Foi Na Prisão De Azkaban... escrita por Sensei, KL


Capítulo 18
Conversar com a Lyra é sempre uma nova emoção


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas liindas! Capítulo novo gente, o Harry está um pouco mais solto e diferente, mas isso tudo é influência da Lyra, daqui para frente as coisas vão mudar cada vez mais, só que vai ser tão lentamente que vocês nem vão notar rrssrrs
Beijoos
PS: Detestei o título do capítulo, mas tava sem ideia



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PDV Lyra

Na manhã de dia das bruxas o pessoal acordou animado, eu estava apenas com sono, sentei ao lado de Harry na mesa e Rose se aproximou de mim.

-Por que essa cara Harry?-Ela perguntou.

-Ele não vai para o passeio a Hogsmead. –Expliquei simples.

-Vamos lhe trazer um monte de doces da Dedos de mel. –Hermione falou sentindo pena, cara essa era a pior parte, eles nem se esforçavam para fingir que não tinham pena.

-É, montes. –Rony falou reforçando a afirmação da amiga.

-Me sinto a pior pessoa do mundo por estar indo. –Nate falou abatido.

-Não se preocupem comigo, vejo vocês na festa. –Harry falou num tom displicente, ele finge bem melhor que a Mione.

-Você pode ficar comigo e com a Gina. –Rose ofereceu sorrindo.

-Obrigada Rose. –Harry deu um sorriso para ela que fez Rose vacilar.

-Ah Harry.

Ela foi até ele e deu um abraço apertado, Harry retribuiu e todos na mesa que sabiam do segredo sorriam como se achasse àquela cena a coisa mais bonita do mundo.

-Desculpe. –Rose se afastou meio constrangida. –Está cheio de gente olhando.

-Tudo bem. –Harry disse vermelho.

Gina saiu correndo do salão e Rose fez uma cara de arrependida.

-Você não contou a ela? –Perguntei a Rose.

Ela me olhou aflita.

-Não! Agora ela deve estar achando que eu e Harry...

-Você devia ir falar com ela. –Hermione disse.

-Não sei como contar isso. –Rose falou me olhando desesperada.

-Contar o que? –Harry perguntou.

-Sobre você e Rose. –Hermione falou baixinho.

Harry pareceu entender a situação e ficou vermelho. Gina estava com ciúmes dele.

-Deixe comigo, eu resolvo tudo isso. –Falei levantando da mesa. Olhei para Ron, Mione e Nate. –Acho que não vou conseguir me despedir de vocês, isso pode demorar, então, vejo vocês mais tarde.

Acenei para eles que acenaram de volta e saí do salão principal, aquela ruiva sabia se esconder que era uma beleza, encontrei a garota no terceiro andar olhando por uma janela.

-Gina? –Chamei.

-O que você quer? –Ela perguntou um pouco rude.

-Wow! –Levantei os braços num gesto rendido. –Abaixe as armas, ruivinha, eu venho em paz.

-Não me chame de ruivinha! –Ela reclamou.

-Tudo bem, desculpe, desculpe. –Falei baixando as mãos. –Mas aquilo que você viu no salão... Não é o que parece.

-Não? –Ela arqueou a sobrancelha de modo sarcástico, cara, eu adorei essa garota.

-Rose já te contou que nós nunca conhecemos nossos pais? Eu, ela e Nate? –Perguntei.

-Deve ter comentado. –Ela disse emburrada.

Eu dei uma risadinha. É claro que Rose falou.

-Há alguns meses nós descobrimos quem eram nossos pais. –Falei simples.

Choque! Foi isso que a expressão dela se transformou.

-E ela não me contou por quê?! –Gina perguntou incrédula.

-Não é algo fácil de contar Gina. –Disse meio desconfortável.

-Por quê? –Ela me olhou em busca de respostas.

-Por que o pai dela é ninguém menos que James Potter. O pai do Harry. –Falei de uma vez.

Sou boa em dar notícias por isso, falo logo de uma vez, sem rodeios. A boca de Gina se abriu em um O perfeito.

-Você está querendo brincar comigo? Isso não é possível, ele teria que ter traído a mãe de Harry e...

-Calma ruivinha. –Falei.

