Foi Na Prisão De Azkaban... escrita por Sensei, KL


Capítulo 33
Uma garota de mistérios


Notas iniciais do capítulo

Oie gente, então, para o pessoal Team Werewolf teremos muito Lupin nesse capítulo!
OVERDOSE DE LUPIN.
Quero agradecer também a Narizinho do Black pela liind recomendação que você me fez.
Obrigada, mesmo, foi perfeita. Esse capítulo é para você gata.
Gente... Sabe o que eu notei? Que eu esqueci de comemorar as recomendações com uma dancinha maluca! Então...
~le eu fazendo Hiper Dancinha Maluca para compensar todas as que faltaram, então não liguem se parecer que estou tendo um ataque de eplepsia~
kkkkkkkkkkkkkkk
Espero que curtam o capítulo.
Beijoos



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PDV Nate

Na manhã de sábado todo mundo estava meio quieto, Ron, Harry e eu comemos normalmente e notei que Hermione ficava lançando olhares de esguelha para nós. Lyra estava conversando com Rose e Gina na ponta da mesa, ao lado de Neville que tinha uma expressão triste no rosto. Lembrei então que ele não iria ao passeio de Hogsmead hoje.

Quando os alunos começaram a se dirigir para a saída Harry se despediu de nós deixando claro para Hermione que estava subindo para o salão comunal. Ron e eu entramos numa carruagem e Mione ficava nos seguindo com um olhar ansioso.

-Ela está desconfiada. –Falei para Ron.

-E quem liga? –Ron falou bufando e ficou olhando para a janela.

Quando chegamos em Hogsmead fomos diretamente para Dedos de mel esperar Harry.

-Por que ele está demorando tanto? –Perguntei a Ron enquanto fingia olhar alguns diabinhos de pimenta.

Ron franziu o cenho e deu de ombros, então ele deu um pulo como se alguma coisa tivesse dado um choque nele.

-Sou eu. –Ouvi a voz de Harry.

-O que te atrasou? –Ron perguntou.

-Snape estava rondando o corredor. –Harry explicou.

-Você acha que ele desconfiou de alguma coisa? –Perguntei ansioso.

-Não sei. –Harry disse.

-Qual é? É o Snape, ele desconfia até quando não tem motivos para desconfiar. –Ron respondeu.

Nós saímos andando pela rua principal, Ron e eu em cada lado de Harry, assim ele poderia andar normalmente e quando estivéssemos conversando com ele pareceria que estávamos conversando um com o outro.

-Onde é que você está? –Rony perguntava a toda hora pelo canto da boca.

-Ela está do outro lado Ron! –Falei suspirando.

Por causa do lobo eu conseguia ouvir a respiração dele apesar de todo o barulho e isso ajudava muito na hora de localiza-lo.

-Ainda está aí? Que coisa mais estranha... –Ron resmungou.

-Aliás, como você consegue saber onde eu estou? –Harry perguntou.

-Consigo ouvir seus passos. –Dei de ombros como se isso fosse normal e eu não fosse uma criatura bizarra.

Passamos pelo correio e Ron e eu ficamos olhando algumas corujas, o ruivo até fingiu estar escolhendo uma coruja nova para seu irmão Gui para que Harry pudesse dar uma boa olhada em tudo.

Depois fomos visitar a zonko’s, era um lugar legal sabe? Mas estava cheio de gente e eu acho que Harry estava fazendo contorcionismo para não bater em ninguém e causar um pânico. Imagina se alguém sente uma mão invisível tocar suas costas sem querer? Não posso negar que seria engraçado também.

Harry passou um pouco de ouro por baixo da capa para que comprássemos o que ele queria. Quando saímos de lá tínhamos os bolsos cheios de logros e uma bolsa de dinheiro consideravelmente mais vazia.

-Vamos dar uma passadinha na casa dos Gritos agora? –Ron sugeriu.

Casa dos gritos? Já não basta o quanto eu vejo aquilo por mês? Mas mesmo assim fui junto, não podia dizer que a casa não era assustadora, pelo menos do lado de fora, por que por dentro estava bem mais aconchegante desde que Lyra e eu passamos a frequentar.

