PDV Nate

Você se transformar em lobisomem na noite de véspera de Natal é com certeza uma merda! Mas nem tanto quanto ficar o dia inteiro na enfermaria no dia seguinte. E é exatamente onde eu estou!

Bufei entediado.

-Nada para fazer hein! –Ouvi alguém dizer.

Olhei para o lado e vi o professor Lupin entrar na enfermaria sorrindo, ele trazia uns curativos. Não pude evitar sorrir de volta, me processem.

-Por que você pode ficar andando por aí e eu não? –Reclamei.

-Por que eu sou mais velho. E eu não estava andando por aí, só fui pegar uns curativos na minha sala para colocar em você. –Ele disse simples.

-Ok vovô. –Falei. Ele soltou uma gargalhada gostosa.

Então veio em minha direção e colocou um curativo num corte pequeno no meu rosto.

-Se a Lyra viesse com certeza ficaria mais animado. –Comentei.

-Você realmente gosta dessa menina. –Ele comentou como quem não queria nada, mas eu senti o tom malicioso.

-Não vem com essa. –Falei rindo.

-O quê? Só estou comentando! –Ele riu junto comigo.

-Não, você está querendo saber se tem alguma coisa rolando entre nós.

-Culpado. –Ele falou indo buscar alguma coisa no armário. –Mas então... Tem alguma coisa rolando?

Eu balancei a cabeça negativamente e olhei para as minhas próprias mãos pensando sobre isso.

-As pessoas costumam confundir nossa proximidade com algo sugestivo, mas não é. Lyra é minha melhor amiga, minha irmã. Ela sempre esteve lá desde... Desde sempre. Se não fosse ela acho que jamais teria aguentado toda essa história de lobisomem.

Lupin me encarou por uns segundos e eu sustentei seu olhar.

-Ela parece ser muito especial. –Falou por fim.

-Ela é. –Sorri. –Todas as noites de lua cheia ela me prendia em correntes, um pedido meu, claro, ela odiava fazer isso. Eram grossas e conseguiam me prender relativamente bem a noite. No dia seguinte ela voltava e me soltava, cuidava dos meus ferimentos. Nos primeiros meses eu achei que não fosse aguentar, teve uma vez que eu pedi que ela me matasse.

O professor veio até mim e sentou no chão a minha frente.

-E o que ela fez? –Ele perguntou.

Eu sorri.

-Ela me deu uma tapa na cara. –Falei. O professor deu uma gargalhada. -Depois da tapa ela disse “Se você disser isso de novo Nathaniel eu vou te dar uma surra! Você vai sobreviver a isso por que eu vou te ajudar, nós vamos passar por isso junto.”.

Depois disso um silêncio confortável se instalou entre nós, como se estivéssemos pensando sobre o que foi dito.

-Eu gostei dessa garota.

-Todo mundo gosta da Lyra. –Eu disse dando uma risadinha. –Obrigado por me ouvir professor, o senhor foi como o pai que eu nunca tive.

Ele ficou meio encabulado e sorriu carinhosamente, mal fazia ideia de que essa afirmação era mais verdadeira que tudo.

-Sempre que precisar. –Ele falou. –Poderia me responder uma coisa Nate?

-Claro. –Falei.

-Você nunca conseguiu descobrir quem é o seu pai?

Eu tremi na base. Respirei fundo, o que será que ele diria se eu contasse a verdade?

-Na verdade eu sei quem é o meu pai.

Ele me olhou surpreso.

-Hum... –Ele resmungou sem saber o que dizer.

-O difícil é contar para ele que sou seu filho. –Confidenciei.

-Ele não sabe?! –Ele exclamou chocado.

Balancei a cabeça negativamente.

-Ele nem sonha que tem um filho. Acho que vai ser o maior choque da vida dele. –Dei uma risadinha.

-Boa sorte para você então. -Ele sorriu.