-Não me chame de ruivinha! –Ela reclamou.

-Eu vou te explicar desde o começo. –Falei encostando-me à parede.

Então eu comecei a contar toda a história e como Hermione e Rony também sabiam.

-Mas e o seu pai e o do Nate? Quem são? –Ela perguntou interessada.

Mexi no cabelo um pouco desconfortável.

-Ah Gina... Não me entenda mal, mas eu não confio em você o bastante para falar sobre mim, além do mais, somente o Nate pode te contar sobre o dele. Ele não contou nem a Harry, Rony e Hermione ainda.

-Não? –Ela encostou a cabeça no vidro da janela. –Se o que você está me contando é verdade isso quer dizer que Rose e Harry são meio-irmãos.

-Exatamente.

-Mas por que ela não me contou? –Gina resmungou num tom inconformado.

-Ah Gina. Rose é meio enrolada, ela não sabe lidar muito bem com as pessoas por que sempre foi muito ridicularizada. –Expliquei.

-Por causa da cicatriz, não é? –Ele me olhou.

-Sim, por causa da cicatriz. Eu e Nate a protegemos muito por que sempre que ela ficava sozinha alguma coisa acontecia. Crianças podem ser muito cruéis. Mas ela mudou depois que te conheceu, está mais forte e confiante. No ano passado ela jamais teria coragem de fazer o que fez se não fosse você lá na câmara. Sua amizade está fazendo bem a ela. –Falei sorrindo pequeno.

Gina sorriu constrangida e respirou fundo.

-Lyra... –Ela falou. –Você e o Harry... Você... Você gosta dele?

Olhei confusa.

-Claro que gosto. –Falei.

A resposta não pareceu agradá-la muito, então eu entendi.

-Ah meu Deus! Você está falando de gostar no sentido ficar junto? –Perguntei.

-É. –Falou baixinho. Ela acenou com a cabeça.

-Não! Não mesmo. –Dei uma risada. –Ficar com Harry é a mesma coisa que praticar incesto para mim.

Ela me encarou por uns segundos.

-Você não está mentindo para mim, está? –Ela perguntou insegura.

Eu suspirei, era de se esperar que a garota achasse estranha a minha intimidade com o Harry. Fui para o lado dela na frente da janela.

-Olha Gina. Eu... Eu acho que gosto de um cara. Não é o Harry! –Acrescentei rápido.

-Sério? –Ela perguntou os olhos brilhando.

Sorri meio envergonhada.

-É, acho que gosto, eu não sei bem, estou confusa. Não falei com ninguém sobre isso ainda.

-Ele é Grifinório? –Ela perguntou.

-Não. –Falei simples.

-Quem é?

Dei uma risadinha.

-Essa parte eu vou deixar para a sua imaginação. Tenho que ir.

-Ah, não seja malvada. Não me deixe aqui nessa curiosidade.  – Gina disse emburrada.

-Não conte a ninguém, por favor. Será o nosso segredo. –Pedi.

Gina sorriu conspiratória.

-Prometo não contar a ninguém.

-Obrigada. –Agradeci e fui saindo.

Ela com certeza ela iria atrás de Rose agora e pediria desculpas, as duas iriam voltar a ser amigas e tudo ficaria normal de novo.

Missão cumprida.

---

Como eu imaginei o pessoal já tinha ido para Hogsmead depois que eu terminei de conversar com Gina, fui em direção ao salão comunal a procura e Harry. Ele estava saindo de lá, cabisbaixo.

-Oh, coitadinho, não pode ir ao passeio. Que pena do pobre Harry. –Falei tirando sarro da cara dele.

Ele olhou para mim carrancudo e fez um gesto feio. Abri a boca me fingindo de chocada.

-Onde você aprendeu isso?! –Perguntei.

-Com você. –Ele disse dando de ombros.

-Você está passando tempo demais comigo senhor Potter! –Falei dando risada.

Ele riu também. Segurei no seu braço, encostei a cabeça no seu ombro e descemos as escadas até o primeiro andar, encontramos Filch por ali.

-O que é que vocês estão fazendo? –Ele rosnou meio desconfiado.

-Nada. –Harry e eu falamos ao mesmo tempo.

