Foi Na Prisão De Azkaban... escrita por Sensei, KL


Capítulo 20
Teorias malucas e brincadeiras a lua cheia!


Notas iniciais do capítulo

Hey liindas, mais um capítulo, desculpem a demora de postar, passei o dia tentando.
Espero que gostem.
Beijoos



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PDV Rose

Harry me rebocou de volta para o salão comunal apesar dos meus protestos, eu queria ficar com a Lyra, apesar de ela dizer que não precisava.

-Eu só quero ver como ela está! –Resmunguei para Harry.

-Não Rose, ela vai voltar logo. –Harry respondeu.

Olhei para onde Gina estava depois que ela descobriu que Harry era meu irmão ficou muito mais tranquila, eu não sei o que Lyra conversou com ela, mas a garota não tinha mais um pingo de ciúmes do Harry.

Todos os alunos já estavam se aglomerando no salão principal e os alunos das outras salas estavam muito confusos. Gina avistou Luna ao longe e me cutucou para ir falar com ela.

-Hey Luna. –Chamei.

A garota loira e meio avoada olhou para nós e sorriu largamente, nos aproximamos, ela estava com o seu colar de tampinhas de garrafa, ah, qual é, bijuteria caseira, quem nunca usou?

-O que houve? –Ela perguntou. Então olhou para o topo da minha cabeça. –Você tem muitos Zonzobolus, aqui, tome isso, vai ajudar.

Então ela me entregou um bracelete feito de raminhas de alguma planta.

-Obrigada Luna, é muito bonito. –Mentira!

-Ah não, bonito ele não é, mas é muito eficaz. –Luna respondeu sorrindo.

Gina deu um riso nasal e em seguida uma gargalhada, balancei a cabeça negativamente, rindo. Quando você menos espera Luna te surpreende.

-Enfim... –Gina falou se recuperando dos risos. -Parece que Sirius Black invadiu o castelo, ele acabou com o quadro da Mulher Gorda.

-Sirius Black... –Luna falou como se saboreasse o nome. –Ele não deve ser tão mal assim.

Eu e Gina nos entreolhamos.

-Por que você acha isso Luna? –Perguntei.

Ela deu de ombros.

-Os cachorros geralmente são bons garotos, não é?

Eu não entendi aquela afirmação e posso garantir que Gina entendeu muito menos, mas naquele momento Lyra entrou no salão principal meio cabisbaixa, as pessoas olhavam para ela e comentavam coisas, mas ela fingia que não via.

-Luna, eu vou falar com a Lyra, até logo. –Falei. –Gina será que você poderia ficar com Luna, quero conversar com ela a sós.

Gina acenou positivamente e Luna acenou se despedindo.

-Lyra, você está bem? –Perguntei me aproximando antes que ela chegasse até o pessoal.

-Não estou Rose. –Ela respondeu num tom de voz que nunca ouvi antes... Vulnerável. –Tenho que falar com todos vocês juntos.

Nós fomos até onde Harry, Nate, Mione e Rony estavam.

-Lyra! –Nate exclamou se aproximando de nós e abraçando-a.

-O que houve, dá para explicar? –Rony perguntou meio confuso.

-Dá para ser mais sensível por favor? –Reclamei.

Lyra suspirou e se separou de Nate, nos fizemos um circulo ao redor dela sem perceber.

-Por favor, não deixem ninguém ver isso. –Ela disse.

Então ela puxou um papel do bolso e me entregou, passei os olhos pelas palavras e...

-Oh Meu Deus! –Ofeguei.

---

PDV Nate

Dumbledore entrou no salão principal, os alunos pareciam um pouco atordoados com tudo e a notícia de que o pai da Lyra sabia sobre ela deixou todo o nosso grupo meio pensativo, ninguém comentava muito sobre isso.

-Os professores e eu precisamos fazer uma busca meticulosa pelo castelo. –O diretor falou. –Receio que, para a sua própria segurança, terão que passar a noite aqui. Quero que os monitores montem guarda nas saídas para o saguão, vou encarregar os monitor e monitora chefes de cuidarem disso. Eles devem me informar imediatamente sobre qualquer perturbação que haja. – Ele virou para Percy. – Mande um fantasma me avisar.

Percy estufou o peito numa atitude de importância, estranhamente me lembrou de um pavão!