-Até os fantasmas de Hogwarts evitam a casa! –Rony comentou. –Perguntei a Nick-quase-sem-cabeça... Ele diz que soube que mora aí uma turma da pesada. Ninguém consegue entrar. Fred e Jorge já tentaram, é claro, mas todas as entradas estão tapadas...

Bem, na minha visão eu podia ver claramente que havia uma janela que não estava tapada, aquela do segundo andar onde estava o quarto, eu lembrei que Lyra a abriu no primeiro dia, mas a visão dos garotos era limitada daquela distância e graças a Merlin não podiam ver.

Meu corpo ficou tenso, ouvi passos a voz afetada da última pessoa que eu queria ver.

-... devo receber uma coruja do meu pai a qualquer momento. –Ele dizia.

-Draco vem aí. –Avisei para Ron e Harry.

-Ele teve que ir a audiência para depor... Sobre o meu braço... Que ficou inutilizado por três meses... E ainda vai usar o machucado da Anderson ao nosso favor!

Crabbe e Goyle riram.

-Eu bem que gostaria de ouvir aquele paspalhão se defender. “Ele não tem uma natureza má” – Draco tentou imitar a voz de Hagrid de modo desdenhoso, soltei um rosnado baixo. –Honestamente aquele hipogrifo pode se considerar morto.

Então Draco levantou o rosto e viu Ron e eu. Um sorriso maldoso surgiu em sua face.

-O que vocês estão fazendo aí? Hã? Weasley? Kepner? –Então ele deu uma risadinha. –Desculpe interromper o namoro de vocês.

Crabbe e Goyle soltaram risadinhas.

-Idiota. –Cuspi.

Ele olhou para a casa dos gritos e então voltou a olhar para Ron e eu.

-Acho que gostaria de morar aqui, não, Weasley? Sonhando com um quarto só para você? Soube que sua família toda dorme num quarto só, é verdade?

Rony tentou avançar em Draco, mas Harry e eu conseguimos segurá-lo.

-Deixem-no comigo. –Harry sussurrou.

-Estávamos mesmo conversando sobre o seu amigo Hagrid. –Draco disse lentamente, de um modo aristocrático. –Tentando imaginar o que ele estpa dizendo a Comissão de Eliminação de Criaturas Perigosas. Você acha que ele vai chorar muito...

Naquele momento ouvi alguma coisa cortar o ar e...

PAF!

A cabeça de Malfoy foi para frente quando a lama o atingiu e seus cabelos louros começaram a escorrer lama. Não consegui aguentar e soltei uma gargalhada estrondosa junto com Ron.

-Quem...? –Ele virou possesso esperando ver alguém, mas não havia ninguém.

Naquele momento minha barriga já estava doendo e Ron se segurava na cerca para se manter em pé. Draco, Crabbe e Goyle olhavam para os lados, atordoados.

-Que foi isso? –Draco se perguntava olhando ao redor. –Quem jogou isso?

-Muito mal-assombrado isso aqui, não, Malfoy? –Ron comentou como se estivesse falando do tempo.

Os capangas de Draco começaram a tremer. Então mais duas bolas de lama foram lançadas, dessa vez em Crabbe e Goyle, cara, aquela lama estava tão fedorenta que eu sentia o cheiro daqui.

-Veio dali! –Malfoy gritou tentando tirar lama do rosto, mas o lugar que ele apontou era bem uns dois metros de onde Harry estava.

Minhas risadas aumentaram mais ainda quando Crabbe saiu andando para frente com os braços estendidos para frente, feito um zumbi. Mas então naquele momento Harry pegou um pedaço de pau e bateu nas costas do garoto que deu uma pirueta tentando descobrir de onde veio a pancada, como só viu Rony foi exatamente para ele que avançou. No entanto, antes que ele chegasse perto de onde estávamos tropeçou em “algo” invisível e caiu de cara na neve.

O problema é que no momento em que Crabbe tropeçou a capa de Harry foi parar trás e sua cabeça ficou visível.

Parei de rir na hora.

-Droga! –Cuspi.

Malfoy arregalou os olhos e apontando, gritou.

-HAAAAARRY!

Então tremendo de medo ele virou as costas e saiu correndo de volta para o povoado com Crabbe e Goyle em seus calcanhares.

Harry puxou a capa de volta para a cabeça, mas o estrago já estava fazendo.

