PDV Rose

Toda a escola estava comentando sobre as aulas do Professor Lupin, a escola inteira já estava contando os segundos para a próxima aula de defesa contra as artes das trevas, menos Draco e sua trupe de Sonserinos. Isso é puro recalque, eu sinto é pena sabe?

Uma semana depois das alas terem começado o correio chegou trazendo uma carta.

-Olha, lá vem o Jack, isso significa carta de casa. –Falei me aproximando de onde Lyra estava sentada.

Jack era a coruja negra da Lyra, ela comprou no beco diagonal no primeiro ano dela. Quando a coruja pousou na mesa, Nate, que estava sentado de frente para nós, puxou a carta enquanto Lyra entregava uma salsicha e parabenizava Jack por ter trazido a carta.

-Muito bem garoto. Você foi ótimo, pode voltar para o corujal.

-Lyra! Tem duas cartas. –Nate disse confuso.

-De quem são? –Lyra perguntou puxando uma.

-Todas da sua mãe. –Ele explicou.

-Me deixa ver isso! –Pedi puxando a segunda carta da mão de Nate.

Ele olhou para nós duas em seguida para as mãos vazias.

-Eu nem queria ler mesmo. –Ele disse dando de ombros.

-Aqui diz que é para lermos juntos. –Lyra falou.

Olhei para o remetente da carta na minha mão, franzi o cenho.

-Essa daqui diz para você ler sozinha. –Afirmei.

-Que estranho. –Lyra disse.

-O que tem de tão estranho em sua mãe te mandar uma carta? –Harry perguntou.

Estávamos na mesa da Grifinória, ou seja, todo mundo por ali.

-Estranho é o fato de ela ter mandado duas cartas, sendo uma delas somente para a Lyra. –Nate explicou.

-Você vai nos mostrar? –Perguntei apontando para a carta em minhas mãos.

-Eu não acho que você devia fazer isso Lyra, se a sua mãe mandou uma carta com instruções estritas de que somente você devia ler é por que ela tem um bom motivo. –Disse Hermione.

Alguém por acaso a chamou na conversa? Alguém? Ninguém? Foi o que eu pensei.

-Hermione está certa. –Lyra disse puxando a carta de mim.

Maldita seja Granger, agora vou me corroer de curiosidade. Nate apenas deu de ombros indicando que não ligava.

-Posso pelo menos ler a carta endereçada a todos nós? –perguntei.

-Claro! –Lyra entregou a carta a mim.

Abri o envelope, era uma carta pequena.

-Queridos Nate, Lyra e Rose... –Comecei a ler em voz alta. –Tenho uma péssima notícia para vocês, principalmente para Lyra. Maroto fugiu!

-O que?! –Lyra e Nate gritaram juntos.

-Quem é maroto? –Gina perguntou vindo para trás de mim para ler a carta.

-É o nosso cachorro que Nate achou na rua. –Expliquei.

-Lembra-se do cachorro que você viu Harry? –Nate perguntou. –Aquele que Rony acha que era um agouro de morte.

Harry apenas acenou com a cabeça.

-Provavelmente era o maroto. –Lyra disse.

-Juro que não foi minha culpa Lyra, - Continuei a ler. – não surte querida, mas quando acordei a porta estava aberta e ele tinha ganhado o mundo, não voltou faz umas duas semanas. O que é estranho já que ele sempre voltava.

-Quem será que deixou a porta aberta? –Lyra falou num tom tristonho.

-O mais estranho é que antes de dormir ele ficou olhando para o porta-retrato com a foto de vocês três, acho que ele estava com saudades e decidiu sair para procurá-los. Gosto de pensar que foi isso e não o fato de que ele não gostava de morar conosco já que o tratávamos muito bem. – Parei para dar uma olhada na reação dos meus irmãos.

-Ele decididamente saiu para nos procurar. –Nate disse sério. –Aquele cachorro amava nossa família de um modo anormal. Lembra como ele se apegou a todo mundo?

-Concordo com o Nate. –Lyra disse dando de ombros.