O diretor fez menção se sair, mas voltou e olhou para todos astutamente.

-Ah, vocês vão precisar.

Então com um aceno da varinha as mesas foram afastadas e várias sacos de dormir fofos e de cor roxa apareceram no chão.

-Durmam bem. –Ele disse sorrindo e fechou as portas.

Então todos os alunos começaram a comentar sobre o ocorrido, várias teorias malucas sobre como Black entrou no castelo, a maioria delas falava sobre Lyra tê-lo visto ou algo do tipo. Ela suspirou cansada e pegou um saco de dormir se jogando em cima dele.

-Não quero mais pensar. –Lyra disse deitando.

Então nós também deitamos, as conversas paralelas não pararam nem quando as velas foram apagadas, a única luz provinha dos fantasmas que flutuavam por ali conversando com os monitores, depois de um tempo notei que Lyra ressonava baixinho, ela já estava dormindo, mas Harry, Rony e Mione, que estavam ao meu lado, não dormiam ainda.

Eram três da manhã quando o diretor entrou no salão.

-Algum sinal dele professor? –Percy perguntou, provavelmente num sussurro, mas audição de lobo... Vocês sabem.

-Não. Está tudo bem aqui? –Dumbledore perguntou.

-Tudo sob controle. –Percy falou pomposo.

-Ótimo, não tem sentido transferir os alunos agora. Arranjei um guardião temporário para o buraco do retrato na Grifinória. Você poderá levá-los de volta amanhã.

-E a mulher Gorda diretor?

-Escondida em um mapa da Argyllshire no segundo andar. Aparentemente ela se recusou a deixar Black entrar sem a senha então o bandido a atacou. Ela ainda está muito perturbada, mas assim que se acalmar vou mandar Filch restaurá-la.

Nesse momento a porta abriu e alguém entrou.

-Diretor? –Era o professor Snape. –Tudo foi revistado, terceiro andar e as masmorras estão vazios.

-A torre de Astronomia? A sala da prof. Trelawney? O corujal?

-Tudo revistado...

-Muito bem Severo... Eu não esperava mesmo que Black se demorasse.

-O senhor tem alguma teoria sobre o modo como ele entrou? –Snape perguntou.

-Várias, cada uma mais improvável que a outra. –O diretor respondeu.

-O senhor se lembra da conversa que... hã... Tivemos no começo do ano? –Snape falou.

-Lembro Severo. –Disse Dumbledore num tom de aviso.

-Parece quase impossível que Black tenha entrado no castelo sem ajuda de alguém de dentro...

-Severo, ninguém no castelo teria ajudado Black a entrar. –Dumbledore falou um pouco aborrecido.

-E a senhorita Anderson? –Snape perguntou.

Meu corpo ficou rígido.

-Ela seria uma das últimas pessoas. –O diretor respondeu dessa vez deixando claro que a conversa acabou. –Agora tenho que ir lá fora falar com os dementadores. Prometi que avisaria quando a busca terminasse.

-Eles não quiseram ajudar? –Percy perguntou.

-Ah sim, quiseram. Mas nenhuma dementador irá atravessar a soleira desse castelo enquanto eu for diretor. –Dumbledore disse firme.

Percy e Snape se demoraram por ali alguns segundos antes de qualquer um deles sair. Olhei para os lados, Harry, Mione e Rony estavam de olhos abertos e assim como eu haviam escutado a conversa.

-Do que é que eles estavam falando? –Rony perguntou apenas mexendo os lábios.

Nenhum de nós soube responder.

-Não contem nada a Lyra. –Eu disse num tom de voz firme, de um modo que somente os três ouviriam.

Eles não pareciam muito inclinados a deixar de contar isso para Lyra, mas eu sabia que no fim nenhum deles o faria. Virei para o lado e encarei o rosto dela, Lyra dormia com uma expressão suave, nada daquelas preocupações de quando ela estava acordada e isso era bom... Ela precisa de descanso.

---

PDV Lyra

Nenhum quadro quis o lugar da Mulher Gorda.

O único quadro que se voluntariou era o de um cavaleiro meio maluco que colocava as senhas mais mirabolantes e geralmente as mudava duas vezes ao dia, ele se chamava Sr. Cadogan.

