Foi Na Prisão De Azkaban... escrita por Sensei, KL


Capítulo 28
Vozes e risos...


Notas iniciais do capítulo

E aê gente? Muito curiosos para esse capítulo? kkkkk
Eu queria agradecer a Nat Swan, sua linda de bonita que me deixou uma recomendação perfeita! VALEU GATA!
E seja bem-vinda LoOol, nova leitora.
Espero que gostem do capítulo.
Beijoos



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PDV Nate

Corri.

Corri o mais rápido que pude, pois era a única coisa que eu podia fazer agora.

O que eu mais temia aconteceu, Hermione descobriu e logo ela contaria para Rony e Harry, e eu iria perder meus únicos amigos, aqueles amigos que eu fiz além das minhas irmãs, eles eram importantes, pois foram os primeiros.

Não sei o que me fez parar ali, mas olhei para frente e estava no jardim, nas margens do lago negro, o sol já tinha se posto e o jardim estava escuro, era lua nova e o céu parecia vazio, parei de correr... Eu queria gritar tentar de algum jeito achar o mundo justo, mas não estava conseguindo, somente tristeza por perder algo que eu nem tive tempo de aproveitar. Foram apenas dois anos, tão pouco.

Minhas mãos se fecharam em punho e comecei a chutar o ar, queria algo para bater e descontar todo o meu sofrimento, soluços irromperam em minha garganta, meus joelhos cederam e caí na grama.

-Não... –murmurei inconformado. –Não é justo...

Não é justo eu ser esse monstro... Não é justo que eu tenha que perder meus melhores amigos...

Coloquei as mãos no rosto tentando esconder minhas lágrimas, ajoelhado e chorando imensamente, tentando não gritar... Nunca gostei de gritar, sempre fui um garoto silencioso. Então engoli minha própria dor e solucei baixinho.

Ouvi alguém se aproximar de mim, mas parou na metade do caminho, como se estivesse indeciso, não estava perto o bastante para que eu sentisse seu cheiro, me encolhi dentro de mim mesmo e tentei me manter em silêncio, mas a pessoa pareceu tomar uma decisão e andou até mim.

Eu reconheci o cheiro... Chocolate. Eu só conhecia uma pessoa que tinha cheiro de chocolate.

Hermione.

Coloquei a mão na cabeça tentando esconder meu rosto, mas ela se ajoelhou em minha frente com certa violência, pouco característica dela, e tentou me tocar. Empurrei sua mão com um pouco de rudeza, confesso, mas eu estava triste, inconformado.

Ela não pareceu se abalar, segurou minhas mãos gentilmente, o gesto me desconcertou, colocou a mão no meu rosto e o puxou de modo que fiquei olhando para ela. Hermione não era a garota mais bonita da Grifinória, tinha os cabelos armados e seus dentes da frente eram maiores do que os outros, mas eu a achava incrível.

Ela me olhou por um segundo, parecia surpresa de me ver chorando, ela parecia notar toda a minha solidão somente de olhar em meus olhos, então eu fiquei surpreso ao ver seus olhos formando suas próprias lágrimas.

-Hermi...

Mas a minha fala foi interrompida quando ela se jogou no meu colo e me abraçou forte, o gesto me pegou desprevenido e não retribui por uns segundos.

Naquele momento eu entendi o que ela queria dizer... Ela me aceitava, do jeito que eu era.

Senti meus olhos ficarem marejados novamente, mas dessa vez era de alegria, passei meus braços ao seu redor, a segurei firme e chorei... Chorei feito um bebê.

E ela ficou comigo até que todo o meu choro parasse.

---

PDV Lyra

Eu estava apenas olhando de longe, queria saber se tudo correria bem.

Quando Hermione descobriu ela ficou momentaneamente paralisada olhando Nate correr.

-Eu achei que você, acima de todos, entenderia, Hermione. –Disse com um tom de decepção na voz. –Jamais achei que você fosse como esses bruxos preconceituosos.

Ela me olhou confusa.

-Lyra... –Ela tentou falar, mas eu a interrompi.

-Ela já sofreu muito sabia? –Reclamei. –Você não faz ideia de como é difícil para ele? Você por acaso pensou em todo esse tempo que a gente é amiga dele? Nate é tão ruim assim?! Se você não vai ser mais amiga dele, pelo menos não conte a ninguém sobre isso.

-Mas Harry e Rony...

-Por favor. –A interrompi novamente, minha voz tinha um tom de súplica.

Ela me olhou por um segundo, virei na direção onde Nate havia ido, mas Hermione segurou meu braço.