-Nada! –Ele bufou. –Que coisa mais improvável, andando por aí, sorrateiros, sozinhos, por que é que não estão em Hogsmead comprando chumbinho fedorento, pó de arroto e minhocas que apitam como seus outros amiginho intragáveis?

Fiz uma careta, Harry voltou a ficar triste quando Filch falou sobre Hogsmead, ótimo, perdi todo o meu progresso de tentar animá-lo.

-Muito bem, voltem para o seu salão comunal que é o lugar de vocês. –Ele disse irritado.

Nós voltamos a subir as escadas, mas Harry não parecia disposto a voltar para o salão comunal, então o deixei me guiar para onde quer que ele queira ir e fiquei apenas com o braço dado com o dele. Ele parecia subir, quando num dos corredores uma voz soou firme.

-Harry? Lyra?

Nós viramos ao mesmo tempo. Era o professor Lupin que espiava para fora de sua sala olhando para os lados.

-O que vocês estão fazendo? Onde estão Nate, Rony e Hermione? –Ele perguntou.

Se eu disser que achei fofo ele ter falado primeiro o nome do Nate você vão me achar boba?

-Hogsmead. –Eu e Harry falamos ao mesmo tempo.

-Parou com isso hein! Os únicos gêmeos aqui são Fred e Jorge. –Resmunguei me fingindo de irritada.

Ele sorriu.

-Isso, um sorriso! –Comemorei jogando as mãos para cima.

Ele riu. O Professor Lupin sorriu junto.

-Por que vocês dois não entram, estive esperando a entrega de um Grindylow para a próxima aula. –Ele nos chamou.

-De um o quê? –Harry perguntou.

-Tem um nome complicado e é das trevas, parece o tipo de coisa que eu gostaria de ver. –Falei dando de ombros. Harry deu uma risadinha que estava mais para incrédula do que divertida.

Puxei Harry para dentro da sala e havia um tanque cheio d’água com um bicho verde cor de vômito com uns chifrinhos e dedos estranhamente longos, ele estava comprimindo a cara contra o vidro fazendo caretas.

-Eca. –Falei séria. –Adorei esse bicho.

Olhei atentamente.

-Um demônio aquático. –O professor explicou encarando o Grindylow. –Não deve nos dar muito trabalho depois dos Kappas. O truque é deixar as mãos dele sem ação, notou os dedos? Muito fortes, mas extremamente quebradiços.

O Grindylow arreganhou os dentes e virou em direção a um monte algas que havia ao lado.

-Querem um pouco de chá? Já estava pensando em fazer mesmo.

-Nós aceitamos. –Falei já que Harry parecia sem jeito.

O professor fez um aceno com a varinha em direção a chaleira que apitou num jorro quente de vapor.

-Sentem-se. Infelizmente eu só tenho chá em saquinho, mas imagino que tudo bem, Harry já deve estar cansado de folhas de chá. –Lupin falou com os olhos faiscantes.

Eu não aguentei e dei uma risadinha.

-Como o senhor soube disso? –Harry perguntou envergonhado.

-A professora Mcgonagall me disse. –Ele explicou. –Não está com medo, está Harry?

-Não. –Harry respondeu, mas o seu rosto parecia estranho.

-Sério? Não está parecendo. –Falei.

O professor Lupin entregou uma xícara de chá para cada um.

-Tem alguma coisa te preocupando Harry? –O professor perguntou.

-Não. –Harry respondeu, então tomou um gole do chá como se tomasse coragem e disse:

-Tem. Professor o senhor se lembra daquele dia em que lutamos contra o bicho-papão?

-Claro. –O professor respondeu.

Não fazia a mínima ideia do que o Harry queria, na verdade nem era aquilo que eu esperava que ele dissesse.

-Por que o senhor não me deixou enfrentar o bicho? –Ele perguntou.

-Tem razão! –Falei num repente. –Eu estava um pouco surpresa com meu medo, mas lembrando disso agora o senhor realmente não deixou, por quê?

O professor Lupin ergueu as sobrancelhas, numa expressão de surpresa.

-Eu tinha pensado que isso era óbvio! –Ele disse.

-Por quê? –Harry e eu perguntamos ao mesmo tempo.