Naquele momento madame Pomfrey entrou na enfermaria trazendo alguns vidrinhos de poções e o professor e eu levantamos para ajudá-la, quebrando aquele clima de confidências. Mas eu tenho certeza de uma coisa... Passaria o dia inteiro com um sorriso no rosto.

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PDV Rose

-Conte como é lá em Hogwarts Gina! –Tia Andrea pediu.

Nós estávamos na sala conversando, eu, Gina, Mamãe, Tia Kate, Tia Andrea, Sr e Sra Weasley, Percy e os gêmeos. Os Weasleys vieram passar o Natal conosco por insistência da Tia Kate, que diga-se de passagem, estava conversando com os gêmeos perto da poltrona, eles olhavam para ela como se estivessem deslumbrados. Eu espero que ela não esteja ensinando a eles como fazer brincadeiras do modo trouxa, é bem a cara dela fazer isso.

-É incrível, eu e Rose aproveitamos muito, apesar dos professores mandarem muitos exercícios. –Ela explicou um pouco vermelha, Gina não gostava de ser o centro das atenções.

-Tem que ser assim Gina, como aprenderíamos? –Percy disse.

Mamãe encarou Percy por um segundo.

-Você não brincava muito quando era criança, não é? –Ela perguntou. Percy ficou vermelho.

-Mãe! –Reclamei.

-O quê? Só fiz uma pergunta.

Gina começou a rir. Notei pelo canto do olho tia Kate e os gêmeos subirem as escadas.

-Percy sempre foi uma criança muito quieta. –A sra. Wesley falou sorrindo carinhosamente em direção ao filho.

-Só acho que não exista razão em estar sempre brincando, sou apenas reservado. –Ele explicou.

-Você está certo querido, concordo com você. –Tia Andrea sorriu. Percy sorriu iluminado por alguém gostar do jeito dele.

-Tia Andrea é louca por poções. –Falei para mudar o assunto.

-Ah, é verdade, acho incrível esse assunto, Nate não gosta de conversar sobre o colégio comigo, algo sobre eu sempre perguntar se ele tem alguma namorada nova!  -Ela falou sorrindo e fez um aceno de quem não ligava. –Quem ensina poções?

-Nosso professor de poções é o professor Snape, é um homem muito reservado. –Percy começou a explicar e os dois entraram numa conversa sobre poções entediante.

A Sra Weasley batia um papo animado com tia Angela e o Sr Weasley somente acenava com a cabeça e olhava animado para um abajur do seu lado. Olhei para Gina e acenei com a cabeça indicando para que ela me seguisse.

Fomos em direção à escada.

-O que foi? –Ela perguntou chegando perto de mim.

-Tia Kate subiu com os gêmeos, ela deve estar ensinando alguma marotagem para eles. –Expliquei subindo os degraus.

-A mãe da Lyra é marota? –Ela perguntou surpresa.

-Com quem você acha que a Lyra aprendeu? –Falei divertida.

Gina riu e me seguiu para o segundo andar.

Nós ouvíamos a Tia Kate falando com os gêmeos e eles ofegavam surpresos.

-Se pegarem você num quarto que não é seu nunca vão para debaixo da cama. –Tia Kate disse sabiamente.

-É o primeiro lugar que eles procuram. –Os gêmeos disseram ao mesmo tempo.

-Quando você passa muito tempo usando magia fica mal acostumado! Eu tinha que me virar para fazer brincadeiras com a Cassie, ela é minha irmã, uma bruxa. –Ela falou rindo.

-Você tem uma irmã bruxa? –Eles perguntaram surpresos.

-É adotada. –Ela explicou.

Apareci na porta do quarto dela onde ela mostrava sua coleção de brincadeiras trouxas.

-Que feio hein tia, ensinando os gêmeos a aprontar. –Falei rindo.

-Como se eles já não soubessem muita coisa. –Ela respondeu animada. –Esses garotos são piores que a Lyra!

-Nós sofremos com eles em casa. –Gina disse.