-Como era esse cachorro? –Harry perguntou.

-Era preto, grande e tinha olhos escuros... Era até um pouco assustador na escuridão. –Expliquei dando de ombros.

-Continue a ler Rose. –Lyra pediu.

-Fora isso está tudo bem, morrendo de saudades dos nossos filhotes, a casa fica tão vazia sem os gritos da Lyra, os passos pesados do Nate e a Rose quebrando qualquer coisa que esteja em seu caminho.-Fiquei vermelha feito pimenta. – Digam a Harry que sinto falta dele, quero vê-lo nas férias vamos fazer um piquenique em família e agora ele faz parte da família também. Amo vocês, todas amamos. Com amor, Tia Kate/Mamãe.

Abaixei a carta e olhei para todos ali.

Lyra sorria pequeno assim como Nate, o resto do pessoal parecia achar muito fofo o modo como Tia Kate nos tratava. Harry estava envergonhado e ao mesmo tempo feliz, o tempo que tenho passado com ele faz com que o conheça cada vez melhor. Fui até onde ele estava sentado, ao lado de Rony, passei os braços pelo pescoço dele e dei um abraço apertado.

-Amamos você! –Falei dando um beijo na bochecha dele.

Harry apenas encostou a cabeça na minha, mas não disse nada, isso quer dizer que ele não sabia o que fazer, voltei para o lugar onde eu estava sentada antes da carta chegar e Gina veio comigo. Decidi esquecer a carta de Lyra.

-Como assim o Harry faz parte da família? –Gina perguntou sentando ao meu lado.

-Harry agora é nosso irmão... Pelo menos é assim que nossas mães veem. –Expliquei eu dando de ombros. –Mamãe sempre quis uma família grande sabe?

-Sei... –ela respondeu pensativa.

-Gina... você já conversou com a Lyra? –Perguntei.

-Ah Rose, nem vem com esse assunto de novo. –Ela disse irritada.

-Mas Gina...

Ela me interrompeu.

-Se eu tenho que falar com a Lyra você também tem que falar com a Hermione, acha que eu não notei as caretas que você faz quando ela fala? Você detesta a garota e ela nem fez nada para merecer isso. –Gina disse num tom de censura no fim.

-Quer saber? Come uma torradinha vai Gina! –Falei pegando uma torrada e enfiando na boca dela.

Gina pegou uma torrada e tentou enfiar na minha boca também, ficamos nessa briga até que as torradas ficaram todas esfareladas e nós, sujas. Então começamos a rir sob os olhares dos outros alunos que, eu acho, pensavam seriamente em nos internar num hospício.

Espera aí... No mundo bruxo tem hospício?

-Gina? Tem hospício no mundo bruxo? –Perguntei.

-Tem sim, o St. Mungus. –Ela respondeu.

Então St. Mungus aí vamos nós!

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PDV Lyra

Depois de um tempo as aulas viraram quase uma rotina, as coisas estavam relativamente normais comparadas ao ano passado, tirando, é claro, o fato do pai do Nate ser o professor de Defesa contra as artes das trevas e o meu pai ser um foragido dos aurores... Mas isso são detalhes, apenas detalhes.

No inicio de outubro as coisas começaram a ficar mais animadas, já que o campeonato de quadribol estava chegando e esse seria o último ano do Wood, nosso capitão. Num time de quadribol havia sete jogadores, três artilheiros, dois batedores, um apanhador e um goleiro. Era sou uma artilheira.

-Esta é a nossa última chance, minha última chance de ganhar uma Taça de Quadribol. –Wood disse andando de um lado para o outro na nossa frente,

Estávamos todos reunidos no vestiário, ele falava num tom meio desesperado.

-Vou-me embora no fim deste ano. Nunca mais terei outra oportunidade. Grifinória não ganha a taça há sete anos. Tudo bem, tivemos o maior azar do mundo, acidentes, depois o cancelamento no ano passado... –Ele engoliu seco. – Mas todos nós sabemos que somos o melhor e mais irado time desse colégio.

