula ou... Mas ele não faria nada disso, faria? Não, o Peeta que eu conheço jamais iria retirar meus sapatos e me cobrir. Sim, eu sou uma sonambula. Além disso, ele nem está aqui. O melhor é tomar um banho. Vou até o banheiro, abro a porta...

Grito assustada e fecho a porta. Acabei de ver uma cena que... Nunca mais vou conseguir esquecer isso...

– Você podia ter batido na porta! – fala Peeta saindo do banheiro enxugando seus cabelos.

– E você podia... – ainda estou constrangida com a cena que acabei de ver. – Ter trancado a porta.

– Eu não mandei você não bater na porta! – ele me olha. – Vamos pensar que nada disso aconteceu, ok? Esquece que você me viu pelado.

Sim, eu vi Peeta do jeito que veio mundo.

– E eu esqueço que você me viu assim.

Olho para ele e nada respondo. Ele foi o primeiro homem que eu vi do jeito que veio ao mundo ao vivo e a cores. Eu nunca vou conseguir esquecer isso, nunca. Ainda não acredito que vi esta cena!

– Vou descer para jantar, Portia e Haymitch estão esperando, você vem? – pergunta Peeta, quebrando o constrangedor silêncio que caiu sobre nós.

– Eu... vou... tomar um banho primeiro – digo me dirigindo ao banheiro sem olhar para Peeta, não consigo olhar para ele depois daquela cena, é muita vergonha para uma pessoa só.

– Tá legal, te espero no restaurante – ele sai do quarto.

Por que o primeiro cara que eu vejo do jeito que veio ao mundo, ao vivo, tinha que ser ele? Por quê? Por quê? O quê eu fiz na minha vida passada, incendiei um país?

Depois de tomar um longo banho e conseguir deixar passar parte de meu constrangimento, vou até ao restaurante do hotel.

– Espero que não se importe de termos pedido – fala Haymitch.

– Tudo bem – digo me sentando, tentando não olhar em direção a Peeta.

Durante o jantar me divido entre tentar não lançar um mero olhar em direção a Peeta, prestar atenção na conversa, e não me lembrar de certa cena, principalmente essa parte. Portia se retira assim que termina de comer, precisa resolver alguns assuntos.

– Vocês estão muito quietos hoje – fala Haymitch enquanto tomamos o elevador. – Um jantar sem nenhuma resposta sarcástica deve ser um recorde, devo chamar o guinness book?

– Sem piadinhas, Haymitch – respondo. – Eu estou apenas cansada.

– É claro que sim... – diz ele nos olhando com uma expressão maliciosa. – Descasem bastante esta noite... Amanhã temos um longo dia pela frente, um longo dia... – Haymitch sai do elevador.

Um silêncio constrangedor se instala, dá até para ouvir o barulho do silêncio, estou falando sério.

– Katniss, você ainda está pensando na cena de mais cedo? – fala Peeta interrompendo o silêncio.

– Cena? Quê cena?

As portas do elevador se abrem, e eu quase saio correndo, como se isso fosse adiantar alguma coisa...

– Não finja que não sabe do que estou falando! – diz Peeta entrando no quarto atrás de mim. – Você ficou tão impressionada assim com o que viu? Eu sei que sou irresistível... – ele me olha sorrindo. – Vou retirar o trato de fingirmos que você não viu nada, já que você não consegue esquecer... – fala em um brincalhão.

– Cala boca, Peeta! Você não é tão irresistível assim!

– É claro que sou irresistível, quer provar maior do que o estado em que você ficou? Tudo porque me viu daquela maneira.

– Ah, Peeta, pare com isso. Eu já disse que você não é irresistível, você só tem ego maior do que o mundo.

– Tenho é? Acho quem sim, meu ego é muito grande e nós dois sabemos o quão grande é – esta frase nos lábios dele adquire um duplo sentindo com sua voz maliciosa... Ele se aproxima de mim, falta apenas alguns centímetros para que seu corpo encoste no meu.