-Nós somos incríveis. –Um deles falou.

-Os melhores.

-A senhora os ensinou qual a melhor forma de invadir um quarto? –Perguntei.

-Você sabe fazer isso?! –Um dos gêmeos perguntou surpreso.

-Eu posso ensinar, mas só se vocês não contarem a Molly, ela provavelmente me mataria. –Ela respondeu, mas não parecia muito preocupada.

-Por quem você nos toma?

-Não somos o Percy!

Tia Kate soltou uma gargalhada.

-Ensina para mim também! –Gina falou animada.

Todos a olharam surpresa, eu mais que os outros.

-O que? Eu quero aprender! –Gina falou ficando vermelha.

-Isso! A Gininha vai seguir os nossos passos. –Ele levantou os braços.

-Que orgulho! –O outro colocou a mão no coração. –Vamos fazer uma piadinha Natalina com o Percy!

Eu ri dos gêmeos. Ah, a senhora weasley vai sofrer quando voltar para casa.

-É isso aí gente, Feliz Natal. –Tia Kate falou rindo em seguida.

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PDV Lyra

Eu subi para o meu quarto, faltavam algumas horas para o almoço e eu só queria evitar os meus amigos que discutiam, me joguei na cama de qualquer jeito. Minam, o meu furão, estava deitado no meu travesseiro, como os gêmeos foram passar o Natal em casa eles deixaram Minam comigo, não vou devolvê-lo nunca mais, já se viu? Os dois roubaram o meu furão. Ele se remexeu acordando e me viu deitada, então veio em minha direção e entrou na minha blusa, coisa que ele adorava fazer.

Olhei para o lado e vi uma pequena pilha de presentes de natal que eu havia deixado para ver depois, sorri animada e sentei no chão, eu havia ganhado presentes da mamãe, Tia Kate, Tia Angela, Tia Cassie, Karina... Todas as pessoas que eu amo. Eu estava abrindo o presente do Nate quando ouvi uma batidinha no vidro da janela.

Olhei em direção ao barulho e vi uma coruja, ela era branca como a Edwiges, mas eu sabia que não era a coruja de Harry, pois essa era pequena demais, quase não consegui vê-la, a neve caia devagar e o céu estava nublado com nuvens brancas, ela se escondia muito bem. Abri a janela e ela voou até minha cama, jogou um pacote pequeno e saiu voando, não consegui vê-la.

-Não! –Exclamei olhando o pacote. Minam se remexeu na minha blusa e colocou a cabeça para fora.

Eu não conhecia aquela coruja então aquela carta só podia ser de uma pessoa. Abri o pergaminho devagar.

Querida Lyra,

Eu a vi no jogo de Quadribol, eu também era Artilheiro quando estudava. Somos muito parecidos. Nunca achei que sentiria tanto orgulho de alguém como sinto de você.

Feliz Natal

Seu pai, Sirius.

Sentei na cama, chocada, Sirius Black também era artilheiro? Somos muito parecidos. Ele disse, minha mente foi para a minha primeira aula de DCAT, sobre o bicho papão, aquela Lyra maluca que gritava e ria histericamente. Somos muito parecidos.

-Não! –Falei. –Eu não sou igual a você, eu sou eu mesma.

Peguei o pacote do presente e joguei debaixo da cama sem nem abrir para saber o que é. Saí do quarto com Minam prometendo a mim mesma tentar não pensar nisso.

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O Jantar de Natal foi uma coisa meio tensa, Harry e Rony estavam com raiva de Mione o que fez os três ficarem separados, eu estava tão cansada de brigas que não quis ficar com nenhum deles e me isolei. Mas tive que abrir uma exceção quando a briga já durava uma semana.

-Você também concorda comigo que a vassoura poderia ter sido enviada pelo seu... –Dei um olhar feio para ela. -Digo, pelo Black.

-Eu concordo, mas não precisava ter tomado uma atitude tão drástica. –Exclamei.