-Presumi que o bicho-papão tomaria a forma de Lord Voldemort. –Ele disse simples.

Fiquei boquiaberta, não havia pensado nisso, não sei, mas realmente nunca havia parado para pensar que talvez o que Harry mais temia fosse mesmo o homem que matou seus pais. Realmente era óbvio.

-Pelo visto me enganei. –O professor Lupin disse. –Mas eu não achei uma boa ideia que Lord Voldemort se materializasse na sala dos professores. Imaginei que os alunos entrariam em pânico.

-Eu adoraria ver a Lilá correr gritando de medo. –Falei dando uma risadinha. Lupin me olhou reprovador. –Desculpe professor.

-Logo no começo eu realmente pensei em Voldemort. –Harry confessou. – Mas depois eu... Eu me lembrei daqueles dementadores.

-Entendo. –O professor falou pensativo. –Estou impressionado. Isso sugere que o que você mais teme é o próprio medo. Muito sensato Harry.

Harry bebeu o chá, parecia envergonhado, ele não lidava bem com elogios.

-Mas e o seu medo Lyra? –Harry perguntou me olhando.

Eu virei o rosto para a minha xícara de chá.

-O que tem ele? –Perguntei sem olha-lo nos olhos.

-Você tem medo de ficar louca? – Lupin perguntou.

Eu olhei de um para o outro e votei a olhar para a xícara, fiquei girando a mesma sem deixar o conteúdo cair.

-Não exatamente. –Fui vaga.

-Se você não quiser dizer... –O professor falou deixando vago.

Suspirei fundo.

-Eu tenho medo de que algo me faça perder a sensibilidade... Tenho medo de ser má. –Falei.

-Como assim? -Harry perguntou confuso. –Você não é má Lyra.

-Tenho medo de me tornar igual ao meu pai. –Falei por fim.

Harry ofegou surpreso, ele olhou para o professor e depois para mim, acenei coma cabeça avisando que estava tudo bem sobre falar disso. O professor Lupin não sabia quem era o meu pai e não se sentia intimo o bastante para me perguntar, mas pelo sorriso que ele deu percebi que ele sabia que naquele momento eu confiava o bastante nele para falar sobre isso.

-Ele era tão ruim assim? –Ele perguntou.

-Lyra nunca conheceu o pai. –Harry explicou, sendo também vago.

Eu queria contar a ele, queria explicar que seu melhor amigo era o meu pai, mas senti que não era a hora certa, não ainda.

-Então como você sabe que ele é mal? –O Professor Lupin perguntou baixinho.

Olhei para ele e depois para Harry.

-Minha mãe tem a mesma opinião. –Falei sorrindo pequeno.

-Tem? –Harry perguntou surpreso.

-Ela acredita na inocência dele. –Expliquei a Harry.

E cada vez mais eu dava pistas, será que ele vai notar sozinho a semelhança?

-Inocência? –O Professor Lupin perguntou confuso.

Harry olhou para mim num alerta mudo.

-Acho que já estou falando demais professor. –Falei meio insegura e tomei alguns goles do meu chá que já estava ficando frio.

-Entendo. –O Professor disse. –Então Harry, você achou que eu não acreditava que você tinha capacidade de enfrentar o bicho-papão?

-É. –Harry respondeu.

Fiquei feliz com a mudança de assunto e sorri para o professor que sorriu carinhosamente de volta.

-Bem... É. Professor Lupin, o senhor sabe que os dementadores...

Uma batida na porta interrompeu nossa conversa.

-Entre... –O professor falou.

A porta foi aberta e o professor Snape apareceu trazendo um cálice fumegante, ele parou no caminho apertando os olhos para nós, Harry e eu.

-Ah Severo, muito obrigado. Poderia deixar ali em cima para mim? –O Professor Lupin exclamou sorridente.

O Professor Snape colocou o cálice na mesa e olhou para nós, do Professor Lupin para Harry e em seguida para mim.

-Olá Professor Snape, está tendo um bom dia? –Perguntei educadamente.

-Maravilhoso. –Ele disse frio.

-Eu estava mostrando a Harry e Lyra o meu Grindylow. –O professor Lupin explicou.

-Fascinante. –O Professor disse sem nem olhar para o tanque. – Você devia beber isso logo.

