Foi Na Prisão De Azkaban... escrita por Sensei, KL


Capítulo 23
Fornecedores de Recursos para Bruxos Malfeitores


Notas iniciais do capítulo

Então gente, personagem novo na parada, eu tinha que introduzir ela agora por que vai ser importante no futuro. Espero que gostem do capítulo.
Beijoos



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PDV Rose

As coisas ficaram cada vez mais normais conforme os dias passavam, Lyra voltou a ser como era antes do pai dela fazer aquela visitinha surpresa e deixar todo mundo assustado, no último jogo de quadribol a Corvinal esmagou a Lufa-lufa, sendo assim a Grifinória ainda estava no páreo fazendo com que Lyra e Harry treinassem até a exaustão.

Natal estava chegando!

Harry iria passar as férias aqui no colégio junto com Rony, Hermione, Lyra e Nate. Já eu iria voltar para casa. A Família Weasley iria passar o Natal junto conosco assim Gina e eu ficaríamos juntas.

-Vou sentir sua falta. –Falei abraçando Harry.

-Você vai voltar para o ano novo. –Ele disse meio envergonhado.

Harry ainda não se dava muito bem com demonstrações de afeto.

-Até o ano novo gente. –Eu acenei me despedindo e entrei na carruagem junto com Gina.

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PDV Lyra

O passeio a Hogsmead estava chegando de novo e Harry estava numa campanha para me fazer ir.

-Ah Lyra, você vai trazer varinhas de alcaçuz para mim do passeio a Hogsmead? –Harry perguntou como quem não queria nada.

-Não, por que eu não vou! –Falei simples.

-Mas Lyra... -O interrompi.

-Nem adianta, faz uma semana que você está fazendo isso. Eu não vou, quero ficar aqui com você.

-Mas... –Harry tentou de novo.

-Ah Harry, deixe-a, ela quer ficar com você, não vê que não importa o que você faça? –Nate resmungou.

Eu sorri concordando com a cabeça e coloquei os braços nos ombros dele. Harry sorriu resignado.

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Eu estava andando pelos corredores do terceiro andar quando os gêmeos apareceram cada um de um lado, já era noite e eu seguia para o salão comunal.

-Você não vai para Hogsmead? –Fred perguntou.

-Não, vou ficar com Harry. –Eu disse sorrindo.

-Você vai sempre ficar com Harry quando ele não puder ir? –Jorge perguntou.

-Pode ser. –Dei de ombros.

-Mas e se Harry não puder ir a nenhum passeio a Hogsmaed nunca? –Fred me olhou sério.

-Então você não vai para Hogsmead nunca?arryHa –Jorge também estava sério.

Eu parei de andar e comecei a pensar nisso, se Harry não pudesse ir nunca eu ficaria junto com ele no castelo até o sétimo ano? Não visitaria Hogsmead por que o Harry não pode ir?

Naquele momento eu notei o que se passava pela minha cabeça. Cara eu não estava pensando como eu mesma, aquele não é o tipo de pensamento que eu costumo ter. Então um sorriso sacana se espalhou pelo meu rosto e encarei os gêmeos com a resposta na ponta da língua.

-Bem, se o Harry não puder ir eu vou dar um jeito para que ele vá, nem que para isso eu tenha que quebrar algumas regras. –Dei uma piscadela.

Os gêmeos sorriram marotamente, sorrisos iguais.

-Era exatamente isso que queríamos ouvir. –Eles falaram juntos.

Então eles viraram as costas e saíram andando.

-O que?! –Falei confusa.

Eu só fui descobrir o que eles queriam dizer com aquilo no dia seguinte. Harry e eu estávamos nos despedindo do pessoal, Nate, Hermione e Rony, eles estavam indo para Hogsmead, estavam embrulhados em cachecóis e grossos casacos de lã. Quando eles estavam indo eu olhei para trás, o castelo estava silencioso e frio.

-Vamos entrar Harry. –Falei o puxando pela mão.

Nós estávamos caminhando lá pelos corredores do terceiro andar, o mesmo lugar onde eu encontrei os gêmeos, foi quando ouvimos alguém nos chamar.

-Psiu... Harry, Lyra.

Harry virou e encontramos os gêmeos, de novo, eles estavam atrás de uma estátua, era uma bruxa corcunda de um olho só.

-Que é que vocês estão fazendo? Não vão para Hogsmead? –Harry perguntou confuso.