-Isso não é nada bom! –Falei nervoso.

-Harry! –Ron exclamou. –Acho melhor você correr. Se Malfoy contar a alguém é melhor você já estar no castelo.

-Vejo vocês mais tarde. –Ouvi Harry dizer então o barulho de alguém correndo.

Ron e eu ficamos ali parados por um segundo.

-Você acha que Malfoy vai contar a alguém? –Ron perguntou.

-Não tenho dúvida. –Falei firme.

-Temos que voltar para o castelo o mais rápido possível.

---

PDV Lyra

Vi Mione, Ron e Nate irem para Hogsmead e vi Harry entrando para o castelo novamente, pensei em ir até ele, mas lembrei de então do convite-barra-intimação do professor Lupin que queria falar comigo.

Subi as escadarias até o corredor que levava até a sala de Defesa Contra as Artes das Trevas, bati timidamente.

-Professor? –Chamei.

-Pode entrar Lyra. –Ouvi a voz compassiva de Lupin falar.

Entrei rapidamente e fui em direção aonde ele estava, parecia procurar algumas coisas em uns livros que havia espalhados pelo lugar.

-Sente-se. –Ele disse apontando para uma cadeira em frente a sua.

Entre nós havia uma pequena mesa com um conjunto de chá velho em cima e um prato com biscoitos e bolinhos.

-Como o senhor está? –Perguntei.

-Muito bem, obrigado por perguntar.

Ele disse me servindo um pouco de chá. E ele realmente não estava mentindo, não podia estar melhor, seu rosto estava corado e sadio, seu olhar rápido e seus movimentos precisos, parecia que nunca havia ficado doente na vida.

-Sempre fiquei impressionada com a influência da lua em vocês, pouco antes da transformação ficam cheios de vida e vigor, mas quando ela passa... Parecem que passaram dias sem comer de tão fracos. –Falei com uma careta.

O professor apenas deu de ombros.

-O que ela dá, ela tira. –Falou.

Assoprei meu chá levemente e tomei um gole, dei um sorriso de satisfação, eu adoro chá.

-Está gostoso eu espero. –Lupin falou.

-Com certeza. É melhor que o da Tia Andrea, mãe do Nate, mas não conte a ela que eu disse isso. –Eu disse.

O professor Lupin soltou uma risadinha. Então um silêncio eloquente caiu na sala, mentira, era só silêncio silêncio, daquele que você não está pensando em nada e só vegeta.

-Hum... –O professor Lupin quebrou.

Tomei coragem para falar.

-Então professor... O senhor disse que queria falar comigo. –Lembrei-o.

-Eu queria te mostrar umas coisas. –Ele disse simples.

-Me mostrar? –Não pude evitar a surpresa. –O que?

Então ele colocou a xícara de lado e levantou da cadeira, indo em direção a sua mesa, lá ele pegou uma caixa e trouxa até mim. Ele sentou na cadeira novamente e abriu a caixa tirando algo de lá de dentro. Então ele me mostrou um pedaço de papel.

Minha boca se escancarou em choque, o que ele queria me mostrando aquilo. Olhei para o professor e fiz uma expressão confusa.

-Bela foto. –Comentei. –Mas por que me mostrar ela?

Ele sorriu. Na foto quatro pessoas sorriam e acenavam.

-Esse daqui sou eu. –Ele apontou para um garoto da foto que se afastou do dedo dele meio envergonhado. –Esses outros são James Potter, Lily Evans e... Sirius Black. Em Hogwarts.

-Olha que legal você conheceu os pais de Harry. –Forcei um sorriso. –Mas eu ainda não entendi o que isso tudo tem a ver comigo.

O professor balançou a cabeça negativamente como se desaprovasse meu cinismo.

-Você não acha que esse garoto se parece com alguém? –Ele perguntou apontando para Sirius.

-Não entendi. –Falei.

-Lyra... –O professor falou em tom de aviso.

-Pergunte logo o que o senhor quer saber professor. –Resmunguei impaciente.

-Quem é o seu pai Lyra? –Ele perguntou.

-Não sei, nunca o conheci. –Falei sincera.

O professor bufou impaciente, eu sabia como os lobisomens ficavam meio irritadiços perto da lua cheia, era como uma TPM canina. Sorri de lado.