Nós duas estávamos na biblioteca, o lugar onde ela tem se escondido.

-O que você queria que eu fizesse?

-Você deveria ter deixado comigo, eu teria testado a vassoura.

-Você Lyra? E por acaso você sabe mais que Mcgonagall, Flitwick e Hooch?

-Não Hermione, eu não sei mais do que eles, mas minha prima Karina estuda em Durmstrang e se tem uma coisa que ela conhece é Artes das Trevas. –Expliquei. –Ela teria me ajudado.

-Você tem uma prima que estuda Artes das Trevas? –Hermione exclamou chocada.

-Detalhes Hermione! –Falei irritada. –A questão é que você deveria ter me contado antes de fazer alguma coisa, pelo menos você não teria levado a culpa sozinha, pois eu teria te ajudado.

Ela me olhou surpresa e então sorriu pequeno.

-Você levaria a culpa comigo? –Ela disse um pouco emocionada.  

Eu acenei afirmativamente, pois sei que faria isso.

-Obrigada amiga. –Ela passou os braços pelo meu pescoço e me deu um abraço. –Mas agora não dá para chorar pelo leite derramado, eu só tenho que esperar que os meninos vejam a razão.

Fiz uma careta resignada.

Eu sabia que Harry estava irritado, até eu estaria irritada se estivesse no lugar dele... É UMA FIREBOLT! Rony estava furioso, na visão dele desmontar uma firebolt novinha era a mesma coisa eu cometer um crime.

Enfim, as festas se passaram e os alunos começaram a voltar, Gina e Rose voltaram animadas de casa e trouxeram novidades, mamãe esteve ensinando os gêmeos sobre as marotagens trouxas, isso é um perigo. Nate ainda estava meio cansado da última transformação, mas veio me contar animado que passou um bom tempo com o seu pai, eu estava feliz por ele.

Janeiro chegou rápido e quando notei já era dia de aula de novo, Hagrid conseguiu fazer uma aula animada levando uma fogueira cheia de salamandras e os alunos ficavam apanhando lenha para aumentar o fogo enquanto os bichinhos, que adoravam fogo, ficavam subindo e descendo na madeira.

A aula de Aritmancia foi boa, prestei atenção que Hermione estava sentada ao lado de Nate e uma coisa que havia fugido da minha mente é que ela estava usando vira-tempo, eu tinha que convencê-la a me deixar dar uma voltinha.

Então na última aula Harry me encontrou todo animado e eu lembrei que teríamos aula de DCAT e Lupin havia nos prometido ensinar como fazer o feitiço para repelir dementadores.

-Ah, é verdade. –Lupin falou quando o lembramos da promessa. –Vejamos... Que tal às oito horas da noite de quinta? A sala de aula de História da Magia deve ser suficientemente grande... Tenho que pensar como vamos fazer, não posso trazer um dementador para o castelo.

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-Ele continua com cara de doente, não acham? –Rony comentou para nós. –Acho que você está pegando a doença dele Nate, parece tão cansado. Você sabe o que ele tem?

-Não sei, só o ajudei por que Dumbledore pediu. –Nate falou rápido.

Eu dei uma risadinha nervosa, Nate me olhava em súplica para que eu mudasse de assunto.

-O que vocês acham que ele tem? –Rony se perguntou.

Nós estávamos andando para o salão principal para jantar.

Ouvimos um muxoxo de impaciência e todos pararam, era Hermione que estava ajoelhada ao pé de uma armadura, ela colocava livros dentro da sua mochila que já estava cheia até demais, essa coisa de vira-tempo deixou-a muito sobrecarregada.

-E por que é que você está fazendo um muxoxo para gente? –Rony perguntou.

-Por nada. –Hermione falou superior e jogou a mochila no ombro.

-Não é nada. –Rony disse. –Eu estava imaginando qual seria o problema de Lupin e você...

-Bem, será que não é óbvio? –Hermione disse.