Os dias passavam e o único assunto que se falava nos corredores era Sirius Black, é claro que por causa disso minha cabeça ficava quase maluca, depois desse dia eu passei a andar sempre com alguém, de algum modo eu sentia que havia alguém me vigiando. Os professores ficavam arranjando desculpas para estar comigo, de um lado era até bom por que eu passei a conversar com o professor Lupin.

Eu não sabia como lidar com essa situação por isso meus amigos tinham muita paciência, as vezes eu ficava calada por algum tempo, só olhando para um ponto fixo, várias coisas passavam pela minha cabeça, eles não falavam comigo nesses momentos. As pessoas começaram a espalhar o rumor que o meu encontro com Sirius Black havia me deixado louca. Como se eu já não fosse.

-Eu acho que estou paranoica. –Falei para Harry na mesa da Grifinória.

-Por quê? –Ele perguntou.

Estávamos apenas nós dois por que Hermione estava na Biblioteca e Nate e Rony faziam sei lá o que.

-Eu sinto que estou sendo observada. Os professores tem te seguido também? –Perguntei.

-Você também? O diretor deve ter os mandado ficarem de olho na gente. –Harry explicou.

-Também pudera, tem um assassino louco querendo pegar a gente. –Falei dando de ombros.

Harry me olhou feio, ele dizia que não era legal eu chamar meu pai de assassino louco, mas qual é... Ele era um assassino e é louco.

Então a professora Minerva chamou Harry e eu para a sua sala, sua expressão era tão sombria que eu achei que alguém havia morrido.

-Não adianta lhe esconder isso senhor Potter. –Começou ela. –Sei que vai ser um choque para você, mas Sirius Black...

-Eu sei, está querendo me pegar. –Harry disse suspirando cansadamente. – Ouvi o pai de Rony contar a mãe dele, Sr. Weasley trabalha no ministério.

A cara da professora era, no mínimo, ilária. Eu dei uma risadinha sem conseguir me controlar, ela me mandou um olhar severo.

-Senhorita Anderson, só está aqui por que o diretor pediu que ficássemos de olho nos dois, poderia me explicar por quê? –ela perguntou cruzando os dedos em frente ao corpo.

Estava todo mundo muito curioso por minha causa, eu era um mistério.

-Se ele não contou, eu também não devo contar me desculpe professora. –Falei baixinho e olhei para o chão.

-Entendo! Bem... Nesse caso Potter, - Ela virou para Harry. – Você vai compreender por que não acho uma boa ideia nenhum dos dois treinar quadribol à noite. Lá fora no campo com os outros jogadores é muito arriscado, vocês dois estão muito expostos.

-Não! –Reclamei. –Não pode.

-Mas o nosso primeiro jogo é agora no sábado! –Harry tentou argumentar. –Precisamos treinar.

Nós dois esperamos, a professora olhou para o teto como se tentasse achar uma solução.

-Hum... –Ela resmungou. – Bem, Deus sabe como eu gostaria de nos ver ganhando a taça... Mas mesmo assim... Eu ficaria mais satisfeita se um professor estivesse presente. Vou pedir para Madame Hooch supervisionar os treinos.

Harry e eu suspiramos aliviados.

---

A semana de lua cheia havia chegado, Nate e professor Lupin pareciam cada dia mais cansados, mas isso já era esperado, e naquele dia nenhum dos dois participou do café-da-manhã. Infelizmente eu não poderia ir visitar Nate na casa dos gritos, por motivos óbvios.

Quando Harry e eu sentamos à mesa da Grifinória tínhamos uma noticia nada legal.

-Sonserina não vai jogar contra nós. –Eu disse.

-O que? Como assim? Quem vai jogar? –Rony perguntou.

-Lufa-Lufa. –Harry respondeu contendo-se.

-Mas por que? –Ele perguntou.

-Olívio disse que eles deram a desculpa que o apanhador ainda não está com o braço bom. –Harry explicou.

-Uma furada! Se o me ombro está bem por que o braço do Draco não estaria? E olha que eu preciso do ombro para lançar a Goles! –Reclamei.

-Eles só estão fazendo isso por causa do tempo, não são condições boas para jogar. –Hermione falou.

Ela não era boa em voo, mas com certeza os detalhes técnicos ela sabia perfeitamente. E nesse momento ela estava certíssima.