-Eu venho desconfiando disso desde o trem, naquele dia eu pensei nessa opção, mas neguei no mesmo momento. Mas o jeito como você age, alguns trejeitos, o seu próprio rosto parece ser a prova viva de que o que eu pensei estava correto. Quando Sirius invadiu o castelo naquela noite e lhe deixou uma carta as minhas suspeitas só aumentaram. Agora, olhando para você e esse seu sorrisinho de lado tão idêntico ao dele... Eu não sei como não vi isso antes.

-Eu achei que o senhor demoraria mais a descobrir. –Falei suspirando.

O professor pareceu chocado com a minha declaração, ele me olhou calado por uns segundos.

-Então você já sabia... Há quanto tempo? –Ele perguntou.

-Desde a minha primeira noite nesse castelo. –Respondi simples.

-Como...?

Eu sabia o que ele estava perguntando. Como Sirius teria uma filha e não contou nada a ele.

-Não posso explicar ainda. –Me encolhi na cadeira.

-O que? Como assim? –Ele perguntou confuso.

-Existe muito mais coisa nessa história professor, existe muita gente envolvida e enquanto o senhor não saber de todos os detalhes não poderei explicar tudo.

-Então me conte os detalhes para que eu possa entender. –Ele pediu.

-Como eu disse antes, existe muita gente envolvida e eu não poderia contar se elas não estivessem cientes. Seria traição. –Dei de ombros, envergonhada.

-Mas então quando poderá me contar?

-Em breve. –Falei vagamente.

O professor sorriu e balançou a cabeça negativamente.

-Você é uma garota de muitos mistérios Lyra. –Ele falou sorrindo, mas seu sorriso diminuiu. –Você é mesmo filha dele, não é?

Acenei que sim, timidamente.

-Sim professor, Sirius Black é o meu pai.

Naquele momento alguma coisa explodiu na lareira ao lado e a voz do professor Snape soou alta.

-LUPIN! Quero dar uma palavrinha com você.

Então o rosto dele desapareceu, minha boca se escancarou chocada.

-Gente, isso foi maneiro, me ensina! –Pedi animada.

Lupin riu.

-Vou ver o que ele quer. –O professor respondeu indo até a lareira e pegando um pouco de pó de flu e jogando em seus pés. –Escritório do Snape.

Como eu estava louca de curiosidade peguei um pouco de pó de flu e fui atrás.

-Escritório do Snape. –Gritei.

Senti uma coisa estranha como se todas as partes do meu corpo se separassem e juntassem novamente, mas não durou mais do que três segundos, então me encontrei sendo observada por três pares de olhos surpresos.

-Lyra! –Lupin reclamou com uma vez de censura. –Era para ter me esperado lá.

-Ah professor, eu estava curiosa, além do mais o professor Snape não liga, ele me adora. –Dei de ombros.

Snape fez um barulhinho desdenhoso com a garganta e me ignorou. Pelo menos ele não negou nada neh? Vitória!

-Mas o que você estava dizendo Severo? –Lupin perguntou.

-Estava dizendo que acabei de pedir ao Potter para esvaziar os bolsos. Ele trazia isso junto com ele.

Então o professor Snape mostrou um pergaminho com algumas palavras que brilhavam, eu reconheceria aquilo em qualquer lugar, era o mapa do maroto.

-Ei! –Exclamei. –Isso é meu!

Snape e Lupin de encararam. Que merda, para que eu fui abrir a minha boca mesmo?

-Seu? –Snape perguntou.

-Meu e dela. –Harry respondeu para me tirar da enrascada sozinha.

Lupin olhou de um para o outro com uma expressão discreta e reservada.

-Mas e daí? –Ele perguntou como se o mapa não fosse nada.

Mas percebi que ele estava analisando a situação rapidamente.

-E então? –Snape rosnou. –Esse pergaminho está obviamente carregado de magia negra. E esta parece ser sua especialidade. Onde você acha que Potter e... –Ele olhou para mim. –Anderson, arranjaram uma coisa dessa.

Percebi Lupin olhar de relance para o Harry, mas ele estava de costas para mim então não soube qual era sua expressão.