Fiquei branca, Nate virou o rosto para mim com os olhos arregalados.

-Olha, se você não quiser dizer, não diga. –Rony exclamou irritado.

-Ótimo. –Hermione falou arrogante e saiu andando.

-Ela não sabe. –Rony disse sem notar o estado de espírito em que eu e Nate nos encontrávamos. –Só está tentando nos fazer voltar a falar com ela.

-Eu... Hum... Vou falar com ela, deve estar muito sozinha. –Eu disse sorrindo pequeno.

-Vou com você Lyra, encontro vocês daqui a pouco. –Nate falou se despedindo dos meninos.

Harry e Rony saíram andando para o salão principal.

-Você acha que ela sabe? –Nate perguntou nervoso.

-Só tem um jeito de descobrir. –Falei.

Olhei para frente e vi Hermione lutando para carregar sua mochila.

-Hermione! –Nate gritou. Ela virou para nós. –Deixa que eu levo isso para você.

Ela sorriu agradecida e Nate pegou a mochila pesada e nós continuamos andando.

-Você sabe o que o professor Lupin tem? –Perguntei.

Ela olhou de mim para Nate e vice-versa.

-Você sabe não é Nate? –Ela perguntou cautelosa.

-Não sei do que você está falando. –Nate disse nervoso.

-E como Dumbledore pediu que você o ajudasse e não contou o que ele é?! Você poderia se machucar! –Hermione exclamou chocada e irritada.

-Oh Deus, você descobriu! –Falei sem me conter.

Nós três paramos, Hermione olhou para nós dois, eu estava com as mãos em frente à boca e Nate olhava para baixo, ele colocou a mochila de Hermione no chão.

-Você sabe. –Ela disse olhando meu rosto. –Vocês dois sabem. Vocês Sabiam o tempo todo que ele era um lobisomem?

-Desde o começo do ano. –Expliquei.

-Lyra! –Nate reclamou.

-Ela já sabe Nate! –Falei emburrada jogando as mãos para cima. –Quando você descobriu?

-Desde a redação do professor Snape. –Ela disse.

-Eu imaginei que isso aconteceria. –Nate falou mal-humorado.

Mas eu pude notar que ele estava um pouco mais aliviado por ela não ter descoberto sobre ele... Ainda. Tenho certeza que é só questão de tempo.

-Quando ele começou a faltar todas as luas cheias eu fiquei com a pulga atrás da orelha. –Ela explicou. –Não sei por que Dumbledore pediu que você cuidasse dele Nate, sei que ele é seu pai, mas é perigoso.

O fato que Mione sabia que Lupin era pai de Nate me pegou desprevenida, mas eu fingi que não, depois eu perguntaria a ele como ela descobriu.

-Você não entende Hermione, eu nunca conheci o meu pai e agora ele está aqui, a alguns metros de distância, o que você queria que eu fizesse? –Nate tentou explicar.

-Mas um lobisomem Nate? Ele pode te atacar sem querer, eles perdem a razão na lua cheia, você não pode sair toda... –Então ela ficou calada como se tivesse acabado de descobrir uma coisa muito óbvia.

Ela olhou de mim para Nate, sua expressão era de choque.

-Hermione? –Nate chamou preocupado.

-Você... Vocês... –Ela começou a falar sem saber como.

-Hermione você está bem? –Perguntei começando a me preocupar.

Ela virou para Nate.

-Você já saia nas luas cheias antes do professor vir para a escola. –Falou Hermione ofegante.

Nate ficou rígido.

-Eu não havia notado antes, mas estava bem na minha cara! –Ela disse. –Nate... Você é um lobisomem também.

Ela não estava perguntando, estava afirmando. Nate largou a mochila e correu para o lado contrário do nosso.

-Nate! –Gritei, mas ele não parou.

-Oh meu Deus. –Hermione exclamou olhando na direção que ele foi. –Nate é um lobisomem.

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