PDV Nate

Joguei-me na cama, a poeira subiu e o professor Lupin começou a tossir.

-Não faça isso Nate. –Ele reclamou.

-Desculpe. –Sorri.

Nós estávamos na casa dos Gritos, ontem havia sido lua cheia e... Eu não tinha como descrever a sensação.

Ontem à noite nós dois viemos até a casa na espera da transformação e ficamos sentados.

Flashback

-Você tomou a poção? –O professor perguntou, estávamos apenas sentados sem conversar, já estava ficando estranho.

-Tomei. –Respondi dando de ombros.

-Isso é bom. –ele falou meio sem jeito.

-Eu estou nervoso... O que vai acontecer? –Perguntei.

-Eu não sei... Nunca passei por isso antes. –Falou Lupin dando um sorriso pequeno. –Mas não se preocupe.

A noite estava chuvosa, mas houve um momento, apenas um momento, em que a lua surgiu, isso bastou para que desencadeasse a transformação, era insano, ouvir meus gritos ecoando com os gritos dele...Logo estávamos transformados. Eu era um lobo, assim como meu pai.

O professor se aproximou de mim lentamente, ele fazia um movimento com o focinho, como se estivesse me cheirando, então eu me aproximei dele, qual não foi minha surpresa quando Lupin me deu uma bela lambida na orelha. Rosnei irritado, isso era nojento! Ouvi o professor fazer um barulhinho que me lembrava de um riso.

Ah, ele queria brincar? Dei um passo para trás e pulei nas costas, Lupin era muito mais alto, mas eu era rápido, mordi a orelha dele, sem machucar e então corri para o andar de baixo, ele veio atrás de mim para se vingar e antes que eu batesse no chão ele mordeu minha pata e me puxou para trás, resmunguei e corri atrás dele.

Era estranho eu dizer que gostava de ser um lobisomem? Nessa noite eu gostei.

Fim do Flashback

-Foi divertido. –Eu disse cansado.

O professor Lupin riu e acenou que sim com a cabeça.

-Foi sim. –Ele disse.

Nós dois parecíamos que enfrentamos um furacão, suados, ofegantes, com os rostos pálidos e olhos fundos, daquele jeito ficamos muito mais parecidos que de costume.

-Professor... –Chamei. –Como é o nome do seu pai?

Eu nem sabia por que perguntei aquilo, era curiosidade. Ele pareceu um pouco surpreso.

-Por quê? –Ele perguntou.

Fiquei constrangido.

-Desculpe o senhor não precisa responder, era só curiosidade. –Virei o rosto.

-Não, tudo bem. –Ele sorriu. –O nome dele era John... Era um pai muito bom apesar dos pesares.

Ele deu de ombros, afinal, havia sido culpa do pai dele o professor se transformar em lobisomem.

-Mas e o seu pai? –Ele perguntou.

Cara, eu tremi na base.

-O meu pai? –Repeti. –Ele... Ele... Nunca o conheci.

Falei por fim, o professor franziu o cenho e fez uma expressão resignada.

-Sinto muito. –Ele disse.

-Gostaria de tê-lo conhecido. Viver numa casa cheia de mulheres é difícil. –Falei olhando para o teto.

-Com quantas mulheres você vive? –Ele perguntou.

-Cinco. –Falei. –Lyra... A mãe de Lyra, Kate... Rose... A mãe de Rose, Angela... E minha mãe, Andrea.

Ouvi um assobio e olhei para Lupin, ele estava com a boca aberta.

-Você não ficou louco? –Fez graça.

Eu dei uma gargalhada e ele riu junto comigo.

-Houve momentos em que eu pensei que ficaria... Esses momentos se chamam TPM. –Falei.

O professor riu.

-Sei bem como é.

E nós conversamos... Não havia pressa, o dia de escola já havia começado e nós não participaríamos. Eu iria perder essa chance de conhecer melhor o meu próprio pai?

Nunca.


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Notas finais do capítulo

Para quem deixa review:OBRIGADA! Amo vocês Suas lindas *-*
Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.
Para quem não deixa por preguiça: Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforçinho vai, por favor?
BEIJOOOS LIINDAS *----------*
RECOMENDEM PLEASE!
Câmbio e desligo