Tenho que esticar meu pescoço para vê-lo. Por que ele tinha que ser tão alto?

– Então por que você ficou daquela maneira quando me viu? – ele insiste em perguntar.

Peeta começa a se aproximar ainda mais de mim, eu começo a andar para trás, ele me olha com uma expressão divertida e eu o encaro, tenho que mostrar que ele não faz o menor efeito em mim. Esbarro na cama e começo a cair, porém minha queda é detida pelos braços de Peeta que enlaçam minha cintura. Ao sentir o contado com o corpo dele me debato e nós caímos na cama, Peeta cai em cima de mim. Seu rosto fica a poucos centímetros do meu. Ele me olha sem dizer uma só palavra, apenas me lança seu olhar enigmático, não consigo saber o que está pensando. E eu sou absorvida por seus belos olhos azuis, como um ser pode ter uns olhos tão perfeitos? Sua boca que parece desenhada por um pintor, já que seus traços são perfeitos, quase roça em meus lábios. Me lembro de como é beijar estes lábios, de como eles são macios... Que raios está acontecendo comigo? Por que quero me atirar sobre estes apetitosos lábios? Por que quero sentir o sabor de sua boca? Por quê?

Meus malditos lábios são mais rápido que meu lado racional, eles pensam por mim e saltam sobre os lábios de Peeta. Minha língua entra em sua boca, sem o meu comando, procura pela sua, e ela rapidamente a encontra. Peeta me aperta contra seu corpo ainda mais. Seus lábios são divinos, seu beijo é viciante, não dá para parar de querer mais quando se experimenta um. Peeta solta meus lábios, seus lábios vão parar em meu pescoço. Sinto um arrepio percorrer todo o meu corpo ao sentir seus lábios sobre minha pele. Sua mão percorre minha coxa, sinto como se minha pele queimasse por onde sua mão e seus lábios percorrem. Os lábios de Peeta vão parar novamente nos meus, ele começa a se erguer e me leva com ele, sem parar de sugar meus lábios, sentamos na cama. Dou uma leve mordida em seu lábio inferior, ele geme baixinho, e começa a sugar meus lábios com uma voracidade que desconheço. Ele aperta meu corpo contra o seu, minha mão percorre as costas dele. A sua mão que está em meu ombro começa a deslizar lentamente pelas minhas costas, enquanto sua outra mão que está em minha cintura me aperta contra seu corpo cada vez mais, como se não quisesse me deixar escapar. Retiro meus lábios dos seus, e vou parar em sua orelha, dou uma suave mordida, Peeta solta um gemido, desta vez um pouco mais alto que o primeiro, e me aperta ainda mais contra seu corpo, como se quisesse que meu corpo e o seu se fundissem em um só. Seus lábios começam a beijar meus ombros, Peeta puxa uma das alças de minha blusa. Minha mão começa a levantar a camiseta de Peeta. Ele para o beijo e retira sua camiseta voltando rapidamente para meus lábios.

Estou completamente perdida em seus lábios, minha mente está em branco, sou apenas corpo, nada mais do que corpo, um corpo que deseja o corpo de Peeta, que necessita de seu corpo como se tivesse queimando e a única coisa que precisasse para aplacar o fogo fosse o corpo dele. Porém, o fogo que sinto é bom, sinto uma fome que é diferente da fome comum, é uma fome que só aumenta com os beijos de Peeta, quero cada vez mais, quero mais, quero mais, mais, mais... Minha fome não acaba com seus beijos. Peeta retira minha blusa, nem sei como, quando percebo ela está jogada em algum canto do quarto fazendo companhia para a camiseta de Peeta. Minha lucidez parece ter ido completamente.