-É, é, vou beber. –ele respondeu.

-Senhorita Anderson, eu fiz um caldeirão cheio, assim o seu... Irmão, também poderá beber.  –Snape disse.

Fiquei alarmada.

-Provavelmente eu e Nate deveríamos tomar mais um pouco amanhã. Muito obrigado severo. –O Professor Lupin disse encerando a conversa.

-De nada. –Snape respondeu saindo da sala de costas, vigilante.

Lupin sorriu. Harry olhou para mim a procura de respostas.

-O professor Snape teve a bondade de preparar essa poção para mim e Nate, nunca fui um bom preparador de poções e essa é especialmente complexa. –O professor explicou.

Ele apanhou o cálice e cheirou.

-Pena que o açúcar estrague o efeito. –Ele disse tristemente.

-Por que o senhor e Nate precisam dessa poção? –Harry perguntou.

-Tenho me sentido meio indisposto e Nate sofre da mesma doença. Esta poção é a única coisa que nos ajuda. Tenho sorte de estar trabalhando perto do professor Snape, não há muitos bruxos que saibam prepará-la. –O Professor Lupin tentou explicar.

Harry fingiu acreditar na mentira, mas ele queria saber sobre Nate. O garoto era esperto o bastante para não perguntar nada a mim ali. O professor Lupin começou a beber a poção devagarzinho, fazendo caretas.

-O professor Snape é muito interessado em Artes das trevas. –Harry falou abruptamente.

Olhei para ele surpreso. O que ele estava querendo insinuar?

-É mesmo? –Professor Lupin perguntou tomando mais um gole.

-Tem gente que supõe que ele faria qualquer coisa pelo cargo de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. –Harry continuou.

Então era isso? Ele acha que o Snape estava envenenando o Lupin. Não pude deixar de dar uma risadinha. O professor Snape era muito mais discreto que isso, se ele quisesse matar o professor Lupin seria de um jeito que ninguém desconfiasse dele. Ele esvaziou o cálice e fez uma careta.

-Horrível. –Professor Lupin falou. –Bem Harry, Lyra, é melhor eu voltar ao trabalho. Vejo você mais tarde na festa.

-Certo. –Harry disse se levantando e colocando a xícara vazia na mesa.

Levantei junto com ele acenando em despedida para o professor e colocando minha xícara também vazia na mesa, saímos da sala e Harry me segurou pela mão correndo até uma sala vazia.

-Por que o Nate precisa daquela poção? –Harry perguntou para mim, desconfiado.

Fechei os olhos, pensando. Decidi que uma meia-verdade era melhor que uma mentira, pelo menos com o Harry.

-Ele toma essa poção desde o primeiro ano. –Falei.

Harry me olhou por um segundo, o cérebro trabalhando.

-Tem a ver com aquela coisa que ele não quis contar? –Harry perguntou.

Acenei com a cabeça.

-Não pergunte Harry, eu confio em você, mas essa história é... É coisa do Nate.

-Ele acha que vou contar a alguém? –Harry perguntou ofendido.

-Não! Não pense que Nate não confia em você, ele confia, mas... Harry, muita gente já se machucou entende?

-Lyra... Não achei que isso fosse tão perigoso. –Harry falou preocupado.

-Agora não é mais. Só que antes... Eu não posso falar Harry! –Resmunguei angustiada. –Nate tem vergonha Harry, tem vergonha dessa história. Tenha paciência, ele vai contar.

Isso se Hermione não descobrir antes, pensei alarmada.

-Lyra... –Ele falou em tom de aviso.

-Confie em mim! Quantas vezes eu te decepcionei? –Perguntei.

Ele me olhou por um segundo.

-Nenhuma. –Disse por fim.

-Obrigada.

O abracei firme e descansei a cabeça no seu ombro.


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Notas finais do capítulo

Para quem deixa review:OBRIGADA! Amo vocês Suas lindas *-*
Para quem não deixa por que não tem perfil: Tudo bem, eu perdoo.
Para quem não deixa por preguiça: Gente, o dedo não vai cair, faz esse esforçinho vai, por favor?
BEIJOOOS LIINDAS *----------*
RECOMENDEM PLEASE!
Câmbio e desligo