Foi Na Prisão De Azkaban... escrita por Sensei, KL


Capítulo 5
Conselho de mãe


Notas iniciais do capítulo

Engraçado que duas vezes nesse capitulo falaram para a Lyra procurar saber melhor sobre a história do Sirius... Quando ela vai seguir os conselhos? Espero que curtam.
Beijoos



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PDV Lyra
Harry e eu estávamos tomando café da manhã no Caldeirão furado. Eu vestia a mesma roupa da noite anterior e ele havia tomado banho e estava com outra roupa.
-Tenho que ir a minha casa, mamãe pode ficar preocupada. Falei.
-Vai me deixar aqui sozinho? Ele perguntou.
-Achei que você viesse comigo. Falei como se fosse óbvio.
-Não posso, Tom está de olho em mim, se eu sair para a Londres trouxa ele conta ao ministro. Harry falou.
Olhei para Tom que estava limpando os copos no bar, ele volta e meia lançava um olhar para nossa mesa.
-Eu vou pegar minha vassoura no quarto, vou passar em casa, falar com a minha mãe, pegar umas roupas e voltar para cá. Falei.
-Como assim? Ele perguntou confuso.
-Você achou que eu fosse te deixar sozinho aqui? Vamos passar essas duas semanas nos divertindo no beco diagonal. Expliquei sorrindo.
-E o que está esperando? O sorriso de Harry era grande. Vá buscar as suas coisas, temos muito que aproveitar. Mande um abraço para Rose.
Levantei da mesa e mandei um beijo para Harry, passei pelo balcão e cumprimentei Tom avisando que voltaria logo, iria passar as semanas antes do colégio ali com Harry. Eu saí do bar e fui andando até a minha casa, o dia amanheceu claro e o céu estava limpo, nenhuma nuvem, se eu voasse com a vassoura, não importa a altura, seria vista e isso não era nada legal. Quando fui entrando pelo campo vi de longe o campo de grama e a fazenda do vizinho.
Falando no vizinho, faz tanto tempo que eu não o vejo...
Enfim, estava cansada a quase morte, subi na vassoura ali mesmo, já eram quase dez horas da manhã, passei três horas andando com uma vassoura, voei feliz em direção a minha casa, tive uma grande surpresa ao ver Nate do lado de fora, tinha um cachorro ao lado dele.
Nate sorriu a me ver chegando.
-Hey Nate. o cumprimentei. Pousei delicadamente na varanda e me joguei no banquinho ao lado dele. Onde está mamãe?
-Saiu. Ele respondeu.
-Estou tão cansada que não sei se consigo me mover mais.
-Ué, você não veio voando? Ele perguntou.
-O que?! Está maluco? Com esse céu azul? Era garantido que alguém me veria. Disse.
O cachorro latiu como se dissesse: É isso aí!
-Viu, ele concorda comigo. Falei sorrindo. Afinal, de onde veio esse cachorro?
O pastor alemão deitou e colocou as patas em frente ao rosto. Seus olhos quase poderiam me dizer: Você me viu agora? É cega?
-Sinto que esse cachorro está zombando de mim. Falei cerrando os olhos.
Nate deu uma risada escandalosa, o cachorro deu um latido que parecia uma risada.
-Lembra-se daquele cachorro que vimos ontem a noite? Nate perguntou.
-Aquele que estava na moita? Perguntei.
-Esse mesmo. Ele me seguiu até em casa, então pedi a mamãe para ficar com ele. Nate explicou.
-Ela deixou? Perguntei incrédula.
-Que nada! Mas a sua mãe gostou tanto dele que o adotou. No fim o maroto fica. Ele disse.
-Maroto?
O cachorro latiu e começou a balançar o rabo animado.
-Ele gosta do nome, vê? Nate disse mostrando a alegria do pastor alemão.
-Então ele é da mamãe? Perguntei.
-Exatamente. Nate explicou, então fechou os olhos, jogou a cabeça para trás e ficou sentindo a brisa, de vez em quando ele fazia isso, era bonito de se ver, ele ficava meio... Em paz.
Eu bati na perna chamando a atenção do maroto, ele levantou as orelhas.
-Vem aqui garoto, vem. Chamei.
Ele levantou do lugar onde estava deitado e veio até mim, eu sentei no chão. Maroto deitou em minha frente e descansou a cabeça na minha perna, afaguei o pelo atrás de sua orelha.
-Você está sujinho hein! Vou te dar um banho. Falei. Ele levantou as orelhas e correu. Eu tava brincando! Gritei rindo.
Ele olhou para mim meio de rabo de olho, mas voltou e deitou nas minhas pernas de novo. Ouvi passos descerem as escadas correndo e Rose apareceu, seus cabelos soltos foram para frente de rosto.