-Eu jamais deixaria de ser amiga dele Lyra. Você não se enganou sobre mim. –Ela falou.

Então ela correu na direção em que eu estava indo, ela merecia esse tempo com Nate.

Peguei a sua mochila pesada e vim até aqui, eles dois estavam longe, pude notar somente suas silhuetas, depois de um tempo notei Hermione vindo me minha direção, ela limpava lágrimas dos olhos e ficou surpresa de me ver ali.

-Obrigada. –Eu disse carinhosa e entreguei a mochila a ela.

Hermione sorriu pequeno, quase timidamente.

-Não vou contar a ninguém. –Ela falou por fim e foi andando para dentro do castelo.

Olhei para o jardim e Nate continuava sentado, fui a sua direção.

-Lyra... –Ele disse baixinho, sua voz parecia um pouco rouca.

Ele estava olhando para frente, em direção ao lago negro, ali estava frio para caramba, mas Nate não parecia se importar, fiquei parada na frente dele, o garoto foi levantando o olhar devagarzinho até que estivéssemos nos encarando, eu sorri de lado e arqueei a sobrancelha numa expressão divertida.

Estiquei a mão em sua direção, ele pegou e eu o ajudei a ficar de pé.

Nate me olhou nos olhos.

-Você sempre foi a mão que me levanta. –Ele falou.

-E eu continuarei sendo quantas vezes você precisar que eu seja. –Falei sincera.

Ele me abraçou e eu o segurei firme.

-Você ainda vai encarar isso junto comigo? –Ele perguntou.

Não pude evitar sorrir.

-Sempre. –Respondi.

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Como Hermione havia prometido ela não contou nada sobre o assunto para nenhum dos garotos, mas ficou fazendo perguntas sobre o assunto para Nate, o garoto já estava pedindo um feitiço da memória para tirar essa informação da cabeça da garota.

E as oito horas da noite de quinta-feira Harry me rebocou pelos corredores até a sala de História da Magia, o lugar estava vazio e escuro, ele usou a varinha para acender as tochas e o professor Lupin só chegou depois de uns cinco minutos e trazia um baú grande.

-O que é isso? –Harry perguntou.

-Outro bicho-papão. –Lupin respondeu. – Andei passando pente fino no castelo desde terça-feira e por sorte encontrei esse escondido nos arquivos do senhor Filch. É o mais próximo de um dementador de verdade que vamos chegar, ele vai se transformar num dementador e poderemos praticar. Posso guardá-lo na minha sala quando não estivermos usando, tem um armário debaixo da minha escrivaninha que ele vai gostar.

-Tudo bem. –Harry falou.

Olhei para o baú e para Lupin, não pude deixar de imaginar o bicho-papão sorrindo feliz dentro de um armário escuro, ou pelo menos o que eu acho que seja um bicho-papão quando está sozinho, o que basicamente é um bichinho preto somente com um cotoco de braço e perna. Tosco, eu sei.

Comecei a rir sozinha, o que chamou a atenção de Lupin e Harry que me olhavam estranho.

-Desculpem. –Falei tentando prender o riso. –Piada interna.

-Então... –O professor pegou a varinha indicando que nós fizéssemos o mesmo. –O feitiço que vou ensinar faz parte da magia muito avançada, muito acima do nível normal de magia. É chamado feitiço do Patrono.

-Mas o que ele faz? –Harry perguntou.

-Bem, quando funciona corretamente ele conjura um patrono, que é uma espécie de antidementador, um guardião que age como escudo entre você e o dementador. –Lupin explicou.

-O que é um patrono mesmo? –Perguntei.

-O patrono é um tipo de energia positiva, uma projeção da própria coisa que o dementador se alimenta: Esperança, felicidade e desejo de sobrevivência, mas ele não consegue sentir a desesperança como um ser humano real, por isso que o dementador não pode afetá-lo. Mas preciso preveni-los que o feitiço pode ser difícil demais para vocês. Muitos bruxos habilidosos tem dificuldade em executá-lo.

-Que aspecto que tem um patrono? –Perguntou Harry curioso.

-Cada um é único para o bruxo que conjura.

-Mas quais exatamente foram as formas que você já viu? –Questionei.

-Eu já vi o patrono de uma bruxa que era um cisne, o de Dumbledore é uma fênix. –Ele explicou.

-Bem apropiado. –Não pude deixar de comentar. –Então são sempre animais?

-Sim.

-E como se conjura? –Harry perguntou.