-Antes de ir viemos fazer uma festinha para animar você dois... –Fred disse sorrindo maroto. –Venham até aqui...

Fred e Jorge apontaram com a cabeça para uma sala de aula vazia ao lado da estátua, eu dei de ombros e segui os dois, Harry, relutante, veio junto. Jorge nos deixou entrar e fechou a porta sem fazer barulho.

-Um presente de natal antecipado para vocês. –Fred colocou um pergaminho em nossa frente.

Harry o puxou, eu olhei o papel, já tinha visto os meninos com ele por aí, mas nunca soube para quê servia.

-O que é isso? –Harry perguntou desconfiado.

Também pudera, era dos gêmeos que a gente está falando.

-Esse Harry, é o segredo do nosso sucesso. –Jorge disse dando uma palmadinha carinhosa no papel.

-Dói na gente dar esse presente para vocês. –Fred falou. –Mas decidimos na noite passada que vocês precisam mais do que nós. E, de qualquer maneira, já o sabemos de cor. É uma herança que deixamos para vocês. Para falar a verdade, não precisamos mais.

Peguei o pergaminho da mão de Harry e analisei, estava vazio.

-Obrigada? –Falei meio confusa, ao que exatamente eu estava agradecendo?

-E para que eu e Lyra precisamos de um pedaço de pergaminho velho? –Harry perguntou.

-Um pedaço de pergaminho velho! –Fred exclamou ofendido e fechou os olhos fazendo careta. –Explique a ele Jorge.

-Bem... Quando estávamos no primeiro ano Harry... Jovens, descuidados e inocentes.

Harry abafou uma risada, eu não, dei uma gargalhada gostosa. Os gêmeos inocentes? Isso não é possível.

-Bem mais inocentes do que hoje... –Fred reformulou a frase.

-Nos metemos em uma confusão com Filch...

-Soltamos uma bomba de bosta no corredor e por alguma razão ele ficou aborrecido...

-Então Filch nos arrastou até a sala dele e começou a nos ameaçar com os castigos de costume...

-... Detenção...

-... Arrancar nossas tripas...

-... E não pudemos deixar de reparar numa gaveta do arquivo dele em que estava escrito confiscado e muito perigoso.

-Não precisam continuar. –Harry falou animado.

Eu sorri animada também e analisei melhor.

-Bom o que é que você teria feito? –Fred perguntou.

-Com certeza eu pegaria. –Eu disse.

-Jorge soltou mais uma bomba de bosta para distrair Filch, eu abri depressa a gaveta e tirei... Isto.

-Não foi tão desonesto quanto parece sabe? –Jorge comentou. –Calculamos que o Filch nunca tenha descoberto com usar o pergaminho. Mas provavelmente suspeitou o que era ou não teria confiscado.

-E vocês sabem como usar? –Perguntei.

-Ah, sabemos. –Fred disse. –Essa joia nos ensinou mais do que todos os professores de Hogwarts.

-Vocês estão me gozando. –Harry disse olhando desconfiado para o pergaminho.

-Digam logo para que serve. –Falei rindo.

Jorge tirou a varinha do bolso e tocou de leve no papel dizendo: Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom.

Naquele momento linhas de tinta começaram a surgir no papel, elas se cruzavam e juntavam, como um leque, se espalhando pelo pergaminho, em cima começaram a surgir palavras cor de esmeralda. Comecei a ler.

-Os Srs. Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas. Fornecedores de Recursos para Bruxos malfeitores tem a honra de apresentar: O MAPA DO MAROTO. –Terminei abrindo a boca levemente.

Harry ficou ao meu lado e puxou o mapa que estava na minha mão, ele mostrava cada detalhe dos terrenos de Hogwarts, além de uns pontinhos de tinta que ficavam se movendo, acima deles havia nomes, dava para ver Dumbledore em seu escritório, Pirraça no quinto andar e até madame Norra, a gata do Filch.

-Estou pasma. –Falei.

-... Diretamente a Hogsmead. –Fred disse apontando para uma passagem que eu não havia notado. Deviam ser passagens secretas já que eu não conhecia aquelas partes do castelo. –São sete ao todo. Até agora Filch conhece essas quatro. – Ele as apontou. –Mas temos certeza que somente nós conhecemos a outras. Não se preocupem com a passagem por trás do espelho no quarto andar. Nós a usamos até o inverno passado, mas já desabou, está completamente bloqueada. E achamos que ninguém jamais usou está por que o Salgueiro lutador foi plantado bem em cima da entrada.