-Pensei ter ouvido a... A voz dela morreu quando me viu e um sorriso brotou nos lábios dela.
-Olá senhorita Potter! Falei. O cachorro levantou a cabeça e pendeu para o lado como se estivesse confuso.
-Olá senhorita Black! Ela riu, mas sua expressão mudou de repente. -Você encontrou Harry? Está tudo bem com ele? Ela perguntou preocupada.
-Sim. Falei. Na verdade, encontrei muito mais coisa.
Naquele momento eu contei sobre tudo o que aconteceu na noite anterior com o Ministro da magia.
-Isso foi realmente estranho. Nate disse.
-Por que será que ele não fez nada? O ministério não parece ser o tipo de organização que perdoa isso. Rose falou.
-Ah não ser que você seja Harry Potter! O garoto que sobreviveu. Nate disse.
-Não fale assim, você sabe que Harry nunca quis nada disso. Reclamei.
-Estou apenas sendo realista Lyra, o Ministério não quer perder Harry de vista, ele é um tipo de marco histórico vivo. Se não andasse e falasse seria perfeito.
-O ministério não quer perdê-lo de vista... Repeti pensando alto. O ministro da magia disse isso ontem a noite.
-Mas não acho que seja só isso. Rose falou.
Todos olharam para ela, notei que maroto também virou melhor para ouvi-la, ele estava prestando bastante atenção na conversa... Parecia até entendê-la. Dei uma risada interior
-Como assim vermelha? Nate perguntou.
-Pensando sobre o que aconteceu recentemente ele deve ser protegido. Rose explicou.
-O que aconteceu? Nate perguntou.
Eita que ele está lento hoje hein!
-Sirius Black. Falei.
Maroto virou para olhar para mim, pareceu tão espontâneo, como se alguém tivesse chamado seu nome e ele olhou pronto para responder.
-Ah claro. Aquela história de traição. Nate resmungou baixinho.
Maroto se encolheu nos meus braços e enfiou a cabeça por debaixo do meu cotovelo.
-Fique tranquilo Maroto, vou proteger você do homem mal. Você e o Harry. Falei acariciando-o.
Ele latiu meio desgostoso e ficou deitado ali, amuado.
-Que estranho. -Rose disse olhando a atitude do cachorro.
-Lyra, eu... Nate começou, mas não terminou.
-O que foi? Perguntei.
-Tem alguma coisa errada. Ele suspirou.
-Como assim? Rose sentou ao lado dele.
-Essa história do seu pai... Não sei por que, mas sinto que tem algo estranho com tudo isso.
Maroto levantou a cabeça e olhou Nate com atenção.
-Não estou entendendo Nate. confessei.
-Sabe quando eu tive aquelas estranhas sensações, no primeiro ano quando você-sabe-quem estava no turbante do professor Quirell e no segundo com o Basilisco no castelo?
-É claro que lembro. Se tiver uma coisa que essas situações me ensinaram é sempre confiar no seu instinto por mais estranho que ele for. Eu disse.
-Então... Meu instinto está dizendo que tem mais coisa aí do que nós sabemos. Acho que você devia pesquisar melhor sobre toda a história do seu pai.
Maroto saiu do meu colo e latiu em direção a Nate.
-Não fale assim. Pedi. Aquele homem só me doou material genético, eu não tenho pai.
Aquela afirmação pareceu pegar todos desprevenidos, Rose e Nate pareciam desconfortáveis e Maroto voltou devagarzinho para o meu colo deitando a cabeça na minha perna tristemente.
-Lyra... Rose suspirou baixinho. Eu a interrompi.
-Desculpem. Pedi. Eu sei que não devia meter vocês nos meus dramas. Ignorem-me ok?
Maroto levantou a cabeça e encostou o focinho gelado no meu rosto, dei um sorriso pequeno.
Nate abriu a boca para dizer algo, mas naquele momento o barulho de um carro surgiu no horizonte, olhei para a direção de onde vinha o som e avistei o carro da mamãe.
-Tenho que ter uma conversa com ela, contar sobre Sirius Black e Harry. Preciso do apoio da minha mãe. Falei.
Levantei do chão e esperei minha mãe estacionar, ela trazia umas frutas.
-Lyra! Ela veio até mim e me deu um abraço apertado seguido de um beijo na testa. Depois me olhou nos olhos. Quase me matou do coração.
-Desculpe mãe. Pedi.
-Está desculpada, mas vai ficar sem vassoura enquanto estiver de férias. Ela disse simples.
-MÃE! Reclamei.