-É com uma fórmula mágica, que só fará efeito se você estiver concentrado, com todas as suas forças, numa lembrança muito feliz.

Eu parei um instante, qual era a minha lembrança mais feliz? Havia algumas, como meu primeiro dia em Hogwarts, um dos meus piqueniques com Dumbledore, meus finais de semana com a Karina, mas eu sempre achava superficial, não parecia certo que algo corriqueiro assim fosse minha lembrança mais feliz.

Concentrei-me então na minha primeira visita ao zoo com a minha mãe, naquele dia eu conheci Mike e foi um dos dias mais divertidos que eu já tive.

-Certo! –Eu e Harry falamos ao mesmo tempo.

-A fórmula é a seguinte. –Lupin pigarreou antes de continuar. –Expecto Patronum.

-Expecto Patronum. –Harry e eu repetimos juntos.

-Estão se concentrando na lembrança feliz?

-Ah... Estou. –Harry disse rápido.

Eu fiz apenas acenar com a cabeça. Fechei os olhos respirando fundo enquanto Harry eo meu lado repetia o feitiço de novo e de novo até que tivesse na ponta da língua. Então para nossa surpresa um fiapinho de fumaça prateada saiu da varinha dele.

-Vocês viram isso?! –Harry perguntou excitado, não pude evitar sorrir. – Aconteceu uma coisa!

-Muito bem. –Lupin sorriu também. –Acham que estão prontos para tentar com um dementador?

-Estou. –Harry disse confiante.

-Lyra? –Ele me olhou esperando confirmação.

-Expecto Patronum? –Perguntei para confirmar. Ele acenou que sim. –Estou pronta.

Harry ficou mais na frente, pois o bicho papão dele que era o dementador, então Lupin colocou a mão no baú e levantou a tampa, o dementador se ergueu lentamente da caixa, encapuzado em direção a Harry, as luzes da sala começaram a piscar e se apagaram, o dementador veio lentamente em direção a ele, eu tinha que ajudá-lo.

Se concentre na lembrança. Pensei.

Respirei fundo e levantei a varinha.

-Expecto Patronum. –Harry praticamente gritou, mas nada aconteceu. –Expecto Patronum.

-Expecto Patronum. –Tentei, mas minha voz saiu falha, eu estava com medo.

Mas como Harry, nada aconteceu. Então Harry começou a cair no chão lentamente, me precipitei para pegá-lo e quando ele estava em meus braços o bicho-papão se transformou no meu medo.

-Riddikulus. –Gritei apontando a varinha e o bicho voltou para o baú.

Lupin veio em minha direção e acendeu todas as luzes no caminho.

-Ele está bem? –Ele perguntou preocupado.

-Eu o segurei antes que caísse. -Expliquei.

Ele acenou afirmativamente e deu batidinhas no rosto de Harry.

-Harry! –Ele chamava.

Ele começou a abrir os olhos atordoados.

-Desculpe. –Ele falou tristemente.

-Não precisa se desculpar, eu também não consegui de primeira. –Falei sorrindo.

Ele levantou dos meus braços e sorriu agradecido.

-Você está bem? –Lupin perguntou.

-Estou...

Lupin veio até ele e entregou um sapo de chocolate.

-Coma isso antes de tentarmos outra vez. Eu não esperava que você conseguisse da primeira vez, de fato, eu ficaria impressionado se conseguisse.

-Está piorando. –Harry falou meio aéreo.

-O que Harry? –Perguntei.

-Eu a ouvi mais alto dessa vez... E ele... Voldemort.

Não pude evitar, meu humor ficou mais sombrio depois daquele nome. O professor Lupin também pareceu afetado.

-Harry, se você não quiser continuar eu vou entender...

Ele não podia continuar, era insano ficar se obrigando a viver essa tortura.

-Eu quero! –Harry falou com vigor e colocou o resto do sapo de chocolate na boca.

-Você por acaso é o que? –Reclamei alto, ele deu um pulo com minha explosão. –Virou masoquista agora?

-Tenho que continuar! –Ele disse. – O que vai acontecer se os dementadores apareceram na partida contra a Corvinal? Não posso me dar ao luxo de cair outra vez. Se perdermos a partida perderemos a taça de quadribol!

Ele falou a palavra mágica: Taça. Eu queria aquela taça tanto quanto qualquer grifinório. Harry estava ali na minha frente esperando minha resposta, ele estava passando por cima do seu próprio medo para conseguir seguir em frente.

-Olha, se a gente vai fazer isso vamos fazer direito.

Ele me olhou confuso.

-O que você quer dizer?