Dei um sorriso malicioso, eu sabia como utilizar a passagem do Salgueiro , mas é claro que eles não podiam saber disso.

-Mas, esta outra aqui leva até o porão da Dedos de mel. –Jorge apontou. – Nós já a usamos um monte de vezes. E como vocês talvez já tenham notado, a entrada é bem ali do lado de fora, na corcunda da bruxa de um olho só.

-Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas. –Suspirou Jorge, dando uma tapinha no cabeçalho do mapa. –Devemos tanto a eles.

-Almas nobres que trabalharam incansavelmente para ajudar novas gerações de Transgessores. –Fred disse solenemente.

Aquilo era perfeito! Nós poderíamos evitar muita gente, poderíamos aprontar todas e não seríamos pegos.

-Fantástico! –Gritei excitada.

Fui até os gêmeos e os abracei pelo pescoço. Virei para a esquerda e beijei a bochecha de Jorge, então virei para a direita e fui dar um beijo na bochecha de Fred, isso se ele não tivesse virado o rosto no último segundo e me dado um selinho.

Soltei os dois, surpresa.

-Desculpe Fred. –Falei mortificada.

Harry estava se prendendo para não rir.

-O que isso, pode fazer sempre que quiser! –Fred falou malicioso.

-Ah, desgraçado sortudo. Dá um para mim também Lyra. –Jorge pediu.

-Cala a boca. –Falei rindo.

-Certo! –Jorge disse voltando aos negócios. – Não se esqueçam de limpar o mapa depois de usá-lo...

-... Se não qualquer um pode ler. –Fred continuou.

-É só bater com a varinha mais uma vez e dizer “Malfeito feito”, e o pergaminho volta a ficar branco.

-Por tanto Jovem Harry e querida Lyra, tratem de se comportar. –Fred disse numa imitação de Percy.

Dei uma gargalhada.

-Vejo vocês na Dedos de mel. –Jorge disse piscando.

Então os dois saíram da sala, não antes de Fred voltar e me mandar um beijinho no ar, o que me deixou extremamente vermelha. Eu e Harry ficamos ali contemplando o mapa, Harry parecia um pouco preocupado, eu sabia que ele ainda estava meio receoso de usar o mapa, mas tudo bem, por que o mapa era de nós dois então se ele não quisesse era só dar para mim.

-Então... Você e Fred hein? –Harry insinuou.

-Oh, cala a boca Harry. –Eu disse escondendo o rosto no ombro dele. –Foi um acidente.

-Claro, quem disse o contrário? –Ele falou malicioso.

-Por Merlin! –Exclamei. –Mas me diga, você vai usar o nosso mapa ou não?

Ele me encarou sério e voltou a olhar para o mapa, então fechou o pergaminho e me puxou para a porta, sorri contente, abri um espaçinho da porta e notei que não havia ninguém, Harry nos puxou para trás da estátua, eu puxei o mapa e agora havia dois novos bonequinhos, um dele se chamava Harry Potter e o outro Lyra Black. Eu sorri.

-Olhe Harry. –Sussurrei.

Harry olhou o mapa, nossos bonequinhos levantaram duas varinhas e bateram nas costas da bruxa de um olho só. Nós fizemos extamente a mesma coisa, mas nada aconteceu, olhei para o mapa e acima da minha bonequinha havia um balão com a palavra “Dissendium!”.

Harry acenou afirmativamente para mim, nós levantamos a varinha ao mesmo tempo e falamos juntos.

-Dissendium!

Uma passagem se abriu, era grande o bastantes para uma pessoa, eu entrei primeiro e Harry veio logo após.

-Pegue a varinha Harry, aqui está muito escuro.

Então ou ouvi Harry sussurrar “Lumus”, e uma luz baça preencheu o ambiente, segui o exemplo dele, ergui o mapa na altura dos olhos, Harry sorriu para mim. Toquei a varinha.

-Malfeito feito!

---

PDV Nate

Eu desci da carruagem junto com Hermione e Rony, a neve estava caindo e o vento estava aumentando.

-Onde vocês querem ir primeiro? –Rony perguntou.

-Que tal a Dedos de mel? –Hermione sugeriu.

-Vão à frente, eu tenho que fazer uma coisa antes.

Então os dois seguiram para a Dedos de mel e eu fui até uma lojinha de joias ali perto, o aniversário da minha mãe estava chegando e eu queria comprar alguma coisa para ela, alguma coisa especial.