-Repleto de magia negra? –O professor repetiu. –É isso mesmo que você acha Severo? A mim parece apenas um mero pedaço de pergaminho que insulta quem tenta lê-lo. Infantil, mas nada perigoso. Imagino que Harry ou Lyra o tenha comprado em uma loja de logros e brincadeiras.

-Verdade? –O queixo de Snape endureceu de raiva. –A mim parece improvável. Você não acha eu ele tenha obtido diretamente dos fabricantes?

Não entendi o que Snape quis dizer com isso e pela cara confusa de Harry nem ele.

-Você quer dizer o senhor rabicho e os outros? –Lupin perguntou com o cenho franzido e virou para Harry. –Conhece algum deles?

-Não! –Harry respondeu rápido.

Ele e Snape viraram o olhar para mim numa pergunta muda.

-Nem olhem para mim, não os conheço. –Falei sincera.

Naquele momento Rony entrou pela porta ofegante e Nate vinha ao seu lado, só que o loiro não estava nem cansado.

-Eu... dei... isso... a Harry. –Rony falou sufocado.

-Compramos na Zonko’s a séculos. –Nate sustentou a mentira.

-Você deu a Harry? Mas a senhorita Anderson disse que também era dela. –Snape falou desconfiado.

Eita boca desgraçada essa minha!  Para que eu fui falar alguma coisa?

-É por que fica com o Harry mais do que comigo, não é óbvio? –Menti rapidamente.

-Bem! –Disse Lupin batendo palmas e olhando animado a sua volta. –Isso parece esclarecer tudo! Severo, vou devolver isso, posso? –Ele puxou o mapa e guardou nas vestes. – Harry, Rony e Nate, venham comigo, preciso dar uma palavra sobre a redação de vampiros e Lyra, precisamos terminar nossa conversa, você nos dá licença Severo...

Nós quatro fomos com o professor Lupin em direção ao saguão, eu sabia que ele estava irritado e Nate também, por que ele se encolheu e se afastou do pai, acho que o lobo dele sentia alguma coisa.

-Professor, eu... –Harry tentou falar, mas foi interrompido.

-Não quero ouvir explicações! –Lupin exclamou aborrecido. Espiou o saguão vazio e baixou a voz. –Por acaso eu sei que esse mapa foi confiscado pelo Sr. Filch a anos.

Meu queixo caiu, como ele sabia que era um mapa? Minha expressão era espelhada pela de Harry, Ron e Nate.

-É, eu sei que é um mapa. Não quero saber como vocês o obteveram. Mas estou abismado que não tenha devolvido depois do que aconteceu na última vez em que um aluno deixou informação sobre o castelo largada por aí. Não posso deixar você ficar com o mapa Harry.

-Professor, Harry não devolveu por que eu não deixei. –Falei simples. –O mapa também é meu e eu não estava afim de devolvê-lo.

Lupin olhou para mim sério e balançou a cabeça negativamente como se já esperasse por isso.

-Você é mesmo filha do seu pai. –Ele sussurrou para si mesmo, notei que não era para eu ter ouvido.

Já Harry não pareceu ter ouvido, pois no segundo seguinte perguntou.

-Professor, por que Professor Snape achou que eu havia conseguido o mapa dos fabricantes?

-Por que... –Ele pareceu hesitar. –Por que a intenção desses fabricantes era atraí-lo para fora da escola. Eles teriam achado muitíssimo divertido.

-O senhor os conhece? –Harry perguntou impressionado.

-Já nos encontramos. –Lupin respondeu com rispidez, percebi que ele não gostava de falar disso. Mas então ele ficou sério. –Não espere que lhe dê cobertura outra vez Harry. Não posso fazer você levar Sirius Black a sério. Mas eu teria achado que o que você ouve quando os dementadores se aproximam teria produzido algum efeito em você. Os seus pais deram a vida para mantê-lo vivo. É uma retribuição indigente trocar o sacrifício deles por uma saca de truques mágicos.

Olhei para Harry e ele havia abaixado a cabeça. O professor Lupin saiu andando. Não havia nada a dizer depois desse discurso e me senti mal que tudo isso tenha sido causado por uma pessoa apenas: Meu pai.

Virei as costas e segui Lupin.

-Professor. –Chamei baixinho.

Ele virou para olhar para mim e parou na metade do corredor esperando que eu me aproximasse.

-Obrigado por ter ajudado Harry. –falei quando estava em sua frente.