Minha mão percorre os músculos do abdômen de Peeta. Coloco minhas mãos sobre seu peitoral o fazendo deitar-se sobre a cama e me curvo sobre ele. Meus lábios começam a percorrer o peitoral dele fazendo caminho até seu abdômen. Em seguida eles vão até seu pescoço, dou pequenas mordidas em seu pescoço. As mãos de Peeta percorrem minhas costas, seus movimentos são rápidos, quando percebo elas já se livraram de meu sutiã em instantes. Sua mão acaricia meu seio, sinto um arrepio, que me faz me deitar sobre o corpo dele. O contado de nossas peles nuas faz minha pele queimar. Tenho um breve momento de lucidez, talvez fosse melhor eu parar, mas eu não quero, meu corpo não me deixa parar, minha razão é fraca, outra coisa é mais forte que meu lado racional.

Peeta inverte as nossas posições, agora é ele que se inclina sobre mim. Sinto as mãos de Peeta puxando minhas calças, enquanto seus lábios beijam meu pescoço. Em instante estou sem calças, e a mão de Peeta percorre por minhas pernas nuas. Enrosco minhas penas no quadril de Peeta, puxando seu corpo contra o meu. Peeta retira a carteira de seu bolso traseiro, ele para por um instante e olha em meus olhos, procurando por algo, talvez procure por algum sinal de hesitação, porém sei que tudo o que vê em meus olhos é desejo, desejo por seu corpo. Ele retira uma camisinha, sei o que virá depois disso, mas eu quero, meu corpo pede. Não penso em nada, nem nas consequências deste ato, só o que importa é este instante, e nossos corpos. Estou completamente insana, toda a minha razão se foi.

Peeta segura o pacote entre os dentes, enquanto se livra em um instante de suas calças. Ele abre o pacote de camisinha, me olha e me dá um beijo profundo diferente de todos o que ele deu até agora, é um beijo tão inexplicável e perfeito que faz qualquer razão ir embora. É o beijo mais perfeito e intenso que já experimentei.

Peeta sai de cima de mim, respiramos de maneira ofegante, minha mente está em branco, completamente em branco. Não consigo explicar de maneira nenhuma o que acabou de acontecer. Só sei que meu corpo está satisfeito, apesar do cansaço. Peeta me puxa contra seu corpo, me envolvendo em seus braços, ele encosta minha cabeça em seu peitoral. Sinto um beijo em minha testa, e a suave caricia de sua mão em meu cabelo, sinto sua respiração em meus cabelos, adormeço.

Acordo com a luz do sol que invade o quarto. Sinto uns braços que me envolvem. Estou completamente nua e apenas um lençol me cobre. Aos poucos a imagem da noite passada vem a minha mente e com elas minha lucidez. Eu não acredito que perdi minha virgindade com Peeta Mellark! O quê foi isso? O quê ocorreu comigo na noite passada? Isso é o que, inimigos com benefício? Peeta começa a se mover, fecho meus olhos, rapidamente, não sei como encara-lo depois disso. Ele retira um dos braços de cima de mim e desliza sua mão pelo meu cabelo.

– Katniss – sussurra em meu ouvido.

Abro meus olhos e me volto lentamente para ele. Peeta olha em meus olhos, seus olhos parecem hipnotizar os meus, seus lábios se aproximam dos meus, praticamente, os roçando. Meus lábios estão ávidos para sentirem o contado delicioso de seus lábios nos meus, porém, ele se detém e sorri.

– O quê nós somos?

– Inimigos com benefícios – respondo quase automaticamente.

– Inimigos com benefícios? – pergunta com uma expressão divertida.

– Sim, inimigos com benefícios, nós não gostamos um dos outro e passamos a maior do tempo brigando – respondo olhando em seus olhos. – Mas...

– Mas... – ele começa a roçar de leve o meu pescoço com seus lábios, me fazendo ficar arrepiada. – Você quer usar meu corpo, você gosta dele, não?

– Sim... gosto – respondo, sentindo o roçar de seus lábios em meu pescoço, tentando me controlar para não agarra-lo.

– Sabia – fala vitorioso, se afastando do meu pescoço. – Eu tinha certeza que você estava louca para abusar deste corpinho aqui – ri.

Sem aviso prévio, sinto os lábios de Peeta sobre os meus.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo? Gostaram? Odiaram? Críticas?...