-Com licença. –Chamei, mas ninguém estava à vista.

Fui entrando no lugar, ali era mais uma espécie de antiquário do que uma lojinha de joias, mas havia coisas bem legais. Havia uma cortina feita de miçangas ali perto, fui naquela direção, era um corredor com uma luz vermelha, da outra ponta uma garota apareceu.

-Desculpe, estamos fechados. –Ela disse com a voz ofegante.

Ela veio em minha direção e dei alguns passos para trás.

-Mas há uma placa lá fora dizendo que está aberto. –Eu respondi.

-A placa está errada. –Ela disse irritada.

A luz fora do corredor era muito melhor, pude notar que a garota estava suada além de ofegante e passava a mão na testa como se estivesse com dor. A garota devia ser um ou dois anos mais velha do que eu, tinha cabelos ruivos mais puxado para o laranja, seu corpo parecia bem mais velho para a idade que seu rosto aparentava, ela devia fazer sucesso com os garotos, aquela coisa de rostinho de criança e corpo de mulher.

-Tudo bem. –Falei incomodado com aquela atitude ignorante.

-Acho melhor você ir embora. –Ela disse com um tom de voz aborrecido.

-Você está bem? –Perguntei.

-Dá para sair?! –Ela falou alto.

-Bons modos mandaram lembranças. –Respondi irritado.

Ela suspirou e fechou os olhos fazendo careta.

-Desculpe. –Ela disse. –Você deve ser estudante de Hogwarts.

-Sim eu sou me chamo Nate. E você? –Perguntei.

-Michelle. Estudo em Beauxbatons e estou de férias. Vim passar aqui com minha tia. –Ela disse ofegante.

-Péssima hora para passar férias. –Eu disse indicando um jornal que havia no balcão com a reportagem de Sirius Black.

-Tem razão. - Ela deu uma risadinha.

-Você está passando mal? –Perguntei preocupado.

-Eu estou com dor de cabeça Nate, só isso. –Ela disse. –Por isso fui tão mal educada, desculpe.

-Tudo bem. –Sorri. –Acho que é melhor eu ir embora não é?

Ela sorriu e acenou afirmativamente.

-Até breve Michelle.

-Até. –Ela disse baixinho.

Eu virei para sair, mas antes que eu chegasse à porta ouvi o barulho de um baque, olhei para trás e Michelle estava caída no chão.

-Michelle! –Gritei.

Voltei até ela, a garota colocava as mãos na cabeça, agoniada, ela tinha os olhos fechados com força e grunhia com dor.

-O que está havendo com você? Tenho que chamar alguém. –Falei assustado.

Ia levantar, mas ela segurou minha mão com força.

-Não vá. Vai passar logo. –Ela disse.

Então eu sentei no chão novamente e coloquei a cabeça dela nas minhas pernas, ela estava certa, cinco minutos depois ela parou de grunhir e respirava normalmente, quando abriu os olhos eu tive um susto, os globos oculares da garota estavam cheios de sangue.

-O que foi? –Ela perguntou diante da minha cara de susto.

-Seus olhos...

Ela fechou rápido e fez uma careta.

-Eles ficam assim depois... Você sabe. –Ela disse desconfortável.

-Depois desse ataque? –Perguntei.

-Exatamente. Obrigado por ficar aqui comigo.

-Você tem muito isso?

-Às vezes, é algo de família. –Ela explicou dando de ombros.

-Mas o que exatamente aconteceu? –Perguntei confuso.

-Não posso falar. –Ela disse.

Eu a encarei por um segundo e balancei a cabeça afirmativamente, eu sabia bem como era ter segredos e não poder contar a ninguém.

-Tudo bem. –Falei, ela ainda estava de olhos fechados. -Eu tenho que ir. Vai ficar bem sozinha?

Ela levantou e começou a arrumar os cabelos suados.

-Vou sim. Obrigado. Vou me deitar um pouco, antes de sair coloque fechado na porta, por favor? –Ela pediu e entrou pela cortina de miçanga sem me dar nem tchau.

-Ok. –Falei me sentindo um pouco usado.

Então troquei a placa para fechado e saí da loja.

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Notas finais do capítulo

Para quem deixa review:OBRIGADA! Amo vocês Suas lindas *-*
Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.
Para quem não deixa por preguiça: Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforçinho vai, por favor?
BEIJOOOS LIINDAS *----------*
RECOMENDEM PLEASE!
Câmbio e desligo