-Obviamente a sua lembrança não foi forte o bastante, assim como a minha, mas no meu caso o medo que eu estava sentindo de que você se machucasse atrapalhou também.

-Não se preocupe comigo. –Ele falou.

-Desculpe Harry, é impossível eu não me preocupar com você.

Ele sorriu.

-Vamos tentar outra vez, mas pense numa lembrança diferente, algo mais forte.

Ele acenou com a cabeça e nós tentamos novamente, mas a tentativa foi falha, minha lembrança não foi forte o bastante igual a do Harry, ele caiu novamente e eu o segurei, Lupin guardou o dementador no baú.

-Por que ele não para? Garoto teimoso. –Reclamei, mas meu sorriso me entregava, eu não estava brava, estava orgulhosa.

Harry era tão forte quando eu imaginava.

-Você realmente se preocupa muito com ele. –Lupin falou, parecia incrédulo.

-Por que essa surpresa? –Perguntei um pouco ofendida.

-É só que... Eu não imaginei que você fosse tudo aquilo que Nate me disse. Achei que ele estava somente exagerando por gostar de você.

Fiz careta.

-Por que todo mundo acha que Nate e eu temos alguma coisa? –Reclamei.

Ele deu uma risadinha e tentou acordar Harry. O moreno abriu os olhos e pareceu perdido por um momento.

-Eu ouvi meu pai. –Ele falou de repente. –É a primeira vez que eu o ouço, ele tentou enfrentar Voldemort sozinho para dar chance a minha mãe para fugir...

Percebi que ele começou a chorar e baixou o rosto para que Lupin não visse, fiquei na frente dele, fazendo com que Lupin não olhasse em seu rosto, eu ver essa fraqueza já era difícil para Harry, se o professor visse também ele ficaria mal. Ele limpou as lágrimas e levantou rapidamente.

-Você ouviu James? –Lupin perguntou uma voz estranha.

Eu e Harry, esse último já com o rosto seco, olhamos para ele. Eu não estava surpresa, sabia que os dois foram amigos na época de Hogwarts.

-Ouvi... –Harry disse. – Por quê... O senhor conheceu meu pai?

Olhei para o professor, ansiosa pela resposta, talvez ele falasse um pouco sobre o pai de Harry e Rose.

-Eu... Para falar a verdade conheci. –Ele disse meio receoso. – Fomos amigos em Hogwarts..Olhe Harry... Talvez devêssemos parar por hoje. Esse feitiço é absurdamente avançado... Não deveria ter sugerido que você se submetesse a...

-Não! –Harry reclamou. –Vou tentar mais uma vez! Não estou pensando em lembranças muito felizes... É só isso. Espere aí.

Então seu rosto ficou sério, ele estava pensando qual lembrança era melhor. Então ele se levantou ficando de frente para o baú.

Ele parecia mais confiante, ele queria conseguir e esse era sempre o primeiro passo: Querer.

-Pronto? –Lupin perguntou contrariado. – Concentrou-se com firmeza? Muito bem... Já!

Eu fiquei um pouco atrás, baixei a varinha e esperei, eu queria vê-lo conseguir, queria vê-lo ter sucesso naquela tarefa que ele tentou tanto.

-EXPECTO PATRONUM! –Harry gritou, ele gritou com força. –EXPECTO PATRONUM... EXPECTO PATRONUM...

Para a surpresa de todos os presentes um enorme vulto prateado saiu da varinha de Harry em direção ao dementador, ficou pairando entre os dois, como um escudo.

-Riddikulus. –Ouvi Lupin gritar.

Houve um estalo e o feitiço sumiu, Lupin conseguiu fazer com que o bicho papão voltasse para o baú e Harry sentou na cadeira, parecia ter corrido uma maratona. Ajoelhei-me em frente a ele.

-Excelente! Excelente Harry. –Lupin falou. –Decididamente foi um começo.

-Podemos tentar mais uma vez? Só mais umazinha?

-Não! –Falei. – Tentaremos na próxima vez.

-Lyra está certa! –Lupin falou firme. -Agora não, você já fez demais para uma noite.

Ele passou uma grande barra de chocolate da Dedos de mel para Harry e eu.

-Ah Lyra, você não tentou fazer o feitiço! –Ele disse tristemente.

-Não tem problema, eu vou conseguir da próxima vez. –Sorri. –Hoje o mais importante era que você conseguisse.

-Não! Deixe-a tentar professor, somente uma vez!

Lupin olhou de um para o outro.

-Uma vez. –Ele disse.

Eu levantei do chão, um pouco receosa.