O professor me olhou calado por uns segundos então suspirou.

-Lyra... Eu não sei como você se sente em relação a ser filha de... Sirius Black.

-Você quer dizer pelo fato dele ser um assassino procurado que traiu os pais de Harry e matou o melhor amigo? –Perguntei com a cabeça abaixada.

-Como você sabe disso tudo? –Perguntou surpreso.

Dei de ombros.

-Andei fazendo perguntas. –Respondi vagamente. –Mas sobre como eu me sinto em relação a isso é conversa para outro dia. Minha cabeça está doendo e foram muitas revelações para um dia só.

O professor acenou que sim.

-Só peço que me desculpe pelo jeito que eu falei de Black ali atrás sem levar em conta seus sentimentos. –Ele falou.

Fiz um gesto indicando que ele esquecesse o assunto.

-O que eu queria mesmo era... –Fiquei um pouco envergonhada. –Era ver o que tem escrito no mapa.

Lupin pareceu momentaneamente surpreso e me olhou com censura.

-Lyra! –Reclamou.

-Desculpe! Mas eu estou muito curiosa! –Falei sincera.

Ele balançou a cabeça negativamente e sorriu.

-Tudo bem, confesso que eu também estou curioso.

Soltei uma risadinha.

Então ele tirou o pergaminho do bolso e as palavras ainda estavam ali, nos encostamos um no outro para vermos juntos.

-O Sr. Aluado apresenta seus cumprimentos ao professor Snape e pede que ele não meta o seu nariz anormalmente grande no que não é da sua conta. –O professor Lupin leu.

Não consegui conter uma gargalhada e coloquei as mãos em frente a boca.

-O Sr. Pontas concorda com o Sr. Aluado e gostaria de acrescentar que o professor Snape é um safado mal acabado. –Ele leu novamente, dessa vez ele riu comigo.

-Deixe-me ler o resto. –Pedi sorrindo. –O Sr. Almofadinhas gostaria de deixar registrado seu espanto que um idiota desse calibre tenha chegado a professor.

Coloquei as mãos na barriga que já estava doendo de tanto rir e o professor ria mais da minha reação do que da piada em si, me recuperei para ler o final.

-O Sr. Rabicho deseja ao prof. Snape um bom dia e aconselha a esse Seboso que lave os seus cabelos. –Terminei.

Ri mais um pouco que fiquei com falta de ar, Lupin olhava para mim com o cenho franzido e rindo levemente.

-Esses caras são uns gênios! –Falei animada. –Que bom que o Professor Snape não pegou o mapa comigo, por que não sei se aguentaria ver essas frases surgindo e não rir. Se um dia reencontra-los diga que sou fã deles. Principalmente esse Almofadinhas e o Aluado, foram as minhas prediletas.

Ele sorriu carinhosamente a pareceu melancólico por um instante.

-Pode deixar. –Ele disse por fim.

Sorri levemente e baixei o rosto.

-E... Professor. Não conte nada a ninguém, sim? –Pedi. –Sobre o meu pai.

-Eu nem pensei nisso. –Ele respondeu sincero.

Acenei me despedindo e fui andando de volta para o saguão, me direcionei para o salão comunal da grifinória, mas alguém corria em minha direção.

-Lyra! –Rose exclamou. –Eu estava te procurando.

-O que foi? –Perguntei com o cenho franzido.

-Eu estava com a Hermione quando...

-Você estava com Hermione? –Perguntei surpresa a interrompendo. –Sério? Você não tem todo aquele ciúme e coisa e tal?

Rose bufou.

-Cala a boca Lyra! –Ela disse. –Eu estava dizendo que estava com Hermione e Gina quando Hagrid avisou por carta o resultado do julgamento do Hipogrifo que você gosta.

Fiquei tensa.

-E aí? –Perguntei com medo do resultado.

Rose fez uma cara decepcionada.

-Sinto muito Lyra, Hagrid perdeu o caso, Bicuço vai ser executado.

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Notas finais do capítulo

Para quem deixa review:OBRIGADA! Amo vocês Suas lindas *-*
Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.
Para quem não deixa por preguiça: Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforçinho vai, por favor?
BEIJOOOS LIINDAS *----------*
RECOMENDEM PLEASE!
Câmbio e desligo