-Nem me venha com essa querida, está decidido. Agora... Ela me segurou pelos ombros e olhou meu rosto por uns segundos.
-O que foi? Perguntei.
-Você quer me dizer alguma coisa. Ela disse baixinho, mais para si mesma do que para mim. O que foi?
-Como a senhora me conhece tão bem? perguntei.
-Ah querida, você esteve nove meses e meio dentro de mim. Se eu não a conhecesse não sei quem faria isso!
-Vamos lá para dentro, a história é longa.
Então minha mãe colocou o braço ao redor dos meus ombros e me levou para o meu quarto, maroto nos seguiu de orelhas baixas.
---
-Lyra... Você está começando a me deixar preocupada filha! Mamãe falou sentando na cama do meu quarto.
-Realmente é para se preocupar mamãe! Não quero assustá-la, mas é um assunto delicado! Falei da melhor maneira que pude.
Ela ficou parada olhando para mim então de repente seu rosto se iluminou e ela colocou a mão em frente à boca.
-Não me diga que... Ela começou meio incerta e temerosa. Você descobriu quem é o seu pai?
Encarei-a sem saber o que dizer. Decidi contar tudo do inicio. Maroto sentou ao pé da minha cama e ficou olhando para mim
-Olha mãe, existe um cara chamado Sirius...
Então eu comecei a contar para ela sobre Azkaban, sobre minhas pesquisas, sobre como eu descobri de Sirius e a muy antiga e nobre casa dos Black. O fato de ela já conhecer o mundo bruxo por causa da tia Cassie ajudou bastante para que ela entendesse.
-Então você faz parte da Família Black? Ela perguntou.
-Eu acabei de dizer que o homem que tem o meu sangue é um criminoso foragido e a senhora só liga para o fato de eu ser uma Black? Perguntei surpresa.
Maroto deu um latido muxoxo ao meu lado. Mamãe sorriu e sentou ajoelhada no chão afagando as orelhas dele.
-Sei lá filha, existe tanta coisa que pode realmente ter acontecido. Ela disse meio filosófica.
-O que? Perguntei confusa. Mãe ele matou treze pessoas, a única coisa que pode ter acontecido é ele ter matado mais algumas!
Mamãe me olhou mortalmente e eu me calei.
-O seu problema filha é que você é cabeça-dura demais! Se tiver uma coisa que eu aprendi na minha vida é nunca confiar em uma informação da mídia! Principalmente se ela vier de um ministério da magia. Enquanto não tiver certeza do que aconteceu, desconfie sempre, tenha a mente aberta para uma informação a parte, crie teorias. Talvez uma delas esteja certa. Mas nunca, minha querida, nunca acredite de primeira. Ela disse suspirando por fim.
Maroto levantou a cabeça e deu uma lambida no rosto da minha mãe, ela riu gostosamente me fazendo sorrir também. Nunca tive tanta consciência do quanto minha mãe era maravilhosa do que tenho agora, sentei ao lado dela e acariciei o pelo do Maroto ele me lambeu o rosto.
-Tudo bem mamãe. Falei. Obrigada.
-Own que bonito! Rose disse na porta.
Olhei para fora, Nate e Rose estavam escondidos atrás da porta ouvindo a conversa.
-Rose! Nate a repreendeu de modo sussurrado.
-Desculpe. Ela falou sussurrando também.
Mamãe sorriu alegre. Levantei do chão e abri a porta, eles me olharam envergonhados.
-Ouvindo a conversa alheia... Que feio! Falei.
-Ah Lyra... Rose resmungou totalmente vermelha.
Virei o rosto para trás, mamãe estava ajoelhada no chão e maroto sentado ao lado dela, assobiei chamando a atenção do Pastor alemão, ele levantou as orelhas e bateu o rabo.
-Vamos maroto, vamos pegar esses dois. Falei.
Maroto latiu e correu atrás de Rose e Nate, os dois desceram as escadas correndo aos risos, eles estavam indo para o campo de grama, fui atrás deles, no caminho eu pensei que talvez realmente exista muito mais coisa do que eu pensei nessa história. Parei na metade do caminho e olhei para meus irmãos e meu cachorro... Independente do que acontecer eu iria protegê-los. Isso era um fato.


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Notas finais do capítulo

Para quem deixa review:OBRIGADA! Amo vocês Suas lindas *-*
Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.
Para quem não deixa por preguiça:Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforcinho vai, por favor?
BEIJOOOS LIINDAS *----------*
Câmbio e desligo