-Eu vou ficar na frente então você me protege do dementador. Não vai me deixar desmaiar de novo vai Lyra? –Harry perguntou ligeiramente divertido.

-Não brinque com isso. –Reclamei.

Harry foi para frente do baú enquanto eu fui para trás dele, o professor Lupin colocou a mão na tampa do baú.

-Pronta Lyra?

-Não! –Falei sincera. –Mas pode abrir.

Ele sorriu e levantou a tampa, me concentrei, na lembrança... A LEMBRANÇA! Eu havia me esquecido de pensar na lembrança. Como sempre acontece antes de algo importante o tempo pareceu ir mais devagar que de costume, mas meus pensamente aceleraram de um jeito estranho e várias lembranças passaram na minha cabeça. A minha escolhida foi a mais estranha possível.

Corri para frente e gritei.

-EXPECTO PATRONUM...

Uma névoa prateada saiu da minha varinha e uma espécie de escudo surgiu nos defendendo do dementador, mas aquele dementador era um bicho papão e no momento em que ele notou que era eu ali na frente se transformou no meu medo e eu gritei.

-Riddikulus.

O professor veio para o meu lado e mandou o bicho papão de volta para o baú.

Harry estava me olhando surpreso.

-Qual foi a lembrança que você usou? –Ele perguntou.

Soltei a respiração que nem notei que estava prendendo.

-Uma forte... –Expliquei vagamente.

-Isso foi ótimo. Parabéns Lyra. –Lupin falou sorrindo.

-Obrigada. –Falei baixinho.

Lupin apontou para o chocolate.

-Comam bastante ou Madame Pomfrey vai querer me matar. A mesma hora na semana que vem?

-Ok. –Eu e Harry falamos juntos.

O professor Lupin começou a apagar as velas para sairmos da sala.

-Professor... –Harry chamou. – Se o senhor conheceu meu pai deve ter conhecido Sirius Black também.

Lupin se virou para nós. Fiquei calada, surpresa que Harry tivesse levantado esse assunto.

-Que foi que lhe disse isso? –Ele perguntou um pouco ríspido.

-Nada... Quero dizer, eu soube que eles eram amigos em Hogwarts...

O rosto do professor pareceu se descontrair.

-É eu o conheci. Ou pensei que conhecia. É melhor você ir andando Harry, está ficando tarde.

Harry começou a sair, mas eu fiquei parada.

-Você não vem?

-Vai à frente. –Falei.

Depois que Harry saiu o professor me olhou surpreso.

-A senhorita quer falar comigo?

Eu acenei que sim.

-Lembra-se do dia em que Sirius Black entrou no castelo? –Perguntei.

-Sim. –Ele disse confuso, parecia querer saber onde eu queria chegar.

-Eu disse que encontrei algo no corredor...

-Aquele papel. –Lupin falou ansioso.

-Exato... Aquele papel era uma carta de Sirius Black. Uma carta para mim.

Choque era pouco para explicar a expressão dele.

-Por que Sirius Black mandaria uma carta para você? –Ele perguntou lentamente.

-Por que eu tenho algo que ele quer. –Falei.

-E o que você teria que importa tanto para um foragido dos aurores?

Eu sorri.

-Isso é uma coisa que o senhor vai ter que descobrir sozinho.

Então virei as costas para sair.

-Senhorita Anderson? –Parei e olhei para ele. –Por acaso isso tem alguma coisa a ver com a lembrança que a senhora usou para conjurar o patrono.

Levantei as sobrancelhas, surpresa, ele pensava rápido.

-Talvez.

Então saí da sala e andei pelos corredores, Harry já devia estar mais na frente, olhei para as janelas e ouvi uma frase na minha cabeça.

“Nunca se via um sem o outro, não era? O número de vezes que os dois estiveram aqui, ah, me faziam rir o tempo todo. Uma dupla incrível, Sirius Black e James Potter.”

Sirius Black e James Potter rindo e fazendo as pessoas rirem.

Fechei os olhos... Não era exatamente uma lembrança, mas serviu bem para conjurar o patrono. Virei o fui seguindo meu caminho, ouvindo em minha cabeça os risos de Sirius Black e James Potter enquanto andavam pelos corredores de Hogwarts.

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Notas finais do capítulo

Para quem deixa review:OBRIGADA! Amo vocês Suas lindas *-*
Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.
Para quem não deixa por preguiça: Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforçinho vai, por favor?
BEIJOOOS LIINDAS *----------*
RECOMENDEM PLEASE!
Câmbio e desligo