Ele seu um soquinho na mão com um olhar um pouco obssesivo.

-Temos as melhores artilheiras.

Ele apontou para Angelina Johnson, Katie Bell e eu.

-Eu sei, somos demais! –Eu disse abraçando as meninas pelos ombros.

-Temos dois batedores incríveis. –Ele continuou.

-Pode parar Olívio, você está encabulando a gente. - Fred e Jorge falaram juntos fingindo-se de envergonhados.

-E temos um apanhador que nunca deixou de nos levar a vitória em todos os jogos que esteve.

Ele olhou para Harry de modo orgulhoso.

-E temos a mim. –Ele acrescentou depois de um tempo, como se estivesse em dúvida.

-Nós te achamos muito bom Olívio. –Jorge disse.

-Um goleiro incrível! –Fred e eu falamos ao mesmo tempo.

-A questão é, – Ele continuou. – que a Taça de Quadribol devia ter tido o nome do nosso time gravado nela nesses último dois anos. Desde que Harry e Lyra se juntaram a nós, achei que a taça estava no papo. Mas não ganhamos, e este é a última chance que teremos de finalmente ganhar...

-Olívio, este é o nosso ano. –Fred disse animado.

-Vamos conseguir Olívio. –Angelina tentou animá-lo.

-Sem a menos dúvida! –Confirmou Harry.

Então ficou decidido que treinaríamos três vezes por semana, com outubro aí o tempo estava cada vez mais úmido e frio.

Estava terminando um exercício de poções, Snape estava cada dia pior desde a história do bicho-papão do Neville ser ele. Olhei a carta em cima da mesa de cabeceira, pefuei e li novamente.

Querida Lyra,

Eu sei que você não quer mais falar sobre isso, mas eu ainda acho que você não devia acreditar em tudo o que ouve sobre o seu pai. Ontem à noite eu tive um sonho estranho, ele estava lá, nós conversamos e ele disse... Disse que já sabia sobre você, disse que sabe que você é filha dele.

Cada dia que passa eu realmente acho que tem alguma coisa a mais nessa história. Tenha a mente aberta, por favor.

Com amor, mamãe.

Suspirei fundo. Ela teve um sonho com Sirius Black? Mexi nos cabelos impacientes e bufei irritada.

-Ah, ter um pai é muito complicado! –Reclamei me jogando na cama.

A porta se abre e Hermione entra com um ar cansado.

-Essa coisa com o vira-tempo é mais complicado do que eu pensei. –Falei olhando para ela.

-Do que você está falando? –Ele perguntou.

-Você está cansada Mione, vem aqui, senta aqui na minha cama.

Joguei os livros para o lado e ela se sentou na minha frente.

-O que foi?

-Você vai se deitar e dormir até amanhã! –Falei simples.

-Mas ainda são sete horas. –Ela disse surpresa.

-Exatamente, você vai dormir umas doze horas e vai acordar bem descansada.

-Mas eu tenho dever...

-Não Hermione. Você vai descansar e amanhã você volta no tempo se quiser para terminar os deveres. –Expliquei eu.

-Mas...

-Cala a boca Mione.

Ela deu uma gargalhada e sorriu por fim.

-Tudo bem, boa noite Lyra.

-Boa noite Mione. –Falei sorrindo e deitei na minha cama.

Eu também preciso de uma boa noite de sono, tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que eu já nem sei o que fazer... Talvez dormir ajude.

Espera aí... Sirius Black sabe que eu sou filha dele?!

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Oie meninas, olha eu aqui de novo! Tenho mais uma recomendação, mas dessa vez não é para mim! É para uma leitora minha, tô lendo a história dela e surtando a cada capítulo.

Gente da uma passadinha lá vai! O nome da história é 

Behind Blue eyes: A História recontada de Sirius Black.

http://fanfiction.com.br/historia/391196/Behind_Blue_Eyes_A_Historia_Recontada_De_Sirius_B/ageconsent_ok

Beijos Michelle Conrado sua Liinda!

Câmbio e desligo